Alem do Cidadao Kane eh um documentario Britanico - proibido no Brasil desde a estreia, em 1993, por decisao judicial - que trata das relacoes sombrias entre a Rede Globo de Televisao, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenario poliÂtico brasileiro. Os cortes efetuados na edicao do ultimo debate entre Luiz Inacio da Silva e Fernando Collor de Mello, que influenciaram a eleicao de 1989. Censura a artistas, como Chico Buarque que por anos foi proibido de ter seu nome divulgado na emissora. Criacao de mitos culturalmente questionaveis e veiculacao de noticias friÂvolas e tolices em programas de auditorio. Depoimentos de Leonel Brizola, Chico Buarque, Washington Olivetto, entre outros jornalistas, historiadores e estudiosos da sociedade brasileira. "Todo brasileiro deveria ver Alem do Cidadao Kane" |
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
Alem do Cidadao Kane
Postado por Atílio às 4:37 PM 0 Comente Aqui!
Marcadores: Vídeos
A Midia Que Vos Fala
Video que relata e demonstra como a midia brasileira sofre influencia politica e como conta mentiras e meias verdades para assim poder melhor manipular as pessoas |
Postado por Atílio às 2:00 AM 2 Comente Aqui!
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
Postado por Atílio às 8:30 PM 0 Comente Aqui!
.
.
Postado por Atílio às 8:29 PM 0 Comente Aqui!
A SITUAÇÃO DO MUNICÍPIOS
O retrato dos municípios brasileiros
Em 2007 começam as pré-campanhas municipais e em breve deverão ser divulgadas pesquisas com relação às tendências de votos nos municípios. O IBGE divulgou há pouco um perfil detalhado dos municípios brasileiros, inclusive de seus dirigentes, os prefeitos...
Trecho do bate-papo na BandNews FM entre o jornalista Ricardo Boechat e o sociólogo e analista de pesquisas Antônio Lavareda.
Ouça aqui
Postado por Atílio às 8:03 PM 0 Comente Aqui!
Segundo Rabelo, é fundamental que as legendas com pensamento político de esquerda mantenham na coalizão posições alinhadas com o Executivo. "Não se trata de conceder um tratamento diferenciado às legendas. Mas esses partidos poderiam imprimir conseqüências maiores ao programa de governo. Tem que haver forças com convicção de que o programa pode ser aplicado", afirmou.Tarso negou que a criação do núcleo de esquerda possa comprometer a coalizão do governo ao priorizar alguns partidos. Segundo ele, a iniciativa partiu das próprias legendas para dialogarem dentro do conselho político do governo, e não diretamente com o presidente Lula. "Isso não significa que o núcleo seja uma tendência do conselho político, que é a instituição com a qual o governo vai dialogar de maneira global. O governo não distingue os seus aliados", garantiu.O ministro citou exemplos de países como o Uruguai e a Itália que criaram núcleos de esquerda dentro do governo. "A visão que o governo tem é que essa frente de esquerda pode firmar consensos e estabelecer firmeza máxima para votações do governo", afirmou.
.
Ministérios
Na segunda-feira, Lula se reúne com dirigentes do PC do B e do PSB para discutir a participação das legendas na coalizão. Apesar de afirmar que o presidente é quem deve definir o tamanho da participação dos partidos no governo, Rabelo disse que o PC do B tem condições de ampliar sua presença no Executivo."Pela relação de lealdade com o presidente, podemos assumir maiores responsabilidades, mas isso compete ao presidente", afirmou.Tarso reiterou que, até o final do ano, o presidente Lula deve escolher um ou dois novos ministros "estratégicos" para o segundo mandato. Os demais nomes, segundo ele, devem ser revelados somente em 2007. "A formação do ministério este ano é diferente da anterior, quando houve formação do ministério para se buscar maioria no Parlamento. Agora, os ministros derivam de compromissos dos partidos. Por isso o processo é mais delicado e sutil", disse.
Postado por Atílio às 7:26 PM 0 Comente Aqui!
O primeiro emprego
.
A primeira vez que ouvi alguém dizer que era injusto um empregador exigir de um jovem que tenha experiência para efetivar sua contratação foi exatamente no momento em que ingressava na adolescência. Fiquei meio perplexo. Nunca havia pensado no assunto. Passados vários anos, essa injustiça continua. E continuo sem entender como a sociedade brasileira não consegue encontrar uma solução para um problema tão óbvio. Afinal, como exigir experiência de alguém que está ingressando no mercado de trabalho?
.
Os exemplos concretos de como um trabalhador iniciante é tratado com descaso por seus colegas mais velhos são fartos e assustadores. Vou citar o que ocorre na carreira docente. Os novatos são, via de regra, aqueles que recebem as turmas mais complexas e os horários mais desgastantes. Eu mesmo, quando comecei à dar aulas na universidade, fui escalado, como sociólogo, para ministrar aulas em cursos que nunca havia tido algum contato maior. Os horários de aula eram pouco estimulantes, como sexta-feira, último horário, ou sábado. Os alunos se entreolhavam nos primeiros dias de aula e diziam com os olhos que não entendiam o motivo de uma aula de sociologia. Eu tinha que me desdobrar para conquistá-los. Me sentia como um médico recém-formado que tinha a tarefa de operar um paciente em estado muito grave. E percebia a incoerência: na medida em que ficasse mais experiente, eram reservadas para ele as tarefas mais simples até chegar ao topo da carreira, resolvendo pequenos curativos.
O último dado que tivemos acesso sobre esta curiosa injustiça foi divulgado há dez dias. O IBGE informou que caiu, nos últimos dez anos, o percentual de jovens, entre 15 e 17 anos, detentores de empregos formais. Informou que o percentual de desemprego nesta faixa etária é superior ao verificado entre pessoas com mais de 60 anos. É verdade que um dos motivos foi o aumento da exigência de escolaridade. Houve aumento de 28% dos postos de trabalho que exigem escolaridade média e queda de 22% dos postos que exigem escolaridade básica. Mas este não é o único fator.
.
Na década de oitenta, o desemprego juvenil (definido como aquele que atinge jovens entre 10 e 24 anos de idade que procuraram emprego e não encontraram) chegou a 4% e 8%. Saltou para 18% na década de noventa. Márcio Pochmann, pesquisador da Unicamp e Secretário do Desenvolvimento e Trabalho de São Paulo, indica que o desemprego juvenil é 1,5 vezes superior que a taxa de desemprego total. Para o autor, o trabalho juvenil é o mais atingido pelos postos de trabalho precário, aquele que não oferece estabilidade, em que a renda é baixa e a jornada de trabalho é alta. Aos jovens está sendo reservada a parcela mais insegura do mercado de trabalho, onde as regras de contratação são mais flexíveis.
.
A solução neoliberal desenvolvida nos anos 80 foi a desregulamentação do mercado de trabalho e a oferta de cursos de qualificação profissional. De um lado, essas políticas aumentaram a precariedade do trabalho juvenil e, de outro, adotaram a convicção que o desemprego tem como principal culpado o próprio desempregado que não possui qualificação necessária. O fato é que essas políticas não conseguiram reverter o cenário de desamparo e desemprego. E não temos comprovação que qualificação relaciona-se diretamente com emprego juvenil. Na verdade, temos poucos estudos sobre como um jovem ou adulto aprendem. Segundo dados oficiais, 60% dos trabalhadores brasileiros que possuem título universitário não estão exercendo funções compatíveis com sua formação. O mercado de trabalho não é tão racional e generoso como se pensou nos anos 80.
.
Dois países estão se dedicando com mais atenção a este problema: a Bélgica e a França. As soluções francesas são as mais conhecidas. O programa Primeiro Emprego da França, desenvolvido pelo governo socialista de Jospin, exige que órgãos públicos abram um percentual de vagas para jovens na faixa de 18 a 24 anos. Mas não ficam apenas na contratação. Este primeiro emprego deve durar, no mínimo, cinco anos e programas de apoio e acompanhamento complementares são oferecidos aos jovens empregados. É a função social da ação pública, retornando após anos de tenebroso inverno neoliberal.
No Brasil, a experiência mais acabada é a de São Paulo. Na capital paulista implantou-se o programa Bolsa Trabalho. Trata-se de uma bolsa para desempregado na faixa de 16 a 20 anos, além de um programa de qualificação que compreende ações e oficinas para formação de agentes comunitários que atuam nas áreas de esporte, lazer, saúde, educação, cidadania, trânsito, e assim por diante. Neste programa, o jovem desempregado pode ter acesso, mais adiante, aos programas do Banco do Povo e Centro de Desenvolvimento do Trabalho e dos Negócios.
.
O importante é destacar que o mundo dos adultos, que afinal comanda as ações públicas, tem um compromisso com a formação e o bem-estar dos jovens. Não há motivo para exigirmos de um jovem o que ele não tem: experiência. Esta é a forma mais mesquinha de excluirmos os jovens da disputa por uma vaga. Convenhamos: a ética e a solidariedade que os adultos pregam podem começar por este tema.
.
RUDÁ RICCI
Postado por Atílio às 7:15 PM 0 Comente Aqui!
terça-feira, 28 de novembro de 2006
.
Léo Lince é sociólogo.
Postado por Atílio às 7:51 PM 0 Comente Aqui!
por Augusto Nunes, no Jornal do Brasil
Postado por Atílio às 12:14 PM 0 Comente Aqui!
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Blog do Murillo de AragãoLula admitiu que errou em nomear petistas para cargos em ministérios comandados por partidos aliados. Deu uma bagunça. Nos Transportes, por exemplo, o ministro era do PL e não conseguia mandar no secretário-geral, que era do PT e se reportava ao José Dirceu. Uma vez, o ministro nomeou um diretor para uma entidade vinculada ao ministério, mas o seu presidente recusou a nomeação. Disse que só seguia ordens de José Dirceu.Assim, os ministros que não eram do PT terminavam sendo “rainhas da Inglaterra”, sem poder nenhum.
Postado por Atílio às 10:18 PM 0 Comente Aqui!
domingo, 26 de novembro de 2006
Postado por Atílio às 3:22 AM 0 Comente Aqui!
sábado, 25 de novembro de 2006
Um dos fundamentos da democracia é o convívio pacífico dos divergentes, o estabelecimento do contraditório. Prevalece a maioria, que governa, mas a minoria tem seu papel, tão fundamental quanto o daquela – e que é exatamente o de fiscalizá-la.
O presidente Lula, no entanto, segundo disse na quinta-feira, a uma platéia de 16 governadores recém-eleitos, está empenhado em “provar que é possível governar o país de forma diferente”. E aí, em tom de apelo, explicou como: que seus adversários deixem para lhe fazer oposição em 2010, ano em que sua sucessão estará novamente sendo disputada nas urnas. Ou seja, quer governar em uníssono.
Nem mesmo o regime militar, nos mais espessos anos do AI-5, foi tão explícito. A oposição naquela época, ainda que minúscula e intimidada, lá estava e, na primeira brecha que se abriu – as eleições de 1974 -, ressurgiu, vibrante, implacável. Lula é fruto da democracia.
Recentemente, chegou a declarar, com absoluta razão que é resultado da liberdade de imprensa – a mesma imprensa a que ele não cansa de atribuir os problemas que tem. E aí tem também razão.
A imprensa causa mesmo muitos problemas, sobretudo a quem está no poder: faz barulho, denuncia, acerta e erra, erra e acerta. Mas nenhum dos problemas que causa é tão grande quanto os que consegue evitar no exercício de sua sagrada turbulência. E assim é também a democracia: regime barulhento, trabalhoso, eventualmente caótico – o pior dos regimes, segundo Churchill, excetuados, naturalmente, todos os outros. Lula tem o gosto – e o talento – da negociação política.
Desenvolveu-o nos tempos em que exerceu a liderança sindical e sentava-se à mesa com os companheiros e, depois, com os patrões. Aprendeu a exigir, transigir, propor, contrapropor, blefar, encenar, enfim, a dominar todo o elenco de gestos coreográficos que envolvem a negociação. Vale-se desses recursos na presente montagem ministerial.
Percebe-se que o faz com gosto. Seu desgosto reserva-o para as críticas, as cobranças, inerentes – e indispensáveis – à democracia. O paradoxo está em que foi o exercício obstinado da crítica e da cobrança – freqüentemente exacerbada, eventualmente injusta – sobre sucessivos governos que o levou ao poder.
Poucos partidos, na história republicana brasileira, exerceram a crítica e a vigilância políticas de forma tão implacável e moralista quanto o PT. Talvez só a falecida UDN, braço civil do movimento militar de 64.
Tal qual sua congênere, o PT mostra aversão ao contraditório. Lula o disse com todas as letras. Já o havia dito na entrevista dada após a proclamação de sua reeleição. Disse então que não havia mais adversários, que o adversário, a partir daquele momento, era a exclusão social, a pobreza. Soou magnânimo, superior. Foi aplaudido.
Eis, porém, que o esclarecimento vem agora. Não há magnanimidade alguma. Lula apenas não quer oposição. Só a admite nas campanhas eleitorais. Jamais durante o exercício do mandato. Que o deixem trabalhar, como já pedia o slogan de sua campanha eleitoral.
Ofereceu, por isso mesmo, há dias, carona a um dos mais veementes críticos de sua performance governativa, o senador tucano Arthur Virgílio (AM), numa viagem a bordo do jato presidencial, ocasião em que lhe pediu apoio – a ele e a seu partido.
Ora, o maior (e único) apoio que a oposição, qualquer oposição, pode dar a um governo – qualquer governo – é exercendo o que lhe cabe: a oposição. O eleitor, quando elege um governante, elege simultaneamente quem lhe fará oposição. E a oposição deve ser constante, consistente, impessoal. Oposição ao governo, não ao país.
Não significa votar contra, mas questionar o que está em pauta e, sobretudo, fiscalizar a execução do que se aprova. Lula, ao que parece, não gosta disso. Quer “uma forma diferente” de governar. Sem oposição. Daí talvez o empenho em passar uma borracha nas ofensas que um dia recebeu de Arthur Virgílio e convidá-lo a integrar o “coro dos contentes”, a que se referia o poeta tropicalista Torquato Neto.
Virgílio, como se recorda, é aquele senador que, certa vez, da tribuna do Senado, prometeu dar fisicamente uma “surra” em Lula.
Quando, em outra ocasião, o presidente disse que desconhecia o mensalão, Virgílio afirmou, da mesma tribuna, que ou ele, Lula, era “um idiota ou um criminoso”, acrescentando que preferia crer que era um idiota. E foi na doce carona oferecida por Lula que a proposta de adesão – reiterada a seguir aos governadores - foi encaminhada ao líder da oposição. Uma proposta idiota – para não dizer criminosa.
Espera-se que não seja aceita – e, sobretudo, que seja revogada.
Ruy Fabiano é jornalista.
Postado por Atílio às 12:51 AM 0 Comente Aqui!
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
.
Deputados do Partido Democrata defendem a redução dos gastos militares na Colômbia e o redirecionamento do dinheiro para fortalecer programas de combate à pobreza e de recolocação das milhares de pessoas que perderam suas terras e casas ao longo de 42 anos de guerra civil na Colômbia. Também querem investir em programas para encorajar os plantadores de coca a cultivarem outros produtos. Outra idéia em estudo é a revisão dos Tratados de Livre Comércio firmados na região, com o objetivo de incluir cláusulas ambientais e sindicais que não foram incluídas nos acordos firmados pelo governo Bush. Em relação ao governo de Hugo Chávez, da Venezuela, os democratas também querem uma mudança de enfoque, embora, como os republicanos, não aprovem as políticas bolivarianas. A diferença é que os primeiros defendem relações mais cordiais e uma política de maior aproximação com os demais países latino-americanos como forma de “disputar corações e mentes” com Chávez.
Postado por Atílio às 6:17 PM 0 Comente Aqui!
SÓ COM OS CIVILIZADOS!
.
Lula convoca civilizados para conversa
Lula recebe neste momento no hotel Blue Tree em Brasília o apoio de 16 governadores e dois vice-governadores. Inicialmente esse grupo de governistas pretendia formular uma agenda de propostas a ser entregue a Lula.
No meio do caminho mudaram de idéia. Se fizessem uma lista de projetos prioritários deixariam os governadores de oposição de fora, o que contraria os interesses de Lula.
O presidente pretende chamar todos os governadores oposicionistas e governistas para uma reunião e quer conversar com as bancadas do PSDB e do PFL no Congresso. Quem for “civilizado”, disse Lula, aceitará o convite.
- Eu tenho todo interesse de conversar com o PSDB. Já disse isso ao líder do partido Arthur Virgílio (AM) e vou dizer isso ao presidente do partido. No PFL também tem muita gente disposta a conversar. Só não vai conversar quem não quiser. Quem for civilizado e quiser fazer política civilizada terá espaço para uma boa conversa. Quem não quiser, teremos que respeitar o silêncio.
Blog do Noblat
Postado por Atílio às 5:55 PM 0 Comente Aqui!
O presidente Lula disse hoje (23), em reunião com governadores aliados, que não terá dificuldades em dialogar com a oposição. Como exemplo, o presidente citou a sua "relação de amizade" com os governadores tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). De acordo com o próprio presidente, eles são seus amigos "há 30 anos".
.
.
Postado por Atílio às 5:47 PM 0 Comente Aqui!
Setor ficaria na esfera da Casa Civil, sob o controle direto da ministra-chefe Dilma Rousseff
João Domingos
O governo planeja uma mudança radical na área de comunicação, que no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve desempenho muito aquém do planejado. Pelo que está em estudo, a Secretaria de Comunicação (Secom) passa a ser denominada Secretaria de Democratização da Informação (SDI), saindo da esfera da Secretaria-Geral da Presidência para as mãos da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que deverá ter poder fortalecido na nova gestão.
Postado por Atílio às 5:30 PM 0 Comente Aqui!
DANE-SE O PÚBLICO
.
Ficou exaltado o presidente da Petrobras na terça-feira. Não se sabe se as notícias a respeito de patrocínios "companheiros" oferecidos pela estatal complicaram a chance de Sergio Gabrielli ocupar um ministério no segundo mandato -mas o fato é que ele ficou bastante destemperado. O que deveria ser uma entrevista coletiva para explicar alguns contratos e convênios da petroleira tornou-se algo mais próximo de uma sessão de vitupérios.
Postado por Atílio às 5:17 PM 0 Comente Aqui!
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Caçador
Postado por Atílio às 8:16 PM 1 Comente Aqui!
terça-feira, 21 de novembro de 2006
Em fevereiro de 1933, assessores de Hitler sabiam e facilitaram a ação de um “comunista” para que cometesse o atentado incendiário que destruiu a sede do Reichtag, o parlamento alemão. Em setembro de 2001, assessores do presidente dos EUA George Bush, sabiam com meses de antecedência e nada fizeram para impedir, que “terroristas árabes” cometessem o atentado às Torres Gêmeas do World Trade Center em NY. O ponto comum é que ambos acontecimentos serviram de pretexto para que Hitler e Bush começassem guerras, invadissem países e violassem direitos humanos democráticos em nome de um bem comum. Antes era o medo do comunismo, hoje do terrorismo. Assim como Hitler, que fez o que todos já sabem, Bush forjou o combate ao terrorismo após o ataque de 11 de setembro, para invadir o Afeganistão e o Iraque.
A quem interessava esta guerra? O inexpressivo presidente Bush lutava para manter 51% de popularidade. Após o ataque às Torres Gêmeas em 2001 este índice pulou para 90%. Coincidentemente a indústria bélica, que teve expressiva valorização de suas ações com a invasão do Afeganistão e do Iraque, foi a grande financiadora da campanha eleitoral para reeleição de Bush.
Sem jamais terem pisado em solo norte americano, os jornalistas Marcelo Csettkey e Marcelo Gil reuniram informações publicadas sobre este assunto para apresentarem os motivos que, segundo eles, levaram ao ataque do World Trade Center em NY em 11 de setembro de 2001. Eles montaram um quebra cabeças a partir de recortes de revistas, jornais velhos e livros, brasileiros e estrangeiros, anteriores e posteriores ao ataque terrorista e para isso recorreram até a Cooperativa de Coleta Seletiva da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Pesquisaram também todas as matérias publicadas sobe o assunto na internet (incluindo o site da Casa Branca) e também livros de história, de pensadores e até citações de presidentes dos EUA. Ambos se debruçaram e analisaram o material coletado por quatro anos até montarem o conteúdo do livro “CRIME DE ESTADO - A verdade sobre o 11 de setembro”, publicada pela Talagarça Editora. Nada neste livro foi inventado, tudo é comprovado com publicações.
O livro lança dúvidas e aponta contradições. Como que os Estados Unidos, uma das maiores potências econômicas e militares do mundo, com uma das mais avançadas tecnologias de defesa e vigilância por satélites e grande arsenal bélico, foi incapaz de deter este ataque? Como poderia a Al Qaeda de Osama Bin Laden, sem nenhuma ajuda interna americana, enviar 20 suicidas para serem treinados durante meses dentro do território americano sem serem impedidos? Os autores deste livro, reunindo todos estes fatos, mostram que os atentados de 11 de setembro foram uma surpresa para o povo americano, mas não para o governo Bush.
Havia indícios no começo de 2001 que alguma coisa grave estava para acontecer. O agente do FBI Kenneth Williams tomou conhecimento e enviou memorando sobre o grande número de estudantes árabes freqüentando escolas de aviação. O documento foi arquivado pelo FBI. Na Califórnia, Khalid Almidhar e Nawaf Alhasmi entraram legalmente nos EUA em janeiro de 2001, com nomes verdadeiros. Khalid e Nawaf estavam sendo monitorados pela policia da Malásia e foram fotografados, a pedido do FBI e da CIA, quando a Al Qaeda realizou um encontro em Kuala Lumpur . Khalid e Nawaf também freqüentaram escolas de pilotagem de avião, segundo relatórios do FBI. Khalid Almidhar já havia aparecido em foto obtida pela CIA juntamente com suspeitos do atentado com o navio USS Cole, atingido por uma bomba em outubro de 2000 no Iêmen. O mais forte aviso veio da escola de pilotagem Pan Am em Eagan, Minessota . A instituição solicitou que se investigasse o aluno Zacarias Moussaoui . Os instrutores suspeitaram após perceberem seu interesse em aprender somente a pilotar um jato em velocidade de cruzeiro, não se interessando em decolar e pousar. Preso por estar com seu visto de permanência vencido. Moussaoui , francês de origem marroquina, foi interrogado pela agente do FBI Coleen Rowley. Revelou à agente sua intenção de lançar um avião comercial contra o WTC. Constatou-se que Moussaoui já havia participado de vários atentados da Al Qaeda . Coleen enviou um relatório aos seus superiores em Washington, ao mesmo setor que havia arquivado o pedido do agente Kenneth, solicitando uma busca aos pertences de Moussaoui. Se a busca ao computador do terrorista tivesse sido feita lá seriam encontradas a tempo as informações com nomes dos outros seqüestradores de aviões envolvidos nos ataques de 11 de setembro. O relatório de Rowley também foi engavetado e os pedidos de busca negados por seus superiores.
Examinando fatos publicados na imprensa norte-americana os autores concluíram como o jornalismo dos EUA se portou e descobriram que muitas notícias publicadas, citando relatórios da CIA e do FBI, foram posteriormente desmentidas ou tiveram a sua importância diminuída, pelos mesmos órgãos de imprensa. A primeira comissão do Senado americano elaborou um relatório sobre as causas dos atentados, mas o presidente Bush rasgou pessoalmente 28 páginas deste relatório. Outra comissão do Senado foi formada e um relatório diferente foi elaborado.
Para tentar explicar a inexplicável ineficiência da defesa da Força Aérea norte-americana para impedir os ataques dos aviões seqüestrados às torres gêmeas do WTC, os autores relembraram a atuação da FAB – Força Aérea Brasileira no episódio do seqüestro avião da VASP ocorrido no Brasil. Em setembro de 1988, o Boeing 737 da VASP, vôo 375 decolou de Belo Horizonte com destino ao Rio de Janeiro. Tomado por um seqüestrador, que atirou num comissário e matou o co-piloto, o comandante Murilo de Lima e Silva foi obrigado a desviar sua rota e seguir para Brasília. Seu objetivo era lançar a aeronave contra o Palácio do Planalto. Este seqüestro ocorreu no Brasil, em 1988, na época em que a tecnologia de comunicações e defesa de tráfego aéreo não era tão avançada como em 2001. A aeronave que fazia a rota Norte-sudeste tomou o sentido oposto. O comandante acionou o alarme para que o controlador de vôo percebesse o problema e deduzisse que se tratava de um seqüestro. O Grupo de Defesa Aérea de Anápolis foi acionado providenciando a interceptação. Três aeronaves Mirage F 103 com munição ar-ar se revezaram no acompanhamento do Boeing da VASP até Brasília e Goiânia. Havia a possibilidade de realizar “tiro de destruição” caso a aeronave fosse considerada “hostil” ao querer colidir com “prédio público em Brasília”. Felizmente nada disso foi necessário, mas a ação da FAB foi muito eficiente, pois as providencias tomadas levaram apenas alguns minutos. O que ocorreu no 11 de setembro de 2001 nos EUA seria praticamente impossível se considerando o sistema de defesa norte-americano como um dos melhores do mundo. Além disso, supõe-se que o Pentágono, sede do comando militar americano, deveria ter o melhor sistema de segurança do planeta. A seqüência dos fatos mostra que no momento em que o controlador de vôo de Washington percebeu que o vôo 77 havia desaparecido da tela às 8h54min, um outro avião já havia se chocado com a primeira torre do WTC em NY. Às 09h03min o segundo avião se choca com a outra torre. Só cinco minutos depois a torre de Washington informa à Força Aérea e à policia do desaparecimento do vôo 77. Dezesseis minutos depois as autoridades responderam a esse aviso e somente às 09h36min , ou seja 24 minutos depois do aviso do controlador, a Força Aérea foi advertida de que o avião desaparecido se aproximava de Washington e decidiu enviar aviões de combate para controlar o espaço aéreo da capital norte-americana, mas era tarde. Um minuto depois o “vôo 77” se chocaria no Pentágono. O mais incrível é que nos escombros do Pentágono não foi encontrado nenhum destroço do avião ou corpos. Só resta a pergunta onde está o Boeing 757-200? E onde estão os passageiros e tripulantes do vôo 77?
Diversos livros foram publicados a respeito desse assunto, desde o do francês Thierry Meyssan ( 11 de setembro de 2001 - uma terrível farsa – usina do livro – 2003) que aborda o episódio do Pentágono como uma fraude pois não houve queda de um Boeing lá, até o do lingüista norteamericano Noam Chomsky ( 11 de setembro – Bertrand – 2002) que afirma que o presidente Bush aproveitou o evento para lançar seus ataques e invasões. Já os livros de Bob Woodward (Bush em Guerra – Arx – 2003 e Plano de Ataque – Globo - 2004) e o de Seymour Hersh (Cadeia de Comando – Ediouro – 2004) concordam com as explicações oficiais publicadas no relatório final produzido pelo congresso norte-americano. Esses últimos apóiam a explicação de falta de comunicação entre as agências CIA e FBI, falhas e erros graves. Finalmente, a obra dos jornalistas Marcelo Csettkey e Marcelo Gil demonstra o oposto das versões oficiais. Segundo eles não houve falhas nem erros, as agências se comunicavam o tempo todo e estavam bastante entrosadas no que diz respeito ao acompanhamento dos terroristas entrando em território americano e aprendendo a voar. A cúpula do governo Bush permitiu os atentados por meio de um bloqueio efetivo aos agentes do FBI quando estes identificaram os terroristas.
O livro traz o prefácio escrito pelo professor Deonísio da Silva que faz uma observação extremamente importante: “o que não vimos nem lemos quando esses jornais e revistas passaram diante de nossos olhos? Como a versão imposta pôde disfarçar-se num lugar tão visível como a mídia? A mídia vê tudo, mas quem vê a mídia?” E continua “O livro dá o que pensar e propõe outros olhares sobre o 11 de setembro. Ironicamente faz isso compulsando jornais velhos , revistas descartadas, coisas que foram jogadas fora........atiradas no lixo da História”
“É possível enganar alguns por algum tempo. É possível enganar muitos por muito tempo. Mas é impossível enganar a todos todo o tempo”. Abraham Lincoln – ex presidente dos EUA.
“Os nossos inimigos são inovadores e engenhosos. Nós também. Os nossos inimigos não param de pensar em novas formas de prejudicar nosso país e nosso povo. Nós também”. George w. Bush. ( extraído do site da Casa Branca em 2004)
André DusekFotógrafo do Estado de São Paulo- sucursal Brasília
Quem quiser adquirir o livro ou obter mais informações veja o site www.crimedeestado.net
Postado por Atílio às 7:15 PM 0 Comente Aqui!
Marcadores: História
domingo, 19 de novembro de 2006
Vereadores buscam saída para crise
Ass. Imp. Câmara Municipal
O aumento de verba para a Corporação dos Bombeiros Voluntários, passando dos R$ 225 mil reais previstos para R$ 400 mil reais em 2007, pode ser a saída para que a corporação continue desenvolvendo suas atividades normalmente, sem colocar em risco o trabalho prestado. A sugestão saiu de uma reunião na tarde de ontem, entre o presidente dos bombeiros Renato Vogel, o presidente da Câmara, Marcos Creminácio(PT) e o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, Antonio Gilberto Gonçalves.
O aumento representaria as perdas que os bombeiros estão tendo, com a proibição por parte da Justiça, em realizarem vistorias em estabelecimentos comerciais. “ Isto seria como uma garantia pra gente continuar trabalhando, pois se for aprovado o Projeto de Emenda Constitucional que está tramitando na Assembléia, a solução será resolvida”, diz Renato Vogel.Como a Lei do Orçamento Anual ainda não chegou no legislativo, Gilberto Gonçalves solicitou que converse com a equipe econômica da Prefeitura, para que o remanejamento seja feito.
Marcos Creminácio citou inclusive o dinheiro que a Câmara de Vereadores irá devolver no final do exercício, num valor estimado em 400 mil reais. “ O prefeito, sabendo que este dinheiro entrará no caixa, poderá já determinar que seja utilizado para a causa dos bombeiros”, sugeriu. Como presidente da Comissão de Orçamento, Gilberto garantiu a aprovação dos recursos, mas afirmou preferir que o executivo já mande no projeto de onde quer retirar o dinheiro. “ Se eles não definirem, eu faço uma emenda e garanto os recursos, mas posso tirar de um algum lugar que eles não queiram”, falou.
Creminácio aproveitou para fazer um retrospecto da atuação da Câmara em favor dos bombeiros, inclusive com a ida dele e do vereador Antonio Gilberto Gonçalves a uma Audiência Pública em Florianópolis, tratar do assunto. “ Na segunda-feira recebemos os bombeiros aqui na sessão e na terça suspendemos a sessão para acompanhá-los no Fórum para conversar com o juiz. Além disto, liberamos nossa assessoria jurídica para trabalhar junto à prefeitura e bombeiros, para que possamos achar uma saída”, definiu Creminácio.
Postado por Atílio às 1:17 PM 0 Comente Aqui!
sábado, 18 de novembro de 2006
Em Salvador, esta semana, na segunda-feira, 13, moradores e visitantes normalmente deslumbrados pelos encantos da “terra do sol o ano inteiro” enfrentaram um temporal que imagino assemelhado com o do primeiro dia do dilúvio bíblico. Na mesma data, em várias capitais, incluindo a da Bahia, começava nos aeroportos a segunda onda do que promete ser a atração da temporada de verão que bate à porta: o “apagão aéreo”.
O furdunço tem ocupado os espaços mais nobres e mais amplos dos noticiários das TVs, emissoras de rádio e diários impressos. Paulatinamente, joga para plano secundário, quando não para o esquecimento, assuntos considerados urgentes e prioritários até recentemente: PCC, massacre diário de jovens e a expansão do crime organizado; dossiês dos Vedoins; epidemia da dengue, que já alcançou mais de 280 mil pessoas em 2006 – 61 das quais morreram nos nove primeiros meses do ano, de Sul a Nordeste. A crise do tráfego aéreo é agora o tema mais urgente , segundo se ouve e se lê.
No meio do toró baiano, comecei a conjeturar sobre essas coisas. A imaginar algo mais nos céus e terras do Brasil além dos aviões de carreira, como o Boeing da Gol ou o jato Legacy produzido pela Embraer e adquirido por um grupo americano, que se chocaram na imensidão do espaço aéreo da Amazônia: 154 mortos e um mistério que cobra explicações além do precário relatório preliminar apresentado pela Aeronáutica esta semana. Confesso também o meu ceticismo diante das aparências e de coisas apresentadas como verdades óbvias, palpáveis e indiscutíveis. Aprendi aquela que considero uma das lições básicas do jornalismo: desconfiar sempre.
Por exemplo: em Salvador, vejo durante o dia as ruas alagadas, casas invadidas ou arrastadas pelo aguaceiro, vias fundamentais de tráfego, como a Paralela, transformadas em “açudes” intransitáveis, deslizamento de terra, três mortos por soterramento e centenas de desabrigados. À noite, porém, o caos na terceira maior capital brasileira recebe espaço minúsculo nos noticiários de redes de televisão. No dia seguinte, registro mínimo, ou nenhum, nos grandes diários do País. Mais estranho ainda: na farta cobertura do alvoroço da classe média nos aeroportos, às vésperas de mais um feriado, não se cogita na possibilidade de haver alguma relação entre os atrasos nas chegadas e partidas de vôos em Salvador com o temporal devastador que desaconselhava qualquer pouso ou decolagem.
Em Es Notícia, edição espanhola do livro do italiano Giovanni Cesareo escrito a partir do dramático episódio do seqüestro e assassinato do premiê italiano Aldo Moro, em maio de 1978, há uma abordagem nua e crua dos mitos gerados em volta do trabalho jornalístico. Perspicaz e consagrado conhecedor do mundo da informação, o autor estabelece em sua obra as regras que, nítida ou veladamente, organizam a circulação da informação jornalística na mídia, “como lugar privilegiado de construção da realidade”.
Ao analisar o “caso Moro” – o primeiro-ministro foi encontrado morto na mala de um automóvel abandonado em uma ruazinha do centro de Roma –, Cesareo mostra: perdidos em meio ao agônico blecaute de informações significativas, de verificações diretas, de análises fundadas dos processos reais que haviam levado à formação do grupo terrorista Brigadas Vermelhas e ao desenvolvimento de suas atividades, e do contexto político e social em que se produzira o seqüestro, as tevês, os diários e semanários produziram cargas de abobrinhas, intercaladas de informações oficiais e milhares de detalhes. Por um lado, para registrar e difundir o que a magistratura, a polícia e os dirigentes de partidos queriam comunicar. Por outro, para manter vivo o assunto, criando uma atmosfera, evocando ambientes, descrevendo minuciosamente pequenos fatos reais, presumidos e até imaginados (logo a seguir desmentidos e esquecidos).
“Fragmentos úteis para compor principalmente um largo espetáculo a ser consumido como tal, sem um ápice de autêntico conhecimento”, afirma o jornalista italiano, no estudo que põe de relevo a importância assumida pelas chamadas “rotinas” produtivas como determinantes das opções seguidas pelos jornalistas para decidir o que é e não é notícia no imenso depósito de abastecimento de informação em estado bruto. Tanto tempo depois, é possível que isso nada tenha a ver com o que se assiste e se lê no Brasil de hoje. Mas não custa nada lembrar...
Postado por Atílio às 1:19 PM 0 Comente Aqui!
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
Claudio Recco
Novamente ouvimos a mesma história. Não que a história se repita, mas os interesses daqueles que decretaram o "fim das ideologias" permanecem ainda dominantes.
O que as décadas de 50 e 90 têm em comum? Nos dois períodos, importantes pensadores dirigiram suas análises políticas a partir da premissa do fim das ideologias. Em 1959 Daniel Bell escreveu um livro intitulado The end of ideology, em que resgata tese de alguns intelectuais de Harvard e denuncia o esgotamento das ideologias frente ao sucesso do capitalismo liberal e do indubitável fracasso do comunismo. Tal pensamento refletia por um lado a recuperação da Europa capitalista após a Segunda Guerra Mundial e os efeitos das denúncias do novo governante da União Soviética Nikita Kruschev contra Stálin, ex-ditador soviético, morto em 1953.
No entanto, o otimismo desses intelectuais e seus seguidores foram abalados já na década seguinte, com a adesão de Cuba ao modelo soviético, com revoluções socialistas em vários países da África e Ásia, relacionadas principalmente ao processo de descolonização, muitas comandados por guerrilhas "de esquerda" que deram origem a novas nações com governo socialista; e com a organização de movimentos sociais, em particular dos estudantes, em vários países, destacando-se a França. Direta ou indiretamente todos esses movimentos questionavam o modelo capitalista e muitos deles ocorreram nos grandes centros do capital. Na década de 70 a derrota dos Estados Unidos no Vietnã e a expansão do modelo soviético forçaram um discurso de bipolaridade, reconhecendo a existência de uma outra força, além da força do capitalismo.
Na década de 90 voltamos a ouvir a mesma expressão a respeito do "fim das ideologias". Ela reflete a visão dominante a partir da queda do muro de Berlim e da desagregação da URSS. Ao mesmo tempo tornou-se comum a expressão "o fim da História", que surgiu primeiro em um artigo do norte-americano Francis Fukuyama, que posteriormente, em 1992, procurou explicar o conceito no livro "O fim da história e o último homem". Segundo a teoria de Fukuyama, o capitalismo e a democracia burguesa constituem o coroamento da história da humanidade, isso significa dizer que a humanidade teria atingido o ponto culminante da evolução, destacando que o liberalismo superou suas dificuldades e seus obstáculos, sendo os mais importantes o fascismo e o socialismo.
Além disso existe o equívoco de colocar fascismo e socialismo em lados opostos, pois o fascismo foi uma forma de governo que se desenvolveu no interior de estruturas capitalistas e que serviu aos interesses de grandes corporações e por isso, suas expressões e seus métodos repressivos - anti liberais - em vários países incluindo o Brasil, tiveram o apoio do governo dos Estados Unidos. O socialismo não é apenas uma forma de governo, mas um sistema acabado, com concepções políticas, econômicas, sociais, que não deve ser tratado como oposto ao fascismo.
Mais do que defender a democracia e o liberalismo, faz-se a defesa do capitalismo. No entanto, como defender a excelência do liberalismo, do ponto de vista político e econômico, se deles estão excluídos mais de dois terços da população do globo terrestre?
O historiador inglês Perry Anderson se coloca em franca oposição a idéia de "morte do socialismo" e de "fim da história", que tendem a subestimar a capacidade transformadora e criativa dos homens.
Enquanto houver um pensamento crítico que não se contente com a aparência dos fenômenos históricos e se preocupe em desvelar a essência contraditória da realidade social, aberta estará a possibilidade da emancipação e transformação do mundo.
Postado por Atílio às 11:44 PM 0 Comente Aqui!
Marcadores: História
.
ANDREZA MATAIS
Postado por Atílio às 6:18 PM 0 Comente Aqui!
Editorial do Estadão
Postado por Atílio às 4:18 PM 0 Comente Aqui!
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
Postado por Atílio às 4:28 PM 0 Comente Aqui!
Não espere tanques, fuzis e estado de sítio. Não espere campos de concentração e emissoras de rádio, tevê e as redações ocupadas pelos agentes da supressão das liberdades. Não espere tanques nas ruas. Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e estrelinha vermelha circulando nas cidades. Não espere nada diferente do que estamos vendo há pelo menos duas décadas.
Postado por Atílio às 12:48 PM 0 Comente Aqui!
terça-feira, 14 de novembro de 2006
domingo, 12 de novembro de 2006
É sinal de inteligência e sabedoria falar pouco, falar bem e não falar mal de ninguém.
Contudo, calar-se é ainda mais importante, quando calar-se é dizer tudo.
Há quem se cale por não ter realmente nada para nos dizer, mas há também quem se cale por omissão, quando seria um dever falar, escrever, gritar, colocar a boca no trombone, como se dizia antigamente.
Calar-se na hora certa e pelos motivos certos é uma verdadeira arte cujas regras um pequeno livro do Abade Dinouart quer nos transmitir. Autor francês do século XVIII, suas admoestações para que façamos silêncio ainda hoje são pertinentes.
Sutileza não lhe falta. Ao mesmo tempo que recomenda o silêncio, lembra que há silêncios falsos, aqueles que simulam uma sabedoria que, de fato, inexiste. Nem sempre calar-se significa profundidade de pensamentos. Pelo contrário, é camada de verniz que recobre um vazio sepulcral.
Mas há ainda outros silêncios, e alguns deles diabólicos. Há o silêncio manipulador, o silêncio torturante, o silêncio chantagista, o silêncio rancoroso, o silêncio conivente, o silêncio da zombaria, o silêncio imbecil, o silêncio do desprezo. Há pessoas que matam com seu silêncio. Há silêncios que esmagam a justiça e a bondade, na calada da noite.
Por isso o silêncio rico de significado é ainda mais apreciável e luminoso.
Falo do silêncio que prenuncia novas palavras.
Falo do silêncio que é solidariedade na dor.
Falo do silêncio que soluciona cisões.
Falo do silêncio que pergunta.
Falo do silêncio que perdoa.
Falo do silêncio que ama.
O silêncio mais puro é aquele que guarda a confidência. Este silêncio jamais é excessivo. Não se deve apregoar aos quatro ventos o que foi murmurado na intimidade da amizade e do amor.
O silêncio mais sábio é aquele que fazemos diante dos impertinentes, intolerantes e desbocados. É o silêncio do Cristo inocente diante dos acusadores, o silêncio dos espaços infinitos diante da quase infinita capacidade nossa de falar ou escrever sem razão.
Calar da maneira certa é deixar que uma voz mais profunda seja ouvida. A voz severa, a voz serena, a voz suave e firme da verdade.
O verdadeiro silêncio diz a verdade que não se pode calar.
O verdadeiro silêncio nunca será cedo demais.
Quero ouvir o silêncio que tudo explica.
A arte de calar, Martins Fontes, 2001, 80 páginas.
Gabriel Perissé
Postado por Atílio às 12:32 PM 0 Comente Aqui!