segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Já foi mais fácil



Papai Noel ou Menino Jesus?
Devido à minha barba longa e aos cabelos brancos, muitas crianças me vêem e me chamam de Papai Noel. Eu lhes explico, sem convencê-las, que sou apenas o irmão do Papai Noel. E que minha função é olhar pelas crianças, observar se elas estudam direitinho, se tratam bem os coleguinhas e se escutam os bons conselhos de seus pais. Digo-lhes que depois conto tudo ao Papai Noel que, então no Natal, vai lhes trazer belos presentes. Num dia desses, uma me seguiu curiosa. Quando me viu entrar no carro correu para o pai e lhe disse:"Pai, o Papai Noel não veio de trenó; ele veio de carro".
Esse é um tipo de Natal com seu respectivo imaginário. Papai Noel é uma figura do mercado. Ele é o bom velhinho que trata de seduzir as crianças para que seus pais lhes comprem presentes. A memória de que ele representa São Nicolau que também trazia presentes despareceu para dar lugar à figura infantilizada do bom velhinho que tira do saco surpresas que antes foram compradas e postas lá dentro.
Como em todas as casas há televisão – pode faltar o pão mas nunca a televisão – as crianças pobres vêem o Papai Noel e sonham com o mundo encantado que ele mostra, cheio de presentes, carrinhos, bonecas e brinquedos eletrônicos a que elas dificilmente terão acesso. E sofrem com isso apesar de manter o brilho encantado de seus olhinhos infantis. O mercado é o novo deus que exige submetimento de todos. Dai que as crianças pressionam seus pais para que Papai Noel também passe lá por "casa". Então são os pais que sofrem por não poderem atender ao filhos, seduzidos por tantos objetos-fetiche mostrados pelo Papai Noel.
O mercado é uma maiores criações sociais. Mas houve e há muitos tipos de mercado. O nosso, de corte capitalista, é terrivelmente excludente e por isso vitimizador de pessoas e de empresas. Ele é apenas concorrencial e nada solidário. Só conta quem produz e consome. Quem é pobre deve se contentar com migalhas ou apenas viver na marginalidade. No tempo de Natal, o Papai Noel é uma figura central do consumo para quem está dentro do sistema e pode pagar.
Diferente é o Natal do Menino Jesus. Ele nasceu de uma família pobre e honrada. Por ocasião de seu nascimento numa gruta, entre animais, anjos cantaram no céu, pastores ficaram imobilizados de emoção e até sábios vieram de longe para saudá-lo. Quando grande, fêz-se exímio contador de histórias e pregador ambulante com uma mensagem de total inclusão de todos, começando pelos pobres a quem chamou de bem-aventurados. As pessoas que guardam sua memória sagrada, na noite de Natal, ouvem a história de como nasceu, celebram a presença humanitária de Deus que assumiu a forma de uma criança. Festejam a ceia com a família e os amigos. Aqui não há mercado nem excluidos. Mas luz, alegria e confraternização. A troca de presentes simboliza o maior presente que Deus nos deu: Ele mesmo na forma de um infante. Ele nos alimenta a esperança de que podemos viver sem o Papai Noel que nos vende ilusões.
Dom Pedro Casaldáliga diante de um indiosinho recem-nascido escreveu:"Não vi a tal da estrela, mas vi um Deus muito pobre. Maria estava desperta, desperta estava a noite. E estava sobressaltado para sempre o rei Herodes". O rei Herodes não é mais uma pessoa, mas um sistema que continua devorando pessoas no altar do consumo solitário.
Leonardo Boff Teólogo

domingo, 24 de dezembro de 2006

Os movimentos sociais irão, de fato, defender os interesses dos trabalhadores?
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Há uma postura da CUT que, se levada a sério, merece respeito. Trata-se da manifestação ao presidente de que a entidade se opõe a eventuais alterações na Previdência: “Queremos uma reforma para incluir quem está fora, não para tirar direitos de quem está dentro”, afirmou João Felício, secretário de Relações Internacionais da central. Se for pra valer, bravos!Em meio a tantas notícias e fatos desagradáveis, chega ao meu conhecimento um documento que indica mudanças na postura de movimentos e entidades que defenderam Lula em seu primeiro mandato. Se isto acontecer merecerá todo apoio do povo brasileiro. Em reunião com Lula, no Palácio do Planalto, representantes de vários movimentos sociais apresentaram documento cujo conteúdo aponta para a necessidade urgente de que Lula, finalmente, se alie ao povo que o elegeu, mudando as prioridades políticas e econômicas seguidas até hoje.
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Além de elencar uma série básica de áreas a receber investimentos significativos, gerando desenvolvimento econômico sustentável com inclusão social, os presentes afirmaram que “os movimentos sociais se mobilizarão para garantir que todos os direitos sociais sejam garantidos e ampliados”. Esta fala franca demonstra uma significativa mudança na postura adotada até hoje pelos movimentos que compõem a CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), constituída ainda em 2003 com o objetivo de apresentar proposta de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento interno, sem amarras com o capital internacional.
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Após a constituição da CMS, com medo de enfraquecer o governo Lula, várias entidades que a compõem recuaram em sua decisão de ir para o enfrentamento, em que deveriam se opor às ações dos setores empresariais que já pressionavam o governo a atender às suas reivindicações. Tal recuo foi catastrófico para o conjunto do povo brasileiro, especialmente para os trabalhadores. As reformas exigidas pelo capital entraram em pauta e muitas delas foram aprovadas em detrimento dos direitos trabalhistas, como no caso da reforma da Previdência, que onera trabalhadores e alivia a folha de pagamento das empresas. Além dessa, a nova Lei de Falências e a reforma tributária se tornaram instrumentos que fazem aumentar os lucros empresariais e esvaziam o bolso do trabalhador e do consumidor.
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O que podemos esperar é que essa postura da CMS não seja apenas um jogo de cena, que seja, de fato, a determinação em defender com “unhas e dentes” os interesses dos seus integrantes e do povo brasileiro, aos quais dizem representar. Tal atitude implicará na determinação de deixarem de ser “movimentos chapa branca” como o foram alguns nos primeiros quatro anos do governo Lula, agindo contra a mobilização popular.
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Da parte do presidente, o que se tem de informação quanto à sua postura nessa reunião, é de que continua com sua fala dúbia, não se expressando claramente, diferentemente do que faz quando se reúne com os setores empresariais. Além do mais, suas palavras reforçam o que tem dito quanto à sua determinação de levar adiante mais uma reforma previdenciária, aprofundando o assalto aos direitos dos trabalhadores que contribuem compulsoriamente com a Previdência Social, enquanto deveria punir as grandes e médias empresas sonegadoras da mesma Previdência. Ainda que garanta que irá submeter tal projeto à discussão com os setores sociais, de fato demonstra pretensão de reduzir essa discussão ao Fórum Nacional do Trabalho, um organismo “tripartite”, composto por pessoas por ele mesmo majoritariamente indicadas e que fazem parte do seu mundo de relações pessoais, portanto extremamente viciado.
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Nesse contexto, há uma postura da CUT que, se levada a sério, merece respeito. Trata-se da manifestação ao presidente de que a entidade se opõe a eventuais alterações na Previdência: “Queremos uma reforma para incluir quem está fora, não para tirar direitos de quem está dentro”, afirmou João Felício, secretário de Relações Internacionais da central.
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Se for pra valer, bravos! Contando com os meios que a entidade dispõe, esclareça, oriente e convoque os trabalhadores a uma verdadeira mobilização - que não deve descartar a possibilidade de uma grave geral -, que iremos ocupar as ruas das grandes cidades, constituindo um amplo Mutirão Por Mudanças Estruturais neste país, em busca da justiça social e da eliminação das desigualdades brutais que marcam criminosamente a sociedade brasileira.
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Esperamos que isso realmente aconteça, que não seja mais uma embromação, para o bem da nação!
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Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

FRACASSO NA CRIAÇÃO DE EMPREGOS

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Governo Lula criou 2,464 milhões de empregos em 4 anos
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Metade das vagas é concentrada na faixa de trabalhadores entre 24 e 48 anos
Irany Tereza
RIO - A criação de 10 milhões de empregos em quatro anos foi apenas promessa de campanha, apesar de o presidente Lula negar o fato. Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre -, o total de novas vagas foi de 2,464 milhões. São as áreas com maior potencial empregador, com quase 30% da população brasileira.
A taxa média de desemprego caiu, como atesta levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento. Ficará em torno de 10% e deve continuar caindo em 2007, mas ainda em ritmo lento, à espera do aquecimento da economia.
O retrato do mercado de trabalho no primeiro mandato de Lula exibe um trabalhador com pior remuneração, mas mais formalizado. Mostra que o desemprego atinge com mais intensidade a população mais jovem, apesar do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego, que não decolou. E aponta agora para o início da recuperação do poder de compra do trabalhador.
"É necessário um aumento real de 2,1% para recuperar perdas e igualar o valor médio ao de 2002. Isso vai ser muito facilmente alcançado em 2007 e, aí sim, vai haver progresso de fato", afirma o pesquisador do Ipea, Marcelo de Ávila.
Em 2002, o rendimento médio real do trabalhador, que já vinha em queda, era de R$ 1.078,92, em valor de novembro de 2006, mês que teve o maior valor médio real do primeiro mandato de Lula: R$ 1.056,60, pelos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.
Os resultados de dezembro e a média fechada de 2006 serão divulgados em janeiro de 2007. Ávila pondera que um exercício de simulação que iguale todas as regiões do País ao mesmo perfil metropolitano dos seis maiores centros urbanos - o que considera irreal e estatisticamente incorreto - revelaria, aproximadamente, a criação de 8 milhões de empregos. "Não são os 10 milhões prometidos, mas é um número bastante forte", comenta.
Para o economista José Márcio Camargo, da consultoria Tendências, a taxa de desemprego continuará caindo, mas lentamente, no ritmo da economia, "que cresce pouco, mas cresce".
Mas, apesar do forte ritmo de crescimento do emprego formal, a informalidade continuará sendo a base do mercado, com mais da metade da força ocupada. "É razoável pensar que o mercado formal encontrará um ponto de equilíbrio em torno de 45%", avalia ele.
Camargo atribui o fenômeno à alta cunha fiscal, que onera em demasia o custo das empresas e faz boa parte dos trabalhadores optar espontaneamente pela informalidade, em busca de rendimentos maiores, sem o desconto da carga tributária. O crescimento recente das vagas formais, acredita, deve-se ao avanço do setor exportador, obrigatoriamente formal, e a mudanças na legislação, como o banco de horas, que diminuíram um pouco o custo da formalização.
Faixa etária
Dos quase 2,5 milhões de vagas criadas de 2003 a 2006, nas regiões pesquisadas pelo IBGE, quase metade (1,3 milhão) ficou concentrada na faixa de trabalhadores entre 24 e 48 anos, segundo mostra a compilação feita pelo Ipea.
A decomposição dos dados expõe a boa notícia do fraco crescimento do trabalho infantil: só 13 mil empregos foram dirigidos a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos que, pelos critérios estatísticos, pertencem à camada da chamada "população em idade ativa".
Entre a população com idade entre 15 e 17 anos, foram 12 mil. Mas também o jovem trabalhador, entre 18 e 24 anos, teve pouco espaço: 172 mil novas vagas. "A competitividade do mercado de trabalho beneficia as empresas e pune o trabalhador que busca ingressar no mercado. Pessoas um pouco mais velhas, com alguma experiência e qualificação têm a preferência pela vaga", diz Ávila, referindo-se à relação entre a oferta e a procura no mercado.
Essa corrente é considerada natural e positiva pelo economista André Urani, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), para quem o programa do governo para estimular o aumento de vagas para os jovens é equivocado. "O Primeiro Emprego é um erro, subsidia a troca de um pai de família por um jovem no mercado de trabalho. Por sorte, foi feito de maneira errada e não deu certo."
Urani argumenta que, no mundo inteiro, a prioridade de acesso ao trabalho não recai sobre o jovem. A demora ao acesso ao mercado acompanhada de maior permanência na escola é positiva para elevar a qualificação e aumentar a competitividade dos trabalhadores. "Eles terão mais condições de entrar no mercado pela porta da frente e não pela dos fundos", explica.
O que vem massacrando o ingresso ao primeiro emprego, diz ele, é a migração industrial, que retira capacidade de oferta dos grandes centros, que não encontram outra vocação de mercado. Este cenário está sendo montado principalmente em São Paulo, que vem perdendo o perfil industrial sem substituí-lo por um quadro de serviços à altura de absorver a força de trabalho. Também ocorre nos subúrbios do Rio de Janeiro. "As regiões metropolitanas estão tendo muita dificuldade de se reinventar", conclui.

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ESTADÃO

PARA PENSAR NO NATAL
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"Se o PSDB, repleto de eminentes figuras perseguidas pela ditadura, foi parar nos braços da direita representada pelo PFL, e agora o PT bandeia para a social-democracia, os pobres que se cuidem”.
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Frei Betto é escritor e autor de Gosto de uva (Garamond).

ELEIÇÕES MOBILIZARAM 1 MILHÃO NO ORKUT
Estudo da ESPM analisou blogs, comunidades on-line e YouTube.
'Militantes' usam a rede para divulgar campanhas 'anti-candidatos'.

Maria Angélica Oliveira, do G1, em São Paulo
entre em contato


Comunidades de apoio a Alckmin e Lula no Orkut
Milhares de brasileiros encontraram na internet uma nova forma de participar das eleições . Durante a campanha eleitoral pela Presidência da República, mais de 1 milhão de pessoas ingressaram em comunidades no Orkut relacionadas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

No YouTube, vídeos sobre os candidatos tiveram centenas de milhares de acessos.


Os dados, revelados pela pesquisa "Internet e Esfera Pública", do Centro de Altos Estudos de Propaganda e Marketing da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), mostram que, no Brasil, a influência da rede ainda é incipiente quando se trata de campanhas eleitorais, mas revelam que está mudando o modo como as pessoas participam de uma eleição e definem seus votos.

A pesquisa analisou blogs, sites de comunidades de Lula e Alckmin no Orkut e vídeos relacionados às eleições mais visualizados no YouTube. O estudo é dos pesquisadores Clóvis de Barros Filho, Marcelo Coutinho e Vladimir Safatle.

Como esse foi o primeiro levantamento realizado no país relacionando internet e eleições, ainda não é possível comparar o resultado com anos anteriores.

No entanto, as experiências observadas em países muito à frente do Brasil nesse quesito apontam para o aumento do poder da internet nas próximas campanhas. O pesquisador Marcelo Coutinho faz um alerta a quem tem pretensões políticas para 2008 ou 2010.

“Se você quer mobilizar os eleitores mais fiéis, tem que usar a internet. E comece a usar isso agora porque, à medida que a penetração for crescendo no conjunto da população, isso vai ganhar cada vez mais relevância”, aconselha.

O perfil dos eleitores que navegam na web para "militar" é o de pessoas que buscam mais informações para participar da vida política. Não são, necessariamente, filiados a partidos.

Coutinho esclarece que a tendência de aumento do poder da rede nas eleições dependerá, em primeiro lugar, do aumento do número de eleitores que têm acesso à web.

No Brasil, esse percentual é de 25%, mas não é possível saber quantos eleitores dentro dessa parcela utilizaram a internet com essa finalidade. No Reino Unido, Suécia, Alemanha e Finlândia, o índice ultrapassa os 60%. E, nos Estados Unidos, chega a 86%.

O pesquisador destaca outros dois fatores que definirão o impacto da internet nas próximas campanhas. Um deles é a eficiência dos partidos em utilizar os recursos disponíveis na rede para mobilizar os eleitores.

Não se trata apenas de construir ambientes de fácil navegabilidade e visualmente atrativos, mas também de utilizar estratégias para captar votos e até mesmo recursos.

“Em 2004, a campanha do John Kerry (democrata que concorreu à presidência dos EUA) arrecadou US$ 80 milhões pela web”, cita. Os Estados Unidos autorizam a arrecadação de doações por meio da internet, o que ainda não é permitido no Brasil.

O grau de interesse nas eleições também faz parte desse processo, mas, em princípio, não é possível ter controle sobre isso.

Coutinho avalia que os resultados estáveis observados durante a campanha à presidência, nos quais Lula sempre figurava em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, desmotivaram os eleitores. A partir do segundo turno, quando a reeleição do presidente chegou a ficar ameaçada, a situação mudou um pouco, afirma o pesquisador.

sábado, 23 de dezembro de 2006

ESPERANDO O NATAL
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Estamos esperando o natal e o ano novo, espero contar com as suas visitas no próximo ano.

COMANDANTE

Después de tres días de rodaje, Stone nos ofrece , extraído de más de 30 horas de entrevistas y conversaciones, un retrato íntimo y humano del líder cubano.
Compartiendo el riesgo con Castro, Stone se pone delante de la cámara y crea un clima cercano que favorece respuestas del líder cubano difíciles de obtener de otro modo, consiguiendo inéditas reflexiones sobre el estado de su gobierno, la actual situación política internacional y reveladores detalles de la historia del siglo XX.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

PLANETA DANIFICADO
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O jornalista Washingto Novaes fala sobre os danos ao meio ambiente em interessante entrevista a TV Câmara, assista.
Washington Novaes

HOMENAGEM AOS MINISTROS DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA

Durante um jogo de conhecimentos gerais com "celebridades" no programa de Gilberto Barros, Carol (quem?) responde uma pergunta sobre cavidades orbitais com rara propriedade...

PENSAMENTO DIVINO

"Como aceitar que um parlamentar brasileiro receba mais de R$ 800 por dia, quando boa parte das pessoas que representa é obrigada a viver com R$ 12 por dia? Como aceitar que o poder Judiciário legisle em alguns casos a seu favor sem demonstrar sensibilidade para o povo para o qual as leis são feitas e interpretadas? Atitudes como as que temos visto nestes dias matam o espírito de Natal."

Do arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Avis
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Blog do Noblat

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

VOTO OBRIGATÓRIO
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CCJ do Senado aprova plebiscito
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto de decreto legislativo que prevê a realização de plebiscito sobre o fim do voto obrigatório. Já estava mais do que na hora dessa discussão ganhar corpo, acredito que o voto não obrigatório ajudaria muito na consolidação da democracia brasileira.

MAIS DO MESMO
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Gil fica

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Gilberto Gil disse sim. Avisou a Lula que topa ficar mais quatro anos à frente do Ministério da Cultura.

Os dois se reuniram hoje pela manhã no Palácio do Planalto. Lula já havia pedido formalmente para que Gil ficasse.

O cantor-ministro fez doce, enrolou para dar a resposta, continua fazendo mistério publicamente. Agora não há mais segredo.
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Blog do Noblat

ISSO NÃO É PROVOCAÇÃO!
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Depois de 97 anos esperando um título importante finalmente o Internacional é campeão do mundo. É o velho ditado quem espera sempre alcança comemorem, pois 97 anos é tempo.

GOVERNO LULA II: DE ONDE VEM TANTA POPULARIDADE?
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por Paulo G. M. de Moura, cientista político
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A pesquisa Datafolha avaliando a percepção da opinião pública sobre o governo nesse momento, revelou números sorridentes para Lula. O índice de aprovação do presidente atingiu a marca dos 52%, o maior de um presidente da República desde que o Datafolha começou a fazer pesquisas de avaliação do governo Federal, em 1990. A pesquisa revela, também, que 35% dos entrevistados consideram Lula o melhor presidente que o Brasil já teve. Finalmente, o Datafolha mostra, ainda, que as expectativas dos brasileiros em relação ao desempenho da economia são otimistas. Lula, sob essas circunstâncias, vive sua segunda “lua de mel” com a opinião pública. No jargão político essa expressão define o período de bonança normalmente experimentado pelos mandatários de postos executivos recém eleitos, embalado pelo resultado da eleição, quando o desejo pragmático da população de que o novo governo dê certo, em seu (da população) próprio benefício, costuma turbinar estatísticas das pesquisas de opinião em favor do governante recém ungido pelas urnas.O presidente FHC, com 35% de aprovação no período equivalente não se beneficiou desse efeito nas mesmas proporções de Lula. Por quê? Creio que pelo menos por duas razões co-relacionadas. A primeira delas foi a desvalorização do Real logo após a reeleição. Com essa medida todo o ganho de renda que a população havia recebido em função da estabilização da moeda e da equiparação do Real ao dólar se converteu em perda acentuada e repentina.Essa medida foi necessária em função de o ex-presidente ter trocado o compromisso com a reforma do Estado pela batalha pela aprovação da emenda da reeleição. O argumento de FHC para pedir a aprovação da reeleição, era de que ele precisaria de mais um mandato para completar seu trabalho e fazer o país voltar a gerar empregos. O presidente sofreu enorme desgaste de imagem ao envolver-se na barganha da reeleição, cuja emenda tramitou lentamente desde agosto de 1995 até ser aprovada em dezembro de 1997. Reelegeu-se, mas não teve força política para avançar na agenda da mão das reformas, pois, a reforma do Estado é que pode, efetivamente, garantir o tão desejado desenvolvimento sustentado da economia brasileira. Em 1994, FHC se elegeu em primeiro turno ao acabar a inflação. Em 1998, usando a confiança adquirida com a estabilização da moeda, FHC prometeu que traria empregos. Não os trouxe devido aos impasses que criou para si mesmo com medidas compensatórias de caráter recessivo, necessárias à preservação da estabilidade sem a reforma do Estado. A volta dos empregos com o aumento das exportações demorou, e terminou beneficiando Lula. Na prática, ficou a sensação das pessoas de que FHC não cumpriu a expectativa gerada. Resultado: não elegeu Serra e terminou com sua popularidade em baixa.E Lula? Sem entrar no mérito da qualidade das políticas públicas do governo, o fato é que, na percepção da opinião pública, Lula está cumprindo a expectativa que gerou ao longo de 25 anos de oposição. A de que, se eleito, seria um presidente que, finalmente, daria prioridade ao social. Lula fez isso por duas vias. Por um lado, através da manutenção da estabilidade econômica e da recuperação parcial do poder de compra da população pela via da valorização do Real, ainda que com crescimento econômico medíocre. Por outro lado, distribuindo dinheiro para os pobres.Sob esse ponto de vista, portanto, mantendo essas duas balizas em vigor (Real valorizado e distribuição de dinheiro aos pobres), a perspectiva de que Lula mantenha seus índices de popularidade em alta são grandes, desde que nenhum escândalo atinja sua pessoa, diretamente. No primeiro mandato ele conseguiu, ajudado por Roberto Jefferson e pela covardia de oposição de rabo preso.Mas, essa é apenas uma das dimensões sobre o novo mandato de Lula a levar-se em consideração para projetar-se seu segundo mandato. A preservação dos índices de popularidade do presidente, no comando de um governo marcado por escândalos de corrupção, não é garantia de que o padrão desastroso da condução política do primeiro mandato será sanado, mesmo com a prioridade dada por Lula à aliança com o PMDB.O novo governo ainda nem se instalou. Seus novos inquilinos ainda não tiveram tempo e oportunidade de dar vazão aos novos escândalos, que virão. Não há razão para crer-se que o que se viu no primeiro mandato de Lula não vá se repetir agora, talvez em maior proporção. Afinal, os parlamentares envolvidos em escândalos se autoperdoaram e querem aumento de 91% dos salários; os eleitores avalizaram a roubalheira nas urnas e elegeram grande bancada do PT (da qual fazem parte Palocci e Genoino, dentre outros), e reelegeram vários mensaleiros e sanguessugas. Operando dentro ou fora do governo, como fazem Zé Dirceu e Severino Cavalcanti, os atores desse esquemão continuam vivos e ativos. É só esperar para ver.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

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De Regina Alvarez em O Globo Online:
"As centrais sindicais e os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Previdência, Nelson Machado, fecharam na madrugada desta quarta-feira um acordo de longo prazo para a correção do salário-mínimo e da tabela do Imposto de Renda.

A partir de abril de 2007, o mínimo acertado será de R$ 380, valor maior do que o previsto no projeto de lei do Orçamento (R$ 375). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, vinha defendendo R$ 367 após um corte nas projeções de crescimento do país. Os sindicalistas pediam R$ 420."

Como identificar um orgulhoso
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Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;Reage explosivarnente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;Menospreza as idéias do próximo;Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si;Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa ati­tude um traço de fraqueza e falta de personalidade;Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de “status”.
Fonte:espírito.org.br

REPÓRTER DA GLOBO ABRIU O BICO
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Repórter Rodrigo Viana da Rede Globo abriu o jacaré ao deixar a empresa. Postei a matéria na seção artigos e no link abaixo.
Repórter da Globo abriu o bico

A CRISE NA SAÚDE

Os Deputados Darcisio Perondi e Doutor Rosinha discutem a crise na saúde. Postei também no menu a direita na seção vídeos

A Crise na Saúde

SONORIZAÇÃO PROFISSIONAL EM CAÇADOR E REGIÃO

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terça-feira, 19 de dezembro de 2006

BABY FART!! HILARIOUS!!! PWN!!! :D

Video of a farting baby, BEST FART EVER :D

MUITO OBRIGADO !
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Chegamos às 11000 visitas, isso me deixa muito alegre e consciente que você considera relevante o que coloco neste Blog. Para continuar mantendo esse Blog queria te pedir um apoio na divulgação, o que você puder fazer nesse sentido eu ficarei muito grato.
Um grande abraço e continue visitando esse espaço que também é seu.

NOTÍCIAS DA PROVÍNCIA
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Por Rafael Seidel
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Um ano no ar
Informação. Esta é a palavra de ordem deste Portal, que completa hoje, 18, um ano de existência. Neste tempo, vivenciamos e noticiamos os fatos, sempre procurando a imparcialidade, mas acima de tudo, levar uma informação verdadeira ao nosso leitor.
Nos aproveitamos da chamada Globalização da Informação, onde a cada segundo, podemos trazer novidades, para aqueles que buscam na informação digital, um dinamismo maior.
Hoje queremos agradecer a todos que visitam o Caçador On Line diariamente, e que fazem com que este Portal chegue a recordes de acessos, mostrando que a nossa confiabilidade aumenta a cada dia. Nossa garantia é de continuarmos fazendo um bom trabalho, para conquistar cada vez mais leitores e colaboradores.
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Posse
Corneteiros não perdem uma mesmo. Na sessão de sexta-feira, antes de acontecer a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, Gilberto Gonçalves, que era o 1º secretário até então, procedeu, como em todo o ano de 2006, a leitura da Ata da reunião anterior. Só que dessa vez, muito mais rápido, já que depois, se o acordo entre os vereadores fosse (e foi) cumprido, ele seria eleito presidente.
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Humildade
Além disso, Gonçalves saiu depois pedindo voto para todos os vereadores, tanto que conseguiu que os 10 votassem nele, diferenciando-se de Deoclides Sabedot e Marcos Creminácio, que tiveram apenas os votos do grupo dos 6.
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Aumento
A coisa vai ficar complicada essa semana para os vereadores. Pelo menos é o que prometem os funcionários públicos municipais, que já avisaram que irão lotar o plenário da Câmara na reunião extraordinária desta sexta-feira. Tudo por conta de um projeto do Executivo Municipal que visa dar 42% de aumento para os médicos, dentistas e bioquímicos. Agora, todos também querem aumento.
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Greve
Parece que as coisas não serão tão fáceis mesmo para que a greve dos médicos acabe. As opiniões dos vereadores são divergentes. Na reunião, que aconteceu na semana passada, entre o Legislativo, o Executivo e os médicos, o presidente da Casa, Marcos Creminácio já expressou a sua não concordância com a idéia de aumentar os salários.
Além dele, Alcedir Ferlin também votaria contra, mas isso o prefeito Saulo Sperotto tentou resolver logo depois da reunião, com uma conversa muito amigável com Ferlin, em um canto lá da Prefeitura. O jeito é esperar para ver o desenrolar desse problema.

Parlamentares desavergonhados
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Leonardo Boff *
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Há momentos em que a única reação digna diante de barbaridades éticas é a indignação. Muitos estamos indignados com a decisão dos líderes do Congresso tomada no dia 14 de dezembro, em reajustar praticamente em 100% seus próprios salários. De R$ 12.847,00 elevaram a R$ 24.500,00 que é o teto do Judiciário. Devido ao efeito cascata nos estados e nos municípios o gasto anual, surrupiado dos cofres públicos, será de 1,66 bilhões de reais. Os nomes dos que se opuseram por respeito à ética merecem ser citados: do PSOL a senadora Heloisa Helena (Senado), Chico Alencar (Câmara) e do PT Henrique Fontana. Todos os demais ou se calaram consentindo ou exultaram. Houve despudorados como o deputado Inocêncio de Oliveira (PFL-PE) que proclamou em péssimo latim "habemus aumento". Ciro Nogueira (PP-PI) foi simplesmente desavergonhado: "fui a favor sim; não tenho vergonha de forma nenhuma".
O que nos estarrece não é apenas o fato aviltante de votar em causa própria, mas é a realidade que este fato sinaliza: a total falta de ética dos "representantes" do povo. Já Aristóteles nos ensinara que ter vergonha é um dos indicadores mais inequívocos de que ainda não perdemos de todo o senso ético; o enrubescimento mostra que nos damos conta dos atos maus que praticamos. Os congressisas nem tiveram vergonha nem se enrubesceram diante do seu despudor. Deram mostra de total falta de ética.
Mas o que é pior é que eles confirmam o que a historiografia política brasileira sempre tem repetido, especialmente o saudoso José Honório Rodrigues: eles não amam o povo, tem vergonha das bases populares empobrecidas, pois as vêem compostas de jecas-tatu, joão-ninguéns, zé-povinho lascado. Só vão a estes em tempos de eleição para ludibriá-los e arrancarem-lhes o voto sob muitas e falsas promessas. Uma vez instalados no Parlamento fazem os acertos de amigos-da-onça, de costas ao povo e contra ele. Decidiram o vergonhoso aumento exatamente no momento em que os movimentos sociais e os sindicatos estão discutindo miseráveis taxas de aumento de seus salários.
Quem não se indigna e sente vergonha de ter representantes deste jaez? Não resisto a tentação de citar as palavras do profeta Amós, o vaqueiro, que, corajoso, entrou corte adentro denunciando as sem-vergonhices dos poderosos. Denuncia em nome de Deus: "odeio e desprezo vossas festas e não gosto de vossas reuniões; vós transformais o direito em veneno e o fruto da justiça em absinto"(capítulo 2 e 6).
Senadores e deputados perderam o sentido da realidade. O mundo virtual de Brasília corrompeu suas mentes, desgarradas da penosa luta do povo por sua sobrevivência.
O Parlamento não é apenas instância delegada do poder popular, nem gerenciamento técnico das questões do bem comum. Ele é principalmente instância ética. Representa valores da cidadania, da transparência no cuidado da coisa pública. Nós cidadãos temos o direito de esperar que nossos representantes vivam esses valores e não os neguem por suas práticas "sem vergonha". Graças a Deus, que existem ainda parlamentares do mais alto gabarito ético que conferem dignidade à sua função e que não nos deixam desesperar.
* Teólogo. Membro da Comissão da Carta da Terra

ATÉ A SENADORA IDELI!
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A senadora Ideli completamente esquecida do tempo e do salário de quando era professora votou favorável ao aumento dos deputados e senadores, que pena o tempo passa e vamos nos revelando.

PMDB UNIDO EM BUSCA DE CARGOS
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O Senador Pedro Simon afirmou que a grande maioria do PMDB aliou-se ao Palácio do Planalto, em busca de cargos e não preocupada com a construção de uma agenda pelo desenvolvimento do país.
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Aliás o PMDB tem feito isso com maestria a vinte anos, e é tão claro que o próprio Simon reconhece e aparentemente condena.

PALAVRAS DO VELHO CORONEL

"Ora, continuarei fazendo oposição ao governo Lula. E mais ainda ao Jaques Wagner. Com esse vai ser fácil, é um imbecil e está montando o pior secretariadoda história da Bahia."
Antônico Carlos Magalhães
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Jacques Wagner é o novo governador da Bahia

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

ZÉ DIRCEU ESTÁ DE VOLTA
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Vou participar dos debates do PT
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Com a decisão do Diretório Nacional do PT de convocar o 3º Congresso Nacional para junho de 2007, considero que devo encerrar meu período de silêncio sobre o partido. Fui cassado pela Câmara dos Deputados, uma violência política que me tirou um mandato dado pelo povo de São Paulo. Poderia tê-lo reconquistado, se tivesse renunciado e, novamente, submetido-me ao julgamento das urnas no dia 1º de outubro. Não o fiz porque sou inocente, jamais aceitaria fugir do enfrentamento com a direita e, acima do meu mandato, estava a defesa do PT e do governo. Essa luta continua.
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Vou provar minha inocência na Justiça. Quero ser processado e julgado o mais rápido possível. Também voltarei a combater por meus direitos nas ruas e no Parlamento: aceito, com gratidão e honradez, os pedidos por minha anistia e o apoio que tenho recebido dos movimentos sociais, dos partidos de esquerda, dos sindicatos, de setores intelectuais e empresariais.
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A Câmara dos Deputados cassou o meu mandato sem provas. Foi uma cassação política, um desrespeito à Constituição, uma trama cujo único objetivo, ao me condenar, era golpear o PT, a esquerda e o governo do presidente Lula.Tenho o direito, que conquistei durante 40 anos de luta política e social, partidária e parlamentar, de continuar contribuindo com a luta do povo brasileiro por sua libertação e soberania.
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Acumulei experiência como militante, profissional, parlamentar, dirigente partidário e, por fim, ministro de Estado. Quero continuar colocando meus conhecimentos à disposição do desenvolvimento nacional. Sou petista e participo do projeto político do partido que reelegeu Lula, com um programa que representa a nossa luta, a luta de várias gerações pela democracia e pelo socialismo.
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Quanto ao PT, quero deixar claro que não abro mão da minha filiação. Nessa condição, vou participar do 3º Congresso Nacional do PT. Não vou participar de chapas ou da disputa de cargos, mas da avaliação dos últimos dez anos e do debate sobre futuro do partido, assumindo minha responsabilidade política sobre os 12 anos decisivos em que fui secretário geral e presidente do PT.
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Não abro mão de meu compromisso com o governo do presidente Lula, de minha militância socialista e internacionalista. Não renunciarei, jamais, à herança da esquerda brasileira, da qual participei intensamente nos últimos 40 anos, na luta estudantil, na clandestinidade, na resistência armada, na luta pela democratização, na construção do PT e na chegada de Lula à Presidência da República.Participarei do 3º Congresso Nacional do PT com a disposição de reconhecer meus erros políticos, e de contribuir para que o PT se reforme, como sempre o fez, e se prepare para os próximos 20 anos.
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Não há dúvidas -- se existiam, o PED, em 2005, e os resultados das urnas, em 2006, as superaram - de que o PT está consolidado como o maior partido do Brasil, com profundas raízes populares e com uma extraordinária experiência de luta social, parlamentar e de governo.Somos parte importante da história recente do Brasil. Na construção de nossa democracia, dos movimentos sociais e suas entidades -- como a CUT, o MST e a CMP, entre tantas outras.
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Construímos políticas públicas universais na educação, na saúde, na habitação e nos transportes públicos. Lutamos e implantamos políticas de democratização da gestão pública, e somos responsáveis, ao lado de outras forças políticas e sociais, pela maioria dos direitos políticos e sociais que nosso povo tem hoje.
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Nosso patrimônio não é apenas nossas lutas e nossas conquistas, mas, principalmente, os petistas. Eles são a militância e a base social e eleitoral que nos apóia e nos fiscaliza, nos elege ou nos derrota. Com o povo petista, temos uma cumplicidade de ideais e programa.
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Mudar o PT e reformá-lo, portanto, não é uma tarefa para seus dirigentes e suas correntes, mas para toda a militância. Daí a necessidade de consultar as bases e os dirigentes nas cidades e na luta social, de construir um diálogo com a base não-militante, com as entidades que sempre marcharam conosco na luta social e democrática e com os partidos aliados.Reformar o PT significa ter um instrumento mais forte e coeso para as grandes lutas transformadoras. Estarei sempre ao lado dos que rejeitam qualquer tentativa de domesticar nosso partido às pressões das elites conservadoras, de torná-lo um agrupamento dócil e apático, destituído das heranças e compromissos de esquerda que estão na base de sua fundação.
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O período que se abre com a convocação do 3º Congresso Nacional do PT é um momento de grandes oportunidades, mas também de riscos. Toda a experiência do primeiro mandato do presidente Lula nos recomenda cautela e unidade frente à ação desestabilizadora da oposição. Precisamos, por outro lado, cumprir compromissos que assumimos nas eleições passadas. Isso significa fazer o país crescer mais aceleradamente; realizar reformas como a política e a tributária; aumentar os investimentos em infra-estrutura e educação, nas grandes cidades e nas áreas críticas da segurança e da Justiça; aprofundar e consolidar a reforma agrária, avançar na distribuição de renda e riqueza.
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Nada disso se faz sem contrariar interesses, e sem mobilizar as forças sociais que nos apóiam. Nada será realizado sem enfrentamento com a oposição de direita.
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O programa vitorioso nas urnas, especialmente no segundo turno, representa a defesa do governo, mas também um voto pelo aprofundamento e pela aceleração das mudanças estruturais. O período do 3º Congresso Nacional do PT coincidirá com a formação do segundo governo e as tarefas para a implementação de uma política desenvolvimentista. Seguramente, exigirá, de todos nós, capacidade de combinar a disputa interna com o apoio ao governo na implantação desse programa. Tenho dito, e repito, que, da formação de uma maioria, não apenas parlamentar, mas também social, depende a construção de um novo modelo de desenvolvimento, capaz de consolidar uma aliança de caráter nacional, democrático e popular, que fortaleça a soberania nacional, amplie a influência político-cultural dos trabalhadores e faça avançar a consolidação da unidade latino-americana.
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É com esse espírito que estou disposto a participar, como militante, da vida partidária. Sem, no entanto, deixar a trincheira da luta política pela minha anistia e pela minha absolvição, e sem abandonar a luta social, na defesa do governo Lula e ao lado daqueles que acreditam ser possível transformar o Brasil.
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Blog do Zé Dirceu

Lula busca equilíbrio entre base política e base social
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A aproximação do presidente com movimentos sociais pode ser uma mostra de que ele gostaria de se escorar mais na base social para estabelecer um contraponto, caso tenha dificuldades com a base política, para implementar o seu programa.
Nelson Breve – Carta Maior
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BRASÍLIA - Ao lado da imponente escada em caracol, com os degraus protegidos pelo nobre tapete vermelho que exalta a altivez do hall de entrada da Corte Superior da Justiça Eleitoral brasileira, dois homens e uma mulher conversavam sobre a emocionante cerimônia realizada pouco antes no andar de cima: a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice José Alencar no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (leia matéria). Pareciam meio deslocados fazendo parte do seleto grupo de cento e poucos convidados, composto por ministros do Poder Executivo e do Judiciário, presidentes da Câmara e do Senado, uns poucos parlamentares, funcionários palacianos e as mulheres dos mandatários diplomados.Luiz Gonzaga da Silva (o Gegê), José Antonio Moroni e Marina dos Santos estavam ali representando os movimentos sociais. Gegê integra a Direção Nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Moroni é diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira das Organizações Não-Governamentais (Abong) e Marina participa da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Fosse outro o presidente diplomado, provavelmente eles não seriam convidados para testemunhar aquele momento histórico.
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“Não viemos em outras diplomações porque não fomos convidados. Nos oito anos do governo FHC, não foram os movimentos que não quiseram dialogar. Pelo contrário. O governo é que não nos reconhecia como atores políticos para o diálogo. Basta ver que ele nos chamou de neobobos”, observou Moroni. “Quando nos recebiam era de forma impositiva”, emendou Gegê. “No governo Lula fomos tratados como verdadeiros sujeitos”, reconheceu o ativista da reforma urbana e da luta por moradia para os mais pobres do país.
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“Para nós, do MST, essa é a grande diferença. Pelo menos fomos respeitados. Nos governos anteriores, era na base da repressão”, concordou Marina.A presença dos representantes dos movimentos sociais na cerimônia em que a reeleição de Lula foi oficialmente reconhecida pela Justiça Eleitoral teve um caráter simbólico importante.
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O presidente está convencido de que só não foi apeado do poder, com a justificativa dos escândalos que pipocaram no governo, porque a oposição teve medo de enfrentar a reação da base social que esses movimentos da sociedade civil representam. Parte dos agradecimentos de Lula pela compreensão do povo que o reelegeu pode ser direcionada a essas instituições que têm força de mobilização popular e estavam preparadas para um enfrentamento, caso percebessem alguma manobra antidemocrática para impedir a reeleição.
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“O governo Lula mexeu com as estruturas da sociedade”, concluiu Moroni, depois de analisar os possíveis motivos que teriam levado o presidente a chorar pela segunda vez na cerimônia de diplomação. “Qualquer pessoa que tenha sua história bombardeada, como ele teve, é nesse momento que as coisas que estão engasgadas afloram. Ao dizer que não há mais voto de cabresto, ele colocou também os formadores de opinião dentro dessa lógica do bombardeio”, supôs o diretor da Abong. Ressalvando não ignorar os problemas que justificaram o “bombardeio”, Moroni disse que no segundo turno da disputa prevaleceu o “voto programático”, pois “havia dois projetos em disputa”. Para ele, a reeleição de Lula e suas circunstâncias são um fenômeno que ainda não foi devidamente explicado. “Vai precisar uma análise mais profunda”, avaliou.Gegê tem outra explicação para a emoção do presidente, que ele diz ter ficado aquém da sua expectativa. “O presidente Lula tem clareza de qual é a responsabilidade dele no segundo mandato. Precisa fazer muito mais que no primeiro.
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Até porque o povo precisa muito mais”, sustentou o dirigente da CMP. “Que o governo conte com os movimentos sociais na hora de ir para o enfrentamento. Mudar a política econômica, ampliar as políticas sociais, fazer a Reforma Agrária. Para isso, pode contar com os movimentos sociais sempre”, avisou Marina.Uma das críticas que a esquerda costuma fazer ao primeiro mandato do presidente Lula é que ele não soube, ou não quis, equilibrar a governabilidade institucional, construída no Parlamento, com a governabilidade social, sustentada nos movimentos sociais. Seus auxiliares mais próximos sustentam que ele não pretende repetir os erros do passado e a reunião que Lula fez com 34 instituições nacionais representativas dos movimentos sociais na semana passada (veja matéria) indica que ele, além de reconhecer o papel que tiveram na sustentação do governo nos momentos mais críticos, gostaria de se escorar mais na base social para estabelecer o contraponto, caso tenha dificuldades com a base política para implementar o seu programa.
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A questão é: até que ponto o presidente está sendo sincero nesse discurso de contar com os movimentos sociais para empurrar o governo para a esquerda? Se é verdade que no segundo turno da disputa ele deu uma guinada para o lado de quem defende que o Estado precisa ser forte para promover a justiça social, também é verdade que foi uma tática eleitoral proposta pelo Conselho Político da Campanha, com defesas entusiasmadas do ex-presidente do PMDB, Jader Barbalho, e do ex-ministro Ciro Gomes. Este, aliás, segue trajetória contrária à que o presidente apontou como uma espécie de evolução natural da espécie humana.
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Na mocidade, Ciro começou a carreira política no PDS, fazendo mesuras aos ditadores de plantão. Foi prefeito de Fortaleza pelo PMDB. Governador do Ceará e ministro da Fazenda pelo PSDB. Candidato a presidente duas vezes pelo PPS, partido que representou como ministro da Integração Nacional no governo Lula. Agora foi eleito deputado federal, com a maior votação proporcional do país, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Se continuar nessa trajetória, aos 60 anos e com cabelos brancos estará no PSOL ou no PSTU. Pelo diagnóstico do doutor Lula, teria começado a vida política com um problema: ser de direita na juventude. E terminaria com outro: ser de esquerda na maturidade.
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Político não brinca em público de graça. Portanto, a brincadeira do presidente deve reproduzir o que ele pensa, ou o que pensam os conselheiros que mais ouve no momento. Dependendo do auditório, Lula escorrega tanto para a esquerda, como na reunião com os movimentos sociais, quanto para a direita, no almoço com os oficiais-generais, mas não se afasta muito do centro, como disse para a platéia de empresários e personalidades convidadas para a premiação anual da revista IstoÉ. Tanto que ele já ensaia o recuo na ousadia que pregou nas primeiras semanas após a vitória eleitoral.
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Depois de convencer o eleitorado brasileiro de que o Brasil estava preparado para crescer 5% ao ano com inflação baixa e sem mágica, ele começa a construir um discurso para baixar as expectativas que criou. Logo após a diplomação, quando um jornalista lhe perguntou se ele achava que o segundo mandato seria mais difícil por estar diante de uma responsabilidade maior, ele respondeu: “Quando eu digo mais responsabilidade é porque agora eu não tenho que me comparar com os outros, eu tenho que me comparar comigo mesmo. Ou seja, nós já provamos que é possível fazer uma forte política de ajuste fiscal, que é possível a gente controlar a inflação. E agora nós precisamos provar que é possível fazer a economia crescer com inflação baixa, hábito que o Brasil não tem.
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Se você pegar o período do milagre brasileiro, de 68 a 73, ou pegar o pegar o período de Juscelino Kubitscheck, de 56 a 61, você vai perceber que o crescimento era em média 8%, 9%, no milagre brasileiro até mais, mas a inflação era muito alta, e houve uma concentração de renda, porque sequer o aumento do salário mínimo acompanhava a inflação”.
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Para quem achava que ninguém segurava mais este País, não deixa de soar estranho ouvir um presidente propor o milagre da compreensão: “Então, eu acho que o milagre que nós temos que fazer é compreender três coisas básicas: primeiro, que o Brasil é um país capitalista e precisa ter capital circulando para as pessoas poderem fazer os investimentos; segundo, é preciso a gente ter uma forte política de crédito para que o pobre possa se tornar cidadão; e, terceiro, nós temos que ter uma forte política de crescimento, acompanhada de uma política social, com distribuição de renda, senão o Brasil perderá o bonde no século XXI. Ele já perdeu no século XIX, já perdeu no século XX e nós não queremos perder no século XXI”.
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Nesta semana Lula começa a tentar colocar em prática o seu “milagre”, anunciando um conjunto de medidas para destravar o país. Na tentativa de convencer sua base de sustentação política de que a tal coalizão programática não é conversa fiada, antes de anunciar as medidas publicamente, vai apresenta-las ao Conselho Político, integrado pelos presidentes dos dez partidos que pretendem compor a coalizão (PT, PMDB, PCdoB, PSB, PRB, PR, PP, PDT, PTB e PV).
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A cortesia, de acordo com o líder do PTB na Câmara, José Múcio, é para dar “palatabilidade” ao pacote. Gestos como esse são indispensáveis para manter a solidez da base de sustentação parlamentar. Mas não serão suficientes se o presidente errar no fundamental: partilhar de forma equilibrada o governo, permitindo que as bancadas dos partidos se sintam representadas nas estruturas do Estado que permitem o exercício do poder. Traduzindo: patrocínio de cargos e liberação de emendas para manter os “estamentos” que sustentam a permanência no poder ou melhoram as chances de alcança-lo ou ampliá-lo. O resto é conversa de intelectual.
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É nesse sentido que os representantes dos movimentos sociais presentes à posse do presidente sustentam ter uma lógica diferente da dos partidos políticos. “Nossa tranqüilidade é nossa autonomia”, sustentou Gegê. “Nossa agenda é voltada para a sociedade e não para o governo”, acrescentou Moroni. “Se o governo perceber que a nossa agenda está certa...”, disse Gegê. “Pode contar com nosso apoio para defende-la”, completou Marina.

O FIM DO CARLISMO



O ocaso do carlismo
Chefe de uma dinastia que viveu o poderpor 50 anos, ACM é batido na Bahia,isolado em Brasília e sem cargos nogoverno, ele perde força a cada dia
Por Rodrigo Rangel – Salvador
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Antônio Carlos Magalhães deixa seu gabinete e caminha para o plenário do Senado. São 16 horas da quarta-feira 13 e o Congresso está apinhado. Antônio Carlos está sozinho. Em outros tempos, quando esse patriarca de cabelos brancos, cintura roliça e bigodes de galã caminhava 50 passos em cima de um tapete azul, provocava atenção. Senadores se aproximavam, assessores se perfilavam. Foi assim por muito tempo. ACM comovia. Nos últimos tempos, porém, sua passagem pelo tapete azul tem sido um ato banal. Por vezes solitário. Desde que estreou na política nacional em 1956, há exatos 50 anos portanto, ele sempre esteve no poder. Foi peça-chave em três regimes políticos, passou por 14 presidentes e foi íntimo de sete deles, como JK e FHC. Quase todos já sumiram; ele, entretanto, se manteve lá, na crista, inabalável, seja de que lado fosse. Aboletou-se 11 vezes no poder federal e em três jogou pedras como um dos líderes da oposição. Na Bahia, foi por 39 anos chefe político de primeira grandeza – sendo que nos últimos 16 anos manteve a hegemonia total e absoluta, na economia e na política, algo só imaginável aos babalorixás do candomblé ou aos extintos coronéis do sertão. Ousado, nos tempos da ditadura esticou dedo e falou grosso com ministros militares; nos tempos da democracia, vociferou diante de presidentes da República. Mas de repente o outono lhe chegou. Foram dois golpes de uma só vez. O adversário Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito para o poder federal. Até aí tudo bem. Inesperada foi a Bahia. Seu candidato, o governador Paulo Souto, perdeu a eleição para o petista Jaques Wagner. No primeiro turno. Esse golpe doeu. Pela primeira vez em cinco décadas o grande babalorixá da Bahia ficou sem chão. ACM chegou a seu ponto mais baixo; já não tem domínio sequer sobre seu curral eleitoral. Por isso, aos 79 anos, Antônio Carlos caminha (quase) sozinho. A seu lado, somente o repórter de ISTOÉ.
– Não perdi a eleição, quem perdeu foi oPaulo Souto.– Mas ele era um governador popular,perdeu por causa de uma onda de protestos contra o senhor.– Eu sou eu e o Paulo Souto é o Paulo Souto. Eu nunca perdi uma eleição quando meu próprio nome esteve em jogo.– Será a primeira vez na vida que o senhor vai estar completamente fora do poder. – Quando se tem brilho próprio é indiferente estar no governo ou na oposição. No Congresso eu sou uma atração. Além disso, presido a comissão mais importante, a de Constituição e Justiça. Na Bahia, eu sou o poder. Posso estar no governo ou na oposição, o poder gira em torno de mim. Portanto, eu estou sempre no poder.
Troca: aeroporto Luis Eduardo deve mudar o nome para Dois de Julho
A majestade não perde a fleugma. O fato concreto é que, na interpretação unânime, ACM não tem mais a mesma força. “A derrota de Antônio Carlos tem uma simbologia peculiar para o imaginário nacional”, diz a cientista política Lúcia Hypólito. “Representa o fim de um ciclo, o esgotamento de toda a geração de grandes políticos que surgiu nos anos 50. O eleitor avisou que eles têm que passar o bastão.” O mais dramático da derrota é que a Bahia era jóia da coroa do PFL e da geração que chegou ao poder na ditadura militar. Tem derrota que é eleitoral. O falecido Roberto Campos dizia que são como pirâmides: projetam um cone de sombra sobre a biografia do político. Mas são normais, avalizam o processo democrático. Há derrotas que são políticas. São como faróis: projetam um cone de luz, luz de dimensão maior que sua silhueta. Na Bahia, a derrota de ACM foi muito maior do que aparenta.
Abertas as urnas, começou o desmanchede uma máquina econômica montada háduas décadas pelos discípulos do babalorixá. Era uma máquina monolítica. Para se sustentar, o carlismo obviamente depende de dinheiro – e parte dele vem de empresas que mantêm contratos milionários com o governo estadual. ISTOÉ apurou que algumas delas são ligadas diretamente a familiares de ACM. É o caso da Axxo Construtora Ltda. A empresa, dona de nada menos que 42 contratos no valor estimado em R$ 15 milhões, tem entre os sócios Arnaldo de Melo Gusmão, casado com Paula Magalhães, neta de ACM. Além disso, outras duas empresas que já pertenceram a Gusmão, a DAG Construtora e a Empate Terraplanagem, possuem mais de 40 contratos com o governo, um pacote que representa mais de R$ 59 milhões. Hoje, as duas empreiteiras estão em nome de terceiros. Desenrolando o novelo, percebe-se que dessas empresas sai dinheiro para as campanhas carlistas. A Empate, por exemplo, doou R$ 140 mil para a campanha de César Borges em 2004. Também no centro do pool de empresas está a construtora MRM, ligada ao deputado federal Félix Mendonça (PFL), aliado de primeira hora de ACM. Entre 2004 e 2005, 26 contratos com a administração estadual carrearam R$ 12 milhões para os cofres da empresa, esta também bastante generosa politicamente com o carlismo. Na campanha municipal de 2004, a MRM distribuiu R$ 537 mil para candidatos do PFL e do PL. “Nós vamos acabar com isso já no primeiro momento”, anuncia Jaques Wagner. “Não vai mais ter empresário preferencial.”
Tensão: “É melhor sofrer no poder”
A guerra entre os dois promete ser longa. Para marcar a mudança de poder, o PT planeja fazer dois movimentos estratégicos contra símbolos que representam o poderio remanescente de Antônio Carlos na Bahia e, ao mesmo tempo, são caríssimos ao senador. Um deles é a troca do nome do aeroporto internacional de Salvador, hoje Luís Eduardo Magalhães. Na verdade, os petistas querem devolver o antigo nome, Dois de Julho, data máxima da Bahia, marco da Independência do Estado. No Congresso já tramitam alguns projetos de lei nesse sentido. Tudo indica que a aprovação da mudança será questão de honra para o PT. E o próprio Jaques Wagner vai se mobilizar. “Não se troca a saga de um povo por uma homenagem a quem quer que seja”, espeta o governador eleito. Em outra frente, os petistas querem retirar os policiais militares que, 24 horas por dia, fazem a segurança do monumento em homenagem ao falecido deputado Luís Eduardo Magalhães, filho de ACM, que venera o monumento, inaugurado em 1998. É lá que está enterrado o coração do filho. Sempre que pode, vai lá e se ajoelha em comovida oração. Os anticarlistas, por sua vez, detestam o memorial. Wagner já tem a solução na cabeça. “É uma aberração que nós vamos ter que resolver”, afirma.
Em Brasília, Antônio Carlos está reagindo. Liderou a campanha de um afilhado político, o deputado Aroldo Cedraz, para ministro do Tribunal de Contas da União. Venceu – e incomodou Lula e o PT. Em outros tempos, ACM não apenas incomodava – ele destroçava. No governo de FHC, o ápice de sua história, ele era o presidente do Senado e seu filho Luís Eduardo era líder do governo na Câmara. Tinha o governador da Bahia nas mãos, dois ministros de Estado, Energia e Previdência, os presidentes da Eletrobrás e do INSS – tudo ao mesmo tempo. Sua ambição, ou “o gosto do exercício do mando”, como ele prefere definir, o levou a tecer nessa época a máxima: “Eu sou o poder.” Hoje não tem nenhum cargo federal. Também perdeu uma vaga no Senado (o senador Rodolfo Tourinho, seu aliado, perdeu para o adversário João Durval) e sua bancada pessoal na Câmara hoje só tem sete deputados. Arrisca ficar com cinco. Na Bahia, ele chegou às urnas com 370 dos 417 prefeitos, 89% do total. Era tão grande sua influência que, em dois terços dos municípios, o carlismo acumulava os grupos do prefeito e da oposição. Wagner fez campanha com apenas 50 prefeitos. Antes mesmo da posse, já atraiu outros 50 para seu lado. E o que ACM vai fazer para estancar a sangria?
– Ora, continuarei fazendo oposição ao governo Lula. E mais ainda ao Jaques Wagner. Com esse vai ser fácil, é um imbecil e está montando o pior secretariadoda história da Bahia.– Como manter um grupo político como esse sem fazer nomeações?– É claro que é melhor sofrer no poder do que longe dele. Mas política é maré, vai e volta. É um perde-e-ganha diário, quem hoje está por cima amanhã estará por baixo e vice-versa. O certo é que ninguém é tão forte que não possa perder nem tão fraco que não possa vencer.
A débâcle de Antônio Carlos vem de longa data. Os amigos observam que ele teria perdido o faro quando morreu seu filho Luís Eduardo, há oito anos. Nesse caso, o acaso trabalhou contra ele. Era seu predileto; ACM sonhava fazê-lo presidente da República, como um dia ajudou a fazer Tancredo Neves, como ajudou José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique.
– Meu filho era muito maior do que eu.
Depois disso, ACM começou a tropeçar. Brigou por puro capricho comFernando Henrique. Depois, em 2001, por pura arrogância, cismou que o colega Jader Barbalho não poderia sucedê-lo na presidência do Senado – e fez de tudopara derrotá-lo. Acabou flagrado violando o sigilo do painel eletrônico e foi obrigadoa renunciar. Eleito novamente senador em 2002, Antônio Carlos voltou menosforte, contudo, ainda absoluto na Bahia. Na intimidade, ele é um homem gentil.Tem princípios à moda antiga e um código de honra todo particular. Médico,jornalista, leitor compulsivo e refinado, é um dos grandes especialistas brasileiros em Napoleão.
ACM começou sua ascensão aos 32 anos, deputado federal, brigando com Juscelino. Conquistou acesso privilegiado ao presidente. Depois enviou a Jânio Quadros, recém-eleito, um telegrama reclamando de uma nomeação na Bahia: “A mequinhez do seu gesto dá a medida exata de seu caráter”, escreveu. Jânio renunciou logo depois pelas “forças ocultas” – e ACM ganhou fama de ousado. Mais tarde, em 1966, deu um tapa num general linha-dura. Como prêmio, o liberal Castello Branco o nomeou prefeito de Salvador; depois, Emílio Médici o nomeou governador da Bahia. Foi o general Golbery do Couto e Silva, muito irônico, quem lhe deu o codinome de Toninho Malvadeza. Como no caso de Átila, o Huno, as histórias sobre as maldades cometidas pelo personagem criaram o mito. É esse mito que lhe deu o poder. Num país onde a covardia é aclamada como prudência, a falsidade é tratada como esperteza e a dissimulação dos políticos mineiros é chamada de arte, Malvadeza acabou se destacando como um excêntrico tempero.
Ser inimigo de Antônio Carlos é desafiar a própria sorte. Até pouco tempo atrás, era pior. O ex-deputado Benito Gama, por exemplo, já ocupou o posto de predileto de ACM. Um dia o chefe o indicou para ser o presidente da CPI que resultou no processo de impeachment contra Fernando Collor de Mello. ACM exigiu que Benito salvasse Collor; mas ele acabou votando com a consciência. De lá para cá, já disputou três eleições, nunca mais foi eleito. “Ele me persegue até hoje”, disse Benito a ISTOÉ. “Contrariar o senador não é uma tarefa fácil”, diz o procurador da República Edson Abdon, responsável pela denúncia, de 2003, de que ACM montara um grande esquema de grampos telefônicos na Bahia para monitorar seus adversários. “Tive até que deixar a minha vida para trás e mudar de Estado”, ressente-se. Foi essa obsessão por mandar com mão de ferro que acabou provocando a derrocada de uma das mais antigas dinastias políticas do País. “Havia em toda a Bahia uma vontade latente de se libertar da tirania de Antônio Carlos”, relata Jaques Wagner. “Foi uma das razões da minha vitória.”
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Revista Istoé

NOVOS VÍDEOS
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Postei novos vídeos no menu a direita
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Celso Lafer
Pierre Lévy
Marcelo Gleisser
Frei Betto
Fernando Morais
Ricardo Kotscho
Nenhum de Nós-Sobre o Tempo

domingo, 17 de dezembro de 2006

FESTA COLORADA

O PÉ QUENTE
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Lula nas nuvens

Da Folha de S.Paulo, hoje:

"Às vésperas da transição entre o primeiro e o segundo mandato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surge como o presidente mais bem avaliado da história do Brasil e cercado de uma forte expectativa positiva entre a maioria dos brasileiros: 59% esperam um segundo mandato ótimo/bom.
O principal legado do primeiro mandato, segundo nova pesquisa nacional do Datafolha, é uma diminuição na percepção de problemas relacionados à miséria e ao desemprego e um aumento relativo de dificuldades em outras áreas, como saúde, educação e corrupção.
Lula, que venceu a eleição com mais de 20 milhões de votos de diferença em relação ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) após uma campanha dominada por denúncias contra seu governo, é apontado espontaneamente por 35% dos entrevistados como o melhor mandatário que o Brasil já teve.
O percentual equivale a praticamente o dobro da preferência obtida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no final de 2002 (18%), quando o tucano encerrou seu segundo mandato.
Na pesquisa atual, enquanto Lula tem 35%, FHC caiu para 12%. Os próximos mais bem avaliados são Juscelino Kubitscheck (11%), Getúlio Vargas (8%; 21% entre os com mais de 60 anos) e José Sarney (5%).
Lula também encerra o primeiro mandato com 52% dos brasileiros considerando seu governo ótimo/bom, o maior patamar entre quatro presidentes avaliados pelo Datafolha desde a redemocratização. O melhor índice até aqui (53%) pertence ao próprio Lula, obtido às vésperas do 2º turno eleitoral de 2006."

Assinante da Folha leia mais aqui.

"A maioria dos brasileiros acredita que sua situação econômica vai melhorar no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A expectativa positiva atinge 55% dos entrevistados, segundo pesquisa Datafolha, e é praticamente igual à registrada pouco antes da primeira posse de Lula, em 2003 (54%).
O recorde de expectativas positivas com o atual governo se deu em dezembro de 2004 (ano em que o país cresceu 4,9%), quando 65% dos brasileiros esperavam uma melhora em seu padrão econômico.

Em relação ao desemprego, os entrevistados se dividiram em praticamente três partes iguais entre os que acreditam que ele deve aumentar (34%), diminuir (32%) e ficar exatamente como está (31%)."

Assinante da Folha leia mais aqui.
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Blog do Noblat

A LISTA DOS INDECENTES

Infernize a vida deles!

O aumento salarial de 91% para deputados e senadores só será oficializado na segunda ou terça-feira. Até lá, mande e-mails para estes que são os principais responsáveis pela decisão:

Aldo Rebelo (PC do B-SP) - dep.aldorebelo@camara.gov.br - Presidente da Câmara, autor da proposta

Ciro Nogueira (PP-PI) - dep.cironogueira@camara.gov.br - Corregedor da Mesa
Jorge Alberto (PMDB-SE) - dep.jorgealberto@camara.gov.br - suplente da Mesa
Luciano Castro (PL-RR) - dep.lucianocastro@camara.gov.br - líder
José Múcio (PTB-PE) - dep.josemuciomonteiro@camara.gov.br - líder
Wilson Santiago (PMDB-PB) - dep.wilsonsantiago@camara.gov.br - líder
Miro Teixeira (PDT-RJ) - dep.miroteixeira@camara.gov.br - líder
Sandra Rosado (PSB-RN) - dep.sandrarosado@camara.gov.br
Colbert Martins (PPS-BA) - dep.colbertmartins@camara.gov.br
Bismarck Maia (PSDB-CE) - dep.bismarckmaia@camara.gov.br
Rodrigo Maia (PFL-RJ) - dep.rodrigomaia@camara.gov.br - líder
José Carlos Aleluia (PFL-BA) - dep.josecarlosaleluia@camara.gov.br - líder
Sandro Mabel (PL-GO) - dep.sandromabel@camara.gov.br
Benedito de Lira (PP-AL) - dep.beneditodelira@camara.gov.br
Givaldo Carimbão (PSB-AL) - dep.givaldocarimbao@camara.gov.br
Arlindo Chinaglia (PT-SP) - dep.arlindochinaglia@camara.gov.br - líder
Inácio Arruda (PC do B-CE) - dep.inacioarruda@camara.gov.br - líder
Carlos Willian (PTC-MG) - dep.carloswillian@camara.gov.br
Mário Heringer (PDT-MG) - dep.marioheringer@camara.gov.br - suplente da Mesa
Inocêncio Oliveira (PL-PE) - dep.inocenciooliveira@camara.gov.br - primeiro-secretário da Mesa

Renan Calheiros (PMDB-AL) - renan.calheiros@senador.gov.br - presidente do Senado, autor da proposta
Demóstenes Torres (PFL-GO) - demostenes.torres@senador.gov.br
Efraim Moraes (PFL-PB) - efraim.morais@senador.gov.br - primeiro-secretário da Mesa
Tião Viana (PT-AC) - tiao.viana@senador.gov.br - vice-presidente do Senado
Ney Suassuna (PMDB-PB) - neysuassun@senador.gov.br - líder
Ideli Salvatti (PT-SC) - ideli.salvatti@senadora.gov.br - líder

OPINIÃO
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Triste constatação

Por Dora Kramer, em O Estado de S.Paulo, hoje:

"A imprensa grita, a população esperneia, entidades repudiam, vozes ainda minoritárias no Parlamento se levantam contra o repulsivo gesto dos presidentes da Câmara e do Senado de, numa canetada, aumentar o salário de seus pares em 90%, mas a revogação do brutal erro de cálculo político cometido por Aldo Rebelo e Renan Calheiros está nas mãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e de ninguém mais.

Desanima, porém, constatar que ambos privilegiam os respectivos apetites corporativos em detrimento de seu compromisso institucional de trabalhar em prol da maioria.

Se a Justiça, o Congresso ou ambos, não revogarem a decisão de quinta-feira última, mais uma vez nós, os cães, ladraremos e a caravana passará incólume."

JORNALISTAS CRITICAM O MONOPÓLIO DA GLOBO
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Agência Câmara
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Um dos principais problemas da comunicação hoje no País é o grande poder da Rede Globo, segundo os participantes do seminário "Mídia nas eleições de 2006", realizado nesta quarta-feira (13/12) na Câmara dos Deputados. O diretor de Jornalismo do SBT, Luiz Gonzaga Mineiro, assegurou que a TV Globo tem 50% da audiência, mas fica com 75% da receita.
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O diretor do site Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim, acredita o problema é provocado pela falta de um Conselho de Comunicação Social independente e com poder de decisão. Para ele, a Rede Globo também foi a responsável pelo modelo adotado pelo Conselho atualmente, que funciona apenas como órgão consultivo e não tem representantes de todos os setores interessados. As emissoras comunitárias, por exemplo, não têm representação.
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O jornalista também afirmou que é necessário "muito cuidado com a legislação em análise no Congresso". Em sua opinião, os projetos do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) e do senador Maguito Vilela (PMDB-GO) vão levar o País de "volta à idade da pedra, como quer a Globo, e fechar o Brasil para novas mídias".
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Paulo Henrique Amorim afirmou que a imprensa brasileira passa por uma crise de qualidade, que envolve uma confusão entre os conceitos de opinião e informação. "Há uma total promiscuidade entre opinião e informação. Hoje, só não há opinião na sessão de horóscopo. Ela está até no obituário", observou ele, durante o seminário "Mídia nas Eleições 2006".
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De acordo com Amorim, a situação não é nova. "O presidente Juscelino Kubitschek disse que um dos motivos de trazer a capital para Brasília foi porque não agüentava mais ver a Rádio Globo dar o microfone por uma hora ao Carlos Lacerda para pedir seu impeachment", lembrou.
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O jornalista sustentou que a Rede Globo trabalhou contra o presidente João Goulart, o governador do Rio Leonel Brizola e sempre foi contra todos os trabalhistas. Na sua opinião, isso é conseqüência, em parte, de hoje não existir mais proletários no jornalismo. "Só tem mauricinho", afirmou. "Jornalista hoje gosta é de banqueiro."
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Circulação e pluralismoDe acordo com dados apresentados por Amorim, a imprensa escrita perdeu 10% de circulação nos últimos dez anos. "Apesar dessa perda, a mídia mantém o poder de gerar crises", afirmou, citando declarações do cientista político Wanderley Guilherme dos Santos.
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Na opinião de Amorim, a tendência com a crise é que os jornais fiquem menos pluralistas. "Com a decadência, eles se tornam mais fiéis a sua clientela", analisou. O jornalista citou pesquisa da Universidade de Harvard demonstrando que, com a queda na circulação, também diminui a diversidade de opiniões nos grandes jornais.
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InternetA boa notícia, para Paulo Henrique Amorim, é que a internet tem relevância política cada vez maior no Brasil. Segundo observou, os blogs daqui estão cada vez mais independentes, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, onde esses sites surgiram das rádios e se tornaram conservadores.
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Atualmente, de acordo com dados apresentados por ele, os brasileiros já gastam 20 horas por mês na internet. Os usuários já seriam 20 milhões, com alcance cada vez maior na classe C. Somente neste ano, destacou Amorim, foram vendidos 380 mil computadores populares. O diretor do Conversa Afiada também tem expectativas de que o celular torne-se cada vez mais parecido com um computador e um aliado na democratização da informação.

sábado, 16 de dezembro de 2006

NOVOS VÍDEOS

NA SEÇÃO VÍDEOS NO MENU A DIREITA COLOQUEI NOVOS VÍDEOS
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INÚTIL-ULTRAJE A RIGOR
O dia em que Dorival encarou a guarda II
O dia em que Dorival encarou a guarda I
Florestan Fernandes
Curta da Ditadura
Leonel Brizola
José Dirceu
Pedro Simon
Jefferson Perez
Roberto Jefferson II
Roberto Jefferson
Chico Alencar
Fernando Gabeira III
Fernando Gaberia II
Fernando Gabeira I
O Sol - caminhando contra o vento
Loira do Pânico
Luiza Ambiel

Evolução da espécie humana
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Clóvis Rossi*
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Em resposta a uma pergunta que lhe fiz em Caracas, em agosto de 2003, Lula disse assim: "Em toda minha vida, nunca gostei de ser rotulado de esquerda. E, na primeira vez que me perguntaram se eu era comunista, respondi: "Sou torneiro mecânico".
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Agora, depois de confundir "evolução da espécie humana" com envelhecimento natural das pessoas, saiu-se com essa: "Se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque ela tem problemas. Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também tem problemas".
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Soa engraçadinho, para uns, negação do PT, para outros, ou traição à esquerda, para terceiros. No fundo, porém, trata-se do mais puro oportunismo. Lula foi vendido com o rótulo de esquerda, sim, quando isso convinha na disputa pelo poder e seu marketing era ser contra "tudo o que está aí".
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Hoje, presidente, ele não precisa mais de rótulos e de maquiagem, e o PT nem é mais de esquerda, nem descambou para a direita, nem se equilibra no centro. Apenas tenta se entender. A frase foi só mais um lance pragmático de um político aplaudido como "intuitivo".
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Lula jogou o PT fora para se agarrar ao PMDB e aos mensaleiros, distribuiu o Bolsa Família para criar a sensação de distribuir renda, permitiu que os bancos tivessem o maior lucro da história enquanto o crescimento só bateu o do Haiti.
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Agora, para completar, finge que a esquerda não é com ele, tenta atrair os partidos, namora Delfim Netto e procura "grandes quadros" para compor o segundo mandato.
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Do PT sobram poucos, como Tarso Genro, cotado para tudo o que aparece, Justiça, Defesa, área política. Será que Lula gosta tanto assim do petista Tarso? Quem conhece ri e explica: "Não, é o contrário. Lula está é louco para se livrar do Tarso no Planalto". Dá para dizer: do Tarso, do PT e do restinho de esquerda que ainda estiver sobrando por lá. *Jornalista, Folha SP, 14/12/2006

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

SIMON DEMONSTRA CETICISMO QUANTO À ALIANÇA DE LULA COM PMDB

Lula recebeu o senador Pedro Simon em seu gabinete no Palácio do Planalto nesta terça (5)
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) manifestou nesta terça-feira (5) ceticismo em relação ao sucesso da aliança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o seu partido, mas reiterou que pretende se esforçar para que o acordo tenha resultados.
Simon afirmou que se a grande maioria do PMDB aliou-se ao Palácio do Planalto, demonstrando unidade extravagante em busca de cargos e não preocupada com a construção de uma agenda pelo desenvolvimento do país, o pacto está fadado a ser dissolvido em seis meses.
O senador gaúcho repetiu o comentário feito pelo senador peemedebista eleito de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. "O Jarbas tem razão de pensar isso. Mas temos que torcer para não dar errado. Reconheço que é muito dificil, que muitas vezes querer pegar cargo (não dá certo). Se for isso, realmente está rompido em seis meses", afirmou.
"Se não romper, tomar uma decisão de independência, pode ser que dê certo. Se decidir de saída que vai ser contra, vai dar errado", disse Simon após uma audiência de duas horas com o presidente. Lula pediu que Simon converse com Jarbas para aproximá-lo do Palácio do Planalto.

Kibe Loco - O Rei do Elogio

"Carro Velho", de Quixeramobim (interior do Ceará), toma conta do microfone da Rádio 104 para tecer os mais variados elogios a Carlinhos Elói e toda a família Balbino.

NOTÍCIAS DA PROVÍNCIA
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Por Rafael Seidel
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Mudança nas secretarias
Corre um boato, à boca solta, nos bastidores da Educação de Caçador, de que o secretário Itamar Fávero não deverá prosseguir por muito tempo no cargo. Além desse boato, já corre até o nome do seu substituto: o ex-secretário de Educação do prefeito Menta. Isso mesmo, Nelson Molinski Moreira Santos. Na verdade, até o seu assessor já estaria contratado. Inclusive, ele recebeu a notícia por mensagem de celular. Segundo o que ele (o sigilo foi pedido), não houve nenhuma proposta e, nem que houvesse, ele não aceitaria como assessor na Educação.
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Cobalchini prefeito
Ainda nos bastidores da política local, corre outro boato, de que o suplente de deputado estadual Valdir Cobalchini, ficaria na Secretaria Regional para depois, tentar se eleger como prefeito de Caçador. A idéia inicial do PMDB era lançar como candidato o atual secretário, Beto Comazzetto, mas como Cobalchini não chegou à eleição, os planos tiveram que ser mudados. Inclusive, segundo alguns apoiadores dessa idéia, até o governador gostou da proposta.
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Mobilização
A Ampe está novamente se mobilizando para buscar os seus interesses. Depois de ter reunido o Estado inteiro em prol da criação e aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas de Caçador, em 2003, agora, o objetivo é derrubar a Medida Provisória que aumenta em 2% o ICMS para diversos produtos. Os seus membros afirmam que irão até o fim para conseguir isso também.
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Médicos
Depois de o clima ter esquentado nesta quarta-feira, na reunião entre os médicos, Prefeitura e Câmara de Vereadores, um dos médicos presentes afirmou em público, o que todos sabiam, mas poucos falavam: Nenhum médico que trabalha 8 horas por dia, cumpre a sua carga. Como em Caçador, só temos um contratado com essa jornada de trabalho, logo, presume-se que essa pessoa não está ficando no seu posto de serviço quando deveria. Isso ainda vai dar muito pano pra manga.

Tipos de blogueiros
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Blogueiro Gugu - só posta aos domingos / Blogueiro Político - só te visita pra pedir votos / Blogueiro Xuxa - no comentário só manda beijinho / Blogueiro Amante - só aparece de vez em quando / Blogueiro Feliz - nunca tem problemas / Blogueiro Colecionador - faz coleção de awards, mas nem usa
Blogueiro Compulsivo - posta, comenta e ainda manda e-mail / Blogueiro Pop Star - tem mais de 5 mil visitas e 50 comentários diários / Blogueiro Agente Secreto - comenta, mas não diz quem é! / Blogueiro Pai-Nosso - visite só o meu reino e ao vosso reino nada / Blogueiro Jornalista - vive postando entrevistas / Blogueiro Utilidade-Pública - sempre posta algo interessante / Blogueiro Os Normais - postam como casal e o resultado é cômico
Blogueiro Fuso-Horário - quando todos estão dormindo, ele esta postando / Blogueiro Gentil - todos os dias agradecem todos os comentários e visitas
Blogueiro Polivalente - tem mais de um blog / Blogueiro Auto-Suficiente - ele posta e comenta no próprio blog
Blogueiro BMW - tem contador, mapa, recadinho, icq, + de um comentário / Blogueiro Marketeiro - cheio de propagandas
Blogueiro Nomade - vive mudando de endereço / Blogueiro FM - sempre com músicas que para um pc como o meu, é um tormento
Blogueiro IBAMA - louco por animais / Blogueiro Super-Dotado - tudo que posta é exclusivo
Blogueiro Progressivo - não empresta nada do seu blog pra ninguém! / Blogueiro Inseguro - lê tudo, mas não comenta com medo de dar sua opinião!
Blogueiro Metamorfose Anbulante - vive mudando de template! / Blogueiro Toma Lá-dá-cá - só visita você quando você vai lá primeiro
Blogueiro Sanguessuga - quer toda a sua atenção! / Blogueiro Muito-Loco - eLe SoH eSkReVe AsSiM!
Blogueiro que valoriza a imagem - que não posta texto nenhum, só gifs e fotos / Blogueiro Muito frufru - eLe SoH eSkReVe AxiM!

Cristovam Buarque entrevistado pelo Jornal das 10 da Globo News

Cristovam Buarque entrevistado pelo Jornal das 10 da Globo News. Candidato a presidência pelas eleições de 2006, Cristovam responde as perguntas dos jornalistas.

Charge

Frases do Pinochet
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“A minha opinião é a de que estes cavalheiros sejas presos e mandados de avião para qualquer lugar, inclusive, pelo caminho vão jogando-os abaixo” (11 de setembro de 1973 - dia do golpe, referindo se aos prisioneiros, segundo gravação captada de comunicações militares)
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”A democracia que sempre respeitamos, será mantida pelas instituições armadas, para impedir que seja violada (31 de dezembro de 1973).”
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“Eliminamos a palavra “obrero” (operário) e hoje somos todos trabalhadores desde o presidente que lhes fala até em baixo” (El Mercurio, 27 de maio de 1983).
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“Eu obtenho minha força de Deus” (Newsweek, 19 de março de 1984).“Praticamente limpamos a nação de marxista” (Revista Hoy, 23 de Fevereiro 1988).
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“É uma grande economia fazer sepultamento de cadáveres numa mesma tumba” (La Nación, 5 de setembro de 1991, referindo-se aos desaparecidos que têm aparecido em covas coletivas)
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“Dois mil não é nada” (al comparar a cifra de desaparecidos com os 14 milhões de habitantes do país, julho de 1994).
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“Roma cortava a cabeça de cristãos e eles reapareciam sempre, é algo parecido o que ocorre com os marxistas” (Diário Clarín, de Buenos Aires, 10 de Novembro de 1995).
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El Mercurio e La Nación – Santiago, Domingo 10 de dezembro de 2006