sexta-feira, 20 de junho de 2008

Joana d'Arc

Joana d'Arc
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(1412 - 1431)
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Heroína francesa nascida em Domrémy, na região francesa do Barrois, chamada de A Donzela de Orléans, por ter sido decisiva para mudar o rumo da guerra dos cem anos, entre a França e a Inglaterra. Filha de um casal de lavradores, movida por uma fé incomparável, aos 13 anos dizia ouvir vozes divinas como do arcanjo são Miguel, além de santa Catarina e santa Margarida, ordenando que salvasse a cidade, sitiada pelos ingleses. Partiu de sua aldeia e obteve de Robert de Baudricourt, capitão da guarnição de Vaucouleurs, uma escolta para guiá-la até Chinon, onde se achava refugiado o rei da França, Carlos VII, visto que o país estava quase todo em mãos dos ingleses. Diante de sua impressionante segurança, o rei lhe entregou o comando de um pequeno exército para socorrer Orléans (1428), então sitiada pelos ingleses. No caminho, a atitude heróica da humilde camponesa atraiu adesões para as tropas que comandava. À frente desse aparentemente insignificante exército, derrotou os invasores, reacendeu o nacionalismo francês e conduziu o rei Carlos VII a Reims, onde foi coroado. Seguindo sua saga de libertação empreendeu o ataque que a Compiègne (1430), porém a heroína foi aprisionada pelos borgonheses, aliados dos ingleses. Prisioneira sofreu um julgamento por meio de um tribunal espiritual comandado pelo ambicioso bispo Pierre Cauchon, de modo a fazê-la perder sua auréola de santa, ou seja, os borgonheses temiam que sua morte sumária pudesse torná-la um mito mais fervoroso e conseqüentemente mais perigoso da resistência francesa. No jogo de interesses políticos que envolveu sua figura de heroína, ela não encontrou apoio por parte do rei que tanto ajudara e foi acusada de feitiçaria, declarada herética e, sem direito a um defensor foi condenada. Supliciada publicamente na praça do Mercado Vermelho, em Rouen, ali foi queimada viva, aos 19 anos. Seu sacrifício despertou novas energias no povo francês, que finalmente expulsou os ingleses de Calais. A Igreja Católica reconheceu sua santidade, beatificou-a (1909) e depois canonizou-a (1920) pelo papa Bento V.

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