quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Colômbia
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A Colômbia é o terceiro país que mais recebe ajuda militar e financeira dos EUA no mundo, só ficando atrás de Israel e Egito. A informação é de uma matéria do New York Times que fala dos planos do Partido Democrata de mudar os rumos da política externa da Casa Branca em relação à América Latina. E a Colômbia é um dos principais alvos desta mudança. Desde 2000, através do Plano Colômbia, os EUA já gastaram quase U$ 5 bilhões em ajuda, principalmente militar, no combate aos traficantes de drogas e às guerrilhas de esquerda no país. “Apesar da segurança ter melhorado em muitas partes do país, os rebeldes continuam sendo uma ameaça enquanto toneladas de cocaína e heroína continuam chegando aos Estados Unidos”, diz a matéria do NYT. Segundo a deputada Jan Schakowsky, democrata de Illinois, “seis anos e US$ 4,7 bilhões depois, os resultados do controle das drogas são, na melhor das hipóteses, escassos”.
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Deputados do Partido Democrata defendem a redução dos gastos militares na Colômbia e o redirecionamento do dinheiro para fortalecer programas de combate à pobreza e de recolocação das milhares de pessoas que perderam suas terras e casas ao longo de 42 anos de guerra civil na Colômbia. Também querem investir em programas para encorajar os plantadores de coca a cultivarem outros produtos. Outra idéia em estudo é a revisão dos Tratados de Livre Comércio firmados na região, com o objetivo de incluir cláusulas ambientais e sindicais que não foram incluídas nos acordos firmados pelo governo Bush. Em relação ao governo de Hugo Chávez, da Venezuela, os democratas também querem uma mudança de enfoque, embora, como os republicanos, não aprovem as políticas bolivarianas. A diferença é que os primeiros defendem relações mais cordiais e uma política de maior aproximação com os demais países latino-americanos como forma de “disputar corações e mentes” com Chávez.

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