sábado, 3 de novembro de 2007

Thomas Hobbes

Thomas Hobbes
(1588 - 1679)

Filósofo inglês nascido em Westport, criador de uma teoria sobre a origem contratual do estado, um dos mestres da filosofia política inglesa e de influência na ideologia da revolução francesa. Graduado em Oxford (1608), tornou-se preceptor do filho de Lord Cavendish, com quem viajou para a França e para a Itália e, através de contatos com cientistas e pensadores do continente, tomou gosto pela ciência e filosofia. De volta à Inglaterra (1637), passou a pensar e escrever sobre filosofia política, essencialmente defendendo idéia de que a paz social só seria possível através de governos totalitários. Fugindo do governo de Oliver Cromwell, refugiou-se em Paris (1640), onde entrou em conflito com as idéias de Descartes e também ficou conhecido por desenvolver temas sobre as relações entre igreja e estado. De volta a Inglaterra (1660), foi acusado de ateísmo pelas autoridades eclesiásticas, mas preferiu não polemizar e continuou a escrever e traduzir textos clássicos até sua morte, em Hardwick Hall, Inglaterra. Seu pensamento exerceu profunda influência no pensamento de Rousseau e Kant e dos enciclopedistas. Sua obra máxima foi Leviathan, or Matter, Form and Power of a Commonwealth, Ecclesiastical and Civil (1651), em que expôs sua filosofia política, defendendo a conveniência da monarquia absoluta, de carater cristão, encabeçado pelo rei que teria o direito, inclusive, de interpretar as Escrituras, decidir questões religiosas e presidir o culto, porém, ao contrário dos autores que o precederam, a fonte do poder monárquico não residia no direito divino, mas na manutenção do contrato social. É de lembrar que as teorias do direito divino perderam definitivamente a força depois da revolução francesa e da independência dos Estados Unidos. Em De corpore (1655) argumentava que o homem só pode viver em paz, em sociedade, se concordar em se submeter ao poder político absoluto de um soberano. A delegação total de poderes deveria ser um ato de auto-preservação, e o soberano devia colocar-se acima das leis e além de qualquer tipo de limitação. Admitia que o poder absoluto pudesse ser exercido por uma assembléia representativa, mas considerava preferível o governo individual. Outros grandes livros seus foram The Elements of Law, Natural and Politic (1640) e De homine (1658) e ainda fez a tradução e publicou duas obras clássicas: Odisséia (1675) e Ilíada (1676).

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