quarta-feira, 29 de março de 2006

Ela voltou...Voltou!

sábado, 18 de março de 2006

Ridículo II

Raul Pont cala a boca!
"Sobre a quebra do sigilo da conta do caseiro Francenildo dos Santos Costa, disse que era irrelevante."
CORREIO DO POVO

Ridículo!


CORREIO DO POVOPORTO ALEGRE, DOMINGO, 19 DE MARÇO DE 2006
Para Pont, acusação precisa ser provada
O secretário-geral do PT, Raul Pont, afirmou neste sábado que a discussão sobre acusações contra o ministro Antonio Palocci, é questão secundária e que a preocupação maior do partido é com a conjuntura. Sobre a quebra do sigilo da conta do caseiro Francenildo dos Santos Costa, disse que era irrelevante. Pont participou de reunião do diretório nacional do PT, em São Paulo. Disse ainda que serem irrelevantes acusações feitas sem prova contra o ministro. 'Qual a acusação? Como é possível que este tipo de coisa tenha o destaque que teve. Cria uma crise e temos de assumir que tem uma crise? - indagou, dizendo que o caseiro não tem provas e deve dar as explicações necessárias.
ELE DEVERIA TER FICADO DE BOCA CALADA.

O PORCO CONTINUA!

Aquela Ministro da Fazenda que implementa uma política econômica contra o povo, continua no cargo agora apoiado por todos: De Raul Pont até Antônico Carlos Magalhães, o negócio fica cada dia mais nojento.

Cazuza

O Tempo Não Pára
Cazuza Composição: Cazuza / Arnaldo Brandão
Disparo contra o sol

Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estou rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Cazuza nasceu Agenor de Miranda Araújo Neto, no dia 4 de abril de 1958, no Rio de Janeiro. O apelido veio de sua ascendência nordestina por parte de pai, pois no Nordeste 'cazuza' significa moleque. E, desde antes de seu nascimento, João Araújo acreditava que o filho que estava por vir seria um menino. Cazuza sempre preferiu o apelido ao nome de batismo, que só foi aceitar quando descobriu que um de seus ídolos, Cartola, também se chamava Agenor
. (Graziela Salomão)

domingo, 12 de março de 2006

FRITSCH


BOTOU A SENADORA IDELI NO BOLSO E É O CANDIDATO DO PT AO GOVERNO DO ESTADO E TÁ EMPOLGADO.

Paraíso dos Banqueiros II

Dom Odilo Pedro Scherer
“a política econômica não está voltada para a inclusão, ao contrário, é concentradora”.
"O compensatório desacompanhado de mudanças na estrutura do sistema eterniza o vale de lágrimas".
“o Fome Zero é bom, mas muito pontual”.
“é preciso ir além. A mais importante política social é a geração de trabalho e renda”.

Paraíso dos Banqueiros


VAMOS JUNTOS COM A CNBB
Léo Lince
09/03/2006

O secretário geral da entidade, dom Odilo Pedro Scherer, soltou o verbo flamejante no lançamento da campanha deste ano. Não ficou pedra sobre pedra. Veraz e sereno, ele chamou o Brasil de paraíso financeiro e disse que os juros altos, o baixo crescimento da economia e a altíssima lucratividade dos bancos são partes indissociáveis da engrenagem que nos tritura. Considerou as limitações encontradas pelo governo e não jogou pedras nas políticas assistenciais, mas concluiu categórico: “a política econômica não está voltada para a inclusão, ao contrário, é concentradora”. O compensatório desacompanhado de mudanças na estrutura do sistema eterniza o vale de lágrimas. A igreja sabe disto por experiência própria e vivência histórica. Estamos cansados de ver no que resulta este tipo de governo “pai dos pobres” e “mãe dos ricos”. Daí, o puxão de orelhas. O bispo meteu o dedo na ferida: “o Fome Zero é bom, mas muito pontual”. E acrescentou, com a simplicidade que todos entendem: “é preciso ir além. A mais importante política social é a geração de trabalho e renda”. Sem dúvida, uma crítica certeira e demolidora. O governo acusou o recebimento da pancada. Como fazem sempre todos os “empoderados”, o líder do governo na Câmara saltou de banda. Em reação típica do situacionismo acomodado, disse que a CNBB deveria apresentar uma proposta alternativa de política econômica. Para refrescar a memória dos esquecidos, o bispo poderia lembrá-lo daquela proposta que ganhou as últimas eleições e não foi posta em prática. Seria uma forma educada de passar um sabão nesta gente que escorrega para o outro lado quando chega ao poder. Ou melhor, na clava da ira santa, poderia usar as palavras não tão cerimoniosas que o mestre Saramago reserva para os praticantes de tão feio procedimento: “eles cospem todos os dias na cara do que foram o escarro do que são”. No tempo da ditadura, quando o autoritarismo arrastava nossa sociedade para a encalacrada, algumas estruturas intermediárias de poder se transformaram em pontos luminosos de resistência e recomposição da esperança. Quem viveu o período sabe da importância que tiveram certas siglas – CNBB, OAB, ABI, SBPC – na retomada da iniciativa cidadã. Estamos de novo na encalacrada. Os poderes maiores da política estão amesquinhados e o mau exemplo vem de cima aos borbotões. Outra vez teremos que recorrer ao prestígio e à força moral das estruturas intermediárias de poder para conjurar a catástrofe que nos ameaça. A campanha da fraternidade entrou na lida para recolocar na agenda da política os grandes temas da cidadania. Combater as desigualdades, lutar por redistribuição da renda e refazer o projeto para o Brasil. Na campanha eleitoral, o bispo falou: “os candidatos serão cobrados. A população quer saber o que será feito para gerar trabalho, renda e para reduzir a sangria de recursos que acabam nas mãos dos grupos financeiros” Boas falas, vamos juntos com a CNBB.

Coluna do Rafael Seidel


Santo remédio
Uma boa notícia aos bebedores de plantão. Tomar aquela cervejinha atua positivamente sobre os processos inflamatórios e algumas doenças crônicas, de acordo com um estudo divulgado hoje pela faculdade de Medicina da Universidade de Innsbruck, na Áustria. Os experimentos realizados com células sanguíneas demonstraram que a cerveja pode bloquear algumas infecções e doenças crônicas. As substâncias contidas nos extratos de cevada parecem ter um impacto parecido ao que se atribui ao vinho tinto, ao chá verde e ao preto no organismo, cujo efeito positivo para a saúde, sobretudo nas doenças coronárias, é reconhecido pela medicina, indica o estudo.
Os cientistas destacam que o fato de beber cerveja não implica necessariamente a ingestão de bebidas alcoólicas, dado que o efeito positivo do sumo de cevada se faz notar também quando este não contém álcool e também não depende da marca da bebida que se consome.
Os autores da pesquisa asseguram que a cerveja parece aumentar a produção do chamado "hormônio da felicidade", a serotonina, um neurotransmissor que exerce um papel importante nos estados de ânimo das pessoas, como o humor, a ansiedade, o sonho, a dor, e até o comportamento sexual e alimentar. O estudo também confirmou que a ingestão de cerveja tem um efeito tranqüilizante sobre quem a bebe.


Aumentos
Mais um aumento. Desta vez, do álcool e da gasolina. Depois de não resolvidas as divergências entre os usineiros e o governo, quem sofre é o consumidor. Os donos de postos de combustível acreditam que o aumento no álcool será de cerca de R$ 0,10. Parece que a vantagem de se ter um carro com este combustível já está acabando.

Capacitação de professores
A secretaria Municipal de Educação de Caçador estará, nos dias de hoje e amanhã, oferecendo capacitação para todos os professores de Educação Infantil da rede municipal de ensino, nas dependências do Senac.

Viagem
Nesta quarta-feira, o senador Leonel Pavan, o deputado federal Paulo Bauer, o presidente estadual do PSDB, Dalírio Beber e o presidente da Associação de Prefeitos do PSDB e prefeito de Imbituba, José Roberto Martins, iniciaram um roteiro de viagem, visitando as cidades de Chapecó, São Lourenço d’ Oeste, Xanxerê, Vargem Bonita, Joaçaba e Ibicaré. Ontem, em Xanxerê, foi realizado encontro das coordenadorias do PSDB de Chapecó, Maravilha, São Lourenço d’ Oeste, Palmitos, São Miguel d´Oeste e Dionísio Cerqueira. Hoje, encerrando o roteiro, acontece um encontro macro regional do PSDB, em Joaçaba, reunindo as regionais de Caçador, Concórdia, Campos Novos, Curitibanos, Videira.

Fatma
A instalação da Coordenadoria Regional da Fatma em Caçador deve acontecer neste mês. Junto com ela, ainda será realizado um evento, que tratará da questão ambiental.
Essa Coordenadoria contará com um técnico cedido pela Epagri e outro pela Prefeitura de Caçador, para a realização dos trabalhos.

Abuso
Um amigo professor liga para a coluna, muito assustado, afirmando que está sendo ameaçado por um aluno seu. O fato está acontecendo lá no Martello. A falta de respeito com esses profissionais, que estão a serviço da Educação, está cada vez maior.

Abuso I
Aliás, o abuso vem de todas as partes, já que os professores muitas vezes não são reconhecidos, nem mesmo por alguns pais de alunos, que não se conformam com as ações para disciplinar seus filhos, tomadas por estes profissionais dentro da sala de aula.

Coluna do Rafael Seidel

Dia 30 de fevereiro
É isso mesmo: Uma multa, aquelas do estacionamento rotativo, que foi aplicada na tarde de segunda-feira, 27, tem data limite para pagamento no dia 30 de fevereiro.
Foram duas surpresas para o proprietário do automóvel em um mesmo papel: Uma pela multa e outra pelo dia para o pagamento. Vantagem, já que se a multa não for paga, não tem problema.

Calor
As temperaturas, na tarde de ontem, novamente animaram os caçadorenses. Quase 30° C, para lembrar que o verão ainda não acabou. Segundo a previsão da Epagri/Ciram, hoje, o tempo deve ficar estável, com algumas pancadas de chuva e temperaturas altas novamente.

Trasbebum
Até parece comercial de televisão: “A nova onda do Carnaval. O Transbebum”. Pode até ser engraçado, mas o trabalho que a Kombi disponibilizada pela Prefeitura realizou neste Carnaval, é de muito valor, principalmente para aqueles que não conseguiram se controlar.

Volta ao normal
A partir de hoje, tudo de volta ao normal. Comércio, escolas, setor de serviços públicos, reiniciam o seu trabalho. Feriado prolongado novamente só no mês de abril.

Controverso
Parece meio estranho, mas na Alemanha, a gripe aviária, que está assolando boa parte do Velho Mundo, foi detectada em um gato.
As informações são do site da Folha On Line. Segundo a nota, o vírus foi detectado em um felino morto, achado neste fim de semana na Ilha de Rügen, a área mais afetada pela gripe aviária na Alemanha.
A explicação dos alemães é que os gatos podem se contagiar ao caçar aves. É algo que já se sabia por causa de casos ocorridos na Ásia.

Ajuda aos pobres
O governo brasileiro deve apresentar ao Congresso em até dois meses o projeto que cria uma taxa no valor de US$ 2 sobre as passagens aéreas internacionais para financiar o desenvolvimento de países pobres. O anúncio foi feito na manhã de ontem, em Paris, pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em uma conferência que reúne representantes de mais de cem países e dezenas de organizações internacionais para discutir modalidades de financiamento ao desenvolvimento.

Antagônicos
Dois resultados antagônicos em São Paulo: A Mancha Verde, escola da torcida organizada do Palmeiras, ficou campeã na categoria em que concorreu. Tudo bem que foi sozinha, mas ficou com o título. Já a Gaviões da Fiel, do arqui-rival, Corinthians, que lutou para disputar no grupo especial, foi rebaixada.

Tratamento da desilusão
Um hospital da Alemanha criou uma clínica especializada em dar tratamento a pessoas com o coração partido. O que parece ser brincadeira, virou trabalho profissional no Schwabing Hospital, em Munique. No local, são tratadas pessoas que não conseguem se recuperar de desilusões amorosas e sofrem a chamada 'dor do amor'.
O hospital trata principalmente adolescentes que não sabem lidar com doenças do coração. "Ter seu coração partido pode conduzir a problemas físicos e psicológicos como perda do apetite que conduz à perda repentina do peso e à dor inacreditável", afirma o médico Birgit Delisle. Por enquanto, o tratamento na clínica é feito de forma gratuita.

sexta-feira, 10 de março de 2006

Ele não desiste!

quarta-feira, 8 de março de 2006

sábado, 4 de março de 2006

Atualidades Mundiais

Atualidades
"Guerra ao narcotráfico" é nova desculpa "humanitária"
Poucos meses após a sua vitória sobre a Iugoslávia, o governo norte-americano já tem um novo alvo para sua intervenção "humanitária": a Colômbia.
10 Anos de Reunificação Alemã
Em 3 de outubro completou-se 10 anos da reunificação da Alemanha. Em meio as comemorações, ainda persistem muitas dúvidas e problemas, referentes ao processo de integração do lado oriental na estrutura capi
11 DE SETEMBRO
Dia da Infâmia. Esta data ficará marcada na memória dos povos, pois neste dia ocorreram dois fatos marcantes, com reflexos importantes na história mundial. Em ambos percebemos o significado da política imperialista e nos
A ameaça nazista ronda a Áustria
A formação de um governo composto por representantes do Partido da Liberdade, de extrema direita, esta provocando grande polêmica no mundo e, em especial nos países da União Européia, Estados Unidos e Israel.
A Crise Iugoslava
Em 28 de junho de 1989, nacionalistas sérvios da Iugoslávia, reuniram mais de um milhão de pessoas no kosovo para comemorar com uma grande festa o sexto centenário da Batalha do kosovo, onde os turcos otomanos derrotaram os s&e
A Dívida Externa Brasileira
Iniciou-se neste Sábado, 2 de setembro, o Plebiscito sobre o pagamento da Dívida Externa Brasileira, organizado por entidades da sociedade civil e boicotado não só pelas autoridades, mas também pela grande imprensa, que
A ditadura militar
A ditadura militar implementada pelo golpe do General Pinochet foi a resposta dos setores conservadores e do grande capital às reformas populares de Allende.
A Escravidão é um crime.
Esse texto foi elaborado pelo prof. Henrique Cunha Júnior, para disucssão sobre o sistema de cotas para negros nas Universidades Públicas
A guerra do desprezo - por José Saramago
O histórianet divulga um texto inédito de José Saramago no Brasil, onde o escritor português saúda as comunidades zapatistas do México e indaga: "Que será de nós quando se perder a última digni
A Guerra no Iraque
Os interesses estadunidenses e ingleses não são novos. Desde o final do século 19 o imperialismo cobiça o petróleo da região, que pode garantir o desenvolvimento industrial e um elavado grau de autonomia frente ao
A Ku Klux Klan e a segregação racial nos Estados Unidos
O julgamento de um ex-membro da Ku-Klux-Klan e a permanência de um símbolo racista na bandeira do Mississipi, reacendem a discussão sobre o racismo nos Estados Unidos. Conheça a história da Ku- Klux- Klan.
A Lei Islâmica e o Indivíduo
Este texto procura explicar a relação entre o indivíduo e o Estado no Islâmismo, contribuíndo para um maior conhecimento do Islam, como forma de combater o preconceito.
A Negociação de Paz na Crise Iugoslava
Os últimos acontecimentos entre maio e junho de 1999 indicam que a guerra não se estenderá por muito tempo e forçosamente, terá uma solução negociada.
A nova cruzada contra o Islam
Será que em pleno século 21, estamos voltando no tempo, mais precisamente ao século 11, quando cristãos e muçulmanos se envolveram numa luta prolongada por cerca de 300 anos? Por que os muçulmanos se sentem amea&c
A política externa dos Estados Unidos no Centro do Atual Drama do Povo Americano
Será que atacar o Afeganistão é a forma mais eficiente de combater o terrorismo? O 11 de setembro, a política externa norte-americana e os possíveis desdobramentos da guerra são analizados historicamente para uma
A Queda de Milosevic
Um grande movimento popular foi responsável pela queda de Milosevic na Iugoslávia. Segundo o líder da oposição Vojislav Kostinic: "O que estamos fazendo não é subversão, mas uma defesa da vontade do
A Questão da Irlanda
O recente acordo celebrado na Irlanda do Norte pretende por fim à séculos de dominação inglesa e à décadas de terrorismo de guerrilheiros separatistas e de paramilitares protestantes.
A Venezuela e o plebiscito
A presença do presidente da Venezuela no Fórum Social Mundial, no final de janeiro, foi um dos momentos mais marcantes do evento. Com uma retórica populista, Hugo Chavéz representa para muitos, uma possibilidade concreta de política nacionalista, no sentido contrário ao do neoliberalismo.
Alemanha: Indenização para vítimas do Holocausto
Foi assinado na Alemanha o acordo que garante a indenização às vítimas do nazismo alemão. Durante a 2° Guerra Mundial empresas alemãs utilizaram o trabalho de mais de 10 milhões de judeus, reduzidos &ag
ARGENTINA: EX-DITADORES VÃO A JULGAMENTO
A vida política Argentina voltou a se agitar na última semana, quando a justiça decretou a prisão de dez militares que, no período da ditatorial (1976 -- 83) estiveram envolvidos com a "Guerra Suja" e tinham conhecimento
As eleições em Taiwan
"Os taiwaneses se encontram numa encruzilhada histórica muito importante. Não tomem a decisão sobre a via que seguirá Taiwan (em relação a sua independência) impulsivamente, pois vocês correm o risco d
Bin Laden? Não. Eurásia é o nome do jogo.
"Cerca de 75% da população mundial vive na Eurásia, que possui a maior parte dos recursos naturais do planeta... Ali estão 60% do PIB do planeta e cerca de 75% de suas reservas conhecidas de energia... Depois dos Estados Unidos
Brasil: 500 anos
No ano 2000 assistiremos a vários eventos em comemoração aos 500 anos do "descobrimento do Brasil".
Chile - Breve história
País muito semelhante à de outros países da América latina, que por trezentos anos foram explorados pela Espanha; e ao mesmo tempo possui características bem peculiares.
Colômbia em números
Breve resumo da história colombiana com a explicação dos períodos relacionados.
Conferência contra o Racismo
A Conferência contra o Racismo e a Xenofobia realizada entre agosto e setembro na África do Sul foi classificada como decepcionante por grande parte das delegações que participaram do encontro.
Contra o terrorismo
Mais uma vez o terrorismo se manifesta. Na Espanha, o atentado do dia 11 foi responsável por 200 mortos e centenas de feridos, vítimas explosões de bombas, numa ação que novamente chocou o mundo. Apesar do repúdio
Coréia: Quem dividiu?
A reunião de cúpula entre os presidentes das duas Coréias foi o acontecimento marcante na política internacional recente. A divisão da Coréia está diretamente relacionada à política imperialis
CUBA
O que vai mudar em Cuba? Você estudante não deve ter percebido, mas já faz 10 anos que esta pergunta é feita. Desde a queda do muro de Berlim (1989), marco da crise do bloco soviético, especula-se sobre a situaç&at
Cuba: Elián, o fim do embargo e a Revolução
No primeiro semestre desse ano, o mundo acompanhou a polêmica envolvendo o garoto Elián. Recentemente o Congresso norte-americano suspendeu parcialmente o bloqueio econômico à Cuba. As relações entre os dois pa&iacu
Democrata ou Republicano
Nos Estados Unidos, existe um sistema bipartidário, mas isso não significa dizer que só existem dois partidos. Democrata, Republicano, Verde, Socialista dos Trabalhadores e até mesmo Comunista, são siglas partidarias encontradas no país.
Descaminhos do setor elétrico
Texto do professor Cesar Benjamim do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ mostra o funcionamento de um sistema que lesa a sociedade.
DIAMANTINA
A histórica cidade mineira de Diamantina é a sexta cidade brasileira com um rico conjunto arquitetônico e urbanístico a ser tombada pelo patrimônio histórico da humanidade. A decisão foi tomada em reuni&atild
Eleições no Afeganistão
No final de 2004 ocorreu a primeira eleição presidencial da história do Afeganistão.
Estados Unidos: Eleições 2000
A indefinição das eleições nos Estados Unidos, coloca em questão o processo eleitoral na principal potência do mundo.
ETA, o País Basco e a autodeterminação
Este texto traz um pequeno histórico do País Basco, da ETA e trata de algumas questões importantes que se referem a atuação dos movimentos pela independência e que não são retratados pela imprensa.
Etnocentrismo e Anacronismo no descobrimento do Brasil
Brasil: mais de 500Etnocentrismo e anacronismo, esse é o título do texto do professor Fernado Novaes sobre as discussões que envolveram as comemorações dos "500 anos".
Guerra, Política e Entretenimento
No dia 3 de janeiro de 1914, o já legendário revolucionário Pancho Villa, assinou um contrato de exclusividade no valor de US$ 25 mil com a Mutual Film Corporation para estrelar como protagonista de suas próprias batalhas no no
Intolerância do Taleban destrói patrimônio histórico
Conheça a história do Taleban, grupo extremista quer controla 90% do Afeganistão, país que abriga o milionário saudita Osana bin Laden, o terrorista mais procurado do mundo e suspeito de estar envolvido nos ataques de 11
IRÃ, ANO 2000: A NOVA REVOLUÇÃO
O voto popular nas eleições legislativas de 18 de fevereiro de 2000 no Irã, refletiu o desejo de mudanças num país, que há 21 anos realizava uma revolução de caráter anti-imperialista e com um
Julgamento de Milosevic em Haia já faz parte da História
Conheça o texto especialmente elaborado pelo historianet sobre o ex-ditador Slobodan Milosevic: desde sua militância comunista, passando pelo nacionalismo que alimenta o racismo étnico-religioso nos Bálcãs, até asu
Kosovo e Timor: tratamento diferente para dramas idênticos? (Alain Frachon)
Depois de muita tergiversação na crise de Kosovo, os ocidentais acabaram intervindo. Em março, sem o acordo de Belgrado, é claro, e mesmo sem a aprovação formal do Conselho de Segurança da ONU - que poderia
LÍBANO: 22 ANOS DE OCUPAÇÃO ISRAELENSE
No dia 8 de fevereiro de 2000, a aviação israelense atacou diversas regiões do Líbano destruindo a maioria das estações de geração e transmissão de energia do país deixando um saldo de
Lula Presidente: Um Novo Brasil
A posse de Luís Inácio Lula da Silva como Presidente da República pode abrir um novo capítulo na História do Brasil. Essa é a esperança de milhões de brasileiros, não apenas daqueles que votar
México: fim da hegemonia do P.R.I
As eleições presidenciais que ocorreram no México em 2 de Julho marcaram o fim da hegemonia política do PRI, que controlou a vida política do país nos últimos 71 anos, através do controle da má
Novas revelações sobre a Operação Condor
Veja novas revelações sobre a Operação Condor, que envolveu governos militares de diversos países da América do Sul.
Novos conflitos em Jerusalém
Os novos conflitos dificultam o processo de paz na Palestina e mostram a intransigência dos setores conservadores de Israel.
O anti João XXIII
A escolha do cardeal Ratzinger para o comando da Igreja Católica reforça seus aspectos mais conservadores e descompromisso social.
O Combate à Fome
Fome Zero: essa é o termo que movimenta o novo governo em seu primeiro mês de trabalho. No entanto o problema da fome e da miséria é complexo e remonta ao nascimento da colônia, tendo sido agravado ao longo dos séc
O Crescimento do Islam e o Taleban
A historiadora Mônica Muniz faz uma avaliação do crescimento do islamismo no mundo, tomando como ponto de partida recente pesquisa feita pelo Historianet, destacando o aumento do preconceito.
O Ensino da História Africana
O principal problema encontrado no processo de ensino e aprendizado da História Africana não é relativo à história e à sua complexidade, mas é com relação aos preconceitos adquiridos num proce
O Genocídio Helênico
Conheça os documentos sobre o massacre de populações gregas, que ocorreram entre 1894 e 1955, em um site organizado por Roberto Lopes.
O Governo Allende
O governo Allende pretendia "construir uma sociedade socialista em liberdade, pluralismo e democracia" e estava comprometido com o processo de nacionalização da economia, com a reforma agrária e com a elevação do n&iacut
O Papa na terra santa
Aguardada com ansiedade por judeus, cristãos e muçulmanos, a visita do papa foi naturalmente revestida de um caráter político, já que na história dessa região, política e religião sempre estiv
O Submarino Kursk e a Guerra Fria
A tragédia com o submarino russo envolve alguns aspectos de política internacional que remonta ao período da "Guerra Fria", que marcou as relações entre as duas superpotências desde a Segunda Guerra até o in
Organizar idéias é o primeiro passo
Oriente Médio
No dia 5 de fevereiro de 1999, morria aos 63 anos o rei Hussein da Jordânia. O fim de seu reinado de 45 anos preocupou o mundo inteiro, pois Hussein quase sempre representou equilíbrio e moderação, numa região marcada pe
Os Conflitos na Índia
As disputas envolvendo Índia e Paquistão pela região Caxemira se iniciaram há mais de 50 anos, logo após a Independência da Índia, que preservou interesses ingleses e das elites locais.
Os Primeiros Hominídeos Imigrantes
Arqueológos começam a desvendar o processo migratório dos primeiros hominídeos que se instalaram na Palestina.
Peru: Autoritarismo e Preconceito
As recentes eleições no Peru demonstraram mais uma vez o desprezo das elites pelos povos de origem indígena na América Latina. Em vários países assistimos hoje a movimentos de reação à pol&iac
Plano Colômbia: mais uma do imperialismo norte-americano
A guerrilha colombiana nasceu de um movimento popular nos anos 40 do século XX, no contexto marcado externamente pelo início da guerra fria e internamente por uma violenta guerra civil entre elementos da burguesia.
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O que é a "nova intifada"? Conheça a história da ocupação da Palestina por Israel e a política externa dos Estados Unidos no Oriente Médio, questão que está sendo relacionada com o ataque terr
Vietnã-EUA: 25 anos depois
Nesse ano 2000, pela primeira vez na história após o término da Guerra do Vietnã, um presidente norte-americano visita o país asiático.
Vietnã: 25 anos depois
No dia 30 de abril de 1975, os Estados Unidos retiravam seus últimos representantes de Saigon, que cairia sob o domínio das tropas vietcongs.

Fonte Site Historianet

Os desatinos das essquerdas

Muitas esquerdas de hoje cometem os mesmos erros históricos de seus antepassados. Com a idéia de que o governo Lula é uma decepção, optam pelo curto caminho de atacá-lo. E esquecem análises de conjuntura e de estrutura: sem Lula e o PT, Chávez, Morales e Kirchner também vão para o brejo.
Flávio Aguiar

Ao contrário do que se pensa no vulgar, a esquerda tem uma longa história no Brasil, e este é um país muito longevo. O país é herdeiro de Portugal, aquele que é a nação mais antiga do mundo moderno, e de fronteiras mais estáveis por mais longo tempo, desde o século XIII, descontados os períodos de ocupação pelos espanhóis e pelos franceses.No arquivo da esquerda brasileira, sem levar em conta os tempos coloniais, podemos listar: a maçonaria vermelha (primeira metade do século XIX), os republicanos e abolicionistas exaltados (segunda metade), os maximalistas (começo do século XX), os anarquistas, até chegarmos à fundação do Partido Comunista do Brasil, em 1922, junto com a Semana de Arte Moderna e, em 24, à revolta do Forte de Copacabana. Ainda há os movimentos camponeses, como o de Canudos. E desse conjunto ainda fazem parte um romancista como Lima Barreto e um pensador como Manuel Bonfim. E lá atrás um militar como José de Abreu Lima, que lutou como Simon Bolívar. Não vamos mencionar os “meramente” progressistas, para não alongar a lista.Buenas, mas tudo isso é muito desconhecido, e o fato é que as esquerdas brasileiras acham que se inventam a cada momento histórico, e que, como um Luís XIV ao contrário, decretam: avant nous, le rien; antes de nós, o nada. E ao lado também, pois nossos companheiros de caminho, que seguem por outras rotas, não passam de vis traidores da causa, e desde sempre.No Brasil republicano, em nível federal, tivemos quatro momentos de movimentação à esquerda, e neles as esquerdas, ao lado de lutas extraordinárias por sua generosidade (provavelmente de origem cristã) incorreu também em equívocos notáveis, motivados por um erro de paralaxe, entre a avaliação de sua posição e a análise da conjuntura política. Antes de prosseguir, explico a expressão, não por acaso: a origem do “erro de paralaxe” está na fotografia, mais diretamente na diferença que existe na leitura da cena fotografada entre a do visor, no olho do fotógrafo, e a da lente, no coração da máquina.Os momentos foram: a Revolução de 30, o segundo governo de Vargas, de 51 a 54, o governo de João Goulart, e a agora o governo de Lula. Examinemos.Na Revolução de 30, Prestes e o Partido Comunista incipiente não tomaram parte. Foi um erro. Prestes foi provavelmente o líder político mais impoluto da história do Brasil. Cometeu erros tremendos, mas jamais em nome de algum proveito pessoal. Na conspiração de 30, recebeu dinheiro para compra de armas na Argentina. Não tomou um único centavo para si. Entregou a grana para o Partido Comunista, em ajuda aos companheiros no exílio, para pagamento de dívidas e outras funções revolucionárias. Um exemplo, para quem andou recebendo carros de presente e achou que podia sair de fininho. Mas a recusa dele e do Partido quanto à participação no movimento de 30 privou este de uma esquerda organizada, ainda que, no contexto, ele fosse popular, libertário, e inovador; e privou as esquerdas de uma participação no movimento mais importante que já houve no Brasil, no sentido de sua modernização. O movimento ficou preso no círculo de giz liberal, as esquerdas ficaram presas no círculo de giz de sua imaginação revolucionária, que andava longe, nessa altura, do “real brasileiro”, o conjunto de circunstâncias da conjuntura e de aspirações das camadas sociais emergentes ( e também das detergentes, as classes dominantes).Ao final do segundo governo de Vargas houve, quanto às esquerdas, um movimento patético. O Partido Comunista, ainda que fora da lei, era o movimento hegemônico de esquerda. Padecia de alianças populistas, em nome da “revolução nacional e burguesa”, que tinha por aliada uma burguesia recalcitrante, não só em fazer uma revolução, mas até em ser uma burguesia digna do nome, achando mais importante manter os anéis em detrimento da independência dos próprios dedos. Mas, além disso, olhando para seu passado, as esquerdas amargavam não só a terrível repressão durante o Estado Novo, como a disputa das massas com a sombra e, pior, a presença de Vargas. Quando a direita começou uma campanha feroz contra o nacionalismo de Vargas, e o trabalhismo, as esquerdas entraram ou simplesmente não se opuseram à cantilena. Foi um desastre. Arrastadas na campanha contra “o ditador”, e contra “o mar de lama”, foram completamente surpreendidas pelos acontecimentos de 24 de agosto de 1954.Até hoje, historiadores de esquerda se deixam levar, graças à dubiedade com que vêem a figura de Vargas, pela versão de que naquele dia houve um “mero” quebra-quebra. Na verdade, pelo menos no Rio de Janeiro e em Porto Alegre houve levantes populares desorganizados. Não havia lideranças de maior alcance; em primeiro lugar, porque o grande líder e sua morte eram o motivo do levante; em segundo lugar, porque as lideranças de esquerda, como as de direita, tinham uma leitura completamente defasada do país em que habitavam. As últimas achavam que resolveriam a crise como na República Velha: um acerto entre cúpulas, e fim de conversa. Não contavam com o fato de que a política de Vargas tinha despertado o detestado monstro: o tal de “o povo”, que saiu às ruas para depredar seus inimigos. Muitas das esquerdas achavam que estavam se livrando de um inimigo histórico, que usurpara o “seu povo”, que o acaudilhava, etc.Muita gente de esquerda saiu à rua, naquele dia, para festejar “a queda” do ex-ditador. Ao receberem a notícia do suicídio, caíam em si, e na melancolia e no absurdo da situação; e ao saber que as multidões saíam às ruas não para comemorar, mas para depredar os partidos e jornais da direita, caíam na real: o país lhes mostrava uma face insuspeitada. Em Porto Alegre houve um momento notável, que seria cômico, se não fosse trágico. A multidão, ao ouvir a Carta-Testamento transmitida pelo rádio, saiu às ruas para depredar tudo, inclusive a sede do Partido Comunista, cujo jornal atacava Getúlio. Naquela circunstância houve a auto-crítica feita em tempo mais relâmpago na história mundial do Partido: militantes foram às manifestações para desvia-las daquela sede, e leva-las para outros objetivos. O resultado de tudo foi penoso: três mortos, centenas de feridos, um paraplégico, um jovem que pulou do segundo andar da rádio Farroupilha, dos Diários Associados, incendiada pela multidão enfurecida, e quebrou a espinha dorsal.Quanto ao governo de João Goulart, o maior problema esteve em seu fim. Em 64 as esquerdas não se comportaram do mesmo modo obtuso; mas cometeram, muitas delas, um grave erro de avaliação do significado do que estava acontecendo. Acharam que estávamos diante de uma quartelada tradicional, cujos efeitos seriam superficiais na vida do país. Líderes governistas, como Brizola e Arraes, tiveram uma análise mais adequada da situação, antevendo o tamanho da caverna sem saída em que entrávamos. Poderíamos continuar a evocação de erros e acertos – pois na resistência as esquerdas sempre tiveram desempenho notável – mas acho que os exemplos evocados são suficientes para ilustrar o que quero por em pauta. Hoje muitas esquerdas estão cometendo alguns dos erros historicamente apontados.Com a idéia de que o governo Lula é uma decepção – o que pode até ser verdade, ainda que não do mesmo modo como a mídia apregoa – optam pelo caminho de que atacá-lo, assim como rir no Reader’s Digest – é o melhor remédio. Esquecem análises de conjuntura e de estrutura, não as produzem, ou se as produzem não as divulgam, não as debatem, enveredando pelo caminho fácil da pauleira no governo e no presidente, e no seu partido, sem levar em conta as conseqüências de suas atitudes, inclusive as reflexas, isto é, sobre si mesmas. Pois acham que serão herdeiras de uma terra virgem, a de um caminho inteiramente novo, recém fundado, com elas, a percorrer, e não de uma terra devastada, aquela que a novel aliança da direita (PFL/PSDB e partidos que acorrerão) irá herdar. Divulgam a idéia inteiramente equivocada de nascença, de que um governo futuro dessa aliança será igual ao do PT, já que este teria, “meramente”, “continuado” o do PSDB. Ivo engano: se a direita retomar o Planalto, a repressão sobre os movimentos sociais será brutal, ainda que disfarçada de modernidades e sem as “maricotas” (máquinas de dar choque) de antanho. As novas “maricotas” serão jurídicas e legais, apoiadas num Congresso pusilânime como este de agora diante dos ditames da direita dominante.Partes dessas esquerdas elogiam (com justiça) Hugo Chávez e Evo Morales, e escarmentam Lula. Mas não conseguem ver que sem Lula no Planalto e sem um PT a apoiá-lo a Sul-América hispânica vai pra o brejo. A Argentina vai ficar na mão, o Paraguai vai ficar sem mão, a Venezuela vai ficar isolada, a linha direita vai se aprofundar na Colômbia, o Uruguai vai ficar emparedado à esquerda e com a direita reforçada, e a Bolívia de Evo Morales simplesmente não se sustentará. Não sabemos ainda o que acontecerá com o Equador, com o Peru, com as Guianas, mas sabemos que Cuba ficará muito mais isolada. E que os Estados Unidos e a Alca comerão a todos. Porque sem Lula não existe o Itamaraty de hoje, e sem o Itamaraty de hoje o Brasil retornará ao de ontem, isto é, o de diplomacia sempre competente, como de costume, mas com a costumeira política de subordinação defensiva, ou de defesa subordinante.Enfim, que as esquerdas escolham seu caminho. Vamos tentar aprender com os erros, ao invés de reitera-los, por outras veredas. E o erro maior, aquele que é a espinha dorsal dos outros, é o do desconhecimento do Brasil, de sua circunstância e sua conjuntura. As esquerdas, como as classes dominantes, parecem olhar por vezes (as classes dominantes quase sempre) o país como um modelo mal realizado de alguma outra coisa com que se sonha, ou se delira. Retomemos aquele momento mágico da história brasileira, em que o Cavaleiro da Esperança podia ter se unido com quem estava a cavalo do movimento que iria transformar o Brasil num país moderno. Esse momento até teve o seu registro. Em 1929 Prestes fez uma viagem secreta a Porto Alegre (ver Hélio Silva, 1926: a grande marcha. Porto Alegre: LP&M, págs. 312 – 318) para avaliar a situação política. Reuniu-se com Osvaldo Aranha e com Vargas, com este no Palácio Piratini. Teria ido a uma sessão de cinema no Cine Guarany (oh!, que lembrança!), na Rua da Praia, em frente à Praça da Alfândega. Estaria com Siqueira Campos e Osvaldo Araújo. No intervalo do filme, apareciam cartazes na tela: Com Getúlio, pelas urnas! (Aplausos). Se as urnas foram roubadas, com Prestes, pelas armas! (Mais aplausos). Consta que Siqueira Campos teria se levantado, apontando o Cavaleiro, consagrado em seguida por mais aplausos. Ouçamos o historiador: “Prestes não tomaria parte na Revolução de 30. O revolucionário de Santo Ângelo amadurecera seu desajustamento, na caminhada rude, até o conflito ideológico que iria marcar a divergência com os antigos companheiros, na reunião de Calle Gallo [em Buenos Aires], que precedeu a última jornada da Siqueira Campos. O dinheiro recebido [por Prestes] foi aplicado no pagamento das dívidas dos emigrados, no repatriamento dos que desejavam voltar. O saldo ele o guardou para sua revolução. Isso mesmo será dito anos mais tarde, numa dramática cena, depondo como réu de deserção, babando sangue pela boca esmurrada por um soldado da Polícia Especial, na sala de sessões do Tribunal de Segurança Nacional”.Respeitemos os motivos, o exemplo, o ethos estóico do nosso Cavaleiro. Mas aprendamos que leituras erradas são possíveis. Especialmente aquelas que, na adesão a modelos de método, terminam por não se valer deles para explicar o Brasil, mas por se valer do Brasil apenas para justificar a adesão. O resultado, em geral, é confuso.
Flávio Aguiar é professor de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo (USP) e editor da TV Carta Maior.

SERRA O PODEROSO!

CARTAS ÁCIDAS
A unção e o ungido

Parece mentira, mas é o que foi noticiado em blogues e páginas: Tasso Jereissati ungiu José Serra como o “grande eleitor” do PSDB. Quem Serra ungir, ungido será. Alckmin tem razão, quando reclama.
Flávio Aguiar
Naquele tempo dizia Tasso a seu discípulo: tu és Serra, e Serra hás de ser. Parece mentira, mas é o que foi noticiado em blogues e páginas: Tasso Jereissati ungiu José Serra como o “grande eleitor” do PSDB. Quem Serra ungir, ungido será.Que pobreza política! Lembra a célebre eleição de João Baptista Figueiredo, por Ernesto Geisel, com o placar de 1 x 0!A opção, ainda a passar por cima de Geraldo Alckmin, revela a falta de opção por parte dos tucanos para a política nacional. Sua única opção é ocupar o Palácio do Planalto. Sem isso, se desmilingüem, são ninguém, zero à esquerda no plano da história nacional.José Serra é um atravessador. Alckmin tem razão, quando reclama. Agora era a vez dele. Tanto era que quando ele o apoiou para prefeito de S. Paulo, Serra assumiu o compromisso de ficar na prefeitura até o fim do mandato. E ainda teve de assumir tal compromisso porque o seu vice era o pefelista Kassab, que ninguém quer ver na prefeitura, mas que Serra, se for candidato, vai fazer os paulistanos engolirem. Mas enfim, houve tal campanha na imprensa contra Marta, que Serra acabou eleito. E agora vem mostrando que na verdade não queria ser o prefeito de S. Paulo. Até porque o verdadeiro prefeito da cidade é Andréa Matarazzo, e sua política direitista de limpação dos pobres no centro da cidade. Serra só corre pra cá e pra lá, atrás de festas e mostrações. Quanto à administração, nada tem a mostrar, a não ser a desarticulação das principais conquistas da gestão anterior, a petista.Há uma determinação histórica e psicológica: quando alguém quer ser presidente da república, quer muito, isso termina acontecendo. Vide Lula, vide FHC, vide até Geisel. No lado tucano, seria o caso de Serra. Mas há um senão: falta ao personagem uma visão de longo prazo, aquela que, no seu campo, sobra a Alckmin e também a Germano Riogotto, no partido ao lado.Serra quer logo tudo: e aí tropeça.Foi assim na última eleição presidencial, quando atropelou o próprio FHC; e está sendo assim agora, quando atropela o correligionário. Serra, se for candidato, periga ser derrotado, não pelo PT, mas pelo... PSDB!
Flávio Aguiar é professor de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo (USP) e editor da TV Carta Maior.

TODO MUNDO UNIFORMIZADO, SÓ FALTA AGORA INVESTIR NO PRINCIPAL

Minhas sobrinhas: Bianca, Daiane, Daniele