quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Entrevista de Aldo Rebelo

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Algumas partes da entrevista de Aldo Rebelo ao Jornal Folha de São Paulo
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A quem o senhor atribui a sua derrota?
Aldo Rebelo - O vitorioso teve apoio da cúpula da maioria dos partidos da base do governo. Houve também algum nível de apoio de ministros ligados ao PT e de ao menos um governador de um Estado importante, como São Paulo.
O sr. identifica a atuação de qual ministro, especificamente?
Aldo - O nome do santo não é o mais importante. Importante é que se operou um milagre. Eu diria que compreendo a manifestação de apoio de alguém do PT a uma candidatura do PT. Acho que isso teve influência nas eleições.
Mas o sr. considera o oferecimento de benesses, cargos e emendas normal?
Aldo - Eu acho que, se realmente houve, o método, naturalmente, é condenável.
O sr. reclamou diretamente com o Executivo de interferência?
Aldo - Eu sempre tomava atitudes preventivas e defensivas. No dia da eleição, soube que um funcionário do palácio circulava pelo Congresso, e tomei a iniciativa de telefonar ao ministro Tarso Genro e manifestar a minha preocupação com a interpretação que pudesse ser dada à presença desse funcionário aqui [tratava-se de Marcos Lima, responsável por negociações com parlamentares]."
É um grupo (os partidos que apoiaram Aldo) que tem a disposição de participar da eleição de 2010 com candidato próprio?
Aldo - Claro. O presidente Lula não é candidato à reeleição. O nosso compromisso é com o governo Lula, não é com o PT.

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