domingo, 29 de dezembro de 2013

O Advogado dos 5 crimes [Dublado]

CAP - Capitalismo Selvagem! (FILME)

Entrevista com Celso Furtado em Paris. Parte II

Entrevista com Celso Furtado em Paris. Parte I.

O Longo Amanhecer

Réveillon deve reunir 1,3 milhão de pessoas em duas cidades de SC

Festas públicas são oferecidas em Florianópolis e Balneário Camboriú.
Estrutura está pronta na Capital e será terminada segunda na outra cidade.

Politica do filho único

Chineses anunciam que estão a acabar com a tal politica do filho único. Polêmica politica, ao ser revogado vai significar, provavelmente um crescimento da população da nação de maior população do planeta que pode ser ultrapassada pela Índia em população em breve.

Ao menos é o que desejam PT e PMDB

A aliança que está sendo montada para reeleger Dilma promete ser mais ampla daquela que vem sustentando o seu governo. Ao menos é o que desejam PT e PMDB, os dois partidos dominantes na aliança aparentemente.

Entenda a Ditadura no Brasil e a intervenção dos Estados Unidos

sábado, 28 de dezembro de 2013

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O partido secreto

É inverídica a afirmação de que o pensamento conservador não possua muitos adeptos na universidade pública. Existe uma verdadeira guerra de posições entre os professores, alunos e funcionários mais integrados e os descontentes com a hegemonia da ignorância e do reacionarismo.
Luís Carlos Lopes

O ataque político-ideológico de setores das direitas do Brasil às universidades públicas é curioso. Ele consegue unir jornalistas pequeno-burgueses que militam na imprensa mais conservadora do país a alunos de origem pobre, vindos de famílias que jamais alcançaram o ensino superior. Estes, quase sempre, são residentes em domicílios onde a palavra escrita mais conhecida é a Bíblia e/ou a mídia mais consumida é a TV aberta. O reacionarismo é uma erva da daninha, não sendo somente uma crença das elites. O conservadorismo popular, quase sempre negado ou negligenciado, é um problema grave que precisa ser atacado.

Não raro, os professores de biologia são admoestados por seus alunos ao tentar ensinar a teoria da evolução. Estes resistem bravamente, e, coléricos, reafirmam o velho criacionismo derrotado por Darwin no século XIX. Existem os que falam e defendem seus pontos de vista publicamente e os mais covardes que calam, com medo do vexame, manifestando-se em âmbito privado e na Internet. A polêmica entre criacionistas e evolucionistas, guardando-se as devidas proporções, se repete em sala de aula de todos os ramos do saber, quando alunos mais limitados são apresentados às teorias consagradas das ciências de qualquer cepa. O preconceito secreto contra o conhecimento, de origem medieval, tem livre curso entre parcelas substantivas dos jovens e nem tão jovens do Brasil.

Os sites e blogs deste mesmo movimento reproduzem matérias jornalísticas que acusam os professores de ‘doutrinadores’, de ‘esquerdistas’, de mentirosos e outras bobagens a mais. No mesmo lugar, são encontráveis depoimentos de alunos, familiares, militantes, bem como, vídeos gravados de modo secreto e ilegal de aulas que incriminariam os perigosos professores de esquerda. A idéia é juntar ‘provas’ de que as universidades públicas, os cursinhos pré-vestibulares e, até mesmo, os concursos públicos estariam povoados por ‘comunistas’ que comem ‘criancinhas’. Eles querem uma ‘escola sem-partido’. Não querem saber que, até em silêncio, sempre se escolhe e se defende uma posição. Obviamente, os partidários destas idéias respondem a estas críticas, negando tudo. Não passam recibo do que realmente acreditam. Esquecem que o homem é um animal político, tal como ensinou Aristóteles.

É necessário sublinhar que o mesmo ataque dirige-se contra as escolas públicas e contra qualquer tipo forte ou frágil de difusão de posturas e de conhecimentos anti-hegemônicos ou a simples difusão do saber científico e artístico universal. Nenhuma palavra é escrita sobre os cursos universitários da área privada. Deve-se presumir que esses críticos e, ao mesmo tempo, usuários do ensino público devem achar que o melhor seria que todas as escolas fossem privadas e que o ‘mercado’ fosse o rei vazio do saber ensinado.

Afinal, para que falar em política, história, ciência, literatura e outras formas de arte? De que adiantaria incrementar o debate com idéias que discordariam dos sensos comuns e das tradições? A quem serviria discordar das religiões dominantes ou paralelas, da televisão de todo dia, do cinema comercial etc? As escolas, fundamentalmente as de nível superior, deveriam apenas certificar seus alunos, distribuindo os diplomas tão almejados. Não deveriam cobrar nada de mais sério deles, bem como, nada exigir além do ritual burocrático-acadêmico e nem checar se eles estão de fato preparados para as carreiras que escolheram. É o que parece que os defensores dessas idéias pensam.

Eles construíram um universo bastante afastado da realidade do que realmente se passa no ensino público universitário. É verdade, que neste ainda há espaço para discussão crítica e para a atualização dos saberes humanos. Fora dele, pouquíssimos espaços brasileiros discutem algo de mais substantivo. A tendência é de fazer o que os mestres midiáticos e conservadores mandam e recomendam. Essa janela, que insiste em interpretar o mundo, deve irritar bastante os mais tradicionalistas e conservadores, tal como sempre aconteceu.

É inverídica a afirmação de que o pensamento conservador não possua muitos adeptos na universidade pública. De fato, existe uma verdadeira guerra de posições entre os professores, alunos e funcionários mais integrados e os descontentes com a hegemonia da ignorância e do reacionarismo. Nesta mesma universidade, existe espaço para as mais diferentes correntes políticas e do saber e estas não são, necessariamente, inimigas da ordem. Há um exagero calculado e a tentativa de desqualificar o que não compreendem e rejeitam a priori. Lá, existe um pouco de tudo, como em qualquer outro ambiente humano de grandes proporções. Fazem parte dessas escolas santos e demônios, oportunistas e altruístas e muita gente que não se coloca em nenhum dos extremos conhecidos.

Por que eles tanto atacam estas instituições? Na visão de mundo deles, tudo que possa atrapalhar a dominação ideológica sufocante que almejam deve ser sumariamente destruído. Não há perdão. Eles têm saudade da época da ditadura militar e de todos os regimes autoritários do mundo afora. Desejam que o Brasil caminhe na direção de uma sociedade com uma só voz, com as pessoas controladas e sem capacidade crítica. Odeiam a ciência, a arte e se pudessem mandariam para fogueira os livros mais importantes da história da humanidade. Muitos dos seus seguidores detestam a palavra escrita, adoram a imagem e têm enorme aversão ao ato de pensar. Os que aceitam o que apreendem nos livros selecionam autores e idéias que defendam os mesmos pontos de vista ou possam ser usados nesta direção. Obviamente, isto não faz parte da superfície dos seus discursos. Pode ser depreendido, mergulhando-se nos conteúdos.

A velha técnica da manipulação implica inverter significados, cortar frases e dar interpretações truncadas. O que se quer é transformar as audiências em bonecos de ventríloquos, impedir que pensem e que decidam em sã consciência. Isto funciona. Existem mil e um exemplos da história humana da construção de versões para esconder a verdade, de se manipular grande quantidade de seres humanos e de usá-los como instrumentos do poder de uma pequena minoria.




Luís Carlos Lopes é professor e escritor.

Veja Cinema: Inimigos Públicos

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Megaciudades - Paris (+playlist)

Esquerdas e direitas, hoje!

Os inúmeros problemas da esquerda ajudaram as direitas a se camuflarem melhor e se postarem como única e verdadeira solução. O atual contexto internacional é bastante favorável às posições conservadoras e ao mito de que não existe mais espaço para o pensamento de esquerda.

Luís Carlos Lopes

Mais de duzentos anos se passaram da revolução francesa, entretanto, a distinção entre direita e esquerda permanece viva e útil para a compreensão do espectro político atual. Na origem, estes termos de uso político nasceram por designar os lados onde se sentavam os membros da Assembléia de 1791. Os da esquerda queriam a afirmação e o aprofundamento dos princípios dos direitos do homem e os referentes à legítima luta contra a opressão. Os da direita queriam os suprimir ou dar um jeito de contorná-los. Desde lá, havia gradações à esquerda e à direita e não faltaram os que se afirmavam numa posição, na verdade desejando a outra. Os disfarces e os artifícios retóricos existiam há séculos. Não foram inventados pela modernidade dos acontecimentos de 1789.

Nos últimos dois séculos, a mesma distinção, com todos os seus problemas, foi e continua sendo usada por toda parte. Continua sendo possível medir o arco que leva da direita à esquerda com todas suas inflexões. Nem sempre é fácil perceber os disfarces, bem como, o exagero do discurso que escamoteia os propósitos efetivos de quem se postula de esquerda ou é reconhecido como de direita. Lembrando-se sempre que é mais fácil o auto-reconhecimento à esquerda. Poucos desejam ser considerados membros do outro campo ideológico.

Escondem, enquanto podem, o que realmente acreditam. Atualmente, quem é de direita costuma dizer que a distinção não é mais válida, remete a um outro tempo etc. Quem foi de esquerda e traiu suas convicções tem imenso interesse em confundir sua audiência, desejando que se esqueça do passado, como se fosse possível renascer das cinzas.

O olhar de quem é realmente de esquerda não compactua com a exploração do homem pelo homem, nas suas imensas variações. Não aceita que as pessoas sejam manipuladas e a elas sejam negados os seus direitos mais essenciais. Não concorda com a disseminação da ignorância e com o impedimento do acesso às informações políticas e científico-culturais fundamentais. Não pode assentir com direitos e tratamentos desiguais, independentemente do sexo, da idade, das características raciais e das posições ocupadas no tecido social por qualquer pessoa. Acredita que as ordens socioculturais e políticas não são naturais e que podem ser modificadas, no interesse coletivo.

Como fazer valer tudo isto sempre foi muito difícil, ser de esquerda foi confundido com viver fora da realidade, não ter juízo e acreditar no impossível. No século XX, as coisas se complicaram ainda mais, porque, em nome da esquerda foram cometidas atrocidades típicas das direitas, cultivaram-se idéias, práticas e comportamentos muito próximos aos que as direitas sempre defenderam. O filme alemão, em cartaz, A Vida dos Outros, dá uma boa idéia do problema.

A história hoje conhecida do chamado socialismo real de Estado ajudou a confundir as opiniões e facilitou o trabalho das direitas. Por causa disto, é bom identificar a que tipo de esquerda se pertence. Tal como na velha revolução francesa, razões de Estado podem suplantar e, mesmo, destruir os ideais que deram início ao processo.

Os inúmeros problemas da esquerda ajudaram as direitas a se camuflarem melhor e se postarem como única e verdadeira solução. O atual contexto internacional é bastante favorável às posições conservadoras e ao mito de que não existe mais espaço para o pensamento de esquerda. As grandes mídias alardeiam a todo tempo o fim da possibilidade de criação de sociedades mais justas. Difundem, com o apoio de inúmeros intelectuais, a idéia de que não se pode compreender o mundo objetivamente e se lutar contra as iniqüidades atuais. Tentam dominar as consciências por meio da intriga, da mentira e de modos de pensar imunes a quaisquer saídas mais racionais. Apelam para um excesso de emoções alienadas e escondem a existência das ciências e das artes eruditas e populares autênticas, as substituindo pelo pastiche grotesco, o obscurantismo e o misticismo. No interior destas mídias, alguns tentam heroicamente evitar que a luz desapareça completamente. Isto significaria o fim de tudo, o apocalipse para quem ainda pensa e deseja fazer um trabalho decente. Para as direitas, não há problema. Elas estão acostumadas a viver com os entes dos infernos.

Ser de direita é bem mais fácil. Significa estar de acordo, mesmo que a razão indique que não se está dizendo a verdade ou que a causa defendida pode dar prejuízos até mesmo a quem a defende. Existem os que são de direita por estar defendendo seus interesses, por serem poderosos e desejarem ainda mais poder. Infelizmente, há os que defendem idéias de direita contra si próprios. Advogam crenças que os penalizam. Deixam de usar da razão e mentem para si mesmo.

Uma das velhas discussões sobre o mesmo problema é a de saber porque alguns aceitam, na grande imprensa, por exemplo, ter posições tão claramente de direita, mesmo não sendo donos dos jornais e revistas onde escrevem. O falso enigma por vezes aparece, quando se descobre, em alguns casos conhecidos, que os mais aguerridos são também os que recebem de várias fontes. A notícia e a opinião são mercadorias que podem ser oferecidas e vendidas por telefone ou em reuniões privadas. Basta consultar as janelas do noticiário existentes, sobretudo nas mídias alternativas, e ver as pontas dos icebergs, deste velho problema.

Luís Carlos Lopes é professor.

Celtic Woman - Shenandoah - The Pacific Slope (Máiréad Nesbitt)

CARGOS E COMPETÊNCIAS

Você já viu , alguém ocupar um cargo, para o qual, não tem as condições para exercê-lo. Milhares de órgãos públicos,vivem essa abjeta realidade. Inúmeros ocupantes de cargos de chefia, lá estão exclusivamente, por suas relações com os partidos do governo, não gozando de outras credenciais, e o tempo vai passando e nova eleição, e novos apadrinhados.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

sábado, 21 de dezembro de 2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

primeira Guerra.Mundial o fim de uma era dublado

Aula de 1ª Guerra Mundial e Revolução Russa, Parte 2/2 (+playlist)

Aula de Regimes Totalitários, Parte 1/2 (+playlist)

Aula de Regimes Totalitários, Parte 1/2 (+playlist)

GUERRA FRIA - URSS X EUA

O “Processo Imbecilizador” da Educação em SP (2)

04-Fev-2010


2. Uma insana metástase

"Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes." (Marquês de Sade)

O "Processo Imbecilizador" na rede oficial de educação pública de São Paulo constitui-se numa das políticas mais cretinas e eficientes por parte de um poder público irresponsável e fascista.

Num primeiro momento, o objetivo é fragmentar e pulverizar a categoria docente atribuindo-lhe uma política salarial de "bônus" individuais (até hoje não existe sequer um regra minimamente racional para se entender o misterioso processo de sua concessão!). A política de bônus serve apenas como um "cala boca", fragmentadora da mobilização dos docentes. Como sua concessão é aleatória, quem "ganha" o bônus acaba, por sua vez, sendo cooptado na ilusão de ampliação financeira em seus proventos. Mais uma vez, a Secretaria de Educação do Estado (SEE-SP) se aproveita do narcisismo primário dos professores e consolida sua política de desestabilização do funcionalismo público.

No segundo momento, busca-se responsabilizar os professores pelo caos na rede pública e deixar cada vez mais difíceis as condições de trabalho e sobrevivência dos docentes. É importante frisar os sistemáticos processos de humilhação dos professores contratados (os chamados OFA/ACT) que a cada ano convivem com a insegurança de sua vida funcional. Para piorar, agora precisam passar por "provinhas" anuais estapafúrdias para conseguirem algumas aulas. Outra humilhação de início de cada ano letivo é também o processo de distribuição/atribuição de aulas para estes professores. Além de conviverem com o fantasma do desemprego sob a ameaça de não poderem obter aulas se não "passarem" nas provinhas.

O terceiro momento é terceirizar ou diluir as atribuições dos professores dentro de uma unidade escolar com projetos completamente alienados no interior escolar. Um exemplo é o midiático e perdulário projeto "Escola da Família", onde a SEE-SP assume um papel lamentável de "cafetina educacional" para angariar jovens universitários da rede privada sem o menor preparo, motivação ou compromisso com a Educação para "atuarem na escola pública". Naturalmente, o resultado é o mais ridículo, alienado e inútil processo de ilusão educacional à custa do dinheiro público, além de contribuir para ampliar a desvalorização do quadro docente.

A humilhação continua no quarto momento, que consiste na oficialização do arrocho salarial da categoria docente e imposição sistemática de provinhas para conquistar um ilusório aumento de salário. Destaca-se que nenhuma categoria de servidores públicos do Brasil passa por vexame humilhante e coube à alienação franciscana e beneditina do quadro docente assumir a serviçal postura de conceder aval às loucuras irresponsáveis dos gestores tucanos da SEE-SP. Como sucesso da campanha fascista da gestão tucana, a humilhação e a falta de amor-próprio por parte dos docentes é tamanha que não raro tais professores acham ser "importante passar por este tipo de avaliação"!

Merece breve menção outra maldição que impregna o inconsciente da classe docente: a tarefa sacerdotal da profissão ser vista como uma dádiva divina, tal como o processo de construção do heroísmo messiânico descrito na Bíblia sobre o martírio de Jesus Cristo, que percorreu a ferro, escárnio e seguidas humilhações a via crúcis (perfazendo as catorze estações) desde o Pretório de Pilatos até ser crucificado no Monte Calvário. Dentro dos limites do imaginário docente, cada professor carrega consigo a ambivalência do narcisismo docente e o sacerdócio divino. Nesta psicanálise metafísica do ofício docente, o professor se sente incapaz de sublevar com maior tenacidade as agruras que sobrecarregam suas costas no inimaginável submundo de seu pequeno campo de concentração educacional.

Escolas públicas depauperadas, arquitetura carcerária, política do silêncio, desqualificação docente, administração primitiva (operadas por diretores incompetentes, omissos ou corruptos, salvo algumas exceções) e aliando-se as condições subumanas de trabalho. Devido a uma variabilidade assimétrica originada pelo caos que é a rede pública estadual, cada unidade escolar poderá ter suas especificidades, porém as condições de precariedade são um fator comum a praticamente todas as escolas. Com uma política da "promoção automática" dos alunos imposta nos anos iniciais ainda na gestão tucana de Mario Covas, a ridicularização do trabalho docente ganhou maior desenvoltura ao ponto surreal de um aluno do final da Educação Básica, ou seja, o terceiro ano do Ensino Médio, sair com um diploma debaixo do braço e continuar sendo apenas um analfabeto funcional!

Clique aqui para ler a primeira parte deste artigo.

Wellington Fontes Menezes é professor da rede pública.

sábado, 14 de dezembro de 2013

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

sábado, 7 de dezembro de 2013

domingo, 1 de dezembro de 2013

domingo, 24 de novembro de 2013

A TERRA ALAGADA

sábado, 23 de novembro de 2013

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

James Madison

James Madison
(1751 - 1836)
  Quarto presidente dos Estados Unidos (1809-1817) nascido em Porty-Conway, Virgínia., uma das principais figuras da guerra de independência e um dos principais redatores da constituição de seu país. Estudou na Universidade de Nova Jersey, atual Princeton, onde desenvolveu suas idéias separatistas. Eleito delegado à convenção da Virgínia (1776), sua preocupação principal foi fortalecer o governo central dos Estados Unidos, então dividido em províncias, os poderes do Congresso federal e o laicismo. Com John Jay e Alexander Hamilton, fundou o periódico The Federalist, órgão impresso de defesa do federalismo. Casou-se (1794) com Dolley Payne Todd (1768-1849), viúva de John Todd, Jr., um advogado, com quem casara três anos antes (1790). Todd morreu de febre amarela, deixando Dolley viúva com um filho pequeno, Payne. O charme da jovem viúva, seu riso, olhos azuis e os belos cabelos pretos, atraíram a atenção do político da Virgínia, 17 anos mais velho. Eleito deputado federal, apoiou as dez primeiras emendas constitucionais e manifestou-se favorável à liberdade de religião, de palavra e de imprensa, mas em protesto contra um acordo comercial negociado com a Grã-Bretanha (1797), abandonou o Congresso. Foi secretário de estado (1801-1809) no governo de Thomas Jefferson e, também, seu sucessor (1809). Em virtude das pressões de mercado exercidas pelo Reino Unido, que colocou o país em difícil situação política e econômica, cortou relações comerciais com o ex-colonizador (1810). Assumiu o controle da província espanhola da Flórida ocidental (1810), sob alegação de serem terras americanas compradas da Espanha durante o governo de Jefferson. Foi reeleito (1812), declarou guerra ao Reino Unido e a vitória americana (1814) foi sua consagração popular. Por isso, mesmo após o término de seu mandato (1817), continuou sendo uma importante figura política em seu país. De então em diante, dedicou-se especialmente a causa abolicionista e a manutenção da unidade do país, até sua morte, em Montpellier, Virgínia.

Puzzle Electoral: Las proyecciones de cara a la segunda vuelta (+playlist)

Biografía de Karl Marx (1/2)

Kerry: el fin de la "doctrina Monroe"

Videoaulas IESDE - Dicas de História: Golpe de 1964

3a1 - Fernando Henrique (Parte 1)

Roda Viva 1989 (PARTE2) - Ulysses Guimarães no centro do Roda Viva

História do Brasil Colonial II - Aula 7 - A Ideia de Brasil no século XV...

sábado, 16 de novembro de 2013

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Stalin el Imperio del Mal (1-2) - Stalin, el Tirano Rojo (La noche tematica) HQ

TV Alerj - Entrevista com Marcelo Neri (CPS/FGV) - Parte 1 de 4

Arthur Schopenhauer

Arthur Schopenhauer
(1788 - 1860)
Filósofo germânico nascido em Danzig, Prússia, atual Gdansk, Polônia, considerado de pensamento anti-histórico, o criador da filosofia pessimista, por sua oposição tenaz a Hegel, o pensador da história. Filho do comerciante Henrich Floris Schopenhauer e da bem sucedida escritora Johanna Henriette Trosenier, inicialmente foi encaminhado para estudos voltados para o comércio. Viajou por diversos países da Europa com a finalidade de aprimorar seus conhecimentos. Após o falecimento de seu pai, voltou-se para estudos humanísticos e matriculou-se no Liceu Weimar (1807). Entrou para a faculdade de medicina de Gottigen (1809), tendo como professor Schulze, que o encaminhou para os estudos de Platão e Kant. Na Universidade de Berlim (1811), assistiu cursos ministrados por Schleiermacher e Fichte e doutorou-se (1813) pela Universidade de Berlim com tese intitulada Quadrupla Raiz do Princípio da Razão Suficiente. Tornou-se professor em Berlim (1820) e ali passou a atacar asperamente Hegel, então o filósofo mais influente da Alemanha. Isolado retirou-se para Frankfurt (1831), onde levou vida solitária, totalmente desconhecido como escritor e filósofo. Morreu em Frankfurt am Main e só cerca de vinte anos depois, em uma época de decepção geral na Europa, sua filosofia pessimista começou a chamar a atenção e suas obras foram traduzidas em várias línguas e criando uma escola filosófica denominada de schopenhauerianos, de grande importância na Alemanha e França. Seus escritos influenciam a criação da filosofia existential e a psicologia freudiana. Seus principais livros foram Die Welt als Wille und Vorstellung (1819) e Parerga und Paralipomena (1851).

Anacronismo

Anacronismo

O anacronismo ou anticronismo consiste basicamente em utilizar os conceitos e idéias de uma época para analisar os fatos de outro tempo. Em outras palavras, o anacronismo é uma forma equivocada onde tentamos avaliar um determinado tempo histórico à luz de valores que não pertencem a esse mesmo tempo histórico. Por mais que isso pareça um erro banal ou facilmente perceptível, devemos estar atentos sobre como o anacronismo interfere no nosso estudo da História. 

Por um lado, os historiadores, no desafio diário de suas pesquisas, tentam sempre escapar do problema do anacronismo. Esse seria um “erro mortal” a ser evitado em toda e qualquer pesquisa séria e bem executada. Ao contrário do que possa parecer, esse problema não só atinge os profissionais da História, mas também é encontrado no dia a dia das salas de aula. De forma geral, muitos alunos costumam tecer comentários sobre o passado com base nos seus próprios valores. 

É comum vermos os alunos reclamarem sobre como os portugueses conseguiam, mesmo sendo minoria, dominarem a imensa população de escravos do Brasil. Outros se questionam sobre como a Igreja tinha tanto poder durante a Idade Média. Ao estudarem a democracia em Atenas, não acreditam como os atenienses reconheciam como democrático um regime que excluía as mulheres e estrangeiros das questões políticas. 

Ao fazerem esse tipo de crítica não percebem que os conceitos de igualdade, razão e democracia por eles utilizados foram concebidos tempos depois das experiências aqui exemplificadas. Desse modo, desconsideram as idéias e conceitos que deveras poderiam justificar os hábitos no Brasil Colônia, na Idade Média ou na Antiguidade Clássica. Ao mesmo tempo, não levam em conta que o homem interpreta o passado e dessa maneira acaba criando uma nova compreensão do mesmo. 

Um dos mais amplos exemplos desse tipo de prática é percebido no século XVIII, no auge do pensamento iluminista. Elegendo a razão como a melhor das ferramentas do intelecto humano, os iluministas consideravam a religiosidade como um grande entrave ao conhecimento e o saber. Dessa maneira, interpretava-se a Idade Média como a “idade das trevas”, onde a crença e a religiosidade obscureciam a visão do homem. 

No entanto, ao desmerecerem o passado medieval, os iluministas ignoravam toda a contribuição dos filósofos medievais e o fato de que as primeiras universidades da Europa surgem nessa mesma ”idade das trevas”. Nessa perspectiva, podemos considerar também que o iluminismo, na ânsia de seu racionalismo, deixava de olhar de forma mais compreensiva para as características próprias da Idade Medieval. 

Detectando essa falha interpretativa poderíamos concluir que o anacronismo deve ser complemente banido da História. No entanto, seria impossível então olhar o passado com os valores do nosso presente? Provavelmente não. Se por um lado não podemos cometer o erro do anacronismo, também nunca conseguiríamos saber literalmente como pensavam os indivíduos de uma determinada época. Dessa forma, como evitar o anacronismo? 

O anacronismo não pode ser considerado um “fantasma” que persegue estudantes e historiadores. Antes disso, devemos colocar os valores do nosso tempo como um ponto de referência pelo qual poderíamos entender melhor o passado. Comparando as diferenças entre os conceitos de dois tempos históricos diferentes, podemos estabelecer o diálogo das nossas expectativas para com o passado sem desconsiderar os valores do mesmo. Assim, o anacronismo deixa de ser uma armadilha e transforma-se em uma importante ferramenta para a compreensão histórica.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

domingo, 3 de novembro de 2013

Afinal, para que serve a História?

Afinal, para que serve a História?

O modo de se compreender o passado pode acontecer de diferentes formas. 

No seu primeiro dia de aula, provavelmente na segunda fase do ensino fundamental, um professor de História entrou em sala para discutir a importância do estudo dessa matéria. Tal discussão, sem dúvida, é importante. Afinal, as questões e modos de se investigar o passado nessa nova fase do ensino passam a ser mais complexas e você, enquanto indivíduo em formação, já se mostra tentado a levantar algumas questões mais profundas sobre o que aconteceu no passado.

Sabemos que muitos por aí aprenderam que a História é importante para que não cometamos os mesmos erros do passado, para que tenhamos a oportunidade de organizar o agora e o porvir de modo mais seguro. Sob tal perspectiva, o estudo dos fatos consumados teria um valor estratégico. Em outras palavras, essa ideia sugere que a análise e a crítica do passado determinam o alcance de um futuro livre das mazelas que um dia nos afligiu.

De fato, ao observar esse tipo de uso para o passado, somos tentados a romantizar a História como ferramenta indispensável ao progresso. Contudo, seria mesmo correto dizer que a compreensão do passado garante verdadeiramente uma sociedade ou uma civilização mais aprimorada? Se assim fosse, toda a mazela que a Primeira Guerra Mundial trouxe para a Europa incutiria a “lição” de que uma Segunda Guerra Mundial não deveria acontecer. Mas não foi bem assim que as coisas se deram, não é?

Percebendo esse tipo de incoerência é que temos a chance de intuir que a História não tem essa missão salvadora de alertar ao homem sobre os erros que ele não pode cometer novamente. Na verdade, antes de acreditar que as sociedades e civilizações já cometeram um mesmo equívoco duas vezes, devemos entender que esses homens que são objetos de estudo do passado não pensam, sentem, acreditam ou sonham da mesma forma através dos dias, anos, décadas, séculos e milênios.

Sendo assim, a noção de progresso atribuída à História deve ser abandonada em favor de uma investigação dos valores, das relações sociais, conflitos e outros vestígios que nos mostram a transitoriedade e a mutação dos contextos em que os fatos históricos são consumados. É desse justo modo que passamos a entender que o homem e as sociedades que lutaram e sofreram na Primeira Guerra Mundial não são exatamente os mesmos que surgiram no cenário da Segunda Guerra Mundial.

Feita essa reflexão, não devemos chegar ao ponto de pensar que os contextos e períodos em que a História decorre são radicalmente distintos entre si. De uma época para outra, podemos notar que as sociedades não abandonam seu antigo modo de agir para incorporar uma postura completamente inovadora. Em cada período é necessário reconhecer as continuidades e descontinuidades que mostram a força que o passado possuiu enquanto referencial importante na formação dos indivíduos e das coletividades.

Ao realizar esses apontamentos, não devemos acreditar que o passado não passa de um jogo caótico controlado por jogadores (no caso, os homens) que não sabem definir suas próprias regras. Antes disso, é muito mais interessante notar que esse jogo tem feições múltiplas e que as formas de reconhecer a natureza de suas regras podem se transformar de acordo com a forma que olhamos para o passado.

Sendo assim, a investigação do passado se transforma em um grande debate em que cada interessado tem a oportunidade de mostrar uma riqueza inédita sobre um mesmo tema. Na medida em que isso acontece, não só temos a chance de pensar sobre aquilo que o homem já fez, mas também temos uma maneira curiosa, mesmo que seja pela completa diferença, de debater os nossos valores e questionar o agora com os “olhos” de nossos antepassados.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Meu buraco, Minha Vida!

Sugestão de mais um programa para o governo federal implantar.

Baderneiros, Vândalos?

Baderneiros, vândalos, é que dizem a todo momento os meios de comunicação, sobre os manifestantes que dia sim, no outro também andam agitando as coisas em SP e no RJ. Dizem que a policia a todo momento busca o diálogo e a turma só quer porrada. Quem diz é claro são os meios de comunicação. Já a algum tempo a classe politica do Brasil, vem manifestando um estranhamento contra qualquer manifestação de rua, pacifica ou não. Uma certa saudade da ditadura militar, fica patente em quase todos que dão declarações, pedindo repressão contra os tais manifestantes. O fato de usarem máscara, segundo nossos defensores da ordem pública seria um indicio claro de  que a turma não quer coisa boa. Surpreende entre os defensores da ordem pública, o governador do RS, tido como grande formulador de politicas do PT, defender que a policia baixe a lenha nos manifestantes, bem ao estilo da ditadura militar, que o o governador se orgulha de ter combatido.

Educação no Brasil - Documentário Completo (+playlist)

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Roda Viva com FHC

Até quando?

Enquanto isso na Palestina, Israel continua ocupando territórios que não lhe pertencem. Até quando?

Francia enjuicia a ciudadanos por apoyar la campaña antisraelí

Quer começar um bom papo com um petista?

O negócio até parece piada, mas quer começar um bom papo com um petista, comece dizendo que a direita no Brasil está preparando um golpe de estado, contra uma hipotética nova vitória do PT na eleição nacional. Bingo, o papo promete ser animado, não lhe faltarei relatos de casos recentes em que a mídia, a grande imprensa, e em especial a Globo e a Veja, estejam trabalhando dia e noite para ameaçar o projeto transformador do partido. Transformador? É, isso mesmo, sem dar risada ou dizer que é piada, o interlocutor lhe falará do projeto transformador, liderado hoje por Dilma, ontem por Lula. Se você tiver paciência faça o seu teste.

Curioso índice de felicidade

O IPEA, Um instituto de pesquisas do governo afirma que o povo brasileiro é o mais feliz do mundo. Que pesquisa estranha. Como é possível medir a felicidade de um povo? É possível que os questionários tenham sido aplicados apenas com os políticos?

Titanic - violin

Painel FGV - Debate - Perspectivas de crescimento do Brasil: inclusivo, ...

Tucanos

Porque será que os tucanos tem horror a falar de ideologia? Não a possuem por acaso? Querem ganha eleição sem ideologia?

Os canhões de navarone dublado cd 1

terça-feira, 29 de outubro de 2013

E a Cristina?

E a Cristina? A presidente da Argentina, está às voltas com um povo que parece que cansou do seu estilo de viúva negra, obcecada por sapatos.

A Libertação 1945 (Documentário Completo Dublado) Segunda Guerra Mundial...

Graciliano Ramos

Graciliano Ramos
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(1892 - 1953)
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Escritor brasileiro nascido em Quebrangulo, AL, cujos textos voltados para os problemas sociais e escritos em linguagem simples e coloquial, o tornaram um dos escritores mais importantes para a língua portuguesa no Brasil.
Viveu em Buíque, PE, e Viçosa, AL, antes de morar em Palmeira dos Índios, AL, onde inicialmente (1915), dedicou-se ao comércio e ao jornalismo. Foi prefeito da cidade (1928-1930) e na década seguinte morou em Maceió, AL, onde dirigiu a Imprensa Oficial e da Instrução Pública e começou a escrever seus mais importantes romances, em geral na primeira pessoa. Preso por motivos políticos (1936), foi levado para o Rio de Janeiro, cidade onde se fixou após ser libertado (1937), e retomou seu trabalho na imprensa. Durante o período de prisão, escreveu Memórias do Cárcere, obra publicada postumamente (1955). Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (1945), visitou (1952) à União Soviética e à Tchecoslováquia e morreu no Rio de Janeiro. A casa onde o escritor viveu, em Palmeira dos Índios, foi desapropriada (1965) pelo governo de Alagoas e transformada no Museu Graciliano Ramos. Sensível pesquisador da alma humana, seus livros foram publicados em numerosos países, como Alemanha, Argentina, Cuba, Estados Unidos, Finlândia, França, Itália, Polônia e Rússia, com enorme sucesso, como Caetés (1933), o fenomenal São Bernardo (1934), Angústia (1936), Vidas secas (1938), A terra dos meninos pelados (1941), Histórias de Alexandre (1944), Histórias incompletas (1946), Insônia (1947) e Viagem (1954), um relato de suas viagens aos países comunistas. Alguns de seus livros também alcançaram relativo sucesso em premiações nas telas do cinema: São Bernardo por Leon Hirszman (1972) e Vidas secas (1963) e Memórias do cárcere (1984), ambos dirigidos por Nelson Pereira dos Santos.

Os canhões de navarone dublado cd 1

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Antigo sonho petista

Certo de que Dilma Já está quase reeleita o ex-presidente Lula está a tricotar sobre as chances de ganhar o governo de SP, antigo sonho petista. São Paulo é o grande sonho das direções, estadual e nacional do PT. É lá que os tucanos se escastelaram há 20 anos. Quer o PT colocar os tucanos a correr no voto. A tarefa ao que parece não será fácil.

O cara parece bobo

O Senador Aécio Neves, embora esteja estacionado nas pesquisas. Considera positivo o fato de sessenta por cento dos Brasileiros não optarem por Dilma Roussef. Será que ele não percebeu que tem apenas pouco mais do que dez por cento. O cara parece bobo.

Dep. Alfredo Sirkis (PSB-RJ) conversa sobre mudança de partido (+playlist)

Marighela em livro - Três a Um

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sri Sri Ravi Shankar - Silence - Bamboo Flute (Blossom in Your Smile) (+...

A força do preconceito segundo Hanna Arendt

A presidente eleita como uma grande especialista em gestão


"A presidente Dilma foi eleita como uma grande especialista em gestão, mas na prática faz uma administração extremamente centralizadora e o governo não anda."
Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

sábado, 19 de outubro de 2013

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Parecem um departamento da campanha da candidata do governo


Levantamento do IPEA aponta que miséria teria aumentado 36% em dez anos no Brasil sem o Bolsa Família. Eses IPEA só faz pesquisa companheira, em todas elas a situação está ruim, mas está sempre melhorando. Parecem um departamento da campanha da candidata do governo. Mas se dizem um instituto de pesquisa. Mas que pesquisas?


domingo, 13 de outubro de 2013

Leitura para bebês

sábado, 12 de outubro de 2013

A Importância do Brincar

O elo perdido

O elo perdido 

Os quatro cenários da disputa presidencial apresentados pela pesquisa Datafolha revelam que o espólio eleitoral de Marina Silva está sendo pulverizado em três grupos. Na comparação entre as fichas nas quais Marina figura como candidata e nas que ela está fora, fica patente que um terço dos eleitores da ex-senadora migra para o homem que a acolheu em seu partido e sobre quem ela colocou a mão: Eduardo Campos. Outro terço dos votos de Marina é dividido entre Dilma e Aécio (mais para o tucano do que para a petista), e a última porção se perde entre os que declaram votar nulo, em branco ou mesmo não ter candidato. Ou seja, está claro que uma boa parte do eleitorado de Marina Silva é composto pelo chamado "voto de opinião", pessoas que acreditam nela e apenas nela, os tais "sonháticos". O segredo para a chapa Dudu-Marina, portanto, será convencer este contingente de que o PSB é o abrigo natural dos sonhos que antes iriam levar a Rede à frente. 

 Roberto Jefferson 

O povo que se cuide

O povo que se cuide


              Nas eleições municipais de 2012, um candidato a prefeito, pelo PT, tinha como slogan: “Para cuidar do povo como Lula nos ensinou”. O triste é que o dito candidato se proclamava “marxista-leninista-trotskista”. Ora, o marxismo diz que a obra de libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores.
         Nos primórdios do movimento socialista, havia um segmento liderado pelo revolucionário Auguste Blanqui, que propunha uma organização disciplinada, que teria a tarefa de “assaltar o poder” em favor das massas populares. Essa proposição blanquista foi posteriormente chamada de substituísta, uma vez que um grupo bem treinado poderia substituir as massas populares e promover a sua libertação.
            Em 1902/3, o revolucionário social democrata, Vladmir Lenine, propôs um modelo de partido que tinha feições acentuadamente blanquistas. A proposta leninista de partido defendia a existência de especialistas, treinados na arte de conspirar e enganar a repressão. Deveria funcionar de forma ultra centralizada e disciplinada, como convinha a uma organização paramilitar. Essa concepção de partido levou a que o Partido Operário Social Democrata russo sofresse um “racha”, dividindo-se em duas correntes políticas: os bolcheviques e os mencheviques.
          Mas não pararam por aí as discordâncias quanto à concepção de partido proposta por Lenine. Os mais destacados revolucionários, de então, se opuseram com veemência à tal proposição, incluindo-se dentre as figuras proeminentes do socialismo, Rosa Luxemburgo e Leon Trotski. Este último chegou a elaborar e publicar, em 1904, um ensaio sob o título Nossas Tarefas Políticas, em que denunciava o caráter substituísta do partido defendida pelos bolcheviques e alertava que, caso prosperasse aquele modelo partidário, um partido de experts, haveria de substituir as massas populares enquanto seu Comitê Central substituiria o próprio partido e, alguém “ungido”, “beatificado” haveria de substituir o próprio Comitê Central. E essa profecia de Trotski se confirmou de forma contundente no processo da Revolução Russa iniciado em 1917. Não é demais afirmar que um povo “libertado” será um povo tutelado, jamais um povo livre.

 Gilvan Rocha

A Ferrovia Mais Alta do Mundo (NatGeo)

Legião Estrangeira - 08/09/2013

Legião Estrangeira - 08/09/2013

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Entrevista do dia com o vereador do PSDB cel. Paulo Telhada

Roda Viva | Tarso Genro | 07/10/2013

Roda Viva | Francisco Rezek | 23/09/2013

Carta aberta ao governador Tarso Genro: Este é o seu “Estado democrático de Direito”?

Carta aberta ao governador Tarso Genro: Este é o seu “Estado democrático de Direito”?
Leia a carta divulgada por Zé Maria ao governador do Rio Grande do Sul, sobre as recentes perseguições a militantes políticos no estado
Zé Maria

Assistimos alguns dias atrás, no Rio Grande do Sul, a uma operação policial que lembrou o triste período em que nosso país vivia sob um regime ditatorial. Casas de militantes políticos e sociais, conhecidos e reconhecidos, foram invadidas por policiais para cumprir um mandado de “busca e apreensão” expedido pela justiça. Foram levados documentos e textos políticos, livros e computadores. Entre os jovens atingidos, um é militante do PSTU e os demais são militantes de outros partidos de esquerda ou de movimentos sociais. Nos últimos dias, pelo menos três ativistas professores, da base do CPERS, também foram indiciados pela polícia do seu estado.

Nesta ofensiva de criminalização das lutas da juventude e dos trabalhadores, o senhor não está sozinho, governador Tarso.  No Rio de Janeiro, assistimos seguidos espetáculos de truculência e violência policial contra trabalhadores e jovens daquele estado, patrocinado pelo prefeito Eduardo Paes e o governador Sergio Cabral com sua PM (a última foi a agressão contra os profissionais da educação que estão em greve). Semanas atrás, a pedido do governo do Rio de Janeiro, foi feita “busca e apreensão” na casa de militantes ligados aos Black Bloc.

O que o senhor e seu colega do Rio estão fazendo representa, infelizmente, uma política seguida por todos os governos: a de retomar o controle político da situação, coibir as manifestações e tentar fazer retroceder o processo de mobilização popular desencadeado em junho. Obviamente isso coloca a todos os trabalhadores e suas organizações a tarefa de enfrentar, em todo o país, as tentativas de criminalizar as lutas, organizações e militantes políticos e sociais.

Mas, aqui, quero tratar particularmente do caso em curso no Rio Grande do Sul, estado governado pelo senhor e seu partido, o PT. O senhor é um dos principais quadros deste partido e um dos grandes defensores da ideia do chamado “Estado Democrático de Direito”, sobre o qual gosta tanto de falar e escrever. Foi essa mesma referência que o senhor buscou para reagir às primeiras denúncias contra a operação policial às lideranças do Bloco de Lutas de Porto Alegre.

Depois das tergiversações que já são praxe dos governantes nestas situações, o senhor defendeu a operação policial usando dois argumentos: o primeiro é que o “Estado Democrático de Direito” é regido por leis, e que desobedecê-las leva a consequências. A desobediência referida pelo senhor seriam os “atos de vandalismo” causando “depredação de patrimônio” nas manifestações. O segundo, é que tratava-se de ordem judicial, e que o governo não poderia fazer nada além de obedecer. Seria este o ordenamento necessário do tal “Estado Democrático de Direito”.



Vamos ao seu primeiro argumento, o de que a desobediência às leis, caracterizada pelas ações de “vandalismo e depredação”, gera consequências. Vamos fingir que o senhor fala sério quando o sustenta. Digo isso porque não há, nos inquéritos policiais, nada parecido com provas, ou argumentos minimamente consistentes, que relacione os jovens atingidos pela operação policial com estas ditas ações.

Mas vamos supor que houvesse uma acusação bem fundamentada contra estes jovens pelas ditas ações. Pergunto: por que a seletividade na aplicação da lei? Veja, governador, o senhor sabe tão bem quanto eu que a motivação primeira das manifestações em Porto Alegre foi o aumento abusivo do preço das passagens de ônibus. E o senhor sabe também que foi comprovado, pelo Tribunal de Contas do Estado, que as planilhas usadas para justificar o aumento estavam fraudadas para beneficiar as empresas de ônibus. O preço deveria ser menor do que é cobrado ainda hoje, mesmo depois de reduzida a tarifa para R$ 2,80. Isso, obviamente, causou e causa a depredação do patrimônio do povo que foi e segue sendo surrupiado pelas empresas de ônibus que cobram mais do que deveriam pela passagem.

Pelo que me consta, governador, não houve “busca e apreensão” na casa das autoridades responsáveis pela fraude nas planilhas. Nem na casa dos donos das empresas de ônibus que estão depredando o patrimônio dos usuários do transporte coletivo. O senhor pode me responder o por quê? Quebrar vidraças dos bancos afronta as leis do seu Estado Democrático de Direito, mas roubar dinheiro dos usuários do transporte coletivo, ou seja patrimônio das pessoas comuns, não afronta lei nenhuma? Por que o tratamento diferenciado, governador?

Mas deixemos de lado um pouco o episódio das manifestações de rua. Não tenho como deixar de fazer ao senhor uma pergunta que, creio, todas as professoras e professores do Rio Grande do Sul devem estar ansiosos para fazer: E a lei do piso nacional do magistério? Ela não faz parte do seu “Estado Democrático de Direito”? Por que o senhor tem desrespeitado esta lei desde que ela foi sancionada. Desrespeitou, inclusive, determinações do STF que mandou pagar o piso. E não consta que a polícia tenha realizado alguma operação de “busca e apreensão” na sua residência por descumprir a lei. Estou errado?

Que explicação damos a isso, governador Tarso Genro? Os professores e professoras do estado do Rio Grande do Sul são roubados em seu direito legal por ninguém menos que o governo chefiado pelo senhor. As leis do seu “Estado de Democrático de Direito” só protege o patrimônio das empresas e dos bancos? Das pessoas comuns, das professoras e professores e dos jovens não? Ou então é o senhor, a justiça e a sua polícia que estão sendo seletivos e só fazem cumprir as leis que protegem os empresários e os ricos, deixando os trabalhadores e os pobres ao “deus dará”? Ou são as duas coisas juntas, governador?

O segundo argumento, de que determinação da justiça tem de ser cumprida e o governo não pode fazer nada, me desculpe, mas também não me convence. Vou lhe contar duas histórias, governador. Uma ocorreu por volta dos anos 2000/2001, quando a justiça de Minas Gerais determinou a desocupação da Fazenda Tangará, na região de Uberlândia, que havia sido ocupada por trabalhadores sem-terra. O governador de Minas, na época Itamar Franco, simplesmente ignorou a determinação judicial e deu ordens expressas à PM para que não procedesse a desocupação. Essa situação perdurou por quase um ano, até o INCRA conseguiu desapropriar a fazenda, assegurando a posse da terra aos agricultores.

Em março 1989, governador, os operários da Mannesmann, em Belo Horizonte, ocuparam as dependências da fábrica em um conflito trabalhista. Imediatamente, veio a ordem da justiça para que a PM forçasse os operários a deixar a fábrica. Os trabalhadores resolveram resistir. Sabe o que aconteceu? O governador à época, Nilton Cardoso, do PMDB (veja bem governador: Nilton Cardoso!), chamou o comandante da Tropa de Choque e desautorizou o uso da tropa contra os operários, que acabaram ganhando a disputa com a empresa naquele momento.

Em nenhum destes dois casos, governador, me consta que tenha acabado o tal “Estado Democrático de Direito” em nosso país, ou mesmo em Minas Gerais. O que houve foi que estes governadores apenas fizeram uma escolha política perfeitamente normal. Mas foi uma escolha diferente da que o senhor fez aí, no Rio Grande do Sul. Me desculpe pela comparação com estes dois personagens, mas o senhor está fazendo por merecer.

E há ainda um terceiro aspecto que quero chamar a atenção do senhor, que tanto fala que preservar o “Estado Democrático de Direito” é cumprir as leis. Governador, as leis que estão aí são basicamente as mesmas que estavam em vigor na época da ditadura. Não houve mudanças importantes no arcabouço legal do país e o senhor conhece muito mais disso do que eu. Por esta razão, também continua intacto o mesmo aparato repressivo daquela época. Só que, hoje, parte deste aparato repressivo se encontra sob seu comando governador. O senhor sabe que, em uma das palestras feitas para os soldados da Brigada Militar, o companheiro Matheus, militante do PSTU e outras lideranças do Bloco de Lutas, foram apresentados (com direito a foto) como membros de organização criminosa? Em São Paulo, a polícia do governador Geraldo Alkmin fazia a mesma coisa com as lideranças do Pinheirinho, em São José dos Campos. Eram apresentados como bandidos e traficantes, ou seja, mentiras para emular a tropa contra o movimento. Acabou como todos nós sabemos.

E não há neutralidade nas leis ou nos aparatos repressivos. Não estão aí para proteger a todos igualmente, não. Vivemos em uma sociedade capitalista. As leis em nossa sociedade, bem como os aparatos repressivos que a aplicam, existem para proteger os privilégios dos grandes proprietários, contra o povo. O senhor mesmo já escreveu isso várias vezes, puxe um pouco pela memória. Era assim antes da ditadura, foi assim durante a ditadura e continua sendo assim depois do fim do regime militar. A forma de aplicar estas leis é que muda a depender do contexto político.

Para além do palavreado bonito que o senhor gosta tanto de usar, governador, as ações do seu governo (não é só no aspecto da criminalização dos movimentos, mas também no tratamento das reivindicações dos trabalhadores. Os trabalhadores na educação pública que o digam) explicitam claramente uma escolha. A escolha de governar o estado aplicando as leis que garantem os privilégios dos grandes grupos econômicos, a começar pela garantia da propriedade privada. Ou seja, contra os interesses do povo que o elegeu, governador Tarso Genro. E por isso reprime quem luta contra isso.

Repetir procedimentos comuns na época da ditadura, como fez neste momento a sua polícia contra as lideranças do Bloco de Lutas não é, portanto, mera coincidência. Os militares que deram o golpe em 64 também estavam a serviço de proteger os privilégios dos grandes grupos econômicos contra o povo.

O senhor se considera um democrata, e eu sei que o senhor lutou contra a ditadura. Estivemos juntos naquela luta e tenho obrigação de registrar isso aqui. Mas olha só até onde a escolha política feita pelo PT levou o senhor e seu partido, governador. Elas nos colocam, hoje, em trincheiras opostas. Antes lutávamos juntos contra a exploração e a opressão dos trabalhadores e jovens. Hoje, o senhor ajuda a manter os privilégios das grandes empresas que são a fonte da exploração e opressão contra o povo. Antes nós lutávamos juntos contra as “buscas e apreensões” nas casas dos militantes de esquerda, contra a repressão aos movimentos. Hoje, a sua polícia faz “busca e apreensão” nas nossas casas e reprime aqueles que continuamos na luta.

Não é com alegria, governador, que eu constato o tamanho da distância que se colocou entre nós. Mas sou forçado a considerar que isso é resultado daquilo em que se transformou o PT, um partido que ajudei a fundar. Partido da ordem é partido da ordem, e defender a ordem implica em atacar quem luta contra ela. É o que o senhor está fazendo neste momento. Frente ao que ocorreu aí no seu estado, eu não podia deixar de dizer isso ao senhor. Desculpe pela franqueza, mas é isso.

Em tempo, como fiz questão de relacionar, sem tergiversações, as ações do seu governo às escolhas feitas pelo PT, o seu partido, quero dizer também que sei que dentro do PT há ainda muitos militantes abnegados, classistas e socialistas. Vários deles lutam no movimento ombro a ombro conosco e tenho por eles muito respeito.

São companheiros de luta que, por outro lado, precisam também fazer escolhas. Os acontecimentos recentes no Rio Grande do Sul (se quisermos tomar apenas este exemplo) são graves, e remetem necessariamente a conclusões  e a escolhas. É uma reflexão a que convido estes valorosos companheiros. A nossa vida é feita de escolhas e, às vezes, não fazê-las significa por si só, uma escolha.

São Paulo, 5 de outubro de 2013

Zé Maria é metalúrgico e presidente nacional do PSTU

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

domingo, 6 de outubro de 2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O fascismo do PT contra os médicos

LUIZ FELIPE PONDÉ

O fascismo do PT contra os médicos

Os judeus foram o bode expiatório dos nazistas. Nossos médicos são os "judeus do PT"

O PT está usando uma tática de difamação contra os médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus: colando neles a imagem de interesseiros e insensíveis ao sofrimento do povo e, com isso, fazendo com que as pessoas acreditem que a reação dos médicos brasileiros é fruto de reserva de mercado. Os médicos brasileiros viraram os "judeus do PT".

Uma pergunta que não quer calar é por que justamente agora o governo "descobriu" que existem áreas do Brasil que precisam de médicos? Seria porque o governo quer aproveitar a instabilidade das manifestações para criar um bode expiatório? Pura retórica fascista e comunista.

E por que os médicos brasileiros "não querem ir"?

A resposta é outra pergunta: por que o governo do PT não investiu numa medicina no interior do país com sustentação técnica e de pessoal necessária, à semelhança do investimento no poder jurídico (mais barato)?

O PT não está nem aí para quem morre de dor de barriga, só quer ganhar eleição. E, para isso, quer "contrapor" os bons cidadãos médicos comunistas (como a gente do PT) que não querem dinheiro (risadas?) aos médicos brasileiros playboys. Difamação descarada de uma classe inteira.

A população já é desinformada sobre a vida dos médicos, achando que são todos uns milionários, quando a maioria esmagadora trabalha sob forte pressão e desvalorização salarial. A ideia de que médicos ganham muito é uma mentira. A formação é cara, longa, competitiva, incerta, violenta, difícil, estressante, e a oferta de emprego descente está aquém do investimento na formação.

Ganha-se menos do que a profissão exige em termos de responsabilidade prática e do desgaste que a formação implica, para não falar do desgaste do cotidiano. Os médicos são obrigados a ter vários empregos e a trabalhar correndo para poder pagar suas contas e as das suas famílias.

Trabalha-se muito, sob o olhar duro da população. As pessoas pensam que os médicos são os culpados de a saúde ser um lixo.

Assim como os judeus foram o bode expiatório dos nazistas, os médicos brasileiros estão sendo oferecidos como causa do sofrimento da população. Um escândalo.

É um erro achar que "um médico só faz o verão", como se uma "andorinha só fizesse o verão". Um médico não pode curar dor de barriga quando faltam gaze, equipamento, pessoal capacitado da área médica, como enfermeiras, assistentes de enfermagem, assistentes sociais, ambulâncias, estradas, leitos, remédios.

Só o senso comum que nada entende do cotidiano médico pode pensar que a presença de um médico no meio do nada "salva vidas". Isso é coisa de cinema barato.

E tem mais. Além do fato de os médicos cubanos serem mal formados, aliás, como tudo que é cubano, com exceção dos charutos, esses coitados vão pagar o pato pelo vazio técnico e procedimental em que serão jogados. Sem falar no fato de que não vão ganhar salário e estarão fora dos direitos trabalhistas. Tudo isso porque nosso governo é comunista como o de Cuba. Negócios entre "camaradas". Trabalho escravo a céu aberto e na cara de todo mundo.

Quando um paciente morre numa cadeira porque o médico não tem o que fazer com ele (falta tudo a sua volta para realizar o atendimento prático), a família, a mídia e o poder jurídico não vão cobrar do Ministério da Saúde a morte daquele infeliz.

É o médico (Dr. Fulano, Dra. Sicrana) quem paga o pato. Muitas vezes a solidão do médico é enorme, e o governo nunca esteve nem aí para isso. Agora, "arregaça as mangas" e resolve "salvar o povo".

A difamação vai piorar quando a culpa for jogada nos órgãos profissionais da categoria, dizendo que os médicos brasileiros não querem ir para locais difíceis, mas tampouco aceitam que o governo "salvador da pátria" importe seus escravos cubanos para salvar o povo. Mais uma vez, vemos uma medida retórica tomar o lugar de um problema de infraestrutura nunca enfrentado.

Ninguém é contra médicos estrangeiros, mas por que esses cubanos não devem passar pelas provas de validação dos diplomas como quaisquer outros? Porque vivemos sob um governo autoritário e populista.

sábado, 21 de setembro de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

domingo, 15 de setembro de 2013

A CULTURA DO ISOLAMENTO

A CULTURA DO ISOLAMENTO

Robson Kindermann Sombrio - Psicólogo CRP 12/05587 - robsonsombrio@matrix.com.br

Vivemos em uma sociedade que está com pro-blemas. Em que sentidos são esses problemas? Penso que as pessoas andam preocupadas demais com seu status social, querem chamar a atenção pelo carro que andam, pelas roupas de grifes que vestem, ou seja, estão preocupadas em mostrar coisas, objetos que não são tão importantes assim (isso é o que está valendo nessa sociedade de hoje). Não vejo mais pai e mãe preocupados em reunir a família aos domingos, em sentar a mesa juntos para falarem cada um sobre sua vida. Vivemos a era do isolamento, cada um na sua.
Hoje as pessoas estão se privando de conhecer uns aos outros por culpa da cultura do isolamento. Todos parecem desconfiar de tudo e de todos, isso é muito ruim. Sempre escrevi, agora vou repetir, o encontro com as pessoas e muito bom, falar, trocar risadas, desabar, chorar para o outro se for necessário são situações vividas que se nos permitirmos vale muito a pena. Outro dia conversando com um conhecido, ele estava com problemas no seu relacionamento que ele mesmo disse que sente falta de ter um amigo para que possa contar as suas angústias, dizia ele estar com o coração muito apertado. 
Comentava esse conhecido que amigos para conversar sobre o novo carro que saiu ele tinha, que se o assunto fosse futebol ele tinha, mas para dialogar assuntos mais íntimos, não tinha ninguém. Como tudo e como sempre, evoluções e involuções, fazem parte do mesmo pacote. Entretanto, temos que abrir um parêntese, será também que ele quer ouvir alguém que está passando por dificuldades? Será que sabemos ouvir sem querer colocar nossa opinião na conversa? Tudo isso nós temos que pensar. 
Por fim, toda essa tecnologia que podemos utilizar hoje pode aumentar nosso prazerindividual, mas reduz nosso prazer coletivo. Você pode não querer falar com ninguém, mas em troca também não escuta ninguém. E sem escutar, não se inicia uma nova amizade. Aliás, sem escutar uma amizade não existe, nem mesmo as amizades mais antigas, estáveis e longas. Sem querer escutar, só o silêncio vai viver ao nosso redor, e só a solidão nos entra pelos ouvidos.

sábado, 14 de setembro de 2013

Boa notícia!

O presidente dos EUA, Obama deu declarações de que possui mais o que fazer do que bombardear a Síria. Boa notícia!

Maria Melilo é nomeada secretária especial das gostosonas pela presidenta

Dilma em seu pronunciamento

Gustavo Mendes de Dilma no Altas Horas.

DILMA - MARCO FELICIANO

Detrás de la noticia (playlist)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Os Estados Unidos da América e a paranoia americana

Os Estados Unidos da América e a paranoia americana


O que faz com que os Estados Unidos da América, a maior potência do mundo atual e de todos os outros tempos, tenham tanto receio, não apenas das possíveis ameaças vindas do exterior como dos seus próprios cidadãos? Como explicar a manutenção da supercentral de espionagem telefônica e eletrônica, como a NSA (National Security Agency), instalada perto de Washington, atuando como um deus pagão oriental, vigiando e escrutando com seus milhões de olhos e ouvidos o que passa pelo planeta?

Um estilo nacional

Richard Hofstadter, um brilhante acadêmico americano, professor da Universidade de Columbia, NY, publicou um ano após o assassinato do Presidente John Kennedy um artigo-ensaio na Harper's Magazine que o tornou nacionalmente famoso. Intitulou-o The Paranoid Style in American Politics (O estilo paranoico da política americana, 1964). É um resumo erudito e bem detalhado da retórica paranoica que se faz presente nos discursos e pronunciamentos de inúmeros homens públicos norte-americanos. Entre os selecionados estão presidentes, governadores, senadores, deputados, pastores, teólogos, líderes de todas as procedências, professores, acadêmicos, juristas e tantos outros mais.

O ponto em comum dos que compõem a elite política e intelectual norte-americana, particularmente os conservadores e direitistas, é a convicta crença na existência de uma sinistra e incansável conspiração externa antiamericana. Uma "gigantesca e sutil maquinaria de influência" que tem como meta a "destruição do modo de vida americano" (The Paranoid, p.29).

Conspiração esta que tem com toda a certeza suas ramificações camufladas nas instituições públicas ou privadas como na sociedade em geral, especialmente nos sindicatos, mídia, cultura e educação. Para enfrentar esta dupla frente de solertes "inimigos da América" é que foram criados os dois pilares da Segurança Nacional: primeiro a CIA (Agência Central de Inteligência), voltada para espionagem e contraespionagem, criada no começo da Guerra Fria, mas sem autorização para agir em solo americano. E depois a NSA (National Security Agency), que tem a função de patrulhar o mundo das comunicações em geral (telegramas, telefonemas e, mais recentemente, os e-mails dos que recorrem à Internet).

O ex-presidente George W. Bush, o mais recente exponencial do "estilo paranoico", o explicitou claramente num discurso pronunciado no Congresso, em 2002, quando apontou o Iraque, a Coreia do Norte e o Irã, potências perigosíssimas como se sabe, como um Axis Evil ("Eixo do Mal"). Uma atualização da expressão usada 20 anos antes, em 1982, pelo falecido presidente Ronald Reagan quando afirmou que a URSS era um Evil Empire ("O Império do Mal").

Observe-se que ambos, Reagan e Bush, políticos republicanos e ultraconservadores, recorreram às expressões comuns aos sermões satanizantes dos pastores e dos padres em todos os tempos. Somente substituem o desacreditado "demônio" pelo "mal". Nada a estranhar. O cristianismo sempre alertou ao longo da sua história para a existência dos poderes infernais (hereges, apostatas, islâmicos, agentes do demônio etc.), cabalando contra a paz e o sossego dos que seguem Jesus.

Evidentemente que o comportamento paranoico não é exclusivo dos Estados Unidos. Ele se faz presente na maioria das potências e dos grandes impérios do passado. Os romanos, por exemplo, se mantinham sempre alertas contra as possíveis razias dos bárbaros nas suas fronteiras. E a paranoia americana é pouco expressiva se comparada com a da URSS na Era Stalinista (1924-1953) ou com a da Alemanha Nazista (1933-1945), sempre acusando o "judaísmo internacional" de querer destruí-la.

A origem moderna da paranoia política

É tida por todos como a pedra filosofal das teorias da conspiração que circulam entre nós a obra do abade Augustin Barruel, um jesuíta fundamentalista que se exilou na Inglaterra durante a Revolução Francesa, em 1792. Deixou um livro que causou impacto entre o pensamento contrarrevolucionário e os que eram inimigos acérrimos dos acontecimentos revolucionários que se processavam em Paris e nas demais cidades da França.

Seu título era Mémoires pour servir à l'Histoire du Jacobinisme (Memória para servir à História do Jacobinismo, 1797), no qual defendeu a certeza de que a derrocada dos Bourbons e tudo que a seguiu resultou de um complô de sociedades secretas (formadas pelos filósofos franceses, os illuminati da Bavária e os da Maçonaria). Elas foram o principal esteio ideológico dos jacobinos, a quem fizeram de seu instrumento para destruir a monarquia, o poder da igreja e da ordem social: "aquelas foram as seitas quem moveram uma guerra clandestina da ilusão e do erro".

O assalto à Bastilha, a marcha das mulheres à Versalhes, a tomada do palácio das Tulherias, que pôs fim à autoridade de Luís XVI, para Barruel, foram engendrados pela Grande Conspiração que tornou o povo francês num bando de marionetes.

As conspirações, segundo o jesuíta, eram de três tipos:
1ª) a da impiedade voltada para desmerecer Deus e o cristianismo;
2ª) a da rebelião, que instigava o povo a revoltar-se contra monarcas e príncipes;
3ª) a da anarquia que propunha a completa abolição da hierarquia social visando à destruição da sociedade como um todo.

Os seus vilões preferidos eram Voltaire, Montesquieu e Jean Jacques Rousseau. Na época, a teoria da conspiração de Barruel foi um sucesso, sendo o seu livro traduzido para diversas línguas europeias, servindo como arma na luta ideológica dos contrarrevolucionários contra a República da França.

A paranoia anticomunista

Hofstadter lembra que nos Estados Unidos o furor paranoico tomou corpo a partir dos anos 1930, particularmente contra a política do New Deal (Novo Trato) levada a efeito pelo presidente Franklin Delano Roosevelt (1933-1945). Os conservadores e os direitistas do Partido Republicano a entenderam como um escancarar de portas ao intervencionismo econômico, o que certamente conduziria o país ao socialismo senão que ao comunismo. O mesmo argumento foi usado mais tarde pelo neoliberal Friedrich Hayek no seu livro The Road to Serfdom (A caminho da servidão, de 1944), um libelo contra a política de Bem-Estar social a ser adotada pelo Partido Trabalhista na Grã-Bretanha.

O momento máximo desta mania de perseguição na história americana contemporânea deu-se durante o funcionamento do House Un-American Activities Committee - HUAC ("Comitê de Atividades antiamericanas"), que tomou corpo nos anos iniciais da Guerra Fria (1946-1989). Tendo como inquisidor-chefe e figura central o senador Joe McCarthy. O doloroso episódio de histeria persecutória que maculou a democracia – popularmente chamada pela mídia americana como "caça às bruxas" – recorreu a inúmeros tipos de vilania para excluir das atividades profissionais os apontados como comunistas ou simpatizantes de Moscou. Um mar de denúncias e delações lotou os birôs do Comitê.

O alvo principal da chamada Red Scare (Perigo Vermelho) liderada por Joe McCarthy eram os altos funcionários públicos (mais de 200 foram denunciados, ainda que estivesse em prática o Programa de Fidelidade do Funcionário Federal, desde 1947, destinado a investigar qualquer um que assumisse um novo emprego no serviço público), seguidos dos artistas e diretores de Hollywood.

A rede dos grandes estúdios da Califórnia foi apontada como uma espécie de usina de mensagens subliminares de simpatia para com o ideário "vermelho" - na verdade, se desconhece que algum estúdio tenha feito algum dia um filme comunista.

Astros, estrelas, cantores, dramaturgos, regentes, escritores e roteiristas que lá trabalhavam foram colocados sob suspeição e proibidos de exercer seu oficio. Entre eles Dashiell Hammett, Waldo Salt, Lillian Hellman, Lena Horne, Paul Robeson, Arthur Miller, Aaron Copland, Leonard Bernstein, Hanns Eisler, Charlie Chaplin, Clifford Odets, Elia Kazan, Stella Adler W. Wyler, J. Houston, A. Litvak, H. Bogart, K. Hepburn, J. Losey, Mort Sahl, Edward R. Murrow, e tantos outros mais. Quem tinha seu nome colocado na "Lista Negra" jamais conseguiria exercer seu trabalho novamente.

Ocorreu que o clima internacional era favorável àquele desatino. Em 29 de agosto de 1949, a URSS havia conseguido romper com o monopólio nuclear dos Estados Unidos ao explodir sua primeira bomba atômica. Naquele mesmo ano, em 1º de outubro, os guerrilheiros de Mao Tse Tung entraram em Pequim, expulsando o marechal Chang Kai-shek, aliado dos americanos. E, como que aproveitando o embalo do sucesso da revolução comunista na China, em 25 de junho de 1950, o líder norte-coreano Kim II-sung mobilizou as forças militares da Coreia do Norte para ocupar a parte sul da península controlada pelos norte-americanos.

Atrás dos maus americanos

Para a mentalidade paranoica, nada do que ocorrera para os lados da Ásia poderia ter tido sucesso sem haver algum tipo de colaboração interna dos "quinta-colunas", de falsos americanos colocados em posições-chave. Os "vermelhos", aproveitando-se do curto período em que a URSS fora aliada dos EUA na Segunda Guerra Mundial, entre 1941 e 1945, tinham conseguido se infiltrar nas mais diversas instituições do país, agindo como cupins, corroendo as energias nacionais.

Manipulavam a imprensa, o rádio, a televisão, os sindicatos, as escolas, as cortes, parte substancial dos Legislativos dos Estados e, pasmem, até o púlpito. Urgia assim um expurgo liderado pelo Comitê que afastasse para sempre a influência perversa e antipatriota que exerciam sobre a opinião pública, "amolecendo-a" frente ao enorme desafio comunista.

A situação somente começou a aliviar com a morte do grande satã Joseph Stalin, em 8 de março de 1953, e as negociações que suspenderam a Guerra da Coreia por meio do armistício em 27 de julho daquele ano. Em 1954 o terrorismo irresponsável de Joe McCarthy ficou exposto quando ele tentou denunciar infiltração comunista no Exército Americano. Morreu alcoólatra três anos depois.

Mesmo assim, com todo o estrago que a caça às bruxas fez na vida política, cultural e intelectual dos Estados Unidos, Robert H. Welsch Jr, herdeiro ideológico de McCarthy e fundador da reacionária John Birch Society, em 1958, foi enfático em dizer que "agora a influência comunista esta por bem pouco no mais completo controle do nosso Governo Federal". E isto em pleno governo de um herói de guerra, General Eisenhower.

Num levantamento realizado, constatou-se que o comitê inquiriu 2.735 cidadãos e cidadãs, 400 deles foram para a prisão. Além disto, 9,5 mil indivíduos perderam seus empregos públicos, 16 mil renunciaram e uns 600 professores foram afastados do magistério. Qualquer um que mostrasse simpatia pelos pobres ou pelos operários era colocado sob suspeição, viam-no como "potencial comunista". Até a história de Robin Hood, o aventureiro da floresta de Sherwood, foi proibida às crianças americanas porque o personagem, como se sabe, roubava dos ricos e dava aos pobres. Era um protocomunista!

A Central da Espionagem Universal

Para diversos jornalistas que cobriam e que cobrem o setor de espionagem e inteligência norte-americano, nunca restou dúvida alguma da posição hegemônica exercida pela NSA, criada por decreto presidencial em 1952. Dispõe de um orçamento aproximado a US$ 10 bilhões e tem de 20 mil a 30 mil funcionários. Foi a CIA, porém, que atraiu mais a atenção da mídia - inúmeros filmes a transformaram na mais conhecida agência de espionagem e contraespionagem do planeta; com o tempo, ficou muito mais famosa do que a GESTAPO dos nazistas, o MI-5/SIS dos britânicos ou a KGB dos soviéticos.

Quem realmente é o sabe-tudo do que se passa no mundo é a NSA. E o motivo disto é muito simples. Ela é responsável pelo controle das comunicações e do sistema de satélites-espiões que rondam o mundo sem cessar. Aparelhos fantásticos que são não só capazes de fotografar uma placa de automóvel em qualquer cidade conhecida como auscultar os meios de comunicação de qualquer país que interesse. A justificativa das operações é "a segurança de vidas e propriedades americanas".

Aldous Huxley, o famoso autor de Admirável Mundo Novo já observara que o avanço célere da tecnologia provocaria de modo irreversível uma concentração espantosa de informações cada vez mais aperfeiçoada e centralizada. Os países patrulhados, principalmente os europeus, suspeitam que nos dias que correm, com o término da Guerra Fria, a NSA tenha se voltado para colher dados sobre as atividades econômicas, farejando oportunidades e prevendo operações nas mais diversas áreas que poderão ser úteis às empresas americanas.

A "Guerra ao Terrorismo", desencadeada pelo presidente George W. Bush, em 2001, teria servido como cortina de fumaça para o que realmente importa ao Império, bons negócios! Um dano que poderá ser irreparável devido à obediência à atitude paranoica dos sucessivos governos norte-americanos – afinal, são 60 anos de espionagem – é o que atingirá a credibilidade das empresas que atuam na Internet, como a Google, YouTube, Microsoft e a Facebook.

Elas e outras tantas ligadas à telefonia se mostraram ativas colaboradoras ao permitir o acesso as suas fontes por parte da NSA. Milhões de usuários espalhados pelo mundo certamente não irão mais ter a tranquilidade em confiar seus dados pessoais ou em enviar mensagens recorrendo a elas sabendo que a águia imperial está lá nas alturas extremas atenta ao que se passa.

Em 1949, o escritor inglês George Orwell, um ex-esquerdista, denunciara o regime stalinista por meio de uma ficção política denominada 1984. Descreveu, com notável precisão, um organismo social inteiramente controlado pelos meios de comunicação e técnicas behavioristas e pavlovianas de comportamento. Recorria basicamente à televisão, onde aparecia ininterruptamente a imagem do Big Brother, o Grande Irmão, que espreitava os cidadãos em qualquer instante do cotidiano deles. O livro de Orwell foi largamente utilizado no Ocidente durante a Guerra Fria como uma prova funesta do totalitarismo soviético e da cruel opressão com que tratava o homem comum.

Certamente bem poucos poderiam prever, naqueles tempos iniciantes da Guerra Fria, que o posto de Big Brother viria algum dia a ser ocupado pela Presidência dos Estados Unidos da América. Justo a chefia da nação que mais se orgulha da preservação dos direitos individuais e tanto exaltou a pouca intervenção do Estado na vida dos seus concidadãos. Como supor que nos dias correntes a versão americana do Big Brother estaria a policiar não somente seus próprios cidadãos, mas parte considerável da humanidade como um todo?

Especial para Terra