terça-feira, 29 de agosto de 2006

Entrevista com o candidato Jussim

27/08/2006 Fonte - Caçador Online
Antônio Carlos Jussim de Souza, 45 anos, natural de Serra, Espírito Santo, mora em Caçador há 11 anos. Formado em ciências contábeis e administração, pós-graduado em administração tributária, atualmente é auditor fiscal da receita federal licenciado para concorrer a uma vaga no Congresso Federal.
Este é Jussim, candidato do PDT a deputado federal que recebeu em seu gabinete esta semana a reportagem do Portal Caçador Online para uma entrevista. Concorrendo a um cargo político pela primeira vez, Jussim se define como uma pessoa de coragem, personalidade e que gosta de grande desafios.
Segundo o candidato, ele é um dos únicos da região com chances reais de se eleger deputado federal. Para concretizar seu objetivo, Jussim aposta em uma proposta que ele define como inovadora e essencial, a luta contra o preconceito.
“Portadores de necessidades especiais, negros, índios, mulheres, homossexuais, idosos e qualquer pessoa que sofra na pele algum tipo de preconceito podem contar com o apoio e com o meu trabalho”, afirma o candidato que espera contar também com votos de pessoas simpatizantes desta causa.
Além de suas propostas, como por exemplo, criar uma organização a nível mundial que defenda o interesse das vítimas de preconceito, Jussim falou também da campanha, comentou sobre sua participação em ações sociais ligadas ao jovem e ao esporte, disse ter em Brizola e Heloisa Helena exemplos de bons políticos e abriu o jogo sobre suas intenções de voto.
Confira a entrevista completa a seguir:
Entrevista Antônio Carlos Jussim (PDT), candidato a deputado federal
Caçador Online: Como foi que você decidiu entrar pra carreira política?
Jussim: Eu vejo que nossos deputados federais são muito fracos. Eles geralmente defendem interesses de terceiros, que não tem personalidade própria na maioria dos casos, eu vejo que são pessoas sem qualificação. E nesse contexto de pessoas desqualificadas eu vi que posso ser diferente e ser útil no Congresso Federal.
C.O: Quem é o Jussim, como você se define?
J: Eu digo que sou uma pessoa de coragem muito grande, que gosta de enfrentar desafios e sempre procurando buscar coisas novas. Essas são as três características que eu julgo mais marcantes em mim.
C.O: Como está a campanha?
J: Nós estamos acreditamos plenamente que vamos chegar ao nosso objetivo. Entendemos que nosso partido vai eleger de 1 a 2 deputados federais e com 30 a 40 mil votos nós temos boas chances de se eleger. E como a nossa proposta é uma coisa nova, diferente, nós temos conquistado pessoas que nunca nos viram. Sem contar que na nossa região tem poucos candidatos a deputado federal com chance de ganhar e isso pra nós é um fator bastante positivo.
C.O: Quantas pessoas estão envolvidas na campanha?
J: Nós estamos trabalhando intensamente, temos mais de mil pessoas envolvidas na campanha, a maioria voluntários, em todas as regiões, temos gente em Videira, Jaraguá do Sul, Florianópolis, Itajaí, Indaial, Balneário Camboriu, Joaçaba, entre outras.
C.O: A sua principal bandeira, que você citou como proposta inovadora, é a luta contra o preconceito, como surgiu isso?
J: É um conjunto de fatores. A coisa que mais me marcou em Caçador foi a criação do futsal feminino que hoje é campeão brasileiro e campeão mundial. Quando nós colocamos este projeto houve muito preconceito, diziam que futebol não é pra mulher, que lugar de mulher era na cozinha, e muitas coisas parecidas com isso. Outra coisa que me marca muito é o preconceito racial contra os negros que a gente vê seguidamente no dia-a-dia. Então isso me sensibiliza, me revolta e por isso eu direcionei a campanha para este lado.
Jussim com as atletas do futsal feminino de Caçador, equipe que ele ajudou a fundar.
C.O: A que tipo de preconceito você se refere, quais os grupos irão poder contar com o seu trabalho na Câmara Federal?
J: Pessoas portadoras de necessidades especiais, negros, homossexuais, mulheres, idosos e qualquer outra pessoa que de uma forma ou outra sente na pele o preconceito.
“Mulher, se você não quer ser submissa e objeto, o problema é seu. Agora, se você não quer, o problema é nosso” (mensagem da campanha do candidato)
C.O: Qual seria na pratica suas propostas para esta questão?
J: Uma das nossas propostas é paralelamente a candidatura é fundar uma associação de caráter mundial de preferência, de combate ao preconceito. Essa associação iria pressionar muito os parlamentares na aprovação de projetos que visem atender os interesses dessa associação. Por exemplo, colocar o preconceito como crime com a definição de penas rigorosas para quem tiver esse procedimento.
Jussim acompanhado da secretária de gabinete em Florianópolis, Geisa Carla.
C.O: Qual sua opinião em relação às cotas para negros e índios nas universidades?
J: Eu acho que essas cotas é uma forma de preconceito com os próprios negros e índios. Acho que deveríamos pensar em outra forma pra resolver isso.
C.O: Além do preconceito qual o seu argumento pra convencer os outros públicos?
J: Na realidade existe três tipos de público, aquele que se beneficia com o sistema, que certamente não vai nos apoiar, aquele que é prejudicado com o sistema que sofre preconceito, e aqueles que simpatizam com a idéia. Eu acredito inclusive que os simpatizantes aderem mais a nossa proposta do que os que sofrem preconceito.
C.O: Você saiu no jornal com um turbante na cabeça em solidariedade ao povo árabe que estava em guerra no Oriente Médio, de onde vem essa criatividade?
J: Veja bem. Eu sou pouco conhecido, nunca fui candidato a nada. Eu vou concorrer com pessoas que foram prefeito, que foram secretários de estado, que já beneficiaram muita gente e que já tem um eleitorado. Então pra concorrer com eles eu só tenho uma alternativa, a criatividade e mostrar que nós acreditamos realmente na proposta. Mesmo porque eles têm poder aquisitivo pra campanha e eu não.
“Somos solidários ao povo árabe, na sua luta insólita, pela construção de uma sociedade mais justa” (mensagem da campanha do candidato)
C.O: Qual é o político que você mais admira?
J: Existem dois políticos, em primeiro lugar que eu acho ser o melhor político do Brasil de todos os tempos chama-se Heloisa Helena. Em segundo lugar o Brizola que era um homem forte, não tinha medo dos poderosos. Ele combatia e queria fazer um país melhor apontando para o socialismo que eu acho que é a melhor alternativa que se tem pro mundo. A Heloisa Helena além dessas virtudes do Brizola ela é mulher, nordestina, o partido dela é pequeno, e ela se candidatou à presidência da república. Essa determinação e personalidade fazem dela a pessoa que eu mais admiro na política brasileira.
C.O: Em quem você vai votar?
J: Eu vou votar em mim pra deputado federal, pra deputado estadual Kismar Brustolin (PDT), pra senador Bispo Flori (PDT), pra governador Manoel Dias (PDT) e pra presidente ainda estou em dúvida entre Heloisa Helena e Cristóvão Buarque.
C.O: Como você vê a onda de corrupção pela qual passa o Brasil?
J: Nossas propostas visam inibir a corrupção. Na realidade se bobear a corrupção vai existir e nós temos que fazer com que a possibilidade disso existir seja menor. Por exemplo, uma de nossas propostas é fazer com que fiscais, juizes, policiais, promotores fiquem em uma cidade no máximo dois anos. Não é que essas pessoas sejam corruptas, mas agindo dessa forma é uma medida para dificultar a corrupção.
C.O: Como você pretende manter sua relação com Caçador se for eleito?
J: Nós vamos ter um relacionamento que vai depender da própria região. Vai ser como um filho que vai ganhar presentes ou castigos. Se uma entidade qualquer quer um benefício ela vai ganhar se tiver concurso público, por exemplo, e não apadrinhada. Pra receber o benefício tem dizer o porquê que merece.
C.O: Alguma mensagem final que você queira deixar para os leitores e eleitores?
J: “O segredo do sucesso não é prometer, e sim ser diferente em agir”.Peço o voto de todos que querem um deputado federal para lutar pela região e por todos aqueles que aprovam nossas propostas.
Mais informações sobre o candidato no site www.jussim1224.can.br

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