segunda-feira, 29 de julho de 2013

sexta-feira, 26 de julho de 2013

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Não somos mesmo ridículos?

Somos talvez o único povo que uma novela vira prioridade nacional, assunto nacional, preocupação nacional. Não somos mesmo ridículos?

Reiki/Music Native

quarta-feira, 24 de julho de 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A bordo do Titanic, por Ruy Fabiano

A bordo do Titanic, por Ruy Fabiano

Mais contundente que o vandalismo nas ruas do Leblon, Rio, esta semana, foi sem dúvida a proposta do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, cabeça coroada do PMDB, de extinção de pelo menos quatorze ministérios.

Não que a proposta não seja boa: é, e é também urgente. Ninguém governa 39 ministérios. A contundência, pois, está não na proposta, mas em quem a fez: um representante do partido que historicamente empresta (o termo melhor seria aluga) seu apoio em troca exatamente de ministérios.

Soou, por isso mesmo, mais como um aviso de que seu partido está tirando o time de campo que propriamente um desabafo de ordem moral ou gerencial.

Não por acaso, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, surpresa com a declaração, pediu um tempo para situar-se. Não se sabe se já conseguiu. É improvável.

De cara, disse o óbvio: que não vê a possibilidade de o pedido ser atendido "Eu não consigo vislumbrar nenhuma modificação na estrutura de governo feita pela presidente Dilma", disse, perplexa. De fato, a proposta quebra todos os códigos e logística com que trabalha.

“Relações Institucionais”, como se sabe, é o solene apelido dado à prosaica função de distribuir cargos e verbas e cobrar votos no Legislativo. O PMDB de Henrique Alves é um dos clientes mais bem atendidos, embora sempre insatisfeito. Merece, por isso mesmo, cuidados e carinhos cotidianos da ministra.

Dada a dimensão numérica de suas bancadas, na Câmara e no Senado, acha sempre pouco o que lhe oferecem. E isso, justiça se faça, não começou agora. Depois de duas décadas de governo militar, em que foi a sigla da oposição, o PMDB (ex-MDB) parece ter-se cansado do papel.

Desde então – governos Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma -, tem sido sempre governista, insaciável caçador de cargos. Quando se divide, é sempre com a perspectiva de obter mais poder, mais cargos, mais verbas, mais ministérios.



Ruy Fabiano é jornalista.

domingo, 21 de julho de 2013

Getúlio Vargas

sábado, 20 de julho de 2013

TV Escola - História-Militar. (História do Brasil por Boris Fausto).

"A esperança de um mundo melhor está na juventude comprometida"

Jornal da Cultura | 19/07/2013

Historiadora Carla Ferreira fala sobre o'legado de Hugo Chávez

Dilma cancela ida a diretório e abre crise com PT


Dilma cancela ida a diretório e abre crise com PT 12
Josias de Souza 20/07/2013 06:18



Aconselhados por Lula, os principais operadores do PT vinham se esforçando para não discutir com Dilma Rousseff. Nas últimas horas, conseguiram superar o objetivo. Descobriu-se que partido e presidente já nem se falam.

Num gesto de estreitamento da animosidade, o PT convidara Dilma para participar da reunião do seu diretório nacional, neste sábado. Informou-se que ela iria. Súbito, a poucas horas do encontro, a presidente mandou avisar que não dará as caras.

O petismo reagiu com um misto de surpresa e irritação. A ficha da Dilma ainda não caiu, disse ao blog um membro do diretório do PT, emendando uma indagação: se ela trata a gente assim, aos pontapés, como espera seduzir os outros partidos a permanecerem do seu lado em 2014?

A turma do deixa-disso tentava, na noite passada, convencer Dilma a rever sua posição. Até Lula foi acionado. O PT sentiu-se desrespeitado. A desculpa soou esfarrapada. Alegou-se que Dilma terá de realizar uma reunião para conferir o esquema de segurança montado para proteger o papa Francisco. Lorota.

Na verdade, Dilma está tiririca com o PT. Há duas semanas, ela reunira no Planalto algumas das principais vozes da legenda. Ouviu e rebateu críticas. Pediu coesão ao partido na defesa dos interesses do governo. Guindou o plebiscito sobre reforma política à condição de prioridade.

Na saída, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), disse: “Vamos trabalhar para rearticular a base, pacificar a base. A viola desafinou um pouco. E qualquer viola desafinada tem que ser afinada. E o PT pode ajudar a afinar e já está afinando.” Conversa fiada.

Há cinco dias, Lula convidou a nata do petismo para um encontro no instituto que leva o seu nome, em São Paulo. Conforme já noticiado aqui, Dilma foi espinafrada nessa reunião. O companheiro Guimarães estava lá. E não a defendeu. O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), também marcou presença. Engrossou o coro de críticas.

Os interlocutores de Lula pediram-lhe que aconselhasse Dilma a alterar os rumos de pelo menos três áreas do governo: economia, articulação política e comunicação social. A presidente impacientou-se ao saber que havia sido alvejada pelas costas.

Dilma esquentou ao descobrir que o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), de quem ela não gosta, fora escolhido para coordenar o grupo de trabalho da reforma política. Escolha do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Que o presidente do PT, Rui Falcão, tentou evitar.

A presidente entrou em ebulição ao ler aspas de Vaccarezza dizendo que não dá mais para aprovar mudanças nas regras político-eleitorais em tempo de aplicá-las em 2014. Se sair, a coisa valerá para 2016 e 2018. No idioma do asfalto: adeus, plebiscito-já.

Numa tentativa de reduzir a temperatura mercurial de Dilma, o líder José Guimarães divulgou nota para informar que, em matéria de reforma política e plebiscito, Vaccarezza não representa o PT. O partido fez chegar ao Planalto, de resto, que o diretório também aprovaria uma nota anti-Vaccarezza. E nada.

Ainda que Dilma dê meia-volta, comparecendo ao diretório, ficou claro que mantém com o PT um casamento muito esquisito. O partido se casou com a esquentadinha da Casa Civil, que nem conhecia direito, só porque papai Lula mandou. Na primeira crise, o matrimônio desandou. E não há Lula que dê jeito.

As mobilizações da juventude no Brasil - junho 2013.- Bloco 3

As mobilizações da juventude no Brasil - junho 2013.- Bloco 1

As mobilizações da juventude no Brasil - junho 2013.- Bloco 2

sexta-feira, 19 de julho de 2013

HORACIO CALDERON EN CANAL CN23: CRISIS EN EGIPTO, EL AVION DE EVO, Y JUE...

Edgard Leite na Biblioteca Nacional

Os cariocas merecem uma besta dessas?

O glorioso governador do Rio de Janeiro, acaba de responsabilizar força internacionais pelos protestos no estado. Os cariocas merecem uma besta dessas?

Ele não quer voltar

O ex-presidente Lula não para de dizer a todos, que o cercam, que não pretende voltar a ser presidente. Fala com tanta convicção que todos, estão a acreditar que já está em campanha.

Globo News Painel: Obama vive momento político mais difícil

terça-feira, 16 de julho de 2013

Leandro Karnal - Temor e Tremor - CPFL Cultura

Dep. Espiridião Amin (PP-SC) oferece apoio à causa do projeto dos royaltes

Marcel Claude "No existimos como ciudadanos, somos solo un costo" bio bio

CATÓLICOS EXIGEM REDUÇÃO DO DÍZIMO EM 20 CENTAVOS

CATÓLICOS EXIGEM REDUÇÃO DO DÍZIMO EM 20 CENTAVOS
Publicado por Humor Político
Papa Francisco aprovou uma PEC para alterar a Bíblia
LIMBO – Milhares de católicos partiram em romaria para a cidade de Aparecida com o intuito de pedir melhorias nos serviços celestiais. “Oramos e pagamos nosso dízimo e ainda temos que passar pelo Purgatório? Queremos passe livre para o Paraíso”, disse um coroinha. Ao seu lado, um político erguia um cartaz: “Pelo fim do Inferno”. “Da Copa, da Copa eu abro mão, eu quero é ir pro céu sem pedir nenhum perdão”, cantava.

Indignado, um grupo de católicos da USP tentou ampliar o debate: “Não é só pelos 20 centavos. É pelo direito de usar camisinha, casar com pessoas do mesmo sexo e fumar a erva que eu quiser”, reivindicavam.

No final da manifestação, uma pequena minoria de radicais da Opus Dei atirou hóstias em policiais, borrifou sprays de água benta em filisteus e lançou salmos na direção de ateus desprevenidos.

por Piauí Herald cedido ao Humor Político



Read more: http://www.humorpolitico.com.br/#ixzz2ZFcrgz4B

Getúlio Vargas - De Lá Pra Cá - 24/08/2009

¿Cómo afectan las protestas en Brasil a la presidenta Dilma Rousseff?

Pink Floyd - Another Brick In The Wall Part 3

segunda-feira, 15 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

sábado, 13 de julho de 2013

Os velhos e os novos pecados - Leandro Karnal

V7inter: Protestas en Brasil

Expectativas frustradas en Brasil: el crecimiento no mejoró

Hipótese Confirmada

O marido apaixonado vira-se para mulher:
- Meu bem, se eu morresse hoje você choraria muito?
E ela:
- Claro! Você sabe que eu choro por qualquer porcaria!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O tempo

Costumamos dizer que o tempo pode curar as feridas. Mas nem sempre as coisas se processam de maneira tão tranquilas. Por mais onipresente que o tempo seja, existem aquelas feridas que teimam em relutar com o tempo, ficam instaladas por anos até que acabem digamos sarando.

DILMA REFORMANDO O SEU GOVERNO


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Café na Política com Juremir Machado da Silva (1a. de 2 partes)

Café na Política com Juremir Machado da Silva (2a. de 2 partes)

MORRER É PRECISO...

Num artigo muito interessante, Paulo Angelim, que é arquiteto, pós-graduado em marketing, dizia mais ou menos o seguinte:

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas a ausência de vida e isso é um erro existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia a morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio a morte nada mais é que o ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro.

Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente...

Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas.

Quer ter um bom relacionamento? Então mate dentro de você o jovem inseguro, ciumento, crítico, exigente, imaturo, egoísta ou o solteiro solto que pensa que pode fazer plano sozinho, sem ter que dividir espaços, projeto e tempo com mais ninguém.

Quer ter boas amizades? Então mate dentro de si a pessoa insatisfeita e descompromissada, que só pensa em si mesmo. Mate a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com a sua conveniência. Respeite seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos.

Enfim todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior e qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo essa produtividade, e, por fim prejudicando nosso sucesso.

Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram... não se projetam para o que serão ou desejam ser... elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos infantilizados. Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não mantemos as virtudes de criança que também são necessários anos, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade, tolerância, etc., mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar atitudes infantis, para passarmos a agir como adultos, ou melhor, e evoluído?

Então, o que você precisa matar em si, ainda hoje, é o "egoísmo" é o "egocentrismo", para que nasça o ser que você tanto deseja... pense nisso e morra. Mas, não esqueça de nascer melhor ainda... o valor das coisas não está no tempo em que elas duram , mas na intensidade com que acontecem por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis

E aproveito pra finalizar as palavras de Angelim pra te dizer do fundo da minha alma que você é incomparável e único... Pense nisso! O meu desejo é sempre o maior... o meu maior amor é você... o meu maior amor é teu!
Erocilda Pereira

Roda Viva | José Serra | 24/06/2013 | Bloco 3

Roda Viva | José Serra | 24/06/2013 | Bloco 1

Roda Viva | José Serra | 24/06/2013 | Bloco 4

Constituinte para fazer a reforma política - 24-06-2013

Cotidiano - Reforçando a lição

[Filosofos & Educação] Karl Marx (vol.6)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dep. Paulo Ramos e Prof. Álvaro Bastos falam da greve dos professores - ...

Thomas Robert Malthus, Reverendo Malthus

Thomas Robert Malthus, Reverendo Malthus
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(1766 - 1834)
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Cura anglicano, economista e demógrafo inglês nascido em Rookery, Surrey, conhecido por sua teoria, o malthusianismo, segundo a qual o crescimento da população tende sempre a superar a produção de alimentos, o que torna necessário o controle da natalidade. Desenvolveu seus primeiros estudos na casa paterna, antes de estudar no Jesus College (1784-1788), Cambridge. Ordenado-se sacerdote da Igreja Anglicana (1797), passou a lecionar economia política em Haileybury (1805). Vivendo como um modesto vigário rural, cura de Albury, em Survey, ganhou celebridade com o livro publicado anonimamente, Essay on Population (1798). Com um texto elaborado de acordo com as estatísticas da época, enunciava uma teoria que foi utilizada por Darwin, em que a espécie humana tendia para sobrepujar seus meios de subsistência a não ser que se eliminassem os indivíduos excedentes. Segundo ele, a produção de alimentos crescia em progressão aritmética e a população em progressão geométrica, gerando fome e miséria nas grandes massas. A natureza corrigia essa desproporção por meio das guerras e epidemias, reduzindo a população, criando, então, a teoria da seleção natural das espécies. Recomendava aos governos anteciparem-se à natureza negando assistência social pública de caráter caritativo, especialmente hospitais e asilos, e aconselhava a população, abstinência sexual como forma de diminuir os índices de natalidade. Com essa teoria, até certo ponto cruel com a pobreza, sua obra foi ao mesmo tempo criticada e aplaudida. Na segunda edição da obra (1803), modificou algumas teses mais radicais da primeira edição, porém com o tempo, sua teoria foi incorporado à teoria econômica, atuando como freio de teses mais otimistas, embora na segunda metade do século XX, a agricultura intensiva tenha permitido aumentos de produção muito maiores do que os previstos por ele. Nomeado professor de história e economia política em Haileybury (1805), também foi eleito membro da Royal Society (1819) e, nos anos seguintes, recebeu grande número de homenagens e honras acadêmicas e faleceu em St. Catherine, próximo de Bath, Somerset.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Urgente e Relevante


Mudanças e seus modos

A vida tem ciclos. Idas e vindas, giros e voltas, corre-corres. Há entra-e-sai, perde-ganha, sobe-e-desce. Mudamos de pele, de roupas, de cidade, mudamos de idéias. Muito pouco é imutável. Sobre a base do amor incondicional e das convicções inegociáveis, devemos realizar alterações, inovações, evoluções, transformações.

Mudar o modo de amar, sem matar o amor. Mudar o modo de andar, sem cortar os pés. Mudar as cores, conservando os olhos. Mudar o horizonte, e manter as asas. Sair de onde estamos para continuar em frente. Descartar o descartável para assegurar o eterno. Enfraquecer as rotinas para fortalecer os vínculos que valem a pena.

Tenho medo de mudar, não vou negar. Mudar mexe, machuca, mói. Mudar dá trabalho. Quem muda não pode mais ficar mudo. Mudança faz dançar. Mudança cansa. Mudar arranca pedaços. Na mudança nem tudo pode ser levado. Mudar é despojar-se.

Quero mudar o modo de comer, sem acabar com a fome. Mudar o modo de falar, sem enrolar a língua. O modo de trabalhar, e não perder o pique. Mudar o modo de ler, encontrando o avesso dos livros dos quais não vou me separar.

Ser mutante sem esvaziar o ser. Mudando a casca, protejo o miolo. Mudando a cara, restauro o rosto. Mudando o entorno, salvo o estofo. Mudando os ares, recupero o fôlego. Mudando a letra, liberto o espírito.

Para mudar não é preciso muito. Nem pouco. Nem sempre os outros reparam. Todos notam. Atribuem notas. Avaliam. As mudanças mais profundas parecem tão inofensivas. Eu mudando, o mundo dos outros não muda. Mas, o meu, sim.

Mudarei de repente e lentamente. Mudarei num piscar de olhos depois de muito planejar. Mudarei por dentro e por fora, mudarei sem fazer rascunho. Mudarei agora. Pronto, mudei.

A mudança me fez ser a criança que jamais fui. Mudei de jogo. Mudei de lado. Mudei num pulo. Mudei e ninguém sabe para onde fui.

Gostei de mudar. A mudança me fez bem. Você não vê, leitor/leitora, mas a mudança já começou a influenciá-lo/a. A mudança começa devagar. Vai comendo pelas bordas. Vai roendo pelos cantos. Vai subindo pouco a pouco. Vai entrando pelas brechas.

Mudado, posso fazer o novo, de novo. Mudado, reafirmo que não morrerei para sempre. Mudado, posso voltar para casa. Meu nome é o mesmo, mas a assinatura mudou. Minha vida, idas e vindas.

Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor.
Website: http://www.perisse.com.br/

Aisha al Jamila - Derbake

Interprogramas (lista de reprodução)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Cedo demais para julgar (22/02)

Coluna (Nas entrelinhas) publicada hoje (22/02/2008) no Correio Braziliense.Há situações em que os povos estão dispostos a enveredar por caminhos extremos sob o impulso do orgulho nacional, ainda que isso vá lhes trazer imensos sofrimentos. A Revolução Cubana de 1959 não foi um fato isolado, um raio em céu azul no Caribe.
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Não sei se é só piada ou tem algo de verdade, mas consta que em 1989 certo líder político da China recusou-se a dar opinião sobre a Revolução Francesa, quando desembarcava em Paris para participar da comemoração do bicentenário dela. “É cedo demais para uma avaliação”, ponderou. Ainda que seja só lenda, faz sentido. Pouco mais de dois séculos depois, a insurreição que acabou por levar Luís XVI e Maria Antonieta à guilhotina ainda é objeto de controvérsia.A historiografia antiliberal, por exemplo, debita a emergência do marxismo e das revoluções proletário-socialistas do século 20 na conta dos rebeldes que derrubaram a Bastilha em 14 de julho de 1789. Sem, é claro, esquecer de jogar parte da culpa nos intelectuais iluministas, que forneceram o substrato teórico e filosófico para questionar coisas sagradas, como o direito divino dos reis, a servidão e a ausência de igualdade de direitos.
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Já quem enxerga a História do pólo oposto afirma que o Terror, simbolizado em Maximilien de Robespierre, foi um mal necessário, a demonstrar que a violência revolucionária é a parteira da História. E que sem o Comitê de Salvação Pública não teria havido Napoleão Bonaparte. Ao qual por justiça, devem ser creditados muitos dos méritos pelas atuais taxas democráticas na Europa Ocidental. Ainda que o serviço tivese que ser completado por americanos e russos, mais de um século depois.Fazer julgamentos históricos é mesmo complicado. Vamos tomar, por exemplo, a Grande Revolta Judaica contra a dominação do Império Romano, cerca de quatro décadas após a crucificação de Jesus. Um de seus episódios mais famosos foi o cerco a Masada, fortificação no topo de um plateau no deserto da Judéia, às margens do Mar Morto. Ali, um punhado de radicais, os zelotes, coroaram com o suicídio coletivo a feroz resistência que vinham antepondo às legiões romanas.
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Os resultados práticos da revolta foram desastrosos para os judeus. O Templo de Jerusalém foi destruído e teve início uma diáspora de quase 20 séculos. Ainda hoje, quem visita Roma vê no arco de Tito a imagem esculpida dos legionários a carregar, como um troféu, o candelabro principal retirado do Templo. Sobre cujos restos repousam agora dois dos mais importantes lugares santos do Islã: as mesquitas da Rocha (a de cúpula dourada, lugar de onde Muhammad subiu ao céu) e de Al-Aqsa (onde se deflagrou a segunda Intifada).
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Fidel Castro deixou definitivamente nesta semana as funções de Estado em Cuba. Sua saúde precária precipitou a decisão. Tudo indica que o gesto do líder cubano marca a culminância de uma transição interna de poder no Partido Comunista, uma página virada. Fidel agora é História, ainda que — diferentemente de Getúlio Vargas — tenha entrado nela antes mesmo de deixar a vida.
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Eu prefiro aderir à piada do chinês em Paris e fugir de um juízo histórico sobre a Revolução Cubana. Até para não ver cobradas conclusões definitivas sobre outros fatos, anteriores. Como os dois casos citados no começo desta coluna.
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O uso indiscriminado do terror, por exemplo, deveria levar-me a condenar decisivamente a Revolução Francesa. Já as tragédias humanas decorrentes da Grande Revolta Judaica do início da Era Cristã na Judéia não deixariam alternativa: por um ângulo puramente pragmático, afrontar Roma foi mesmo uma grande estupidez, decorrente de certo fanatismo incompatível com a lógica política fria e até com a civilização.
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Há situações, entretanto, em que os povos estão dispostos a enveredar por caminhos extremos sob o impulso do orgulho nacional, ainda que isso vá lhes trazer imensos sofrimentos. A Revolução Cubana de 1959 não foi um fato isolado, um raio em céu azul no Caribe. A trajetória da ilha na sua luta pela independência antes de Fidel é uma sucessão de sonhos que se alternam com frustrações, de promessas e traições vindas do grande irmão que repousa poucas milhas ao norte.
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O processo político cubano tem mais a ver com o patriotismo do que com o socialismo — ainda que nas circunstâncias de países como Cuba seja difícil separar os dois vetores. A simpatia que a revolução liderada por Fidel desperta está relacionada com a resistência heróica ao domínio colonial e com o avanço inegável de conquistas sociais num país caribenho que tinha tudo para repetir as trágicas experiências nas nações marcadas pela escravidão, pela monocultura e pela dominação externa.É um bom debate, e que tem tudo para se estender por largo tempo. Como recomenda a sabedoria oriental, trata-se de travá-lo com paciência.
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Olhe bem a sua volta

Olhe bem a sua volta, rostos geralmente alegres, podem estar a esconder uma triste realidade, de abandono, dissimulação, inconvenientes.

Desafios para gestão da indisciplina

Urgente e Relevante


Em defesa dos feriados

Gabriel Perissé

É opinião que “pega bem” em certos ambientes ser contra o número (considerado excessivo) de feriados brasileiros, em particular quando permitem emendas e feriadões. Recentemente, tivemos os dias 2 e 15 de novembro (o primeiro numa quinta-feira, o outro numa quarta), e, em vários municípios (sobretudo em São Paulo e Rio de Janeiro), o feriado em homenagem ao dia da Consciência Negra: 20 de novembro, segunda-feira. Já li em blogs e em cartas de leitores de diferentes jornais comentários do gênero: como poderá o país crescer com essa quantidade absurda de feriados? E, afinal, para que feriados religiosos que perderam sua significação original? Por acaso o Corpus Christi justifica um dia inteiro sem trabalho, os bancos fechados, a interrupção das aulas em escolas e faculdades, já que a maioria (incluindo muitos católicos) não irá celebrar a data eucarística? E será que nas casas brasileiras, no dia 7 de setembro, todos se levantam ávidos para ouvir o Hino Nacional, comovidos com a lembrança desta data? E na data comemorativa da Proclamação da República, será que o nosso coração bate mais forte? Os temas que motivam os feriados sempre despertam algumas pautas. A questão do racismo foi abordada na mídia por ocasião do último 20 de novembro. Questões em torno de reivindicações salariais costumam surgir por volta do 1º de maio, jornada em que os trabalhadores não trabalham para valorizar o trabalho... Feriados são ruins? Desconfio que até mesmo aqueles que tanto reclamam dos feriados valem-se desses dias sem atividade para esquecer os compromissos, descansar, passear, viajar. Queixam-se “patrioticamente”, mas no fundo querem curtir aquelas 24 horas de folga, fazendo tudo o que fazem os “vagabundos” que todos somos nesses dias. No dia 12 de outubro, por exemplo, afora os que se dedicam à devoção de Nossa Senhora Aparecida, todos nós aproveitamos é para fazer esporte, ir ao churrasco na casa do amigo, dormir umas horas a mais... A defesa dos feriados pode e deve ser feita, se pensarmos na sua essência. Feriado é dia de festejar. Não se trata de um momento de descanso, apenas. Feriado é bom. É ocasião para conviver com a família, para entender que um povo tem “aniversários” a comemorar. É ocasião real para refletir sobre a idéia e os valores que estão “dentro” da data. Todo feriado é dia de tomar consciência. Gabriel Perissé é doutor em educação pela USP e escritor. Web Site: www.perisse.com.br

Criciúma - Crise avicultura

Vida de Cientista - Eunice Ribeiro Durham

terça-feira, 2 de julho de 2013

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vídeos enviados (lista de reprodução)

Benedetto Croce

Benedetto Croce
(1866 - 1952)
Escritor, filósofo, crítico literário e historiador italiano nascido em Pescasseroli, na região dos Abruzzi, considerado uma fortaleza moral na luta contra o fascismo além de realizar um trabalho cultural magistral em seu país na primeira metade do século XX, que o tornaram um símbolo espiritual da Itália moderna. Passou a maior parte da vida em Nápoles e, aos 16 anos perdeu os pais num terremoto em Casamicciola. Estudou direito, história e filologia em Roma e, de volta a Nápoles, dedicou-se por completo à filosofia. Desenvolvendo suas próprias convicções políticas, de conteúdo democrático e liberal, fundou (1903) a revista La Critica, na qual publicaria a maioria de seus escritos e comentaria os trabalhos dos intelectuais europeus mais importantes de seu tempo. Nomeado senador do reino (1910) apoiou os aliados durante a primeira guerra mundial. Depois foi ministro da Educação, mas com a chegada de Mussolini ao poder retirou-se da vida pública, embora mantivesse sua vigorosa oposição ao fascismo. Depois da segunda guerra mundial, participou da implantação das instituições democráticas na Itália e morreu em Nápoles. Suas obras mais importantes foram Estetica come scienza dell'espressione e linguistica generale (1902), Logica come scienza del concetto puro (1909), Filosofia della practica, Economia ed etica (1909) e Teoria e storia della storiografia (1917), onde pregou sua "filosofia do espírito".

Urgente e Relevante


[Inédito] Ratinho Desabafa - Copa e Gastos Absurdos - 17/06/13