segunda-feira, 7 de junho de 2010

Virgindade Eleitoral

Há algum tempo, quando completava dezesseis anos, eu estava ansioso para entrar na cabine e realizar meu primeiro voto: lembro até hoje, pois a primeira vez, a gente nunca esquece... Aquele ato significava o resultado de meses ouvindo, analisando, e discutindo propostas, pois desde que me tornei eleitor tenho um posicionamento político-ideológico definido, alguns conceitos mudaram com o passar do tempo, mas os princípios continuam intactos. A meu ver, o posicionamento político, firme e decidido livremente deve ser uma característica de todo cidadão. É assim no futebol, na religião, no campo profissional... Não poderia ser diferente na política: Digo política, ideologicamente falando, o que é muito diferente da “politicagem” que procura atender a interesses pessoais acima da vontade do povo. Exemplos claros deste aspecto encontram-se no “troca-troca” de partidos às vésperas do prazo legal para as candidaturas, nas obras e ações emergenciais às vésperas das eleições, entre tantas outras falcatruas, como candidaturas “vendidas” que esquecem completamente os aspectos ideológicos, além da compra de votos, que apesar de tantas restrições da Justiça Eleitoral, teima em ser uma constante nas eleições.

É necessário que façamos uma análise política e ideológica antes de digitarmos os algarismos na urna. E torna-se indispensável um posicionamento consciente e livre para o bom andamento da democracia. Um cidadão que fica atento a estes aspectos, jamais se venderá por uma cesta básica, ou por uma ordem de combustível, visto que a cesta básica e a gasolina logo acabam, mas o candidato que ajudamos a eleger permanece por quatro anos.

Desta forma, quero conclamar meus amados e queridos jovens, por quem tenho um profundo carinho e uma grande admiração, para que usem de sua juventude e não joguem seu primeiro voto no lixo, pois ele terá sérias consequências, o futuro de nossa nação depende do poder executivo e do legislativo que vamos eleger no próximo pleito. Não gostaria que meus amigos jovens perdessem “a virgindade eleitoral” sem amor e de maneira dolorosa, mas sim de forma livre e democrática, analisando as melhores propostas, e escolhendo, sem nenhum tipo de pressão ou extorsão aquele candidato, ou aquela candidata que acreditar ter as melhores propostas para nosso país.

Não é fácil, mas é perfeitamente possível votar conscientemente, acreditando nos benefícios que vêm depois, e não nos “agradinhos” de antes do pleito, que morrem por ali mesmo sem nenhum resultado futuro para a coletividade. E por falar em coletividade, por favor, meus jovens, votem pensando no país, e não nos interesses particulares.

Por fim, queridos aspirantes eleitorais, e jovens em geral: não deixem de votar e votem conscientes de que aquelas teclas que forem digitadas, depois de confirmadas, não poderão ser apagadas. São estes dígitos que ajudarão a decidir o futuro do país, e por consequência o seu futuro. O voto é único, mas somado a tantos outros, será responsável pelo sucesso ou fracasso de nossa nação por quatro anos...

Márcio Roberto Goes

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