segunda-feira, 30 de abril de 2007
Movimento PT quer espaço
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Fazer a história possível
De saída, alerta seus “eleitores” para o fato de que a França não vive isolada nem está dentro de um mundo imóvel. Ao contrário, integra-se a um sistema planetário, que “está condenado à morte ou à transformação – nossa época de transformações tornou-se uma transformação de época”. Sendo assim, esquiva-se de fazer as promessas comuns de candidatos presidenciais – saúde, educação, moradias, estradas, empregos. Em vez disso, pretende mostrar o caminho para uma Terra Pátria e uma Sociedade Mundo, com a reforma da Organização das Nações Unidas para suplantar a soberania absoluta dos Estados-nações, embora reconhecendo plenamente sua autoridade sobre tais problemas, “que não são de vida ou morte para o planeta”.
À Europa, especialmente, apresentaria um grande desafio: “Reformar sua própria civilização com o aporte moral e espiritual de outras civilizações; contribuir para um novo tipo de desenvolvimento para as nações africanas; regulamentar os preços dos produtos fabricados a custo mínimo com a exploração dos trabalhadores asiáticos; elaborar uma política comum de inserção dos imigrantes; enfim e sobretudo, abrir uma janela exemplar de paz, compreensão e tolerância”. Com tal firmeza que se propõe chegar até a uma intervenção em Darfour, Chechênia, Oriente Médio “para evitar a guerra de civilizações”.
À França não oferece um programa, inoperante em situações de mudanças, mas uma estratégia geral. Começaria com encontros entre parceiros sociais, um sobre emprego e salários, outro sobre aposentadorias. Depois viriam dois comitês: um para lutar contra as desigualdades, começando pela que envolve lucros e remunerações exageradas, de um lado, e insuficiências (como o nível e a qualidade de vida na base social), de outro; o segundo para reverter o desequilíbrio, agudizado depois de 1990, na relação capital-trabalho. Um terceiro comitê se ocuparia das questões ambientais e das transformações sociais e humanas que elas exigem.
Indicaria o caminho de uma “política de civilização” que restaurasse a solidariedade, fizesse recuar o egoísmo e reformasse “nossa sociedade e nossas vidas”. Afirma, a propósito: “Nossa civilização está em crise. Onde chegou, o bem-estar material não levou necessariamente o bem-estar mental (...) O desenvolvimento econômico não provocou o desenvolvimento moral.” Assim, ele criaria Casas de Fraternidade, nas cidades e bairros das metrópoles, como Paris, para socorrer os desvalidos em geral – e aqui apresenta uma série de questões que seria longo demais enumerar. Ele cita a necessidade de várias “desintoxicações” da sociedade, uma das quais a da publicidade, que torna sedutores produtos supérfluos.
No campo da educação, proporia reformas revolucionárias para acabar com a compartimentabilização do saber, que se aprofunda cada vez mais. Na verdade, essa é uma preocupação que Morin traz de longe e ocupa boa parte de sua obra e de seus escritos recentes. Enfim, considera que “a reforma da política, a reforma das formas de pensar, a reforma da sociedade, a reforma da vida se conjugarão para levar a uma metamorfose da sociedade. Os futuros radiosos estão mortos, mas abriremos caminho para um futuro possível.”
Com certeza Edgar Morin não pensa em vencer uma eleição, nem imagina que tais tarefas possam ocupar o tempo de um presidente da República, e aí está o que seu artigo, no meu entender, tem de assustador. Tudo o que ele indica é clara e urgentemente necessário, mas como fazer para dar conta de tantos e tão grandes desafios? Com seu espírito contestador, talvez tenha esquecido, já nos tempos de militante do PC, da muito citada frase de Marx, no “18 Brumário de Luís Bonaparte”: “Os homens fazem a própria história, mas nunca a fazem como querem.”
Almyr Gajardoni é chefe do Núcleo de Redação da Imprensa Oficial de São Paulo - agajardoni@imprensaoficial.com.br
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ANIVERSÁRIO TUCANO
- Como se tornar um partido popular?
- Como ter capilaridade em todo o Brasil?
- Como não ser um partido com muitos Caciques e poucos Índios?
- Como retornar ao controle do governo central?
- Onde encontrar aliados que não sejam exclusivamente os democratas?
- Como criar novos líderes?
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domingo, 29 de abril de 2007
PCC, TODO MUNDO JÁ ESQUECEU!
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ENSINO, E VOCÊ QUE MORA AO LADO DA ESCOLA, AINDA ACHA DIFÍCIL?
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O PROFESSOR REFÉM-ENTREVISTA COM A AUTORA-PARTE III
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O PROFESSOR REFÉM-ENTREVISTA COM A AUTORA-PARTE II
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Grandes momentos da política brasileira
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Roda Viva com Franklin Martins Parte VII
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Roda Viva com Franklin Martins Parte VI
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Roda Viva com Franklin Martins Parte VI
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Roda Viva com Franklin Martins Parte V
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Roda Viva Franklin Martins Parte IV
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Roda Viva com Franklin Martins Parte III
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Roda Viva com Franklins Martins Parte II
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sábado, 28 de abril de 2007
Gretchen Prefeita
Gretchen a rainha do bumbum filiou-se ao PPS, quer disputar a prefeitura da Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, ano que vem.
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Roda Viva Franklin Martins
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Email recebido
RECEBO DO SINTE ESTE EMAIL QUE REPRODUZO NA ÍNTEGRA:
"URGENTE - SED bloqueia repasse do SINTE/SC
A Secretaria da Educação em represália as ações do sindicato ameaça não repassar o dinheiro das contribuições dos filiados ao sindicato no mês de maio. Para o SINTE/SC, isto é uma apropriação indébita do dinheiro da categoria por parte governo. Neste sentido, estaremos movendo parlamentares e entidades sindicais.
Solicitamos a todas as entidades que enviem moções ao governos do estado e aos parlamentares exigindo que se faça o repasse normalmente, como vinha sendo feito.
Marcelo Serafim
Diretor de Imprensa do SINTE/SC"
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AS ENQUETES SÃO UM TERMÔMETRO
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Menoridade Penal
No Ministério da Educação, divulgaram-se os resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Trata-se de um indicador criado para medir o desenvolvimento do ensino básico, norteando as políticas públicas para o setor.
Feitas as complicações, verificou-se que só 0,8% dos 5.561 municípios brasileiros encontram-se num patamar que o governo considera “ideal”. Ou seja, supondo-se uma situação hipotética em que os municípios fossem submetidos a uma prova escolar, a grossa maioria padeceria uma retumbante reprovação.
Tem-se, assim, o seguinte quadro: mesmo as crianças e os adolescentes brasileiros que freqüentam regularmente a escola não vêm recebendo um ensino que preste. Falta-lhes, portanto, uma escola digna desse nome. Logo, logo, porém, talvez disponham de vagas asseguradas nos cárceres. "
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RASCUNHOS
O MST viveu seus dias gloriosos nos anos 9o. As suas ocupações eram acompanhadas pela grande imprensa, e os seus líderes eram estrelas globais. Hoje a grande imprensa esta desinteressada nas suas ações, que perderam fôlego e já não são fatos jornalísticos por excelência.
Collor defende o parlamentarismo como se este fosse a salvação da lavoura. Visivelmente é uma boa idéia nas mãos de um péssimo representante.
Reeleição ou parlamentarismo?
Já que estão tão empolgados com discussão da reeleição, vamos então discutir o tal do parlamentarismo.
Os partidões pensam em propor o fim da reeleição. Deixem o povo decidir, nada melhor do que 8 anos de governo para não haver dúvidas, ninguém poderá dizer que faltou tempo, pode ter faltado outras coisas, mas oito anos é suficiente para quem tem projeto e competência.
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sexta-feira, 27 de abril de 2007
DESCOBRIRAM A EDUCAÇÃO
O único problema, é que tudo isso já vem de longa data, e a imprensa brasileira fazia vista grossa.
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AS MELHORES POSTAGENS
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BLOG DO PADRE CELSO
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OBRIGADO PAULO RENATO !
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O perigo da Webcam
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AS MELHORES POSTAGENS
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ESCURIDÃO
"18 mil escolas sem energia elétrica
25 de abril de 2007
Quem informa é o próprio ministro da Educação, Fernando Haddad, no momento em que o governo Lula lança o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE): o número de escolas no Brasil sem energia elétrica chega a 18 mil.A maior parte destas escolas fica em áreas rurais, principalmente nos grotões da pobreza nas regiões Norte e Nordeste. Elas concentram cerca de 1,5% dos alunos matriculados no país. O número equivale a cerca de 840 mil alunos.De acordo com dados oficiais, o programa de eletrificação Luz Para Todos, do governo federal, identificou que cerca de 12 milhões de pessoas vivem sem luz elétrica no Brasil, a maioria também na zona rural."
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RASCUNHOS
A câmara de vereadores de Caçador é um reduto lulista. Dos 10 vereadores, apenas 2 democratas e o vereador do PPS, não são formalmente da base companheira.
Na última eleição apenas Creminácio era o vereador do Lula, agora são 7. É o milagre da multiplicação dos pães.
PT CATARINENSE
O PT catarinense, não deseja levar mais uma invertida, com a indicação de Paulo Afonso para a Eletrosul. Nada como um dia após o outro.
CARGOS E COMPETÊNCIA
Você já viu alguém ocupar um cargo, para o qual, não tem as condições para exercê-lo. Milhares de órgãos públicos vivem essa abjeta realidade. Inúmeros ocupantes de cargos de chefia, lá estão exclusivamente, por suas relações com os partidos do governo, não gozando de outras credenciais; e o tempo vai passando, e nova eleição, e novos apadrinhados.
E A REFORMA POLÍTICA?
A reforma política, continua no discurso, e não decidem nada. Cada personalidade levanta sua tese. Quando se tem muitas idéias, é o primeiro passo para não mudar nada.
DESENVOLVER O INTERIOR
Foi com essa pretensão que construíram Brasília, passados 47 anos, podemos afirmar Brasília não cumpriu a promessa.
ADÃO PRETTO PT/RS
É um dos ícones do MST, com seu estilo popularesco, vai acumulando mandatos de deputado Federal. Não viu até agora, no entanto, sua tão sonhada reforma agrária.
TANCREDO NEVES
Como teria sido o governo Tancredo Neves. Nunca saberemos, o homem adoeceu às vésperas de tomar posse.
SARNEY, O OPORTUNISTA
Sarney somente se tornou presidente pela sorte, e pela tragédia da doença de Tancredo Neves.
A leitura é a melhor viagem que podemos fazer.
PARA QUEM VOCÊ TRABALHA?
Eis a grande questão que nós professores somos instigados a responder. Que bom seria se tivéssemos claro que trabalhamos para a sociedade.
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quinta-feira, 26 de abril de 2007
Campus da UFSC
Deu no site Caçador Online "Secretário solicita instalação de campus em Caçador |
25/04/2007 23:59 - Ass. Imp. SDR/Caçador |
Na manhã desta quarta-feira, 25, o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional de Caçador, Valdir Cobalchini (PMDB), foi recebido em audiência pelo reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Lúcio Botelho. Na audiência, Cobalchini solicitou ao reitor que no plano de interiorização da Universidade, Caçador seja contemplado com um campus. Cobalchini entregou ao reitor um ofício com as justificativas da solicitação. O próximo passo deverá ser a vinda do reitor ao município, possivelmente junto com a Senadora Ideli Salvatti (PT), para que ambos possam tratar do pleito. Segundo Cobalchini, a solicitação se justifica por uma série de razões. "Caçador e os municípios que compõe a nossa microrregião ostentam os piores Índices de Desenvolvimento Educacional de Santa Catarina", afirma. "Enquanto a média do estado no atendimento de 15 a 17 anos é de 0,52, a média de Caçador e da nossa região é de 0,32", explica. Além disso, somente 2% dos jovens de 18 a 24 anos têm acesso à Educação Superior na microrregião de Caçador, enquanto em Santa Catarina este índice alcança 14% e a média nacional é de 11%. "Temos de reverter este quadro e isto só vai ser possível com muita ação e investimentos dos governos, municipal, estadual e federal", destaca Cobalchini. AVANÇO Segundo Cobalchini, durante sua primeira gestão a política educacional esteve focada nos ensinos fundamental e médio. Agora a prioridade passa a ser o ensino superior e profissionalizante. "Com o foco no ensino fundamental e médio, conseguimos um incremento em 40% nas matrículas", destaca o Secretário." |
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quarta-feira, 25 de abril de 2007
COLUNA DO RAFAEL SEIDEL
Empregos
Declaração
Pergunta
Reposição dos dias de greve
Aumento
Audiência Pública
Informativo da SDR
Extraordinárias
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ENTREVISTA COM A CANDIDATA À PREFEITA MIRIM LAIS APARECIDA GONÇALVES
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Criação do novos estados
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Brasília
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E O CEFET?
Gente e o CEFET que vem para Caçador, quando começam as obras?
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Para que serve um deputado?
A Folha de São Paulo demonstrou que a alegação é falsa ao publicar reportagem demonstrando que esses deputados premiados agora com aumento de salário cometeram em fevereiro um erro profissional gravíssimo.
Eles aprovaram uma lei permitindo que autores de crimes hediondos possam responder à Justiça em liberdade provisória, uma enorme contradição com o clamor popular que hoje pede o endurecimento penal para quem comete esse tipo de delito, e não o contrário.
Os deputados contrariaram o que a maioria dos eleitores quer por um pequeno detalhe: não entenderam o que estavam votando. Leram mas não tiveram condições de compreender o assunto, reproduzindo comportamento comum a estudantes do ensino básico, conhecido como analfabetismo funcional.
Para que se tenha uma idéia do tamanho do escândalo desse deslize profissional, crime hediondo é aquele cometido pelos rapazes que arrastaram até a morte, no Rio, o menino João Hélio Fernandes, que ficou preso pelo cinto de segurança durante assalto ao carro de sua mãe.
Se cai um viaduto o arquiteto é processado; se um procedimento médico equivocado põe em risco a vida de um paciente, o médico é acionado na Justiça; se o diretor de um Fundo de Investimentos põe em apuros um aplicador, ele corre o risco de ter seus bens seqüestrados e assim por diante.
Mas se um deputado comete uma barbaridade dessas, nada acontece com ele, a não ser discursos com meia dúzia de desculpas esfarrapadas. Tudo bem que já nos acostumamos com a impunidade. Agora, premiar esses maus profissionais com aumento de salário é uma brincadeira.
Que credenciais apresentaram nos últimos tempos esses especialistas da tribuna, além da ignorância a respeito da matéria prima de seu ofício? Envolvimento em escândalos do mensalão e dos sanguessugas; gazeta oficial na segunda-feira; participação na base de apoio de um governo que envia ao Congresso uma lei como essa, de abrandamento da legislação que pune crimes hediondos; proteção corporativa a colegas que respondem a processos de cassação etc. Eis a folha corrida de um número expressivo de parlamentares.
Felizmente há exceções. Imperceptíveis. Juro que há.
Sabem qual é a grande preocupação deles? Duas: votar o fim da reeleição, que, como lembrou o Clovis Rossi nada acrescenta à vida do cidadão, além de ser uma regra que mudou “anteontem”; e a maneira de se vestir em plenário. É ou não é inacreditável?
O que esperar de um grupo que na primeira oportunidade que tem para prestar contas mente sobre os gastos de campanha; que depois de três meses de trabalho votou apenas um (um é um) projeto relevante para vida dos seres humanos – a Super-Receita; que elege para presidi-los um político autoritário, confuso, que teve mensaleiros como coordenadores de campanha; que não tem sequer o respeito do presidente da República, que recusou aumento de salário de mais de 100% pelo qual esse político lutou como não lutou para punir os assassinos do menino João Hélio?
Respostas por email. E aproveitem para pedir ao Noblat a lista com os votos dos deputados nesse projeto sobre liberdade provisória a autores de crimes hediondos. Deve ser uma informação edificante.
José Negreiros é jornalista.
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terça-feira, 24 de abril de 2007
UM MUNDO ENIGMÁTICO
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Feliz Aniversário
Pois bem... dia desses, ao folhear o Informe, encontro notícias de um de nossos amiguinhos craterácios que firmou residência no bairro Berger, cresceu e multiplicou-se como coelhos... Participava de uma festa... Mas não era qualquer festa... Era a festa de seu aniversário de um aninho! ... Ai que bonitinho!!!... Quase chorei!.. (de tanto rir...)... É uma emoção inenarrável, uma experiência ímpar... Uma comemoração digna de fazer parte da coluna da Anne, com direito a fotos de celebridades presentes e tudo...
Visitando o site Caçador Online, vislumbrei as imagens do evento: Meu Deus, que coisa linda!... Toda uma população comemorando o aniversário de um amigo íntimo que não sai do pé (e dos pneus) de seus habitantes. Toda uma comunidade mobilizada para celebrar o descaso, com bom humor, acreditando “nas flores em vez do canhão”... Há! Se Geraldo Vandré estivesse presente, certamente iria cantar com emoção sua canção mais famosa e revolucionária em homenagem ao buracossaulo mais querido do “Bergão”... E o melhor de tudo é que nosso amiguinho medindo quase meio metro de profundidade e cerca de cinco de comprimento, foi aclamado com “Parabéns a você”, bolo, suco, nariz de palhaço (bem sugestivo, inclusive) e tudo mais que qualquer festa de aniversário tem direito, afinal, esse buraco de rua tornou-se patrimônio, segundo o presidente da associação do bairro.
Depois da chegada deste predador, a rua Manoel de Souza Santos, nunca mais foi a mesma... Tornou-se altamente surpreendente: os carros e os pedestres que passam por lá diariamente, sempre levam uma lembrancinha desagradável (inclusive para o bolso): Uma torção, um pára-choques, um pneu ou um amortecedor que devem ser substituídos antes do vencimento... tudo isso contabilizou para a importância do evento. Afinal, há um ano que esta criaturinha miserável, desagradável e antipática reside naquela curva, portanto, é uma data que deve ser comemorada com uma festa para ficar na história... E parece que ficou!...
Só me senti muito magoado por não estar na lista de convidados... Bem!... Pensando melhor, não tenho o privilégio de morar nas redondezas, por isso furto-me do direito de comparecer, afinal, a festa, pelo que me consta era só para os íntimos (ou vítimas) do buraco. Além do mais, nem as autoridades foram convidadas, imagina um “oreia seca” como eu!
De qualquer forma, queridinho Buraco , aceite, mesmo atrasado os meus parabéns e o desejo de uma vida muito curta!... Tenho esperança de, em breve participar da sua missa de sétimo dia, e lembrar saudosamente do buraquinho marcante que foste na vida dos cidadãos daquele bairro. Sei que deixaste muitos descendentes espalhados por toda a periferia da cidade, e a estes, também desejo a mesmíssima sorte!
Márcio Roberto Goes
Felicitações!!!
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PLANO PARA OS MIL PIORES MUNiCíPIOS
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PROFESSOR É PALHAÇO?
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As melhores postagens
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Trechos do filme "O Velho" Confiram:
parte 1 http://www.youtube.com/watch?v=b0f1_CY1NYg
parte 2 http://www.youtube.com/watch?v=FOstj1HMu9o
parte 3 http://www.youtube.com/watch?v=GER0AqIWfjo
CLIP EM HOMENAGEM A PRESTES
http://www.youtube.com/watch?v=oc55JJs9Jx4
- Originalmente postada em 25 de janeiro de 2007
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Resultado do primeiro turno da eleição francesa
Ficou assim a eleição presidencial da França, depois de 100% das urnas apuradas:
Nicolas Sarkozy (conservador) 31,11%
Ségolène Royal (socialista) 25,84%
François Bayrou (centro-liberal) 18,55%
Jean-Marie Le Pen (ultradireitista) 10,51%
Olivier Besancenot (extrema esquerda) 4,11%
Philippe de Villiers (direitista) 2,24%
Marie-George Buffet (comunista) 1,94%
Dominique Voynet (ecologista) 1,57%
Arlette Laguiller (extrema esquerda) 1,34%
José Bové (antiglobalização) 1,32%
Frédéric Nihous (ruralista) 1,15%
Gérard Schivardi (extrema esquerda) 0,34%.
Blog do Noblat
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6O ANOS DA CIA
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segunda-feira, 23 de abril de 2007
Você não vai pedir anistia?
E eu e você também devemos ter o direito de pedir anistia, pense nas suas faltas mais graves cometidas no últimos período, e vamos pedir anistia. E de bônus você ainda pode ganhar o direiro de cometer os mesmos erros novamente.
Não somos realmente um país maravilhoso, faça o que fizer, sempre você poderaá pedir anistia, desde que você faça parte da elite branca, como disse o ex-governador paulista, claúdio lembo.
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domingo, 22 de abril de 2007
O choro dos prefeitos
Aparentemente o choro dos prefeitos, clamando por mais verbas em Brasília não comoveu muita gente. Vão continuar administrando a miséria.
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COMO EMBROMAR O MST?
O governo federal usa técnica nova contra o MST, um ministro bate forte, em público, e outro assopra nos bastidores. Por enquanto vai dando certinho.
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O FIM DA REELEIÇÃO
Os partidões vão propor o fim da reeleição, acredito que seja inexplicável a mudança. Deixem o povo decidir, não existe a obrigação de reeleger o mandatário de plantão. E nada melhor do que 8 anos para ninguém poder dizer que faltou tempo para realizar o que queria fazer.
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Ó Brasil, hoje és nevoeiro...
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
(“Mensagem”, de Fernando Pessoa. Terceira Parte – O encoberto: Quarto Tempo - Nevoeiro).
Por sentir o Brasil no nevoeiro, tive a ousadia de usar um verso de Pessoa para falar dessa sensação. Nada é o que parece ser, nada parece estar trilhando os caminhos que parecia trilhar, ninguém parece ser o que é, não reconhecemos mais nem a paisagem, nem as pessoas. Está tudo envolto em denso nevoeiro.
Nesta semana, que hoje tem seu último dia útil, vimos desmoronar a Justiça. Desembargadores, juízes, delegados, policiais federais, civis e militares, advogados, procurador, bicheiros, presos pelo mesmíssimo crime! Fortunas encerradas atrás de paredes falsas, cofres eletrônicos, automóveis importados, relógios de marca, luxo obsceno, indecente, inexplicável. Um sujeito é presidente da Associação dos Bingos. Mas o bingo não foi proibido? Não estão fora da lei as casas de bingo? Então, como é possível uma Associação de Bingos existir e ter até um presidente? Tem mais: um deles alega que importa dentro dos rigores da lei as máquinas caça-níqueis que são proibidas por lei!
Outra estranha sociedade, é a Liesa, chefiada por bicheiros, que no Carnaval é Lei, manda e desmanda, é paparicada, todos querem assistir aos desfiles e não se importam, ao contrário, de serem vistos ao lado dos capitães do bicho. Políticos, atores, socialites, jornalistas, desfilam pela avenida com crachás confeccionados e distribuídos pela Liga Independente das Escolas de Samba, que é quem gerencia os desfiles, repassa os lucros para as escolas do Grupo Especial, e escolhe os jurados que irão definir a vencedora. Nessa época do ano, parece que o nevoeiro fica ainda mais cerrado.
Nos jornais também leio sobre a possível nomeação do professor Roberto Mangabeira Unger, filósofo, catedrático de direito em Harvard, membro da Academia de Artes e Ciências dos EUA, uma pessoa com as melhores credenciais, para chefiar, com status de Ministro, a Secretaria Especial de Ações a Longo Prazo, o 36º ministério. Com esse currículo, qual o problema? Bem, o problema é o medo que tenho desse cidadão acima de qualquer suspeita ser um pouquinho, como dizer sem ofender o ilustre senhor? Digamos, um bocadinho aloprado, já que em 15 de novembro de 2005, ele escreveu uma carta forte, com 10 parágrafos, intitulada ‘Pôr fim ao governo Lula’, publicada na Folha de São Paulo, pregando o impedimento do Presidente da República. Entre outras coisas igualmente graves, ele diz:
“Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou”.
Depois de reler esse desabafo e de tornar a olhar a foto do Presidente Lula junto ao professor num comício em Mossoró, RN, na campanha de 2006, sem querer ser impertinente, mas sendo, com certeza a credencial mais importante para esse Longo Prazo deve ser o forte sotaque do professor. Para se fazer compreender, com aquele sotaque de americano acabado de desembarcar, só mesmo a longo, longuíssimo prazo...
Ontem, o senador Tasso Jereissati, presidente do PSDB, foi recebido com pompa e circunstância no Palácio do Planalto, tendo como guia e recepcionista a senadora Roseana Sarney, líder do Governo no Congresso Nacional. Aparentemente, ficaram todos encantados com ‘estepaiz’ que se civiliza, onde situação e oposição se dão as mãos, como se estivessem novamente formando a tal corrente pra frente. Mas eu, que tinha acabado de reler a carta do professor Mangabeira Unger, fiquei é impressionada com os poderes de oráculo do professor. No sétimo parágrafo, ele diz o seguinte:
“Afirmo que a oposição praticada pelo PSDB é impostura. Acumpliciados nos mesmos crimes e aderentes ao mesmo projeto, o PT e o PSDB são hoje as duas cabeças do mesmo monstro que sufoca o Brasil. As duas cabeças precisam ser esmagadas juntas”.
Samba do Crioulo Doido ou denso nevoeiro?
Sinto muito, mas creio que Sergio Porto seria o primeiro a pedir que não usássemos sua rica poesia para descrever o que se passa no Brasil e, sobretudo, no Rio. Tornamos a ser palco de um massacre, em plena luz do dia, numa artéria das mais importantes desta cidade, de um tiroteio, como se estivéssemos em guerra, uma verdadeira batalha. Nem mais os cemitérios são respeitados. Bandidos se escondem em suas aléias e os policiais ficam de campana nas janelas das capelas, com os mortos ali, quietinhos em seus caixões, à espera do silêncio que tarda, da tão indesejada paz dos cemitérios, mas que nesse momento seria sinal de respeito, respeito que já perderam por nós, os cidadãos, e que nos estamos começando a perder por todos.
13 mortes no Catumbi, 20 mortes no total, contando crimes em outras partes da cidade; em São Paulo, num assalto no Tatuapé, 7 mortos. Crimes que já vão se tornando banais, e nossos jornais e programas de televisão preocupados em analisar o assassino da Virgínia. A guerra é aqui. O problema lá é muito outro. E a Virginia fica longe. Mais apropriado é analisarmos o que se passa aqui, debaixo de nossos narizes e continuar a martelar não somente por leis mais severas, mas sobretudo por leis que façam as leis serem cumpridas.
O brasileiro parece anestesiado. No Congresso, o deputado Arlindo Chinaglia, Presidente da Câmara dos Deputados, afasta a Imprensa do plenário; depois da tentativa, felizmente frustrada, de impedir o acesso dos jornalistas à Intranet parlamentar, com essa manobra do deputado paulista, razão tem o El País em calcular que o PT é alérgico à Imprensa.
O nevoeiro se adensa. Quem sabe o que veremos quando e se for dissipado?
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"O brasil não é um país sério"
- Escola vira presídio, creche ou algo assim.
- Parlamento vira casa de comércio
- Presídio vira universidade do crime
- Líderança vira populismo e demagogia
- Partido vira associação de amigos
- Sindicato vira cabide de empregos
- Roubo vira erro
- Político corrupto vira injustiçado
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sábado, 21 de abril de 2007
Quem lucrou com a marcha dos prefeitos?
Postado por Atílio às 10:44 PM 0 Comente Aqui!
A escolha dos Franceses
Reuters
A candidata socialista à Presidência da França Ségolène Royal (Foto:Jacky Naegelen /Reuters)
Candidata pelo Partido Socialista Francês, Ségolène Royal é a primeira mulher com chances reais de assumir a Presidência do país na história. Depois de ficar algum tempo escondida nas bases do partido, ela ganhou espaço de forma rápida até novembro de 2006, quando foi escolhida para ser a candidata do partido ao palácio Eliseu. Nascida no Senegal, filha de militar francês, Ségolène passou sua infância na Martinica, só retornando definitivamente à França aos 11 anos. Feminista e de esquerda, ela consolidou sua formação política em oposição ao que representava seu pai, que era autoritário e ligado à direita política. Ségolène se formou na Escola Nacional de Administração da França e começou a trabalhar como assessora da Presidência francesa em saúde, ambiente e juventude aos 27 anos, durante o governo do também socialista François Miterrand. Nos anos 90, voltou ao governo como ministra de Meio-Ambiente de Pierre Beregovoy, e depois de Educação e Assuntos Familiares no governo de Lionel Jospin.
Entre as prioridades do seu programa de governo estão os assuntos a que sempre esteve ligada, como feminismo, ambiente e família. “A primeira lei que vou levar ao Parlamento, se eleita, vai ser para tentar diminuir a violência contra mulheres”, disse. Ela propõe também aumentar o salário mínimo mensal para 1.500 euros; criar um "contrato de primeira oportunidade" para os jovens não qualificados; instituir uma taxa "verde" para as atividades poluentes; conceder a nacionalidade francesa para imigrantes após 10 anos de permanência no país; e produzir 20% da energia de fontes renováveis em 2020.
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Reuters
Candidato governista (partido UMP) ao governo da França, Nicolas Sarkozy é um político ambicioso, bem-sucedido e midiático, freqüentemente aparecendo na televisão. Prefeito aos 28 anos, membro do Parlamento aos 34 e ministro aos 38, ele nunca escondeu de ninguém que seus planos incluíam a Presidência, a que disputa aos 52 anos. Filho de uma francesa com um húngaro, ele se formou advogado especializado em propriedade, e sempre militou politicamente na direita. Depois de ser apadrinhado pelo atual presidente Jacques Chirac, ainda nos anos 80, ter rompido, se arrependido e voltado a se envolver com Chirac, ele assumiu em 2002 o Ministério do Interior, o segundo mais importante do país. Por sua fala direta e sem rodeios e suas posições radicais em relação a segurança e imigração, Sarkozy ganhou fãs e inimigos em todo o país. Sarkozy ganhou notoriedade, de forma mais negativa, durante os protestos nos subúrbios de Paris em 2005, quando chamou os manifestantes de escória e disse ser preciso lavar a periferia da cidade. Simpatizante a política norte-americana, ele deixa claro que quer expulsar os imigrantes ilegais e controlar mais a entrada de estrangeiros no país. Propõe a criação de um contrato de trabalho único, a meta de chegar a um índice de menos de 5% de desemprego; a fixação de um teto fiscal de 50%; a criação de um ministério da "Imigração e da Identidade Nacional"; a discriminação positiva a favor das minorias étnicas no trabalho; e a promoção de um direito internacional sobre o meio ambiente.
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Reuters
O terceiro nome de uma eleição iniciada sob a perspectiva de uma disputa entre a esquerda de Ségolène Royal e a direita de Nicolas Sarkozy, François Bayrou aparece como uma opção intermediária, de centro, interessada em acabar com o que chama de política bi-polar em que os dois lados opostos da política se alternam no governo. Bayrou tem origem no campo. Foi fazendeiro antes de se tornar professor e entrar na política. No início, se aproximou da esquerda, mas acabou se afastando por achar o grupo muito próximo dos comunistas e da União Soviética, o que não aceitava. Sua ideologia se formou pelos movimentos não-violentos como o liderado por Gandhi. Já se assumindo de centro, se tornou ministro da Educação em 1993, e estava no cargo em 1995 quando o país teve uma das maiores crises no setor em sua história, fazendo do seu trabalho um fracasso com o qual ele diz ter aprendido. Em 2002, tentou pela primeira vez ser presidente do país, mas não chegou a ter nem 7% dos votos no primeiro turno. De perfil menos comum na política francesa, ele se propõe uma força de mudança pelo que chama de “centrismo revolucionário”. Sua maior importância política está no quanto pode influenciar a decisão num segundo turno, estando presente ou não. Entre seus principais planos de governo estão a possibilidade para as empresas de criar empregos isentos de cargas fiscais por 5 anos; a proibição constitucional do déficit orçamentário; o reforço à luta contra o trabalho clandestino; e a redução de 10% na velocidade permitida nas estradas.
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Reuters
Grande surpresa nas eleições presidenciais francesas de 2002, quando recebeu 17% dos votos e concorreu no segundo turno, Jean-Marie Le Pen é o candidato da extrema-direita francesa e fonte de muita controvérsia no país. Candidato mais velho à Presidência, aos 78 anos, ele foi o mais novo membro da Assembléia Nacional, no anos 50, mas nunca chegou a outros cargos eletivos de peso no país. A diferença é que ele vem evoluindo desde os anos 80 e é cada vez mais popular. Sua principal plataforma política é parar o que chama de declínio da França e fazer o país grande novamente. Para isso, foca na política de imigração, já que considera os imigrantes os principais responsáveis pelos problemas do país. Sua meta é extrema, a imigração zero, com políticas que favorecem o emprego apenas de cidadãos nascidos no país. Centro de polêmicas, como quando disse, em 1987, que as câmaras de gás nazistas eram “um detalhe da história”, ele já foi condenado diversas vezes por incitar o ódio racial.
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Olivier Besancenot
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Biografia de Fernando Pessoa
BIOGRAFIAS
Poeta português. Artista múltiplo, expressou em sua obra as angústias e contradições do homem moderno.
Poeta dos mais estimados no Brasil, Fernando Pessoa publicou em vida apenas dois livros, mas deixou uma obra valiosa em que expressa, como poucos, a angústia e as contradições do homem moderno. Afora o mérito inquestionável do escritor, atrai atenção também seu curioso desdobramento em heterônimos, dos quais os mais conhecidos são Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis, poetas, e Bernardo Soares, prosador.Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa em 13 de junho de 1888. Aos cinco anos perdeu o pai, que era crítico musical. Em vista do segundo casamento da mãe, foi levado em 1896 para Durban, África do Sul, onde fez os cursos correspondentes ao primeiro e segundo graus. Em 1901 escreveu os primeiros poemas, em inglês, e três anos depois já lera os grandes autores de língua inglesa, como William Shakespeare, John Milton, Keats, Shelley, Tennyson e Edgar Allan Poe.Em 1905 voltou sozinho para Lisboa e iniciou o curso superior de letras, que deixou no ano seguinte. A fim de dispor de tempo para ler e escrever, recusou vários bons empregos e em 1908 passou a trabalhar como tradutor autônomo em escritórios comerciais. Desenvolveu então enorme atividade crítica e criativa, publicou estudos sobre a literatura portuguesa em A Águia (1912) e poemas em A Renascença (1914). Criou, nessa época, seus heterônimos principais, três personagens distintos, que nada tinham de simples pseudônimos: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.Em 1915 apareceram os dois números da revista Orfeu (o segundo foi dirigido por Pessoa e Mário de Sá-Carneiro), com a "Ode triunfal", a "Ode marítima" e outros textos que já revelavam o inconfundível talento do poeta. Ao viver a paixão, irrealizada, por Ofélia Queirós, Fernando Pessoa lhe explicou, em carta, que sua vida girava em torno da literatura, sendo tudo o mais secundário. Em 1929 organizou com Antônio Boto uma antologia dos poetas portugueses modernos. Em sua fase de maior atividade, lançou diversas teorias estéticas, como o sensacionismo, o paulismo e o interseccionismo.Vivia, então, em quartos alugados, conflituoso, sujeito a crises de depressão e alcoolismo. Com Mensagem (1934), único livro em português que publicou em vida, concorreu ao Prêmio Antero de Quental, do Secretariado de Propaganda Nacional. Por ser a obra muito pequena, segundo a justificativa alegada na ocasião, ganhou o segundo lugar. O livro é um conjunto de poemas sobre os mitos portugueses em que, a par de alta emotividade, se manifesta profunda reflexão.
Pessoas e estilos - Pessoa não apenas dominou como atualizou e desenvolveu todas as técnicas e vertentes da expressão poética disponíveis em Portugal no começo do século XX. De um lado, como alguém capaz de se assenhorear, em termos práticos, desses meios que uma sociedade culturalmente rica e tradicionalmente literária tinha acumulado; de outro, por sua formação inglesa de linhagem racionalista (e de muitos pontos de contato com o americano Poe), como alguém igualmente capaz de sacudir e galvanizar aquela realidade cultural e seu legado, em que a poesia se cristalizara, se transformara em ornamento social e de diletantismo estéril em torno das saudades não resolvidas, da exaltação patriótica ou pitoresca.Observa-se na obra de Fernando Pessoa uma nova dinâmica do trabalho literário, mediante uma concepção e utilização crítica da poesia. Pessoa é acima de tudo um demolidor, um desmistificador (mesmo, se necessário, quando se faz passar pelo oposto, por quem mistifica) e, psicologicamente, como disse Jorge de Sena, um "indisciplinador de almas". Racionalista implacável, é também um mágico, mas um mágico de humor ácido e cruel que tirasse brilhantemente da cartola o coelho mais belo e em seguida o dissecasse severamente diante do público perplexo.Embora se declarasse influenciado pelo saudosismo e pelos futuristas, por Camilo Pessanha, Cesário Verde e muitos outros, estas e outras fontes são integralmente reprocessadas por sua consciência, por seu poderoso arsenal de recursos estilísticos e pelas metas que muito ambiciosamente perseguiu. Por uma espécie de extremo niilismo existencial (expresso em versos como "Não: não quero nada"; "Nada me prende a nada"; "Não sou nada"; "Há metafísica bastante em não pensar em nada"), Pessoa só acredita no que não existe ("O mito é o nada que é tudo"), faz-se ocultista, faz horóscopos e joga com o irreal contra uma realidade em que não crê, ou considera penosa. É também o sentido do fingimento que atribui ao poeta.Personalidade dissociável, mas que ao mesmo tempo se integra no imaginário e na arte, recorreu desde cedo ao estratagema dos heterônimos. Ainda nos tempos de colégio criou pelo menos três. Um deles, Alexander Search, é excelente poeta em inglês. De alguns heterônimos elaborou com minúcia os respectivos dados biográficos, idéias e convicções. Dentre uma dezena de pessoas além do próprio (ou ortônimo), três ficaram célebres como poetas e um, o Bernardo Soares do Livro do desassossego, escreveu prosa dispersa e ascética. Os quatro grandes poetas são, portanto, Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
Obra poética - Exceto por Mensagem e os poemas em inglês, a obra de Pessoa só foi editada em livro após sua morte, quando também se tornou muito conhecida. Além de Mensagem, as obras em que Fernando Pessoa aparece ele próprio como autor são os poemas reunidos no chamado Cancioneiro, os Poemas dramáticos (1952), as poesias "À memória do presidente-rei Sidônio Pais" (1940) e "Quinto Império", as "Quadras ao gosto popular", os poemas ingleses e franceses, os que foram coligidos posteriormente e as traduções, entre as quais "O corvo" e mais dois poemas de Poe. Muitos dos poemas em inglês de Pessoa receberam grande atenção de pesquisadores, sobretudo por explorarem uma tendência que só em Álvaro de Campos se mostra, e sem continuidade: o erotismo hedonista e arrebatado, característico sobretudo de Epithalamium e English Poems III (1921).Em Mensagem, de nacionalismo místico e simbólico, a essencialidade semântica e as imagens vivamente definidoras fazem do texto um épico de miniaturas, flagrantes surpreendidos na história. Muitos de seus versos já se vulgarizaram, como "Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena". No Cancioneiro, há desde poemas sensacionalistas como "Hora absurda" e sonetos ocultistas de desconcertante originalidade até pequenos registros líricos de primorosa sutileza psicológica: "O que és não vem à flor / Das frases e dos dias."Nas Poesias (1944) de Álvaro de Campos há muitas faces e perspectivas. Só uma delas, a do cantor das técnicas industriais modernas e da vida urbana, tem a ver com Walt Whitman, a quem Campos presta homenagem num poema e que é poeta de vôos modestos se comparado com Campos. Além do exaltado libertário das odes, que publicou na revista Portugal Futurista (1917) o "Ultimatum", agressivo manifesto literário, Campos se apresenta também como o avesso, o niilista radical e desesperançado que tritura todas as crenças, ilusões, propósitos e justificativas de sua vida e da vida humana em geral em "Lisbon Revisited" (1 e 2), "Tabacaria", "Apostila", "Adiamento", "Aniversário". Nesses poemas, como disse Adolfo Casais Monteiro, se revela a "própria encarnação da consciência infeliz do homem moderno".Nos Poemas (1946) de Alberto Caeiro, em versos amplos e de um tom de parábola, tudo se tece em torno da natureza contemplada. Aqui, ao contrário do que ocorre em Mensagem, o mito é reduzido a sua realidade mais contingente, como a pomba teológica que se empoleira nas cadeiras "e suja-as". Bem diferente é o corte estilístico das Odes (1946) de Ricardo Reis, poeta clássico e pagão, horaciano, de métrica rigorosa e enunciados perfeitos: "Sê todo em cada coisa." Esteta de um estoicismo profundo, escreve um português de beleza escultórica e intenção didática: "Ninguém te dá quem és."Vitimado por uma crise hepática, Fernando Pessoa morreu em Lisboa em 30 de novembro de 1935. A partir de 1942, por iniciativas de Luís de Montalvor e de João Gaspar Simões, passaram a ser publicadas suas obras completas, inclusive em prosa, principalmente de crítica e filosofia, em que sobressaem Páginas de doutrina estética (1946), Páginas íntimas e de auto-interpretação (1966) e Textos filosóficos (1968). Estas e outras até então conhecidas foram organizadas e anotadas por Cleonice Berardinelli para o volume Obras em prosa (1974), publicado pela Editora José Aguilar, do Rio de Janeiro RJ, que se somou à Obra poética (1969), organizada e anotada por Maria Aliete Galhoz para a mesma editora (1969). Há traduções da obra de Fernando Pessoa e seus heterônimos em espanhol, francês, inglês, alemão, italiano e chinês, entre outras línguas.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Quando a peça chegou ao fim, a 30 de Novembro de 1935, à hora da morte, se preparava para enfrentar o mistério da existência e já quase não podia erguer a voz, pediu os óculos porque lhe faltava a vida e a visão e escreveu a última frase em inglês:
"I know not what tomorrow will bring"...
Deixou os manuscritos, os poemas, os papéis, e quem quiser que os leia, que os interprete e os decifre, porque acabaram as comédias na sua alma.
do livro: "Fernando Pessoa na Intimidade"
Autor: Isabel Murteira França.
Publicações Dom Quixote, Lisboa 1987.
Vida e Obra de Fernando Pessoa
Fernando Pessoa, nascido a 13 de Junho de 1888, viveu uma infância e adolescência marcadas por uma sucessão de fatos que o viriam a influenciar profundamente, o que transparece, inevitavelmente, nos seus escritos.Apenas com 6 anos de idade, confronta-se com a morte do pai e um ano depois, com a morte do irmão. Estas mortes significam uma profunda transformação na vida do poeta, nomeadamente no seio da família. Em breve, Fernando Pessoa iria conhecer um novo núcleo familiar e social, decorrente do casamento da mãe, D. Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa, com o comandante João Miguel Rosa, entretanto nomeado cônsul interino em Durban, casamento que se realiza por procuração em 1895. Depois do casamento, mãe e filho partem para Durban, África do Sul, onde Fernando Pessoa viverá até à data do seu regresso definitivo a Portugal, no ano de 1905. Rapidamente perde o privilégio da atenção exclusiva da mãe já que passa a dividi-la com o padrasto e com os sucessivos filhos que nascem deste segundo casamento de D. Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa. Encontra refúgio no seu isolamento, na sua imaginação e atração pela ficção (que se manifestara já desde os seus 6 anos, ainda em Lisboa,com a criação do primeiro heterônimo - Chevalier de Pas) que o levam a criar, em 1903, os heterônimos Charles Robert Anon e H.M.F. Lecher, nas suas leituras de Shakespeare, Milton, Byron, Poe, Keats, Shelley, Tennyson, entre outros, e nos seus escritos.Vive, pois, grande parte da infância e adolescência (cerca de 10 anos), nesse país, onde recebe uma educação inglesa. Os seus primeiros estudos e os seus primeiros textos são feitos em inglês. Fernando Pessoa nunca abandonará a língua inglesa. É através dela que trabalhará, mais tarde, já em Lisboa, como «correspondente comercial». Apesar de vir a adotar para os seus escritos a língua portuguesa, continuará sempre a escrever em inglês, seja nos seus textos críticos e notas íntimas, seja nos seus trabalhos de tradução de poetas ingleses, seja nos seus textos poéticos ( à exceção da Mensagem, os únicos livros que publica são os das coletâneas dos seus poemas ingleses: Antinous e 35 Sonnets,e English Poems I - II e III entre 1918 e 1921).Em Durban, percorre, com sucesso, os diversos graus de ensino até se candidatar, em 1903, à Universidade do Cabo. Em 1904 recebe o Prêmio Rainha Vitória, concedido ao seu ensaio de inglês, prova de exame de admissão à Universidade do Cabo, realizado no ano anterior. Tendo a possibilidade de ingressar naquela universidade, Fernando Pessoa, como que respondendo a um chamamento da pátria, regressa, no entanto, sozinho, com 17 anos de idade, a Portugal, que nunca esquecera, associando-o sempre quer à imagem do pai quer à lembrança de uma infância feliz. Traz consigo o propósito de se matricular no curso superior de Letras de Lisboa. Vive nesta cidade, uma vida modesta, em casa de familiares e em quartos alugados. Apesar de efetuar a matrícula no curso referido, no ano de 1906, depressa se desilude com o ensino aí ministrado, não tendo sequer concluído o primeiro ano do curso.Os seus conhecimentos de inglês constituirão fonte de sobrevivência para o poeta. Em 1908 inicia a profissão, no universo do comércio, como «correspondente estrangeiro». Dedica-se de modo profissional, ao longo da sua vida, aos trabalhos de correspondência comercial, sobretudo naquela que foi a sua língua mãe durante a adolescência. Esta atividade, permiti-lhe obter a independência econômica suficiente para se dedicar à sua intensa atividade literária e intelectual.A sua estréia literária realiza-se na revista A Águia, com a publicação de uma série de ensaios acerca da Nova Poesia Portuguesa. A colaboração com esta revista dura, contudo, pouco tempo. Em 1914, o poeta afasta-se da revista, já movido pela experimentação de novas formas literárias.Na companhia de amigos como Mário de Sá-carneiro, Almada Negreiros e Santa-Rita Pintor, Fernando Pessoa ficará para sempre associado às novas correntes modernistas como o Paùlismo, o Interseccionismo e o Sensacionismo. A sua influência na literatura portuguesa deste século é indissociável da reunião do grupo na criação da revista Orpheu, na qual desenvolvem e expressam, de uma forma que causou escândalo mas também inúmeras adesões, as tendências modernistas literárias. Ao longo da sua vida, desde a revista A Águia, passando pela criação de Orpheu, Fernando Pessoa exerce a sua atividade literária através de inúmeras publicações. Destacamos a colaboração com a revista Portugal Futurista, de Almada Negreiros, em 1917, com a Contemporânea, de José Pacheco, a direção e fundação da revista Athena em 1924, num gênero já distante de Orpheu, a colaboração, e desde 1927, com a Presença. De destacar ainda, num outro âmbito, a direção, em parceria com o cunhado, da Revista de Comércio e Contabilidade, no ano de 1926, onde Fernando Pessoa publica artigos sobre temas socioeconômicos. Mas esta é já uma fase em que Fernando Pessoa passa a desenvolver a sua atividade num plano mais individualista. Os tempos do Orpheu estavam já distantes e o grupo desfeito: Mário de Sá-Carneiro morrera em 1817, no ano seguinte morreriam Almada Negreiros e Santa-Rita Pintor. Outros membros do Orpheu estavam também afastados: Côrtes-Rodrigues vai para os Açores e António Ferro experimenta novos terrenos literários, dedicando-se ao jornalismo, à cultura e à política. Fernando Pessoa sentirá sempre saudades dos tempos do Orpheu, tal como dos tempos felizes da sua infância, anteriores à partida para a África do Sul. O isolamento e a solidão do poeta parecem ter marcado a maior parte da sua vida, ao longo da qual, todavia, foi criando, no sentido literal do termo, novos amigos. O primeiro, aos seis anos, a que chamou Chevalier de Pas; os mais conhecidos, entre 1912 e 1914, a que chamou Ricardo Reis, Alberto Caeiro e Álvaro de Campos. A heteronímia é uma das facetas mais curiosas deste poeta e, para muitos, o resultado da desmultiplicação de um pensamento e de uma poética complexa e genial.A produção literária destes três heterônimos foi intensa e acompanhou o poeta até bem próximo da data da sua morte. Para além destes heterônimos, Fernando Pessoa escreveu textos em nome de inúmeros semi-heterônimos e usando ainda diversos pseudônimos. Respondendo, desta forma, à ânsia de pluralismo, comum, aliás, aos artistas modernistas, o poeta encontra, através do desdobramento do seu EU, uma forma de percepcionar e expressar a multiplicidade do universo em diferentes perspectivas cada qual mediante as diferentes individualidades por ele criadas.Para além da poesia heterônima e ortônima, Fernando Pessoa, nomeadamente entre 1925 e 1934, vai percorrendo, com uma entrega significativa, os campos do mistério e do ocultismo, bem como o da sua missão patriótica. Nem um nem outro são, no entanto, novos para o poeta, já que desde cedo experimentara e manifestara um interesse pelas regiões do ocultismo e do esoterismo e sentira que tinha uma missão elevada a desempenhar.A atração pelo mistério, encaminha-o para campos ocultistas e iniciáticos, na busca de uma verdade e de um conhecimento espiritual, na busca da compreensão de si próprio e de um universo que transcende em muito o campo do imediatamente visível.Estes campos são percorridos através da assimilação de princípios e orientações templárias e rosa-crucianas, por exemplo, e manifestam-se em muitos dos seus textos, como em Eros e Psique que se inicia com a epígrafe, chave orientadora da leitura do poema:"... e assim vedes, meu Irmão, que as verdades, que vos foram dadas no Grau de Neófito, e aquelas que vos foram dadas no Grau de Adepto menor, são, ainda que opostas, a mesma verdade." - do ritual do Grau Mestre do Átrio na Ordem Templária de Portugal, mas também em textos como Passos na Cruz, No túmulo de Christian Rosencreutz e ainda na Mensagem.Trata-se de textos carregados de profundo simbolismo e mistério, próprios da linguagem iniciática que Fernando Pessoa parece ter experimentado, de imagens cujas chaves de descodificação deveriam passar, segundo o poeta, por uma simpatia em relação a esses símbolos e imagens, pela intuição, inteligência, a compreensão, mas ainda por um relação, pouco definida, com alguém superior ou transcendental que lançará a luz para a completa assimilação dos seus escritos.Dotado de uma profunda sensibilidade, desde cedo experimenta experiências supra-naturais e procurara nos meandros do ocultismo a outra face do desconhecido. Vários dos seus textos transparecem, com a clareza que o assunto permite, um conhecimento e uma aproximação aos mistérios mais antigos, a uma mitogenia diversa e arcaica, a uma espiritualidade que nem sempre coincide com a religião cristã, aproximando-se claramente do paganismo.A realidade oculta terá sido para o poeta uma forte presença ao longo de toda a sua vida. As vias do espiritual e do divino foram, simultaneamente, percorridas e acrescentadas à complexidade psíquica e poética de Fernando Pessoa.
O seu empenhamento patriótico esteve sempre manifesto na sua obra e nos seus projetos de intervir, via literatura, sobre a humanidade e sobre Portugal. Este patriotismo, manifestado em termos de Sebastianismo messiânico, e que se faz sentir logo na sua estréia literária através dos artigos da revista A Águia, publicados a partir de 1912, é ele mesmo indissociável do espiritualismo. O poeta via-se a si próprio como um missionário, um mensageiro, um intermediário entre a humanidade e um ser que a ultrapassa e transcende. Em diversos textos o poeta deixa transparecer a sua consciência de uma relação com o divino.Este sentido patriótico movido pelo sentimento de uma missão culmina, em termos de produção literária, com a publicação, em 1934, da sua obra Mensagem. Aí temos, partindo da epopéia da diáspora de Portugal que deverá ser retomada e concluída, presentes a vontade de regeneração de um país estagnado, a referência a mitologias diversas, e o cruzamento do mito Sebastianista com as lendas arturianas; também aí se revela a espiritualidade do poeta e a sua busca incansável de Deus, ou do Graal, ou de uma qualquer verdade a juntar à sua identidade dispersa e complexa.A idéia de missão, ao serviço de misteriosos mestres, foi de tal modo marcante em Fernando Pessoa que ela parece ter decidido a sua vida pessoal, nomeadamente a amorosa.Ophélia Queirós foi por momentos uma fuga ao isolamento de Fernando Pessoa, bem como a revelação de si próprio como um ser capaz de amar. Mas foi sobretudo mais uma revelação da sua complexidade psíquica.O único namoro conhecido de Fernando Pessoa decorreu em duas fases: a primeira, de 1 de Maio a 29 de Novembro de 1920, a segunda de 11 de Setembro de 1929 a 11 de janeiro de 1930.
A primeira fase, a das cartas de amor ridículas, como diria Álvaro de Campos, termina com uma carta em que Fernando Pessoa diz a Ophélia que o seu destino pertence a outra lei. O poeta estava já profundamente implicado nos trilhos do ocultismo e dos percursos iniciáticos. Durante esta primeira fase do namoro, as cartas de Fernando Pessoa a Ophélia revelam uma paixão sincera, manifestada por uma linguagem terna, desprovida de intelectualismos. A idéia de casamento parece ter ocorrido a Fernando Pessoa, idéia implícita em algumas das cartas que preenchem os espaços deste namoro em segredo. No entanto, este namoro é desde cedo marcado pela incerteza, descrédito e desconfiança de Fernando Pessoa para com o amor sincero de Ophélia, para com a relação, para consigo mesmo e termina, então, com uma carta datada de Novembro de 1920, e com a revelação da obediência a Mestres e a pertença a uma outra lei.Nove anos depois, Ophélia e Fernando Pessoa reencontram-se e o namoro recomeça. O reencontro é motivado pela oferta de Pessoa de uma fotografia sua a beber vinho no Abel Ferreira da Fonseca a Carlos Queirós, sobrinho de Ophélia. Esta, ao ver a fotografia, mostra vontade de possuir uma igual e o poeta envia-lhe uma com a seguinte dedicatória: Fernando Pessoa em flagrante delito. Ophélia escreve a agradecer e os encontros e o namoro recomeçam. Esta segunda fase é, todavia, muito diferente da primeira. Também Fernando Pessoa se revela muito diferente. A confusão de sentimentos, a perturbação psíquica manifesta-se com freqüência através de cartas que revelam uma linguagem agressiva, um discurso com rasgos de alucinação e de dispersão. Segundo Ophélia, esta já nem responde às últimas cartas. O contacto entre os dois mantém-se, no entanto, esporádico e cordial, até à morte do poeta. Fernando Pessoa trocou a perspectiva de um amor e de uma família por um outro chamamento, seja ele o da missão a desempenhar e o compromisso com tais mestres misteriosos, seja o do compromisso com a sua própria identidade e com a humanidade. Abandonado a si mesmo, à sua vida intelectual e mística, ao seu isolamento, que, aliás, marcou toda a sua existência, é sozinho que Fernando Pessoa, já profundamente desgastado pela angústia que o mina, pela constante busca de si próprio, morre no dia 30 de Novembro de 1935, com 47 anos de idade. Uma morte que chega cedo - mais cedo chegara a muitos daqueles com quem convivera, mas uma morte para a qual o poeta parece ter caminhado conscientemente e sobre a qual refletiu em muitos dos seus textos.
A morte chega cedo,Pois breve é toda vidaO instante é o arremedoDe uma coisa perdida.
O amor foi começado,O ideal não acabou,E quem tinha alcançadoNão sabe o que alcançou.
E a tudo isto a morteRisca por não estar certoNo caderno da sorteQue Deus deixou aberto.
Fernando Pessoa -Cancioneiro
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Pimenta
Editorial: Desfile de suspeitas |
Em meio às estarrecedoras revelações divulgadas pela Operação Furacão, nenhuma causou tanta comoção entre certos setores da sociedade quanto a suposta compra de jurados do carnaval carioca, em favor da escola Beija-Flor de Nilópolis. A marcha criminosa que uniu num mesmo enredo bicheiros e desembargadores na execução de uma dezena de crimes parece ter ficado em compasso de espera no imaginário popular, diante da possibilidade de fraude no desfile momesco. A revelação do esquema, ainda sob investigação da Polícia Federal, desnuda o que até os postes da Praça da Apoteose já sabiam: os resultados dos desfiles têm mais a ver com o poderio econômico dos contraventores patronos das agremiações que com o esforço dos passistas, ritmistas e foliões. E informam que mais uma instituição popular - abastecida por maciço investimento estatal - sucumbiu à roubalheira. Na cadência frenética de um samba-enredo, o prefeito Cesar Maia saiu em defesa da lisura do processo de apuração do desfile. Alegou que a manipulação dos resultados seria impossível. A autoridade municipal confia totalmente na promotora do evento, a Liga Independente das Escolas de Samba, espécie de campeã de moralidade e idoneidade, comandada por Aílton Guimarães Jorge - um dos 25 detidos na Operação Furacão. Um tom acima, a Câmara Municipal do Rio promete pôr fim ao desfile de suspeitas por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A história promete dar samba. |
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Barbara Walters entrevista al presidente Chávez (esp)
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O enterro de Tancredo Neves
Documentários produzidos por Gabeira mostram a comoção em torno da agonia do presidente e como a esperança foi parar nas mãos de um coveiro
Lucas Ferraz
Às 22h29 de 21 de abril de 1985, Dia de Tiradentes e aniversário de Brasília, o Brasil parava para ouvir, pela TV e pelo rádio, a notícia que provocaria uma das maiores mostras de comoção popular da história do país: a morte do então presidente eleito Tancredo de Almeida Neves, o primeiro civil a chegar ao Palácio do Planalto após 21 anos de ditadura militar.
Era o fim de uma agonia que se estendera pelos 38 dias de internação e pelas sete cirurgias enfrentadas pelo presidente, e o início de um novo período de incertezas. A dramaticidade gerada pela doença e pela morte de Tancredo foi captada, na época, pelo hoje deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), jornalista, escritor e um dos símbolos da militância de esquerda durante a ditadura militar.
Gabeira produziu três documentários sobre o assunto para série Vídeo-Cartas, exibida na época pela TV Bandeirantes e cujos vídeos podem ser acessados hoje no principal site de compartilhamento de vídeos, o Youtube.
Doença e morte
Dias após a internação de Tancredo, em 14 de março, véspera da posse presidencial, Gabeira produziu um programa sobre as doenças dos presidentes (clique aqui). Nele, com bom-humor, o jornalista mostra como a diverticulite (inflamação que se manifesta basicamente no intestino grosso), que abateria o político mineiro, havia entrado, de uma hora para outra, para o vocabulário do brasileiro.
No dia 24 de abril de 1985, Gabeira e equipe retrataram como a histórica cidade de São João del-Rei havia se comovido com o enterro de seu filho mais ilustre no documentário O enterro de Tancredo (acesse aqui). “Achava que aquele era um momento importante. Fui para fazer uma crônica da recepção do corpo pela cidade do presidente”, conta Gabeira ao Congresso em Foco.
As lições do coveiro
A comoção popular com a tragédia de Tancredo renderia ainda outro documentário: A morte (clique aqui). No pequeno vídeo, são realçadas as diferenças culturais entre ocidentais e orientais no modo de encarar o inevitável.
São destacadas, sobretudo, as lições deixadas por Aureliano, o coveiro que, ao enterrar Tancredo, converteu-se, ainda que por quinze minutos, no símbolo das esperanças do país. “Durante 15 minutos, o coveiro manteve o presidente e todo o seu ministério atentos ao seu trabalho. E isso em um país em que há um grande desprezo aos ofícios manuais”, diz Gabeira.
Naquela época, com o país vivendo um período de grande esperança quanto ao futuro – com a eleição, mesma que indireta, do primeiro presidente civil desde 1964 e a redemocratização depois de 21 anos de regime militar – a morte de Tancredo foi um choque para a população, que chegou a temer um retrocesso no processo democrático. Despertou, acima de tudo, um sentimento de orfandade poucas vezes observado no país.
Os temores, contudo, não se concretizaram. O vice-presidente José Sarney, alçado à condição de titular, concluiria o mandato e passaria a faixa presidencial, em 1990, ao seu sucessor, Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito do país após o regime militar.
O enterro da política
Passados 22 anos do episódio e do restabelecimento da democracia no país, Gabeira avalia que o processo democrático, em todo o continente, “prometeu mais do que cumpriu”. “Há uma decepção em todos esses países [da América Latina], o que mostra, por exemplo, uma guinada à esquerda em lugares como Venezuela, Bolívia e Equador”, diz.
Segundo o deputado, “há atualmente um desinteresse generalizado pela política, pois ela não consegue mais ser a portadora de certos anseios”. Para o parlamentar, esses anseios estão sendo contemplados por organizações não-governamentais e até pela vida profissional das pessoas. “O grande problema hoje no Brasil é que os grupos políticos não aceitam ser oposição, não há mais o contraditório do jogo político”, explica.
Congresso em Foco
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sexta-feira, 20 de abril de 2007
300 o filme
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Transposição do São Francisco
As obras de transposição do Rio São Francisco não começarão antes de outubro, segundo o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Apesar de a licença ambiental estar liberada, o ministério decidiu adiar o início das obras para o segundo semestre alegando falta de verba.
Em audiência pública na Câmara, o ministro disse ontem (18) que não há recursos para começar o trabalho com o Batalhão de Engenharia do Exército e para eventuais recursos contra a licitação da obra, no valor de R$ 3,3 bilhões.
Com o adiamento do início da transposição, o presidente Lula só terá tempo para inaugurar o eixo leste, com 220 quilômetros de extensão. O eixo norte, de 400 quilômetros, deverá ser inaugurado apenas por seu sucessor.
Geddel afirmou que o fornecimento de água para o consumo humano será prioridade na transposição do São Francisco, considerado o mais importante projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado no início do ano. O PAC prevê investimentos de R$ 6,6 bilhões na transposição do rio até 2010.
Apesar de representar um estado que sempre se posicionou contra a transposição, o ministro disse que defenderá a obra, mesmo que isso lhe custe desgaste pessoal. Além da Bahia, Sergipe e Alagoas também são contrários à obra. (Edson Sardinha)
Postado por Atílio às 12:24 PM 0 Comente Aqui!
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ENCERRANDO A CARREIRA !
Postado por Atílio às 5:35 AM 0 Comente Aqui!
A VENEZUELA CONSEGUIU !
Postado por Atílio às 4:46 AM 0 Comente Aqui!
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Não é piada!
O PMDB indicou o ex-governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira, para a presidência da Eletrosul. Deputado federal na legislatura passada, Paulo Afonso faz parte da lista de 30 nomes do PMDB para cargos em estatais e segundo escalão do governo federal.A indicação de Paulo Afonso enfrenta resistência dentro do PT. A senadora Ideli Salvatti lidera uma força-tarefa do partido que tenta melar a nomeação.Os petistas defendem a volta do ex-presidente Milton Mendes, que comandou a Eletrosul no primeiro governo Lula, ou a indicação de outros nomes do partido, como o ex-secretário da Pesca, José Fritsch, e o ex-deputado Jorge Boeira.
Postado por Atílio às 2:12 AM 0 Comente Aqui!
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SANDÁLIAS DA HUMILDADE
Foi em cima deste aspecto que o Professor Mestre Mário Bandiera proferiu sua palestra na primeira etapa do curso de capacitação oferecido aos professores das escolas Wanda Krieger Gomes, Maria Luiza Barbosa, Esperança e Ulysses Guimarães na última segunda-feira (16/04), celebrando assim a união das redes estaduais e municipais de ensino do bairro Martello. O admirável evento: uma iniciativa inédita da equipe pedagógica da escola Wanda Krieger Gomes, só não foi melhor em virtude da ausência dos professores de uma das escolas municipais convidadas: Bem que havia vontade e disponibilidade o suficiente por parte dos educadores, mas por parte dos gestores (certamente mal resolvidos), nem tanto, que barraram o evento para os funcionários daquela escola, levando em conta uma concorrência medíocre, fétida e desnecessária na educação pública de Caçador.
Agora eu sei porque dizem que a educação pública “vai mal”: não são professores nem alunos os piores comparados às instituições particulares, mas sim o próprio sistema, que usa de critérios político-partidários para a escolha dos gestores, que não têm, obrigatoriamente compromisso com a escola, mas com as siglas... Enquanto se discute quem roubou aluno de quem, os alunos buscam simplesmente o direito à educação de qualidade e ao livre arbítrio para escolher o educandário que julgar melhor...
Por favor, colegas!... Eu suplico: vamos trabalhar por uma educação melhor e unir forças a exemplo destas quatro escolas que realizaram este evento em conjunto, mostrando união, cidadania e acima de tudo, amor pela educação... Vamos dar as mãos e juntos dar uma “tapa” nas estatísticas que insistem em dizer que a escola pública não tem qualidade... Já não basta a situação precária de nossas escolas na parte física! Agora, vamos destruir a moral também?... Certamente tem alunos o suficiente para todas as escolas do “Martellão”, que estão sedentos de conhecimento... Que exemplo de relacionamento estamos dando a estes pequenos gêneos?... Como esperamos que eles respondam a estes fatos?... Com que moral cobraremos de nossos alunos a ética e a cidadania?... Estamos educando ou deseducando?...
Não sou perfeito, tenho muito a aprender com meus colegas, mas gostaria de arrematar meu “protesto”, com dois pensamentos por mim anotados durante a palestra, que vêm a calhar neste momento:
Um deles, faz uma breve referência ao “mito da caverna” de Platão: “O professor deve ser humilde e libertar-se de sua caverna”, olhar para trás e perceber que a vida não é só as sombras de seu mundinho medíocre e egoísta... a educação vai além dos muros da escola ou das “faixas de Gaza” da política partidária.
Por fim, o outro é um ditado indígena norte-americano (ou estadosunidense, melhor dizendo): “Antes de julgar outro índio, calce as sandálias dele por sete luas”.
Márcio Roberto Goes
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