quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Está na hora de um PAC para a Educação
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O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo presidente Lula com o intuito de estimular a atividade econômica tem, no mínimo, o mérito de trazer a necessidade de crescimento para o debate. Seria, porém, oportuno que o governo aproveitasse sua própria deixa e anunciasse com igual pompa um programa semelhante para a Educação.
Afinal, ninguém discorda de que a Educação é a pedra fundamental para o desenvolvimento de qualquer país e que os educadores são a pedra fundamental para o desenvolvimento da educação, que, por sinal, envolve muito mais do que transmissão de conteúdos. Tem a ver com sensibilidade, com habilidade específica, conhecimento geral, facilidade em se comunicar... Tem a ver com as condições de vida e trabalho do educador e com as condições de vida dos estudantes.
Se a educação vai mal, a menor parcela de culpa – se é que culpa há – recai sobre os educadores e educadoras, categoria na qual um em cada quatro profissionais sofre de burnout, justamente por, dia a dia, se esforçarem ao máximo, além dos limites físicos e materiais, para proporcionar a melhor educação possível. Diante das frustrações provocadas pela falta de condições adequadas, anulam-se, consomem-se. Não é exagero dizer que os educadores deste país sacrificam-se pela educação.
A educação é um direito humano e social e, como obrigação do estado, deve ser tratada de modo a se buscar meios e recursos capazes de assegurar que todos, em qualquer lugar, em todas as etapas do aprendizado, tenham uma educação de qualidade. Se o governo quer melhorar a educação deste país deveria, antes de tudo, implementar todas as políticas públicas que se façam necessárias a fim de assegurar mais do que um lugar em sala de aula, o direito de aprender.Está na hora, portanto, de um PAC para a educação.
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CNTE

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