sábado, 10 de março de 2007

Movimento PT abre fogo contra Campo Majoritário
.
Segunda tendência mais importante do partido, o Movimento PT abriu fogo hoje contra a corrente petista que comanda a legenda e o governo, o Campo Majoritário. Além de dizerem, por exemplo, que o Campo “faliu e quase faliu o PT”, representantes do Movimento PT miraram a pressão feita pelo grupo predominante para a nomeação da ex-prefeita Marta Suplicy como ministra. "Achamos que é um equívoco político o governo ser construído apenas com o Campo Majoritário", afirmou à Agência Estado o deputado Geraldo Magela (DF). A reclamação é de que, embora represente 42% do partido, o Campo ocupa 95% dos cargos do PT no governo.
"E agora, quando se fala na possibilidade de troca ou de mais um ministério para o partido, o nome que se fala é da prefeita Marta Suplicy, mais um nome do Campo", reclamou Magela. "O nome da prefeita não é um consenso dentro do PT. É um dos nomes e uma indicação do Campo Majoritário do partido", emendou Romênio Pereira, secretário de Organização do partido.
"Um equívoco profundo esse exclusivismo. Foi isso que provocou a crise no partido e no governo. Esse aparelhamento por alguns setores colocados a serviço de setores do governo e até de projetos pessoais", criticou a deputada Maria do Rosário (RS), vice-presidente nacional do PT.
Assim como o próprio Campo Majoritário, o Movimento PT também está reunido em Brasília para preparar as teses que serão apresentadas no encontro nacional do partido, em julho deste ano. Atualmente, o nome mais influente da tendência é o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), que deve participar da reunião de domingo da corrente.
"Não tem alinhamento com o Campo Majoritário. Acho que não tem mais como o Campo Majoritário continuar no comando do partido. O Campo faliu e não tem um projeto para o partido", disse Maria do Rosário. "Faliu e quase faliu o PT", completou Magela, relata a repórter Lisandra Paraguassú, da Agência Estado.
Congresso em Foco

Nenhum comentário: