sexta-feira, 24 de maio de 2013

Aécio chama ministra de Dilma de despreparada 7


Aécio chama ministra de Dilma de despreparada 7
Josias de Souza 22/05/2013 19:44

O novo presidente do PSDB, Aécio Neves, chamou de “ministra de menor importância” a petista Maria do Rosário, chefe da Secretaria de Direitos Humanos. Estendeu a crítica à presidente Dilma Rousseff. “Essa história de ter 40 ministérios [em verdade, são 39], você acaba colocando no ministério pessoas muito despreparadas.”

Deve-se o ataque do presidenciável tucano ao fato de a ministra ter atribuído à oposição os boatos de que o Bolsa Família seria extinto. Boatos que Aécio tachou de “cretinice”. Maria do Rosário manifestou-se via Twitter. No mesmo microblog, a ministra voltaria atrás horas depois.

“Acho que ela acabou levando um puxão de orelhas”, ironizou Aécio. Ele investiu contra a ministra numa entrevista à Rádio Gaúcha. Dirigia-se, portanto, a uma audiência familiarizada com Maria do Rosário, uma deputada federal licenciada do PT do Rio Grando do Sul.

“Nós cobramos, logo que surgiu o boato, que a polícia federal investigue e aponte os responsáveis”, acrescentou. “É isso o que nós esperamos. O que houve foi uma acusação leviana de uma ministra no Twitter, que depois já se desculpou. E não assumiu aquilo que disse.”

Sobre o destino do Bolsa Família num eventual governo tucano, Aécio repisou a tecla de que o programa traz o PSDB no seu DNA. Consiste na unificação de três iniciativas do governo de Fernando Henrique Cardoso –o Bolsa Alimentação, o Bolsa Escola e o Vale Gás.

“Portanto, nós, do PSDB, queremos mantê-los. Mas queremos muito mais do que isso. Eu não acho, por exemplo, que um pai de família tenha que passar pro seu filho como única herança o cartão do Bolsa Família, como já acontece hoje.” Para Aécio, o essencial é “qualificar essa mão de obra para reintroduzi-la no mercado de trabalho.”

No finalzinho da conversa, o entrevistador fez uma pergunta embaraçosa sobre a fama de baladeiro de Aécio e a exploração eleitoral que os adversários devem fazer de vídeos do senador disponíveis na internet. Seguiu-se o seguinte diálogo:

— Senador, eu quero fazer uma pergunta, que é um pouco complicada. Ela tangencia o lado pessoal, mas eu sei que será um ponto que será tocado na sua campanha. Há vídeos na internet que prejudicam a sua imagem. Especialmente um vídeo que foi postado num boteco do Rio de Janeiro. Como vai tratar essa questão da má utilização da sua vida pessoal durante a campanha?

— Peço que utilizem, porque verão que eu sou um cidadão comum, um homem de bem. Jamais encontrarão vídeos meus no mensalão. Jamais enconrtarão, depois de 30 anos de vida pública, qualquer ação incorreta. Agora, isso é difícil. A internet virou, infelizmente, para uma parcela dos nossos adversários, que agem quase que como uma quadrilha, um espaço do vale-tudo –coisas fraudadas, coisas não fraudadas. O que posso dizer é que governei o meu Estado por dois mandatos, deixei o meu Estado com 93% de aprovação. Lidero hoje o maior partido de oposição para permitir ao brasil viver um tempo diferente. Sem deixar de ser o que eu sou. Vou lhe dizer o seguinte: desconfie muito daquelas pessoas que ocuparem ou postularem qualquer cargo e deixem de ser o que são. Essas não merecem a sua confiança.

— Esses vídeo nao o intimidam?

— Isso deve existir desde que eu fui deputado pela primeira vez. Eu sou um homem do meu tempo. Não tenho absolutamente nada na minha vida a esconder. Ao contrário, para assumir a responsabilide que eu assumo, acho que eu tenho o respeito e a admiração dos que me conhecem.

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