quinta-feira, 28 de setembro de 2006


Radares sensíveis a serviço da campanha de Lula registraram nos últimos dias certa instabilidade de uma parcela do eleitorado. E o que é mais preocupante para Lula: uma tendência de parte dessa parcela de votar em Alckmin.

Estamos falando mesmo sobre o quê?

Quando os pesquisadores perguntam aos eleitores em quem eles votarão, cerca de 18% respondem que ainda não sabem.

Esse percentual cai para algo como 8% quando aos eleitores é apresentada a lista dos candidatos.

Quer dizer: mesmo induzidos a escolher, 8% não escolhem.

Estamos, pois, falando dos 8%.

O escândalo do dossiê contra políticos do PSDB faz com que uma fatia dos 8% comece a ver com simpatia a candidatura de Alckmin.

Se Lula faltar ao debate promovido hoje pela Rede Globo de Televisão perderá sua última chance de tentar influir diretamente na decisão do voto dos 8% de indecisos.

E Alckmin terá sua chance de influir - de resto, apontando para a cadeira vazia de Lula e lhe dirigindo perguntas que ficarão sem resposta.

Caso o juízo não lhe falte, Lula irá ao debate.
Ricardo Noblat

Nenhum comentário: