“PAN” PARA QUEM TEM FOME
Nesta sexta-feira 13, não sei se por sorte ou azar, inicia-se oficialmente os Jogos Pan Americanos no Brasil... Reconheço, como a maioria dos brasileiros, a importância de um evento deste porte para divulgar o nosso país por toda a América e pelo mundo afora. Bem sabemos que o Brasil tem muito a crescer ainda, mas em vista de cinco ou seis anos atrás evoluimos consideravelmente na questão social e na diminuição da desigualdade entre as classes... Quem não gosta nada disso são os grandes empresários que vivem na fartura às custas da mão de obra do proletariado que não tem direito a um fio sequer da fatia do bolo que a empresa lucra com o seu trabalho, não sabe para onde vai tudo aquilo que suas mãos produzem, muito menos o dinheiro que elas geram... Não tem como não se indignar, mas de qualquer forma, nosso país merece este evento esportivo.
Bem, voltemos ao Pan: Para quem está atento aos noticiários, já deve ter percebido que a expectativa é grande pela espera deste grandioso evento e entre uma e outra notícia dos boletins do Pan, percebe-se, discretamente que os gastos com o evento ultrapassaram demasiadamente o orçamento previsto: O que era para ficar em alguns milhões de reais (não sei o número exato, mas nem os organizadores parecem saber), já ultrapassa os cinco bilhões (estou jogando baixo)... Ufa! Parece que passou um pouquinho: mais ou menos quatro bilhões, um valor que não cabe na minha cabeça nem na minha conta corrente. É! Acho que deve estar no limite de tolerância de 400%... “Coisa pouca!”.
De forma alguma estou contestando o valor gasto com os jogos, tenho certeza que o retorno será maior... Só não entendo porque não foi previsto antes! Isso está me cheirando mais à superfaturamento que à burrice dos organizadores... Algum distraído andou perdendo essa verba: Procure em seu bolso... Não está por aí?... Pois é, nem mo meu!... E certamente nem no bolso daquele trabalhador que construiu a vila do Pan, reformou e construiu complexos esportivos, trabalhando de sol a sol, sob os braços abertos do Cristo Redentor, eleito uma das maravilhas do mundo moderno, arriscando o “pêlo” e comendo marmita fria para o povo das Américas aplaudir seus atletas...
Onde está o dinheiro?... Certamente na conta de quem menos necessita.
O esporte pode fazer a moral de uma nação, como acontece no Brasil com o futebol e nos “inimigos do mundo” com o basquete, porém, quando existem outros interesses capitalistas e desumanos, a moral despenca... Mas porque pensar em moral quando se tem dinheiro sobrando?... Parece que a tal moral se aplica somente para os pobres, fato visível nas campanhas feitas na “poderosa do plim-plim” e em outras emissoras de TV com umas animações “meia boca”, questionando a população sobre seus atos e culminando com a seguinte frase:
“A corrupção existe em vários níveis e em nenhum deles ela é boa: Nem no governo, nem nas escolas (...) muito menos na sua vida”...
Parece que o pobre, que é o menos corrupto por excelência (justamente por isso que é pobre), é também o mais cobrado...
Não podemos esquecer que nosso país é um forte candidato à sede da copa de 2014: Será que vai estourar o orçamento outra vez? É melhor o “povo lá de cima” ficar atento e preparado para “engordar” o bolso enquanto torcemos por nossa seleção-canarinho e estouramos nosso mísero orçamento para ver vinte e dois homens correndo atrás de uma bola, porém torcemos só por onze deles.
E o povão?... Não sei!...Deve estar passando fome... Chega! Já estourei meu espaço previsto para esta coluna...
Márcio Roberto Goes
Cadê meu dinheiro?... “Pan!!!... Sumiu!?
Nesta sexta-feira 13, não sei se por sorte ou azar, inicia-se oficialmente os Jogos Pan Americanos no Brasil... Reconheço, como a maioria dos brasileiros, a importância de um evento deste porte para divulgar o nosso país por toda a América e pelo mundo afora. Bem sabemos que o Brasil tem muito a crescer ainda, mas em vista de cinco ou seis anos atrás evoluimos consideravelmente na questão social e na diminuição da desigualdade entre as classes... Quem não gosta nada disso são os grandes empresários que vivem na fartura às custas da mão de obra do proletariado que não tem direito a um fio sequer da fatia do bolo que a empresa lucra com o seu trabalho, não sabe para onde vai tudo aquilo que suas mãos produzem, muito menos o dinheiro que elas geram... Não tem como não se indignar, mas de qualquer forma, nosso país merece este evento esportivo.
Bem, voltemos ao Pan: Para quem está atento aos noticiários, já deve ter percebido que a expectativa é grande pela espera deste grandioso evento e entre uma e outra notícia dos boletins do Pan, percebe-se, discretamente que os gastos com o evento ultrapassaram demasiadamente o orçamento previsto: O que era para ficar em alguns milhões de reais (não sei o número exato, mas nem os organizadores parecem saber), já ultrapassa os cinco bilhões (estou jogando baixo)... Ufa! Parece que passou um pouquinho: mais ou menos quatro bilhões, um valor que não cabe na minha cabeça nem na minha conta corrente. É! Acho que deve estar no limite de tolerância de 400%... “Coisa pouca!”.
De forma alguma estou contestando o valor gasto com os jogos, tenho certeza que o retorno será maior... Só não entendo porque não foi previsto antes! Isso está me cheirando mais à superfaturamento que à burrice dos organizadores... Algum distraído andou perdendo essa verba: Procure em seu bolso... Não está por aí?... Pois é, nem mo meu!... E certamente nem no bolso daquele trabalhador que construiu a vila do Pan, reformou e construiu complexos esportivos, trabalhando de sol a sol, sob os braços abertos do Cristo Redentor, eleito uma das maravilhas do mundo moderno, arriscando o “pêlo” e comendo marmita fria para o povo das Américas aplaudir seus atletas...
Onde está o dinheiro?... Certamente na conta de quem menos necessita.
O esporte pode fazer a moral de uma nação, como acontece no Brasil com o futebol e nos “inimigos do mundo” com o basquete, porém, quando existem outros interesses capitalistas e desumanos, a moral despenca... Mas porque pensar em moral quando se tem dinheiro sobrando?... Parece que a tal moral se aplica somente para os pobres, fato visível nas campanhas feitas na “poderosa do plim-plim” e em outras emissoras de TV com umas animações “meia boca”, questionando a população sobre seus atos e culminando com a seguinte frase:
“A corrupção existe em vários níveis e em nenhum deles ela é boa: Nem no governo, nem nas escolas (...) muito menos na sua vida”...
Parece que o pobre, que é o menos corrupto por excelência (justamente por isso que é pobre), é também o mais cobrado...
Não podemos esquecer que nosso país é um forte candidato à sede da copa de 2014: Será que vai estourar o orçamento outra vez? É melhor o “povo lá de cima” ficar atento e preparado para “engordar” o bolso enquanto torcemos por nossa seleção-canarinho e estouramos nosso mísero orçamento para ver vinte e dois homens correndo atrás de uma bola, porém torcemos só por onze deles.
E o povão?... Não sei!...Deve estar passando fome... Chega! Já estourei meu espaço previsto para esta coluna...
Márcio Roberto Goes
Cadê meu dinheiro?... “Pan!!!... Sumiu!?
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