quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
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terça-feira, 30 de janeiro de 2007
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Marcadores: Email I
Recebi hoje esse email da deputada Luci.
O email na íntegra:
Conforme do conhecimento de tod@s a deputada Luci candidata ao Senado em SC acabou não elegendo, portanto vimos comunicar que apartir de hoje dia 29/01/2007 não estaremos mais locados no gabinete em Brasília, e a princípio não teremos escritório em SC. Os contatos com a Dep. Luci poderão ser feitos pelo email luci.ptsc@yahoo.com.br ou pelo seu celular (48)99811113.
Os demais email da deputada ou telefones não estarão mais disponíveis..
Saudações Revolucionárias .. Boas Lutas!!!!!"
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segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
Professor do Instituto de Ciência política da Unb
A importância da mesa da Câmara dos Deputados é fundamental para a governabilidade do País e a democracia. Sendo o presidente da Câmara Federal o terceiro na linha de sucessão da presidência da Republica transforma 53ª. legislatura uma das mais disputadas da história do parlamento brasileiro.
O professor Leonardo Barreto comenta a possível presidência, sob a liderança do Deputado Gustavo Fruet PSDB / PR e o que mudaria para o governo LULA e para a democracia brasileira. Três no páreo o atual presidente Aldo Rebelo PC do B / SP e Arlindo Chinaglia PT / SP. dois aliados que dividem a base é a democracia colocada a prova. No momento em que está cogitando o terceiro mandato do Presidente Luiz Inácio LULA da Silva....
Confira a entrevista
http://www.painelbrasil.tv/jornal/07_01_26a.html
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Entrevista de Leôncio Martins Rodrigues, titular de Ciências Políticas na USP e Unicamp, ao jornalista Gabriel Manzano Filho de O Estado de S.Paulo, publicada dia 23 de janeiro de 2007.
"Analista acha que Lula, dependendo do cenário político, pode tentar mudar Constituição para ganhar mais 4 anos
Além das grandes metas econômicas anunciadas, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) encaixa-se muito bem no projeto político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não significa que exista “um novo governo”, mas o plano ajuda a deixar para trás os maus momentos e a má impressão do primeiro mandato e, dependendo do andamento das coisas, manterá espaço para o presidente avaliar, lá na frente, se há condições para arriscar nova reeleição e um terceiro mandato já em 2010.
Essa avaliação, “com as devidas cautelas, mas sem ingenuidade”, é do cientista político Leôncio Martins Rodrigues, titular aposentado dos Departamentos de Ciência Política da USP e da Unicamp. Para ele, o plano dará certo, desde que, simplesmente, beneficie a maioria dos pobres e, portanto, do eleitorado.
Qual é o impacto político do anúncio do Plano de Aceleração do Crescimento? Este é um novo governo e o presidente Lula quer fazê-lo diferente do primeiro?
Sem entrarmos nos méritos do plano nem avaliarmos suas chances de dar certo, vamos lembrar que não é fácil mudar, repentinamente, a maneira de ser de um governo. Do ponto de vista estrutural, não há mudança política marcante, quer se olhe o Executivo ou os apoios garantidos no Legislativo. Este governo é uma clara continuação do anterior. O PT teve em outubro um pouco menos de votos no Congresso, mas está forte, logo atrás do PMDB. A quantidade de sindicalistas plantados nos bons postos continua lá também. Muitos petistas que terminaram o governo desmoralizados voltaram pelo voto. É dessas realidades que se faz a política no dia-a-dia. Com elas é que se fazem os cálculos para passar uma reforma tributária ou outra qualquer. É difícil falarmos em um “governo novo”.
Mas desta vez ele faz um grande barulho, para um projeto que se estende por vários anos.
Ainda assim, politicamente ele vai depender de quanto o plano vai funcionar, de quanto isso vai significar em benefícios visíveis e diretos. Quero lembrar que, no início do primeiro mandato, eu fui dos primeiros a dizer que todo aquele discurso presidencial era só teatro. E o que vimos depois? Que não havia estratégia nem planos coordenando diferentes áreas, que o País não cresceu. Foram quatro anos de teatro. Não estou dizendo que vai ser igual, mas que no mandato anterior foi assim e não será surpresa se tal processo se repetir.
Pode-se, pelo menos, apontar algumas áreas onde o PAC pode dar a Lula bons dividendos políticos?
A única coisa garantida é o conjunto de medidas que beneficiam diretamente os pobres. Não só porque é uma meta mais simples, que ele pode estimular diretamente, mas porque, creio eu, está no âmago de sua estratégia futura.
Que estratégia é essa?
A que, no decorrer do governo, crie e mantenha condições para que o presidente, no devido tempo, comece a trabalhar por um terceiro mandato. As propostas voltadas para o lado social, que mantenham simpatia e apoio entre os mais pobres, têm mais probabilidades.
Então, em sua opinião, o PAC é uma estratégia destinada a garantir o continuísmo?
Não digo isso, porque um projeto assim depende de uma quantidade enorme de variáveis e é impossível prever cenários para daqui a três ou quatro anos. Mas me parece lógico que o presidente esteja preocupado - ele nunca dirá isso em público - com a inoperância dos primeiros quatro anos. Ele é esperto, um grande comunicador e tem um instinto de sobrevivência notável. Sabe que precisa apresentar alguma coisa. Aqueles mapas, com números e linhas, o tom seguro da ministra Dilma, tudo aquilo dá uma aparência séria e passa uma idéia de profissionalismo dos governantes.
Isso já é um impacto político bom para o Planalto.
Sim, o plano começa com impacto. Mas, resumindo minha impressão, vamos esperar pelo menos uns dois anos e ver o que vai acontecer. O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), anunciado com alarde no início de 2003, também parecia uma coisa instigante, promissora, e não deu em nada.
O PT sabe que não tem candidato presidencial para 2010. O plano ajudaria Lula a ser um grande eleitor nas eleições de 2010?
Acho que isso é uma estratégia que lhe interessa e ele deve trabalhar com ela, até o momento de avaliar se deve continuar com isso ou avançar em seus planos. Mas qual o poder real que ele tem de transferir votos? Pode funcionar ou não. Não funcionou com a Marta Suplicy para prefeita de São Paulo em 2004 nem com o Olívio Dutra no Rio Grande do Sul, em 2006. Agora, não é fácil acreditar que, dispondo de uma aprovação, digamos, de 60% ou 65% no seu último ano, e tendo uma quantidade tão grande de subordinados na máquina petista e aliada, gente que não quer perder o conforto do poder, ele mande parar as campanhas em favor de sua permanência. E ainda o discurso de movimentos populares e sindicais, de que se ele sair o neoliberalismo volta e estraga todo o progresso obtido... Volto a dizer: não estou prevendo que isso acontecerá. Estou advertindo para que os analistas e os eleitores pensem nisso com seriedade. Um político competente nunca mostra as cartas que tem na manga.
Mas para isso seria preciso mudar a Constituição.
Sim, e havendo condições e votos no Congresso, por que ele não o faria? Se o PT teve em outubro boa votação - mais do que se esperava - e pode fazer uma aliança com o PMDB e obter maioria, por que o governo vem se empenhando tanto em conseguir mais e mais apoios? Não será para ter três quintos do plenário? A história está cheia de golpes dentro da lei, mesmo em regimes parlamentares. Não apenas os casos célebres, como os de Hitler ou Mussolini, que montaram suas ditaduras depois de chegar legalmente ao poder.
O sucesso de Hugo Chávez pode ter tido alguma influência na decisão de Lula de lançar esse plano?
Acho que, no mínimo, Lula se preocupa em preservar um papel na política externa do continente. O Chávez tem na Venezuela algo que ele não tem: dólares. A Argentina vem crescendo e se recuperando e o Chile achou um bom rumo. Politicamente, ele precisa, sim,de um instrumento forte que faça o País crescer para que volte a ser ouvido lá fora. Mas é importante também assinalar as diferenças. Chávez é formado em quartel, um golpista tradicional. Lula vem de classes baixas, que subiram a duras penas, e é cuidadoso com o que faz. Muito pragmático, ele não vai jogar fora o que conseguiu por métodos que funcionaram.
E quanto aos riscos? Toda vez que alguém aposta alto em um plano, como ele faz agora, pode perder muito se a coisa não der certo.
O que é “não dar certo”? Para ele, na prática, e para a grande maioria do eleitorado, só não dará certo se os pobres não forem devidamente contemplados pelas medidas adotadas. Isso é fácil de controlar e dá resultados garantidos. Não é verdade, ou não é uma verdade predominante, essa de que a economia é que decide as eleições e o futuro dos governos. Se as coisas estão andando bem para a maioria e ela sabe disso e retribui com votos, o que não deu certo pode esperar."
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Filiação
O presidente da Câmara de Vereadores, Gilberto Gonçalves, ainda sem partido, afirmou que recebeu convites extra-oficiais para entrar no PT. Inclusive, o vereador afirmou ter uma afinidade com o Partido, já que o seu antigo partido, o PDT, disputou a eleição de 2004 na mesma coligação. Aliás, o suplente do vereador Gilberto Gonçalves é o petista Ricardo Pelegrinello.
Filiação I
Se Gonçalves chegar a assinar a sua filiação com o PT, o partido terá dois vereadores na Câmara: Ele e o ex-presidente, Marcos Creminácio.
Bombeiros
O prefeito e sua assessoria deixaram de relacionar os projetos na convocação extraordinária e de comum acordo, os vereadores se auto-convocaram para mais uma sessão, pois senão os projetos seriam analisados e votados apenas em fevereiro. Afirmação é do presidente da Câmara de Vereadores, Gilberto Gonçalves, ao dar ênfase ao trabalho realizado pelos vereadores.
Obras
A garantia de que um bom trabalho seria feito está se confirmando. O secretário de Infra-estrutura, Fically, deixou o seu cargo de vereador e prometeu obras. E muitas obras. Por enquanto, isso está acontecendo no bairro mais populoso de Caçador: o Martello.
“Sou um prefeito municipalista”.
Do líder do Executivo Municipal, Saulo Sperotto.
Eleições
Prefeito Saulo Sperotto (PSDB) pode mesmo estar fora do páreo na próxima eleição municipal. Fontes da coluna, próximas ao prefeito, garantem que ele tem avaliado sua situação como muito delicada. Seu principal parceiro na administração, o PP, tem alardeado que pretende ter candidatura própria. O PFL deve sofrer intervenção e apoiar o PMDB.
Cortes
O governador Luiz Henrique confirmou a redução de 30% nos cargos comissionados como forma de reduzir o custeio da máquina administrativa. O governador confirmou que as propostas elaboradas pelo grupo de trabalho estão na linha de reduzir e racionalizar despesas para aumentar os investimentos, aumentando o poder das secretarias e dos conselhos de desenvolvimento regional "para que cada vez mais nas microrregiões do Estado".
Cortes I
Segundo ele, foi feita uma reengenharia das secretarias regionais e mesmo com a criação de seis secretarias, serão extintos 88 cargos de confiança. Com a mudança, em média, cada SDR terá 10,5 funcionários após a aprovação da reforma. Serão reduzidas as estruturas das secretarias regionais através de uma compactação de gerências e diretorias. Enquanto as de maior porte terão 19 funcionários, as médias terão 13 e as menores nove servidores.
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domingo, 28 de janeiro de 2007
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Em entrevistas ao G1, os cientistas políticos Fábio Wanderley Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Paulo Moura, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra-RS), afirmaram que o PMDB se caracteriza como um “partido dividido”, que se “adapta à lógica do poder local”.
“O PMDB é um partido muito gelatinoso, que não tem doutrina. Com o fim do regime militar, ele perdeu a bandeira da democracia e não a substituiu. Depois da morte de Ulisses Guimarães, ficou sem uma liderança nacional, com a possibilidade de disputar a presidência, mas preservou a máquina nacional, como uma federação de grupos nacionais”, disse Moura, ao analisar o fato de o PMDB ter elegido o maior número de deputados estaduais e distritais nas eleições 2006.
Segundo o cientista político da Ulbra-RS, “o PMDB se adapta em cada região do país à lógica do poder local.
Para Reis, "o PMDB tem muita força no país, pois soube capitalizar e alcançar uma penetração grande na período do bipartidarismo (regime militar)". “Como opera de forma pragmática, cria lideranças regionais, o que não leva à convergência de uma linha nacional ou federal”, destacou.
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Eu estava olhando uma fotografia dos chefes de estado do continente, nessa recente reunião deles no Rio, e de repente pensei: quando é que nós vamos nos livrar dessa gente? Não, não foi um assomo anarquista, vontade de sair metralhando autoridades, nem um comentário sobre a capacidade e o caráter dos retratados e muito menos uma reação, assim, Bornhauseana ao fato da maioria na foto ser de esquerda, com ou sem aspas. Era simplesmente uma reflexão sobre a necessidade de se ter presidentes.
A persistência do presidencialismo nos países que seguiram o modelo americano mostra como a idéia republicana ainda não pegou por completo. Ainda precisamos de soberanos, alguém que incorpore e dê uma cara ao estado e pelo menos finja que o comanda. E com todas as limitações institucionais, temporais e etc., a seus poderes, os presidentes são reis. Reis com prazo de validade, mas reis. Os ditadores, ou os que ultrapassam o prazo e eliminam as limitações, só estão reivindicando o que falta, além das pompas e dos paramentos, para serem reis mesmo. Tudo é nostalgia.
Se resgataria o ideal republicano desse renitente infantilismo político com o parlamentarismo, que não dispensa simulacros de monarquia, com seus presidentes apenas cerimoniais (ou, como no caso da Inglaterra, com monarquias encarregadas de serem a sua própria paródia), mas dá o poder real a uma assembléia e a um primeiro-ministro teoricamente submisso a ela, nada que lembre um rei. Mas o parlamentarismo não seria a alternativa adulta para o presidencialismo neste continente, seria a alternativa irrealista, que só dá certo para quem já tinha a prática, ou só vingou onde seu antecedente histórico direto foi o absolutismo dos reis. No Brasil, a hora certa do parlamentarismo era logo depois dos Pedros. Só que o exemplo americano foi mais forte.
E parlamentarismo seria para país pronto. Na foto dos presidentes reunidos no Rio havia pelo menos três que não incorporavam estados estabelecidos ou significavam uma continuidade, como faziam os reis dinásticos, mas representavam o desejo de outros estados e novos começos. O continente diferente que eles propõem talvez só possa ser conquistado assim, com a presunção de que são ungidos para liderar por disposição divina. Ou seja, nada que lembre um primeiro-ministro.
Quer dizer: talvez só se chegue ao ponto de um dia merecer o parlamentarismo e o que ele representa de maturidade e estabilidade políticas se prolongarmos nossa infância republicana por mais algum tempo.
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PERDA PARA O MAGISTÉRIO CATARINENSE
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da Folha Online
Virginia Mayo/AP
Bill Gates, o Presidente da Microsoft, vislumbra uma nova TV após impacto da internet"Estou espantado ao ver que as pessoas não percebem que, daqui a cinco anos, todos vão rir do que temos na TV", disse ele a líderes empresariais e políticos no Fórum Econômico Mundial.
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A China acaba de superar a Alemanha é a quarta economia do mundo, cresceu aproximadamente 10% no último ano e nós 2,3. E isso ai vamos remando como uma tartaruga
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Confira o Debate sobre o Programa de Aceleração do Crescimento
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sábado, 27 de janeiro de 2007
Elton Bomfim
"O Banestado foi um fiasco total. Essa talvez tenha sido a pizza mais importante."
A Agência Câmara publica, a partir de hoje, uma série de entrevistas com líderes e vice-líderes de partidos sobre a atuação da Câmara nesta última legislatura. Confira aqui a avaliação do líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), sobre os trabalhos desenvolvidos entre 2003 e 2006. Ele criticou os resultados das comissões parlamentares de inquérito e o fato de a maioria dos parlamentares investigados pelas diversas CPIs não ter sido condenada.
Segundo ele, o Psol fará uma oposição propositiva ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Agência Câmara - Ao final desta legislatura, qual foi o saldo do trabalho das CPIs e CPMIs? Houve apuração das responsabilidades ou o foco ficou na disputa política?
Chico Alencar - Depende da CPI. A do Banestado foi um fiasco total. Houve um acordo das grandes forças políticas - notadamente PT, PSDB e PFL - para acabar em pizza. E essa, talvez, tenha sido a mais importante, porque envolvia exercício de poder, exercício de mandato parlamentar, disputa político-eleitoral e o sistema financeiro, com remessa de divisas para o exterior. A CPMI dos Correios produziu avanços; o relatório que foi para o Ministério Público gerou uma denúncia importante, embora o resultado internamente tenha sido pífio.
Chico Alencar - Primeiro, uma reeducação política dos parlamentares para que esse processos não sejam partidarizados demais. Politizados eles sempre serão e a CPI é, necessariamente, um instrumento político. O que não pode é ser partidarizado, sobretudo com vistas a eleições. Um outro aspecto também, ao qual o parlamentar é muito sensível, é a superexposição midiática - o parlamentar estrela, o parlamentar que, antes de inquirir nas CPIs faz um auto-elogio enorme... Para isso ele tem a tribuna. Há muitas limitações, mas menos das estruturas das CPIs e mais do comportamento dos seus integrantes.
Agência Câmara - As cassações de mandatos foram justas? Entre os inocentados, algum deles deveria ter sido cassado?
Chico Alencar - O injusto foi a não retirada do mandato e dos direitos políticos da grande maioria submetida aqui a processo investigatório e a deliberação do Plenário - que, com o manto do voto secreto, acabou absolvendo quem não devia absolver.
Agência Câmara - Houve mudança no papel dos partidos depois da crise institucional dos últimos dois anos? Qual seria esse papel em um regime democrático?
Chico Alencar - Infelizmente não aconteceu mudança nenhuma. A última campanha eleitoral revelou que, se diminuiu o caixa-dois, ficou mais visível a privatização do processo eleitoral. Grandes empresas elegeram seus parlamentares: Itaú, Bradesco, Klabin, Companhia Sigerúrgica Nacional, Vale do Rio Doce - esses conglomerados têm mais de 100 deputados. É a maior bancada da Câmara. Isso é a financeirizaçã o da política, a privatização da democracia. Os partidos vão ficando cada vez mais reféns e os mandatos dos parlamentares cada vez mais comprometidos com esses financiadores.
Agência Câmara - Qual será a posição do Psol no novo governo do presidente Lula?
Chico Alencar - Faremos uma oposição propositiva. Entendemos que o governo Lula sofre da síndrome de estocolmo, ou seja, ficou prisioneiro, seqüestrado pelo capital financeiro hegemônico no mundo e assim permaneceu e acabou gostando desse tipo de operação. A nossa postura é de formar, na sociedade, uma grande frente contra o neoliberalismo e crítica em relação ao governo para buscar conquistas sociais.
Agência Câmara - Que outros aspectos serão enfatizados na atuação do partido?
Chico Alencar - Do ponto de vista parlamentar, faremos uma oposição programática: nunca vamos nos opor por birra nem fazer uma oposição superficial.
Agência Câmara - Depois do escândalo da "máfia das ambulâncias", a mídia e setores da sociedade civil sugeriram o fim das emendas individuais dos parlamentares ao orçamento. Essa mudança pode impedir a corrupção? Que outras conseqüências o fim das emendas pode trazer para o processo legislativo?
Chico Alencar - A emenda individual é uma tentação para a política de clientela, de curral eleitoral, para a política menor. O parlamentar vive das emendas e de faixas que ele mesmo manda fabricar, agradecendo a si mesmo por aquela iniciativa, dizendo que ele fez a ponte, o viaduto, a escola, a iluminação, o hospital. Então, a emenda individual é um atraso político. Ou ela acaba institucionalmente, ou continua para todos.
Chico Alencar - Os que defendem a contratação de parentes dizem que os cargos de confiança têm de ser preenchidos por pessoas confiáveis e que ninguém mais confiável que um parente. É melhor, em nome dos preceitos constitucionais da administração pública - a impessoalidade, a eficiência, a publicidade, a moralidade, a legalidade - acabar com qualquer forma de nepotismo. Eu tenho filhos, parentes muitíssimo competentes em diversas áreas, mas nunca senti necessidade de indicá-los e isso não seria correto.
Fonte: Agência Câmara 23.01.07
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Samir Amin, o conhecido professor e militante egípcio, referência no Fórum Social Mundial, fala à Carta Maior sobre a história da luta pela posse e do poder sobre a terra no continente africano e sua relação com as constantes guerras que devastaram vários países da região.
Flávio Aguiar - Carta Maior
NAIROBI - Em entrevista à Carta Maior, o professor egípcio Samir Amin analisa a história da luta pelo poder sobre a terra na África e os fatores que alimentaram os inúmeros conflitos militares que já atingiram a região. Ele relaciona um conjunto de fatores que, associados à estagnação social e econômica, alimentaram a eclosão desses conflitos e o surgimento dos "senhores da guerra".
CARTA MAIOR - Os lugares comuns sobre a África, uma vez que envolvem um mundo camponês, criam a imagem de um continente retardatário no tempo, um continente do passado. Ainda mais: a África não teria feito a "reforma agrária ao contrário", aquela do agronegócio. O que o sr. diz disso?
SAMIR AMIN - A imagem de que a África camponesa é uma África tradicional é bastante difundida, mas é uma imagem superficial e para mim falsa. As sociedades tradicionais existiam antes da colonização, elas existiam, estavam lá e eram diversas, não havia apenas uma, ou um tipo único. Elas tinham sistemas de hierarquização social, elas não eram necessariamente sociedades magníficas...
Essas sociedades não eram necessariamente modelos para o futuro: elas eram o que eram. Essas sociedades foram integradas no sistema econômico, social, político, colonial, capitalista. Elas foram transformadas, ou deformadas por esta integração. Em muitos casos, por exemplo, as antigas chefias foram não só conservadas, mas reforçadas pela colonização. Em outros casos elas foram destruídas porque elas estavam em conflito, numa guerra de resistência à colonização. Também outras chefias foram criadas artificialmente pela colonização.
De um modo geral, pode-se dizer que, como a terra era "abundante" na África, os interesses dos colonizadores belgas, ingleses, franceses concentravam-se na obtenção de produtos agrícolas tropicais de exportação, além dos da mineração. Era necessário obrigar a população a produzir esses produtos, o que não constava de suas tradições. Como em todas as sociedades camponesas tradicionais, o costume era o da auto-suficiência. Foi necessário obrigá-las através de diferentes meios: a obrigação de pagar um imposto em dinheiro. Para pagar esse imposto, era necessário obter algum dinheiro através da produção. Outro meio era o trabalho forçado, com punições quando a comunidade não produzia o suficiente. Tudo isso tornou-se possível durante um século ou pelo menos três quartos dele, porque a terra era abundante", os camponeses podiam ao mesmo tempo assegurar sua sobrevivência alimentar, embora em degradação contínua, e produzir para a exportação. É claro que não se pode chamar isso de um "sistema tradicional".
CM - Essa presença e herança do sistema colonial tem alguma relação com todas essas guerras que o continente africano suportou?
SA - Indiretamente sim. Mas devo dizer que este sistema não foi questionado pelos processos de independência dos países africanos. Ele foi de todo mantido em nome dos interesses das novas classes intermediárias entre o imperialismo e os povos camponeses. Pode-se chamar essas novas classes de burocracias, de burguesias a meias, de burocracias a meias, enfim, o que seja. Apesar disso, apesar de que estas reformas fundamentais não tenham sido feitas, a conquista da independência fez-se através de grandes movimentos de libertação nacional trans-étnicos. Eles não se fizeram em nome da autenticidade local, mas em nome de valores universais: os direitos da cidadania, da independência das nações. Nos anos sessenta, esses processos de independência foram acompanhados por políticas de desenvolvimento que, apesar de todas as suas limitações e características muitas vezes negativas, trouxeram algumas vantagens, sobretudo uma mobilidade social para cima, através principalmente da educação. A educação é uma reivindicação fundamental dentro do mundo camponês, na família camponesa. Para um pai de família camponesa, se seus filhos forem à escola, eles talvez terão a oportunidade de irem para a cidade e de ter uma profissão. E de, assim, poderem subir na hierarquia social. Os sistemas pós-coloniais deram de fato esta oportunidade.
Com isso, eles adquiriram sua legitimidade, sua credibilidade, mesmo se não fossem democráticos. Aos olhos de seus povos, eles eram legítimos, e é compreensível que assim fosse. Quando esse tipo de desenvolvimento esgotou-se, a classe dirigente começou a perder sua legitimidade. E foram elementos das classes dirigentes, que antes tinham uma política trans-étnica, que se voltaram para a etnia em busca de uma nova legitimidade. Vêem-se mesmo personalidades políticas que vinte anos antes tinham um discurso anti-culturalista, anti-étnico, em nome da unidade da nação, e que eram progressistas neste sentido, tornarem-se de repente defensores encarniçados da identidade cultural, etc. Vimos mesmo muitas ONGs que bajulavam essas posições em nome da diversidade cultural.
Foram tais opções, associadas à estagnação econômica e social, que criaram as condições favoráveis àquilo que podemos chamar de "guerras civis". Não são propriamente guerras civis. Não quero empregar a palavra "tribos". Não se trata de guerras entre sociedades tradicionais que se tenham odiado ao longo do tempo. Estas eram sociedade como todas as outras pelo mundo, que ora tinham relações pacíficas com seus vizinhos, ora estavam em guerra com eles, sem maiores conseqüências. Na maior parte do tempo tinham uma coexistência pacífica até os anos sessenta.
Jogou-se gasolina no fogo, e criaram-se, pode-se dizer, guerras civis "para-étnicas", pois nelas os líderes são os responsáveis pelas mobilizações étnicas. Freqüentemente as milícias que eles criam não servem para a proteção de sua etnia contra um inimigo que, aliás, não existe, mas servem isso sim para explorar suas próprias etnias. Eles usam, pode-se dizer, o sistema do "senhor da guerra".
CM - Mas há também a intervenção de potências imperialistas, como no caso presente da Somália.
SA - É claro. Uma situação dessas convida de modo ilimitado a intervenção de forças exteriores, das potências imperialistas.
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As melhores postagens
O Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Congresso em 2001, fixava em 7% do PIB os gastos em ensino. Infelizmente o professor-presidente FHC vetou. E Lula ainda não derrubou essa “herança maldita”.
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Pérola da Política
SE ACHA QUE ELAS VÃO DISCUTIR EDUCAÇÃO ? |
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John Lennon - Imagine (live)
John Lennon performs "Imagine" |
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
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Agora que o PMDB anunciou que está com o governo Lula e não abre, apesar de o senador eleito por Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, antecipar sua posição de oposicionista, chegou a hora de fazer a distribuição das benesses do poder.
Daqui e até que o presidente Lula nomeie seu novo ministério e dome seu instável PT para não correr o risco de ver na presidência da Câmara dos Deputados um outro Severino, veremos o espetáculo da fome por cargos e saberemos até onde vai o apetite dos “profissionais” do PMDB.
Terão espaço no governo de Lula estrelas reluzentes e influentes durante o reinado do “príncipe dos sociólogos” Fernando Henrique Cardoso, como os deputados Gedel Vieira Lima (BA), Eliseu Padilha (RS) e Jader Barbalho (PA), além do ex-ministro da Justiça de FHC Nelson Jobim, que ensaia vôos com pinta de favorito rumo à presidência nacional do PMDB.
Os senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), que comandam abertamente a ala governista do PMDB desde o início do governo Lula, ampliarão seus espaços.
Resta saber se Lula e o comando petista aceitarão abrir para os peemedebistas os ministérios, fundações, autarquias e estatais, com “porteira fechada”, como se diz no jargão do fisiologismo, permitindo a indicação de todos os cargos de direção, inclusive nos estados.
O segundo governo de Lula, então, nos dará a oportunidade de ver novamente em ação, na cena nacional, indicando uns carguinhos federais, figurinhas carimbadas como os derrotados Orestes Quércia (SP) e Newton Cardoso (MG).
Com tanta sede de ir ao pote, pode faltar cargo à disposição do PMDB. Sem falar que boa parte do PT, insuflada pelo ex-superministro José Dirceu, não abre mãos dos espaços já ocupados.
O presidente Lula vai tentar impor ordem na casa para tentar frear o programa “fome zero” dos novos aliados do PMDB tucano, digamos assim. Lula sabe que deve sua reeleição a programas como Bolsa Família e Pronaf, de apoio à agricultura familiar, e Luz no Campo, iluminando as casas dos caboclos no interior deste país afora e enchendo de votos as urnas eleitorais, principalmente nas regiões mais carentes do Brasil: o Norte e o Nordeste. E dificilmente abrirá mão de manter estes programas sob seu controle direto.
No último dia 29, 314 deputados federais – com nenhum voto contrário – aprovaram substitutivo do Senado Federal e recriaram a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), extinta por corrupta em 2001. A volta triunfal da Sudam só aguarda a sanção presidencial.
A Sudam foi palco de um dos maiores escândalos da República no governo FHC: a Polícia Federal e o Ministério Público apuraram, em mais de 250 inquéritos, que as fraudes com os incentivos fiscais do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam) podem ter saqueado os cofres da nação em mais de R$ 1,2 bilhão.
Deixo aqui, então, uma humilde sugestão ao presidente da República, que não aceitou ser fotografado ao lado de Jader Barbalho em audiência no Palácio do Planalto. Barbalho até agora não conseguiu emplacar seu nome no primeiro escalão, sequer na presidência do PMDB e está sendo escorraçado por boa parte da bancada de seu partido, que não o quer como líder.
Diante deste quadro, Lula bem que poderia dar uma forcinha ao parlamentar papa-chibé. É só nomear Jader Barbalho para o comando da Sudam. Com isso, além de cortar os intermediários, o presidente garantirá à frente da Sudam um especialista na autarquia.
Na dúvida, consulte o juiz federal Alderico Rocha Santos, da 2ª Vara Federal do Tocantins, que mandou prender Jader Barbalho, apontando-o como “chefe da quadrilha” que saqueou os cofres da Sudam. Certamente, Rocha Santos terá argumentos para oferecer.
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terça-feira, 23 de janeiro de 2007
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Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Sydney sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana.
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:- Ele sempre te trata com tanta grosseria?- Sim,infelizmente é sempre assim.- E você é sempre tão atencioso e amável com ele?- Sim, sou.- Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?- Porque não quero que ele decida como eu devo agir. Nós somos nossos "próprios donos". Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. Não são os ambientes que nos transformam, e sim nós que transformamos os ambientes!
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segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
20/1/2006
"O presidente Lula acabou de demonstrar que quatro anos não dá para nada". (Fernando Henrique Cardoso, em defesa da reeleição).
“Ir para onde está o silêncio! Esta é a responsabilidade de um jornalista: dar voz àqueles que foram esquecidos, abandonados e afastados pelo poder”. (Amy Goodman, jornalista americana, autora do livro “Corrupção à americana”.)
“Desfruto do raro momento de ver jornalistas aflitos por não saberem se será Alckmin ou Serra o candidato do PSDB à sucessão de Lula. Tal momento não tem preço”. (Miro Teixeira, deputado do PDT do Rio).
“Ele (Palocci) não pediu demissão. E se pedisse eu não aceitaria”. (Lula)
“Eu hoje faço parte da LBA, a legião de brasileiros arrependidos de votarem em Lula”. (Garotinho)
“Eu chutei o balde”. (Francenildo Costa, o caseiro que derrubou Palocci.)
“A situação é tão confusa que até o PMDB ameaça se bandear para o lado da oposição”. (Rodrigo Maia, líder do PFL na Câmara dos Deputados).
“Sabe quem dançou hoje? O povo brasileiro”. (Cézar Schimer, relator do pedido de cassação do deputado João Paulo Cunha, absolvido pela Câmara).
“Relevante destacar que todas as imputações feitas pelo ex Deputado Roberto Jefferson ficaram comprovadas". (Antonio Fernando Souza, Procurador Geral da República, na denúncia apresentada sobre o mensalão).
“A Petrobras tinha atividades ilegais em meu país. As companhias petrolíferas não pagam impostos e são contrabandistas. Que direito jurídico elas podem exigir?” (Evo Morales, presidente da Bolívia.)
“O PT e o governo conseguiram desmoralizar o escândalo”. (Max Camilo, morador de Nova Lima, Minas Gerais).
“Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa. A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira”. (Cláudio Lembo, governador de São. Paulo).
“Primeiro, tem corrupção na sala ao lado, mas ele não sabia. Isso é omissão, que já não é possível. Agora é cinismo mesmo, que é imperdoável, é mais grave que a omissão. Como dizer que corrupção não tem problema? Omissão pode se justificar, mas cinismo é imperdoável”. (Geraldo Alckmin)
“Apedrejaram a democracia”. (Ministro Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, a propósito da invasão por 300 sem terra do prédio da Câmara dos Deputados).
"Nossa campanha vai ser como a seleção do Brasil na Copa de 70. Na hora certa, o talento vai aflorar, vai aparecer”. (Geraldo Alckmin)
“Hoje temos um presidente que não trabalha e bebe muito como dizem por aí”. (Senador José Jorge, do PFL de Pernambuco, candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin.)
“Quando as pessoas vêm para o hospital e morrem na mão do (Adib) Jatene, mesmo que ele tenha feito um erro, todo mundo morre satisfeito, morreu na mão do melhor. Isso é como o Zico perder um pênalti, ninguém vai dizer que ele é grosso, ele errou”. (Lula)
“Eu tenha cara de ambulância, tenho?” (Senador Heráclito Fortes, PFL-PI, irritado por ter sido confundido pelo Jornal Nacional com o senador Ney Suassuna, PMDB-PB, acusado de envolvimento com a compra superfaturada de ambulâncias).
“Lula é nordestino, conhece nossas raízes e nossas carências.” (Fernando Collor, ao declarar seu apoio à reeleição de Lula.)
“Há provas suficientes para responsabilizar um elevado número de parlamentares. Isso é inquestionável”. (Deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), presidente da CPI dos Sanguessugas).
“Infelizmente um Congresso desmoralizado reflete um governo desmoralizado. Até porque nenhum parlamentar conseguiria mensalão se não tivesse um governo corrupto, que viabiliza a liberação de emendas apenas para parlamentares corruptos”. (Heloísa Helena, candidata do PSOL à presidência da República).
"Muitas vezes você está na cozinha de sua casa, tomando chimarrão, e não sabe o que seu filho está fazendo na sala ao lado". (Lula, ao responder a um jornalista gaúcho sobre o mensalão.)
“Não sei se conseguiremos fazer tudo que é preciso (...) Se a gente não cumprir é porque houve fatores extraterrestres que não permitiram que cumpríssemos”. (Lula, sobre as promessas para o segundo governo).
“Uma amiga me disse que o PT parece um arrastão: não dá pra saber se o garoto que pegou sua sandália recebia ordens do chefe”. (Caetano Veloso no Blog do Moreno).
"O PT não põe sujeira embaixo do tapete. Corta na própria carne, passa por vexame. A gente vai até o final e corta na carne”. (Marta Suplicy, nova coordenadora da campanha de Lula em São Paulo).
“Saí da direita e fui para a esquerda apoiar Lula. Aí o PT veio para a direita. Acabei ficando no mesmo lugar”. (Deputado José Múcio Monteiro, líder do PTB na Câmara).
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J. Carlos de Assis. Economista e Professor
A roda da História recomeçou a mover-se na América Latina. Depois de mais de duas décadas de virtual congelamento dentro da ordem neoliberal, que levou ao extremo seus problemas crônicos de desemprego, subemprego e estagnação econômica, o sub-continente revive politicamente em busca de um projeto de desenvolvimento comandado pelo imperativo de superar seus gargalos econômicos e sociais históricos, e não pelas expectativas de ganhos espoliativos das elites financeiras locais associadas ao sistema financeiro internacional. A ressurgência de um projeto de esquerda latino-americano - inicialmente pelas mãos de Hugo Chavez, da Venezuela, logo reforçado por Nestor Kirchner, da Argentina, e agora incorporado por Evo Morales, da Bolívia, e Rafael Correa, do Equador -, enquadra-se perfeitamente naqueles processos dialéticos descritos por Marx e, antes dele, por Hegel, pelos quais a História marcha necessariamente por efeito de polarizações (teses e antíteses) e sínteses, seja no plano dos interesses materiais (Marx), seja no plano das idéias (Hegel). O surpreendente não foi a proclamação do “socialismo do século XXI”, de Chavez. Há muito que se configurou o fracasso do neoliberalismo imposto à América Latina pelas elites financeiras internacionais através das agências multilaterais, por elas dominadas, e pelos governos europeus ocidentais e dos Estados Unidos. A reação deveria surgir cedo ou tarde. Poderia ter surgido com conseqüências mais dramáticas a partir da eleição de Lula, no Brasil. O fato de não ter surgido apenas acentuou o fracasso do modelo neoliberal em mãos do próprio Lula. É evidente que o simples rótulo de “socialismo do século XXI” não constitui uma proposta política consistente. É uma espécie de marco ideológico visualizado quilômetros à frente para sinalizar a direção da caminhada. Esta, objetivamente, constitui por enquanto uma incógnita. Chavez certamente não quer substituir o capitalismo enquanto sistema econômico. Nessa altura do século, não dá para replicar o sistema soviético ou cubano. O que ele provavelmente busca é um modelo misto, pelo qual as empresas estratégicas são comandadas pelo Estado. É o que se chama de capitalismo regulado. Não é nenhuma novidade. Surgiu na Suécia, no início dos anos 30, ganhou forte impulso com o New Deal norte-americano e e consolidou-se no pós-guerra na Europa Ocidental com o nome de social-democracia. Esse sistema teria sido a escolha natural de um modelo de sociedade pelos antigos sócios quando a União Soviética desmoronou, não fosse a tremenda pressão política dos neoliberais ocidentais para impor as leis do mercado onde antes havia o socialismo real. A América Latina foi arrastada nessa onda. O Brasil teria sido decisivo numa reação, mas funcionou na direção do aprofundamento do modelo neoliberal. Com Collor, e mais conscientemente com Fernando Henrique, “escolhemos” abertamente a alternativa do mercado, privatizando inclusive empresas estratégicas, e adotando uma macroeconomia restritiva do crescimento. É importante notar que, no plano ideológico, os partidos da esquerda européia que sempre inspiraram a esquerda local também se tornaram neoliberais, o que dificultou a formulação de alternativas. Quando se observa a História recente em largos traços, o que se verificou, com o fim da União Soviética, não foi a derrota do socialismo real apenas, mas uma tentativa de esmagar a própria social democracia. Exemplo disso é o projeto da Constituição Européia, que coloca em pé de igualdade os princípios da defesa dos direitos humanos e do mercado não regulado. O que nos difere dos principais paises da União Européia é que eles já construíram o Estado do bem estar social, enquanto nós apenas esboçamos esse projeto, ainda assim com resistência forte dos conservadores. Por mais impreciso que seja o “socialismo do século XXI” de Chavez,sua simples proclamação serve para sacudir as consciências da América Latina e acender o debate político quanto ao nosso destino comum. Afinal, já é tempo de retomar o debate sobre que tipo de sociedade queremos ser, que tipo de Estado queremos ter, e que tipo de economia deverá suportar essa sociedade e esse Estado. É um engodo a idéia de que essa discussão, típica expressão da cidadania, é desnecessária porque já foi ou será resolvida pelo “mercado”.
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Sempre que vejo pessoas trabalhando em projetos humanitários atendendo a pobres, dependentes químicos e a portadores de problemas mentais como no Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis no qual participo, me vêm à mente duas interpelações: por que tanto sofrimento no mundo visível e invisível? A segunda interrogação é: de onde as pessoas que se dispõem a conviver com aquelas, tiram energias assistindo-as quais simãos-cirineus, tentando fazer seu sofrimento mais leve? De que fonte secreta bebem?
Primeiramente há de se admitir que tais pessoas fazem muita falta, pois o sentimento humanitário não é o que prevalece no mundo. A cultura dominante é materialista, exalta o individualismo e o prazer, favorecendo a indiferença face à dor dos outros. Assim aumenta o desamparo humano, pois o terrível não é tanto o sofrimento em si mas a solidão no sofrimento, o fato de ninguém se mostrar bom samaritano e se curvar sobre o caido em tantas estradas da vida.
As pessoas que, contrariamente à tendência dominante, optam pela com-paixão e por servir aos outros necessitados, precisam continuamente beber de alguma fonte secreta e alimentar uma visão espiritual da vida. Caso contrário, podem sucumbir face à dureza daquela opção em si tão generosa.
Antes de mais nada, importa ter uma visão diria, filosófica, da condição humana. Esta é composta de alegria e de dor, de realização e de frustração, de sonho e realidade. Somos seres de sabedoria (sapiens), de racionalidade e de propósito e ao mesmo tempo seres de demência (demens), de agressividade e de violência.
O desafio da vida é fazer com que o pólo positivo prevaleça sobre o negativo, embora ambos sempre coexistam. Constatamos, entretanto, que em muitos domina o pólo negativo, gente que se perdeu por aí e que não deu certo na vida. Precisamos crer que neles também se esconda o outro pólo, o positivo. que deve ser ativado e alimentado.
Assumida esta perspectiva de base, há de se viver uma atitude de com-paixão. Ter compaixão não significa ter dó. É a capacidade de sair de si, de transferir-se para o lugar do outro e compartilhar de seu sofrimento. Pertence à compaixão acolher o outro como ele é, não querer interferir sabendo que cada qual tem o seu caminho. É importante estar junto dele, não obstante o sentimento de impotência, mas sempre com respeito face ao destino de sua vida, às vezes trágica.
Por fim, há que se ver nos "caidos na estrada" filhos e filhas crucificados de Deus. Eles gritam por ressurreição. Cada pequeno gesto de acolhida e de compreensão pode significar para eles um sinal de ressurreição. Como negar-lhes esta esperança?
Para se manter este tipo de humanismo é importante alimentá-lo mediante um aparelho de conversa sobre problemas humanos. Destarte entendemos melhor a condição humana e como podemos suavizar as constradições. Mais que tudo a oração e a meditação são fontes alimentadoras de uma visão espiritual da vida. É beber da fonte inesgotável do Ser.
Quantas vezes não nos sentimos obrigados a suplicar forças para continuar, pois a situação dos pobres não raro é infernal e sem solução. Outras vezes temos vontade de gritar: "Ó Pai, não esqueças que todos estes são também teus filhos e filhas. Não os deixes assim desgarrados. Cuida, por favor, deles pois são tantos e nós tão poucos".
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Leonardo Boff
09/12/2005
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Tudo que é sadio pode ficar doente. A parte sadia pode curar a parte doente. Saúde, sabem-no seus operadoras, não é a ausência de danos, inerentes à condição humana. É a força de viver com esses danos e ainda crescer humanamente com eles. Esta perspectiva vale para a crise que atingiu o PT e toda a classe política. A doença da corrupção é ocasião de melhorar a democracia e a política em todos os partidos.
Esta leitura não desculpa dos erros cometidos mas denuncia o moralismo que faz desses erros doença terminal. Por protesto que mascara o moralismo muitos tendem a abandonar o partido. Com isso agravam a disperssão das forças de esquerda que ficam enfraquecidas como alternativa às forças conservadoras que construiram o pais desigual e injusto que herdamos. Estas aproveitam a atual crise que tem origem no PT para poderem voltar e continuar a fazer o que sempre fizeram. Quero apresentar alguns argumentos em favor da permanência no PT.
É aconselhável ficar no PT porque através dele um filho do caos social e representante dos movimentos sociais populares chegou à Presidência depois de séculos de exclusão e marginalização das classes populares. Lula tem a cara do povo e se fez depositário de suas esperanças.
É aconselhável ficar no PT porque ele representa a ruptura do poder político que sempre dominou na história brasielira, organizando o Estado e gerenciando o Governo em benefício das elites econômicas, sociais e intelectuais.
É aconselhável ficar no PT porque ele fez avançar a democracia com qualidade social e emancipatória. A Bolsa Família, o microcrédito, o crédito consignado, o apoio à agricultura familiar e outras iniciativas sociais beneficiam milhões de pessoas. Isso vai além das políticas meramente compensatórias, o que faz a diferença da macroeconomia do governo anterior. Com o PT no governo serão mais ampliadas.
É aconselhável ficar no PT porque ele representa o espaço no qual os ausentes da história se fazem presentes e os injustamente emudecidos aprendem a discutir os problemas do Brasil e do mundo. Sob o Governo Lula há diálogo com os movimentos sociais e não são criminalizadas.
É aconselhável ficar no PT porque o partido é mais que instrumento de um projeto alternativo de Brasil pois encarna uma história de resistência e de luta construida durante 25 anos, gerando sentimento de pertença coletivo e verdadeira comunidade de destino, com valores políticos novos e ampla participação de estratos antes excluidos.
É aconselhável ficar no PT em fidelidade e lealdade aos milhões de simpatizantes e milhares de militantes que apesar dos erros cometidos pelo grupo dirigente, continuam acreditando nos ideais generosos do PT e alimentando a esperança de que tudo é resgatável e ocasião de aprendizado. O PT é uma construção do povo conscientizado.
É aconselhável ficar no PT para ajudá-lo a sanar suas feridas, refundá-lo se for preciso, para que realize a segunda abolição, da pobreza e da miséria, com políticas mais inclusivas e conferir um caráter mais social e ético à democracia.
É aconselhável ficar no PT para reforçar as esquerdas mundiais, dispersas e confusas face às artimanhas sempre flexíveis dos donos do poder mundial, para que possam resistir e manter a esperança de que outro mundo é possível .
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domingo, 21 de janeiro de 2007
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Deu no Site Congresso em Foco
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A demora do presidente Lula para anunciar seu ministério está gerando especulações de políticos e especialistas com relação à negociação de cargos em troca de apoio à candidatura do líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que disputa a presidência da Casa.
Ontem, durante visita a Porto Alegre (RS) o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), também candidato ao cargo, disse que pedirá a convocação de pessoas ligadas ao governo para esclarecer a atuação delas na disputa para o comando da Casa. "Queremos esclarecer qual a participação do governo. Não é uma coisa normal [montar ministério depois da eleição]", disse, pedindo aos eleitores que acompanhem a disputa na Câmara e depois analisem a formação do ministério.
Consultado pelo jornal O Globo, o professor Roberto Romano, da Unicamp, que é especialista em ética na política, argumentou que o fato de Lula estar adiando o anúncio do novo ministério mostra que ele pode estar usando a barganha por cargos para interferir na eleição da presidência da Câmara.
"Isso não é nada correto do ponto de vista da relação de paridade entre os Poderes", disse o professor ao jornal. "Mas o Executivo precisa ter boas relações com o presidente da Câmara, para ter acolhidos os projetos polêmicos do governo", analisou ele, citando exemplos de projetos polêmicos que estão em jogo como o das reformas tributária e previdenciária e a discussão sobre o orçamento com contingenciamento de recursos para os estados.
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) quer evitar um desgaste do partido em 2010 quando os tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) podem se lançar candidatos à Presidência da República.
Para impedir o conflito interno, FHC tem defendido o lançamento de uma chapa puro sangue do PSDB que teria Serra como presidente e Aécio como vice.
A idéia é eleger os dois e fortificar o nome de Aécio Neves para disputar com Lula a presidência em 2014.
É a vontade de chegar novamente a presidência que tem dividido os tucanos. De um lado há os que defendem que o partido deve fazer uma oposição pesada ao governo para marcar bem a diferença. De outro lado, há os que querem conquistar o eleitorado de Lula.
Para preparar o terreno, tanto Aécio, quanto Serra devem adotar a segunda linha e fazer uma oposição moderada ao governo, sem ataques diretos a Lula. Na luta pela presidência, os dois tentarão minimizar a imagem de “partido de direita” do PSDB, defender teses populares e conquistar o apoio de Lula.
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Marcadores: História
sábado, 20 de janeiro de 2007
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Estou dentro da corrida presidencial para 2008 e estou entrando para ganhar.
Hoje anuncio que vou formar um comitê exploratório para cuidar da campanha para a apresidência. Não estou começando a campanha agora. Quero antes poder conversar com vocês.
É preciso mudar de forma prática nossa política exterior, a interna e a de segurança nacional, colocando o foco em tentar acabar o mais rápido possível com a guerra do Iraque e expandir o seguro social.
Eu nunca tive medo e tenho certeza que podemos derrotar a à máquina republicana.)
Do leitor que se assina Retafinal em comentário postado embaixo desta nota:
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Presidente Hugo Chávez en la ONU, 20 de septiembre de 2006
El Presidente Hugo Chávez en su discurso ante la Asamblea General de la Organizacióin de Naciones Unidas (ONU) este 20 de septiembre de 2006. En su intervención, el presidente venezolano respondió contundentemente al presidente Bush, denunció las políticas del gobiern estadounidense en contra de aquellos países que denomina "eje del mal", lo acusó de amparar a terroristas como Luis Posada Carriles, y lo llamó "Diablo" por su inmoralidad y doble rasero. |
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sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
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