quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Manoel Deodoro da Fonseca

Manoel Deodoro da Fonseca
(1827 - 1892)
Presidente da república brasileira (1889-1891) nascido em Alagoas, hoje Deodoro, AL, marechal do Exército proclamador da República e primeiro presidente do Brasil (1891). De uma família de militares, entrou na Escola Militar (1843), lutou contra a revolução praieira (1848-1849), como tenente do Exército enviado para Pernambuco. Já capitão, participou do cerco e capitulação de Montevidéu (1865) e, depois, da campanha do Paraguai de onde retornou como herói, no posto de coronel (1870). Promovido a brigadeiro (1874) e a marechal-de-campo (1884), no comando de armas do Rio Grande do Sul, apoiou o tenente-coronel republicano Antônio de Sena Madureira em sua crítica a administração de um ex-ministro da Guerra. De volta ao Rio, foi alvo de grandes homenagens por parte de abolicionistas e republicanos e acabou absolvido do processo. Em seguida assinou um manifesto juntamente com o visconde de Pelotas definindo os pontos de vista das forças armadas e fundou o Clube Militar, tornando-se seu primeiro presidente (1887). Após a abolição da escravatura, o governo imperial resolveu afastá-lo da corte, designando-o para o comando em Mato Grosso (1888). Inconformado com a nomeação para presidente da província do coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos, um oficial de patente inferior, regressou ao Rio de Janeiro, em setembro (1889), quando a queda da monarquia era questão de dias. Por seu prestígio junto à tropa, coube-lhe papel decisivo no movimento de 15 de novembro e assumiu a chefia do governo provisório. Procedeu à separação da igreja e do estado, instituiu o casamento civil e convocou o Congresso Constituinte que o elegeu presidente da república no primeiro mês do ano (1891). Auxiliado pelo barão de Lucena, se mostrou impotente para enfrentar a crise entre os poderes legislativo e executivo, no dia 3 de novembro dissolveu o Congresso, por se sentir atingido em sua honra pessoal e de chefe de estado pela lei de responsabilidade do presidente da república em curso no Senado, o que gerou uma imediata e profunda crise institucional que só terminaria com sua renúncia, inclusive com a revolta da Marinha. Perdido o controle sobre as forças armadas, renunciou no dia 23 de novembro com um manifesto lacônico, afirmando "o desejo de não deixar atear-se a guerra civil na minha cara pátria". Morreu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto do ano seguinte, nove meses depois de deixar a presidência.

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