Joaquim Maria Machado de Assis
(1839 - 1908)
Escritor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, considerado o mais importante escritor da prosa realista da literatura brasileira. De origem humilde passou a infância e a adolescência no morro do Livramento, órfão de mãe e sob os cuidados da madrasta, Maria Inês. Fez os estudos primários em uma escola pública do bairro de São Cristóvão e foi aluno do Padre Silveira Sarmento, que o contratou como sacristão. Interessou-se então pelo estudo de línguas e aprendeu francês, inglês e alemão. Consta que aprendeu francês com uma senhora de nome Gallot, dona de uma padaria, e latim com o vigário quando foi sacristão de Lampadosa. Iniciou sua carreira de escritor após empregar-se na Livraria e Tipografia Paula Brito, onde conheceu escritores e jornalistas. Aos 16 anos publicou seu primeiro poema, Ela (1855), no jornal Marmota Fluminense, da empresa Paula Brito, escreveu sua primeira peça teatral, Desencantos (1861), e seu primeiro livro em prosa, Crisálida (1864). A partir daí colaboraria no Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, Jornal da Tarde (Ressurreição, 1872), Semana Ilustrada, O Globo (A mão e a luva, 1874), Jornal das Famílias (Histórias românticas e Relíquias de casa velha, 1874-1876), Gazeta de Notícias, na Revista Brasileira e em O Cruzeiro (Iaiá Garcia, 1878), periódicos onde publicou boa parte de sua obra inicial. Nomeado ajudante do diretor do Diário Oficial (1867), dois anos mais tarde casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, irmã do poeta português Faustino Xavier de Novais, que teve importância decisiva na sua vida, pois ao longo dos 35 anos de uma vida conjugal harmoniosa, o escritor teve o apoio e a serenidade necessária para a criação de sua obra. No serviço público foi nomeado primeiro-oficial da secretaria do Ministério da Agricultura, Viação e Obras Públicas (1873) e oficial de gabinete do ministro da Agricultura (1880). Passou à categoria de oficial da Ordem da Rosa (1888) e a diretor-geral da Viação (1892). Fundou, com outros intelectuais, a Academia Brasileira de Letras (1896), da qual foi eleito o seu primeiro presidente, cargo que ocupou até sua morte. Embora tenha cultivado quase todos os gêneros literários: poeta, teatrólogo, cronista, crítico literário etc, destacou-se essencialmente como contista e romancista. Como contista produziu algumas obras-primas como as coletâneas Contos Fluminenses (1870), Histórias da Meia-Noite (1873) Papéis avulsos (1882), Histórias sem data (1884), Várias histórias (1896), Páginas recolhidas (1899) e Relíquias de casa velha (1906). Como romancista os mais impressionantes foram Helena (1876), Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), O Alienista (1882), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1900), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Como dramaturgo escreveu 13 comédias ligeiras (1861-1896), algumas publicadas posteriormente, destacando-se Os deuses de casaca (1866), O bote de rapé (1878), Tu, só tu, puro amor (1880), Não consultes médico (1896) e Lição de botânica (1906). Como poeta os destaques foram Falenas (1870), Americanas (1875) e Ocidentais (1879-1880). Após a morte da esposa (1904), sua genialidade entrou em decadência. Morreu quatro anos depois, no Rio de Janeiro, em 29 de setembro, tendo sua oração fúnebre proferida pelo acadêmico Rui Barbosa. Foi o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.
(1839 - 1908)
Escritor brasileiro nascido no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, considerado o mais importante escritor da prosa realista da literatura brasileira. De origem humilde passou a infância e a adolescência no morro do Livramento, órfão de mãe e sob os cuidados da madrasta, Maria Inês. Fez os estudos primários em uma escola pública do bairro de São Cristóvão e foi aluno do Padre Silveira Sarmento, que o contratou como sacristão. Interessou-se então pelo estudo de línguas e aprendeu francês, inglês e alemão. Consta que aprendeu francês com uma senhora de nome Gallot, dona de uma padaria, e latim com o vigário quando foi sacristão de Lampadosa. Iniciou sua carreira de escritor após empregar-se na Livraria e Tipografia Paula Brito, onde conheceu escritores e jornalistas. Aos 16 anos publicou seu primeiro poema, Ela (1855), no jornal Marmota Fluminense, da empresa Paula Brito, escreveu sua primeira peça teatral, Desencantos (1861), e seu primeiro livro em prosa, Crisálida (1864). A partir daí colaboraria no Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, Jornal da Tarde (Ressurreição, 1872), Semana Ilustrada, O Globo (A mão e a luva, 1874), Jornal das Famílias (Histórias românticas e Relíquias de casa velha, 1874-1876), Gazeta de Notícias, na Revista Brasileira e em O Cruzeiro (Iaiá Garcia, 1878), periódicos onde publicou boa parte de sua obra inicial. Nomeado ajudante do diretor do Diário Oficial (1867), dois anos mais tarde casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, irmã do poeta português Faustino Xavier de Novais, que teve importância decisiva na sua vida, pois ao longo dos 35 anos de uma vida conjugal harmoniosa, o escritor teve o apoio e a serenidade necessária para a criação de sua obra. No serviço público foi nomeado primeiro-oficial da secretaria do Ministério da Agricultura, Viação e Obras Públicas (1873) e oficial de gabinete do ministro da Agricultura (1880). Passou à categoria de oficial da Ordem da Rosa (1888) e a diretor-geral da Viação (1892). Fundou, com outros intelectuais, a Academia Brasileira de Letras (1896), da qual foi eleito o seu primeiro presidente, cargo que ocupou até sua morte. Embora tenha cultivado quase todos os gêneros literários: poeta, teatrólogo, cronista, crítico literário etc, destacou-se essencialmente como contista e romancista. Como contista produziu algumas obras-primas como as coletâneas Contos Fluminenses (1870), Histórias da Meia-Noite (1873) Papéis avulsos (1882), Histórias sem data (1884), Várias histórias (1896), Páginas recolhidas (1899) e Relíquias de casa velha (1906). Como romancista os mais impressionantes foram Helena (1876), Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), O Alienista (1882), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1900), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Como dramaturgo escreveu 13 comédias ligeiras (1861-1896), algumas publicadas posteriormente, destacando-se Os deuses de casaca (1866), O bote de rapé (1878), Tu, só tu, puro amor (1880), Não consultes médico (1896) e Lição de botânica (1906). Como poeta os destaques foram Falenas (1870), Americanas (1875) e Ocidentais (1879-1880). Após a morte da esposa (1904), sua genialidade entrou em decadência. Morreu quatro anos depois, no Rio de Janeiro, em 29 de setembro, tendo sua oração fúnebre proferida pelo acadêmico Rui Barbosa. Foi o fundador da cadeira nº. 23, e escolheu o nome de José de Alencar, seu grande amigo, para ser seu patrono.
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