Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
Vou confessar; nada me deu mais satisfação nos últimos tempos do que a declaração do presidente Lula a respeito do nome do candidato a vice-presidente na chapa do ex-governador José Serra: “Nunca ouvi falar. Não sei quem é. Não conheço”.
Ora viva!
Depois de uma novela rocambolesca – que me desculpe a campanha da oposição, mas a chanchada já estava de bom tamanho – escolheram uma pessoa que não faz parte da patota!
Não é um companheiro!
Nunca andou no Aerolula, nunca foi às festas de São João na Granja do Torto, não joga truco, não freqüenta as reuniões no Alvorada, e tenho certeza: não carrega isopor na cabeça.
É um ilustre desconhecido!
Mas a lei mais importante dos últimos anos, digo mais, das últimas décadas, a Lei da Ficha Limpa, deve muito às pestanas queimadas desse ilustre deputado federal em seu primeiro mandato, com uma carreira política que deixa a de muita gente conhecida, mas não tão ilustre, embaçada.
Só um político inteiramente distraído, alheio ao que realmente importa ao cidadão brasileiro, i.e., fechar as porteiras da administração pública brasileira, em seus três níveis, municipal, estadual e federal, a pessoas que não merecem lá estar, poderia dizer que não sabia quem era o jovem deputado Antonio Pedro de Siqueira Índio da Costa, o relator do projeto Ficha Limpa na Câmara Federal.
Primeiro porque esse projeto movimentou a população do Brasil. Mexeu com todos nós, foi muito discutido e debatido e arregimentou, em menos de 60 dias, a assinatura de quatro milhões e duzentos mil brasileiros. Ansiosos em ver o Brasil livre de certas figuras e sentir que, finalmente, a carreira política não mais servirá de abrigo para malfeitores. Sei que ainda haverá muita resistência, mas já é Lei!
Segundo porque o deputado carioca compareceu a vários debates na TV, em programas de muita audiência. Chamou atenção pelo que dizia, pelo que informava, pelo modo claro e objetivo como respondeu às diversas perguntas, pela língua portuguesa respeitada, pela inteligência e pela instrução superior que demonstrou.
Terceiro porque seu nome chama a atenção, pelo inusitado. Não é um nome comum. É um nome que desperta curiosidade. É uma marca. Aliás, para os cariocas autênticos, é mais que uma marca, é uma "griffe" no design e na arquitetura. Uma etiqueta de criatividade e bom gosto.
De agora em diante, passa a ser uma marca política também. Faz-se justiça, aliás, já que ele não é um novato na política, milita há anos e sua carreira começou em 1996. Foi vereador na Câmara Municipal do Rio em três legislaturas e em 2006 foi eleito deputado federal. Não ficou enfeitando o plenário da Câmara: é membro da Comissão de Constituição e Justiça, da Comissão de Defesa do Consumidor; e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Curiosamente, as reações, tanto da oposição quanto da situação, foram indigentes... De pronto, as mentiras e o desrespeito com uma moça que por ter namorado o jovem e lindo rapaz, teve seu nome citado da maneira mais cruel. Depois, a falta de imaginação de dar dó: Programa de Índio; Índio quer apito; Vou aprender Tupi; Já comprei meu cocar; Que canoa furada... eram títulos de artigos e matérias ou comentários nas diversas redes sociais. Uma pobreza de espírito de dar dó. Está na hora da Bolsa-Imaginação...
Sou fã absoluta da Lei da Ficha Limpa. Assim como o Real mudou a nossa cara no que se refere à Economia, a Lei da Ficha Limpa mudará nossa cara no que se refere à carreira política. Desde que nós, os maiores interessados, fiquemos muito atentos. Muito mesmo. De olhos bem abertos. Porque qualquer descuido...
Paro por aqui. Brasil x Holanda está para começar. Mas não posso deixar de dizer: “canoa furada” é para quem não sabe que os índios, muito matreiros, furavam as canoas durante a noite e depois ficavam escondidos atrás das moitas, vendo o invasor português embarcar na canoa furada.
O nosso ilustre desconhecido furou a canoa de alguém...
Vou confessar; nada me deu mais satisfação nos últimos tempos do que a declaração do presidente Lula a respeito do nome do candidato a vice-presidente na chapa do ex-governador José Serra: “Nunca ouvi falar. Não sei quem é. Não conheço”.
Ora viva!
Depois de uma novela rocambolesca – que me desculpe a campanha da oposição, mas a chanchada já estava de bom tamanho – escolheram uma pessoa que não faz parte da patota!
Não é um companheiro!
Nunca andou no Aerolula, nunca foi às festas de São João na Granja do Torto, não joga truco, não freqüenta as reuniões no Alvorada, e tenho certeza: não carrega isopor na cabeça.
É um ilustre desconhecido!
Mas a lei mais importante dos últimos anos, digo mais, das últimas décadas, a Lei da Ficha Limpa, deve muito às pestanas queimadas desse ilustre deputado federal em seu primeiro mandato, com uma carreira política que deixa a de muita gente conhecida, mas não tão ilustre, embaçada.
Só um político inteiramente distraído, alheio ao que realmente importa ao cidadão brasileiro, i.e., fechar as porteiras da administração pública brasileira, em seus três níveis, municipal, estadual e federal, a pessoas que não merecem lá estar, poderia dizer que não sabia quem era o jovem deputado Antonio Pedro de Siqueira Índio da Costa, o relator do projeto Ficha Limpa na Câmara Federal.
Primeiro porque esse projeto movimentou a população do Brasil. Mexeu com todos nós, foi muito discutido e debatido e arregimentou, em menos de 60 dias, a assinatura de quatro milhões e duzentos mil brasileiros. Ansiosos em ver o Brasil livre de certas figuras e sentir que, finalmente, a carreira política não mais servirá de abrigo para malfeitores. Sei que ainda haverá muita resistência, mas já é Lei!
Segundo porque o deputado carioca compareceu a vários debates na TV, em programas de muita audiência. Chamou atenção pelo que dizia, pelo que informava, pelo modo claro e objetivo como respondeu às diversas perguntas, pela língua portuguesa respeitada, pela inteligência e pela instrução superior que demonstrou.
Terceiro porque seu nome chama a atenção, pelo inusitado. Não é um nome comum. É um nome que desperta curiosidade. É uma marca. Aliás, para os cariocas autênticos, é mais que uma marca, é uma "griffe" no design e na arquitetura. Uma etiqueta de criatividade e bom gosto.
De agora em diante, passa a ser uma marca política também. Faz-se justiça, aliás, já que ele não é um novato na política, milita há anos e sua carreira começou em 1996. Foi vereador na Câmara Municipal do Rio em três legislaturas e em 2006 foi eleito deputado federal. Não ficou enfeitando o plenário da Câmara: é membro da Comissão de Constituição e Justiça, da Comissão de Defesa do Consumidor; e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Curiosamente, as reações, tanto da oposição quanto da situação, foram indigentes... De pronto, as mentiras e o desrespeito com uma moça que por ter namorado o jovem e lindo rapaz, teve seu nome citado da maneira mais cruel. Depois, a falta de imaginação de dar dó: Programa de Índio; Índio quer apito; Vou aprender Tupi; Já comprei meu cocar; Que canoa furada... eram títulos de artigos e matérias ou comentários nas diversas redes sociais. Uma pobreza de espírito de dar dó. Está na hora da Bolsa-Imaginação...
Sou fã absoluta da Lei da Ficha Limpa. Assim como o Real mudou a nossa cara no que se refere à Economia, a Lei da Ficha Limpa mudará nossa cara no que se refere à carreira política. Desde que nós, os maiores interessados, fiquemos muito atentos. Muito mesmo. De olhos bem abertos. Porque qualquer descuido...
Paro por aqui. Brasil x Holanda está para começar. Mas não posso deixar de dizer: “canoa furada” é para quem não sabe que os índios, muito matreiros, furavam as canoas durante a noite e depois ficavam escondidos atrás das moitas, vendo o invasor português embarcar na canoa furada.
O nosso ilustre desconhecido furou a canoa de alguém...
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