segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
José Saramago - O pecado é um instrumento de controle
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o poder dos Pesadelos - 02-03 - Colapso da União Soviética
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Manhattan Connection - Programa de 19/12/2010
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Jornal da Record - Nova Rússia tem trânsito engarrafado e propina.
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Olavo de Carvalho analisa a Guerra do Iraque - Rede Vida 1
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'Vamos continuar até que Mubarak caia', diz egípcio que estuda no Brasil
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domingo, 30 de janeiro de 2011
Soluções fáceis, escolhas difíceis (25/01)
Em dezembro o Brasil deu um passo adiante e reconheceu formalmente a existência de um Estado Palestino nos territórios entre o Jordão e o Mediterrâneo que estiveram em poder da Jordânia e do Egito de 1949 a 1967.
Classifiquei aqui a decisão como essencialmente positiva e afirmei que ela ajudava na busca de uma solução pacífica para o problema regional.
Notei também que a posição brasileira sobre o formato final das fronteiras entre Israel e Palestina era pouco relevante, pois num cenário de solução negociada os limites seriam definidos por acordo.
Importava mesmo era o Brasil reafirmar que a paz e a segurança ali só serão alcançadas com o amplo reconhecimento do direito de todos os povos na região à afirmação nacional soberana. O reconhecimento de que ambos os nacionalismos (o sionista e o árabe) têm legitimidade.
Aliás, o nacionalismo árabe na Palestina e o sionismo são praticamente contemporâneos na origem, ainda que o o segundo seja um pouquinho mais antigo.
Agora vazam informações sobre o estágio de entendimentos anos atrás entre Israel e Autoridade Palestina (AP). Segundo os vazamentos, havia terreno para uma convergência nos temas essenciais, territoriais e demográficos. Há alguma polêmica sobre detalhes secundários, mas as informações têm verossimilhança.
É um equívoco imaginar que a paz e a segurança no Oriente Médio dependem de encontrar soluções complexas para problemas intrincadíssimos. Os problemas são conhecidos e as soluções, apesar de múltiplas, convergem em parâmetros simples.
Dois estados vivendo lado a lado em segurança, com o reconhecimento das realidades demográficas. E, preliminarmente, a admissão recíproca do direito do outro à autodeterminação e à segurança.
Essa é a decisão política que falta tomar. Para a AP, se de fato está disposta a ir além do ponto em que Yasser Arafat estacionou uma década atrás em Camp David, seria uma posição patriótica.
Se os palestinos tivessem aproveitado no últimos quase cem anos alguma das oportunidades que tiveram para reconhecer a realidade no terreno estariam bem mais avançados em seu projeto nacional. No tudo ou nada, têm invariavelmente restado com a segunda opção.
Qual é o obstáculo, então? O propalado radicalismo da “rua árabe” é um mito, haveria apoio político ao entendimento. As dificuldades tem um viés, digamos, libanês.
Uma liderança palestina que abdicasse formalmente do objetivo de destruir Israel colocaria o próprio pescoço na guilhotina. Viraria alvo imediatamente de um processo de deslegitimação e mesmo eliminação física pelo eixo Irã-Hamas-Hezbollah, com a eventual participação síria.
Aliás, esse eixo tem hoje força para deflagrar uma guerra civil na Palestina se não estiver satisfeito com o andamento das coisas. Mais ou menos como acontece no Líbano, onde o Hezbollah exige a impunidade de seus militantes que eventualmente forem indiciados pelo assassinato do premiê Rafik Hariri em 2005.
O grupo prefere acusar o tribunal das Nações Unidas que conduz a investigação sobre o caso de ser um instrumento dos Estados Unidos e de Israel.
Mas é razoável supor que se a investigação da ONU sobre a recente guerra em Gaza mereceu crédito o mesmo deverá acontecer com as conclusões do tribunal internacional sobre o caso Hariri.
O Hezbollah perdeu as últimas eleições mas tem força militar para exercer poder de veto na política libanesa.
E usa a musculatura de “estado dentro do Estado”, sob a aura da "resistência" a uma ocupação que não mais existe, para chantagear a nação com a ameaça de uma nova guerra civil, se seus integrantes que vierem a ser acusados de matar Hariri forem levados ao banco dos réus.
Em escala maior, é o que passaria num cenário de possível acordo equilibrado e justo entre a Palestina e Israel. O Irã reivindicaria poder de veto. Caso estivesse de posse de armas nucleares, essa reivindicação teria outro peso.
O Líbano ajuda a compreender por que o presidente da AP, Mahmoud Abbas, pediu ao então presidente do Brasil que solicitasse a Teerã o fim da ingerência nos assuntos palestinos. Pedido que, infelizmente para o projeto de uma Palestina independente, e por razões ainda obscuras, o Itamaraty não julgou do próprio interesse encaminhar.
Coluna (Nas entrelinhas) publicada nesta terça no Correio Braziliense.
Alon Feuerwerker
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Susan Polgar 5/5 (dublado português BR)
Parte 5 do documentário "Mente Brilhante - Desenvolvendo a Genialidade" da National Geographic Channel sobre xadrez e o cérebro humano, contando-se a história da enxadrista húngara naturalizada estadunidense Susan Polgar (1969) - a primeira mulher a conseguir o título de grandmaster. Dublado em português do Brasil.
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Susan Polgar 4/5 (dublado português BR)
Parte 4 do documentário "Mente Brilhante - Desenvolvendo a Genialidade" da National Geographic Channel sobre xadrez e o cérebro humano, contando-se a história da enxadrista húngara naturalizada estadunidense Susan Polgar (1969) - a primeira mulher a conseguir o título de grandmaster. Dublado em português do Brasil.
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Susan Polgar 3/5 (dublado português BR)
Parte 3 do documentário "Mente Brilhante - Desenvolvendo a Genialidade" da National Geographic Channel sobre xadrez e o cérebro humano, contando-se a história da enxadrista húngara naturalizada estadunidense Susan Polgar (1969) - a primeira mulher a conseguir o título de grandmaster. Dublado em português do Brasil.
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Susan Polgar 2/5 (dublado português BR)
Parte 2 do documentário "Mente Brilhante - Desenvolvendo a Genialidade" da National Geographic Channel sobre xadrez e o cérebro humano, contando-se a história da enxadrista húngara naturalizada estadunidense Susan Polgar (1969) - a primeira mulher a conseguir o título de grandmaster. Dublado em português do Brasil.
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Susan Polgar 1/5 (dublado português BR)
Parte 1 do documentário "Mente Brilhante - Desenvolvendo a Genialidade" da National Geographic Channel sobre xadrez e o cérebro humano, contando-se a história da enxadrista húngara naturalizada estadunidense Susan Polgar (1969) - a primeira mulher a conseguir o título de grandmaster. Dublado em português do Brasil.
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A ocupação do solo na Europa é um exemplo para o mundo
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Jefferson Peres e um discurso hístóricos
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Pesquisador da UFRJ comenta sobre os protestos no Egito
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Manifestantes tomam as ruas do Egito no quinto dia de protestos
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Tanques bloqueiam o centro do Cairo para minimizar protestos
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População permanece em conflito contra governo do Egito
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Turistas brasileiros recorrem à embaixada para sair do Egito
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sábado, 29 de janeiro de 2011
A cobertura dos fantasmas da repressão
A cobertura dos fantasmas da repressão, com Gerson Camarotti, do Globo; Eumano Silva, da Época; e Marcia Carmo, da BBC Brasil .
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Gilberto Carvalho detalha reunião com centrais sindicais
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Olavo de Carvalho - Detona o sociopata Lula
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Olavo de Carvalho analisa a cultura brasileira - Rede Vida 2
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Encontros transformadores: Caco Barcellos e Ladislau Dowbor
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O BRASIL EM ANGOLA - PARTE 1
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Aisha al Jamila - Derbake
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
As leituras (27/01)
Há evidências de que o PT vem fazendo mais rapidamente do que o PSDB a leitura correta das urnas. Talvez seja uma questão de força. Há no PT um polo inconteste (Dilma Rousseff, com o respaldo do antecessor), enquanto no PSDB corre solta a disputa pelo manche. Daí o PT exibir a esta altura bem mais disciplina.
Disciplinadamente, o petismo empreende talvez a etapa final da marcha rumo ao centro. Temas como a descriminação do aborto, a revisão da Lei da Anistia e o controle social/estatal sobre a comunicação foram para o arquivo. Farão companhia à reforma agrária no mausoléu em homenagem ao ideólogo desconhecido. Nem que seja até segunda ordem.
Sem falar na brevíssima passagem do secretário antidrogas, que se animou a defender em público o afrouxamento das penas dos pequenos traficantes e acabou rapidamente na editoria de exonerações do Diário Oficial.
O PT precisou confrontar-se ano passado com uma realidade complicada. Apesar dos altíssimos índices de popularidade do governo, e da quase unanimidade em torno do presidente, a sucessão arrastou-se para o segundo turno e a vitória final, se foi por margem decente, não chegou a ser confortável.
A explicação óbvia para a assimetria está no deslocamento de gordos contingentes da classe média para uma posição antipetista. Engrossam o caldo os órfãos da ética na política, mas não só.
O PT vangloria-se de ter turbinado a classe média, a nova presidente diz querer transformar o Brasil num país de classe média, mas a classe média que vem aí está mais para o conservadorismo. Daí que enquanto o PSDB se ressente da diluição do suposto viés social democrata, o PT dá um jeito de achegar-se ao eleitor centrista. Ou direitista.
Afinal, esta eleição já foi. E outras eleições vêm aí. E o que importa é manter o poder.
O movimento para o PT é fácil de fazer, pois a legenda consolidou a imagem de amiga dos pobres. A guinada ao centro poderá ser feita sem maior prejuízo político, pois faltam — até o momento — alternativas viáveis à esquerda. Estão todas a bordo.
A curiosidade é saber com que estratégia o novo governo petista vai administrar, na comunicação, maldades como o reajuste esquálido do salário mínimo e heresias como o repasse camarada dos aeroportos aos capitalistas privados.
Já o PSDB anda ameaçado de enveredar por um caminho perigoso. Todas as pesquisas mostram que o eleitor médio é conservador nos costumes e quer estado protetor na economia e nas questões sociais. Mas alguns tucanos ensaiam ficar na contramão em ambos os vetores. Liberais na economia e vanguardistas na esfera comportamental. Tipo defender a legalização do aborto e das drogas e combater o aumento do salário mínimo.
Mas o jogo não está jogado. Parece haver alguma disposição no PSDB da Câmara dos Deputados para criar problemas reais à base do governo na votação do mínimo. Ainda que haja dois vetores contraditórios agindo.
Um pretende credenciar-se por ter encontrado a solução intermediária que garantiria ao mínimo mais do que deseja o governo, mas sem subi-lo muito.
O outro acredita que o partido ganha mais se aparecer aos olhos do público defendendo os R$ 600 que o candidato tucano disse no ano passado que daria se fosse eleito.
De baixo, de cima
As grandes transformações políticas exigem disposição de confronto dos de baixo, mas também precisam de divisões sérias entre os de cima.
Porque a ausência do segundo quesito costuma resultar no sacrifício de quem, em baixo, decide colocar a cabeça de fora.
As revoluções obedecem a etapas bem definidas. Até um certo ponto há o crescimento da desordem. Operada a passagem do bastão, as energias concentram-se na reabilitação da ordem.
É o que passa na Tunísia. Já no Egito, será preciso verificar a existência ou não de clivagens importantes na cúpula. Se é mais Tunísia ou mais Irã. Ou Síria.
Vai bem
A boa surpresa desta largada de governo é a ministra dos Direitos Humanos.
Maria do Rosário vem provando que o realismo na política não é obrigatoriamente sinônimo de capitulação.
E apareceu com, até agora, a melhor ideia vinda do extenso primeiro escalão: uma força-tarefa com autonomia e autoridade para agir contra a tortura nas prisões.
Fazer mais, e arrumando menos confusão inútil. Eis um caminho
Coluna (Nas entrelinhas) publicada nesta quinta (27) no Correio Braziliense.
Alon Feuerwerker
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Jogo do Poder com Aloizio Mercadante (3 de 6)
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Mutretas e picaretas
Não bastasse esse discurso, Lula se ocupava em expor as mazelas do capitalismo, atribuindo-as à mazelas de governos, dizia ele: “o que falta é vergonha na cara”. A cada desacerto, falcatrua, irregularidade o nosso metalúrgico berrava a todos pulmões: “são maracutaias, negócios desonestos, praticados contra o povo”. Não se contendo diante de tantos malfazejos, denunciou com toda veemência: “no Congresso existem mais de trezentos picaretas”. Ora, logo que Lula chegou ao governo, ao invés de cessarem, proliferaram as tão denunciadas maracutaias. Foi o tão escandaloso mensalão, prática desonesta e obscena, capitaneado pelo chefe petista da quadrilha, José Dirceu, e formada por tantos outros delinquentes. Diante do escândalo, Lula teve o desplante de vir a público dizer: “Isso se chama caixa dois, e todos os partidos praticam”. Mas o PT não seria um partido diferente? Isso pouco importa, e se sucederam as maracutaias: Valdomiro, na Casa Civil, “sanguessugas”, no Ministério da Saúde, a palhaçada dos aloprados, novo escândalo na casa Civil, com Erenice, invasão de sigilo fiscal e outras tantas maracutaias.
Quanto aos picaretas, Lula se deu muito bem com eles. Tornou-se notória sua aproximação com figuras como: José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros, Romero Jucá e outros tantos mestres da picaretagem. Com eles, Lula soube muito bem se entender e trocar valorosos favores às expensas dos interesses maiores da população. Correram livres as mutretas e “nunca antes na história desse país” os picaretas entenderam-se tão bem.
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Parlamento sueco dá exemplo de transparência
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Justo Verissimo e sua corruptocracia
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Olavo de Carvalho- 8 de novembro de 2010
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Filósofos debatem sobre a qualidade da democracia brasileira na era Lula...
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Filósofos debatem sobre a qualidade da democracia brasileira na era Lula...
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ESPECTACULAR IMPRESIONANTE Derbake -Ambar
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Estepe de luxo
Primeiro foi Gilberto Carvalho, que disse que "Lula pode voltar se necessário" (se Dilma não emplacar); e agora, o próprio, que não descarta seu retorno (sem esclarecer em que circunstância). O que surpreende não é a declaração em si - o que é notório, haja vista sua dificuldade em deixar o poder -, mas a ameaça que paira: do alto de sua popularidade, Lula vai ficar de plantão à espera de que tudo falhe - talvez uma crise como a do mensalão - para regressar como salvador da Pátria. Ele sai, mas seu fantasma ficará arrastando correntes na Esplanada.
Roberto Jefferson
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
As 10 economias que mais crescerão nos próximos cinco anos
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China: 9,5% anual
Índia: 8,2%
Etiópia: 8,1%
Moçambique: 7,7%
Tanzânia: 7,2%
Vietnã: 7,2%
Congo: 7%
Gana: 7%
Zâmbia: 6,9%
Nigéria: 6,8%
Fonte: FMI e The Economist
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Islamismo e política
Luís Carlos Lopes
A polêmica em torno do projeto de construção de uma mesquita em Nova York demonstra os desvairos do tempo presente. Prova que uma boa parte dos estadunidenses acredita que a religião muçulmana possa explicar o 11 de setembro de 2001. O povo protestando nas ruas a favor e contra o citado projeto e a forte espetacularização midiática sobre o caso comprovam como é fácil convencer as multidões com argumentos falsos e superficiais. Isto não é nenhuma novidade nos EUA e nem mundo afora. Comprova também que, mesmo neste país, esta questão está longe de estar pacificada.
A islamofobia vem crescendo e obscurecendo a capacidade de se compreender o que ela realmente esconde. Trata-se de um preconceito que reúne o ódio aos que têm uma religião com mais de um bilhão de adeptos ao velho racismo anti-árabe, anti-oriental e anti-negro. O sentimento islamofóbico vem, sendo há muito tempo, amplamente difundido pelas grandes mídias, especialmente, pela indústria cinematográfica dos EUA. Nos filmes de ação de péssimo gosto e clara intenção propagandística há, habitualmente, alguém identificável como muçulmano que representa o mal a ser combatido.
As raízes da islamofobia são muito antigas, as mesmas do anti-semitismo e dos mil e um preconceitos originados no cristianismo medieval. A velha Igreja demonizou judeus, árabes, asiáticos e negros que não possuíam a mesma fé, tratando-os como infiéis e subumanos. As Cruzadas foram movimentos comerciais e punitivos europeu-católicos em direção à Jerusalém. Nunca se viu os árabes, responderem na mesma moeda. É bem verdade, que o velho projeto expansionista árabe conseguiu permanecer na Europa por, aproximadamente, mil anos, notadamente na Península Ibérica. De lá expulsos, deixaram impressionantes marcas de uma cultura esplendorosa que uniu valores do Ocidente aos do Oriente.
Isto tudo foi esquecido e o cristianismo ocidental, de amplo uso político, dividiu o mundo entre contrários absolutos que navegaram até chegar no tempo presente. As manipulações político-religiosas serviram para as conquistas coloniais e para a justificação da dominação extrema de parcelas significativas da humanidade. Nelas, os nativos das Américas foram incluídos como os novos deserdados da Terra, estando em posição similar dos antigos inimigos da ordem ocidental. Os africanos, transformados em escravos durante mais do que 400 anos. O escravismo foi uma das mais significativas bases da acumulação de capitais. Esta possibilitou o surgimento da era industrial e do capitalismo moderno.
Hoje, o neocolonialismo coloca árabes, latino-americanos, africanos e asiáticos como fornecedores de matérias primas e mão-de-obra barata que alimentam as fornalhas do desenvolvimento industrial e da ordem econômica contemporânea. Ser branco, cristão e de origem européia foi, e continua sendo, um pré-requisito para dominar e se dizer que se tem a verdade inquestionável dos ‘eleitos’ como os donos do mundo. Estes são os que têm maior poder econômico e militar. São os que podem manipular, torcer a história e conduzir o desastre da guerra. Quem ousar se confrontar, mesmo que apenas no plano das idéias, estará sempre correndo o risco de ser esmagado.
A geografia humana atual da religião de Maomé é muito vasta indo do mundo árabe, onde nasceu no norte da África, subindo em direção ao que se chamava de Oriente Próximo e descendo até a África Central. A presença desta religião nestas vastas áreas testemunha o velho esplendor da cultura árabe que se expandiu a partir do século VII e eclipsou-se paulatinamente desde o século XII. O velho poder do Islão medieval não mais existe. Os países islâmicos são também nações com muitos problemas políticos, sociais e muita riqueza material, sobretudo o petróleo, amplamente exploradas pelo mundo ocidental.
A desigualdade social e a existência de modos de produção primitivos também marcam os países islâmicos. A existência de costumes bárbaros usados de modo aberto é um fato fortemente explorado pelas grandes mídias. Hipocritamente, o mundo ocidental ‘esquece’ que, apesar do seu amplo desenvolvimento econômico e cultural, a barbárie não foi erradicada e que parcelas expressivas da população a enfrentam em seu cotidiano. A presença de regimes ditatoriais, teocráticos e principescos é outra das características inegáveis dos países onde a fé em Maomé é hegemônica. A propaganda ocidental também ‘esquece’ que estes regimes são apoiados pelas nações mais ricas, quando isto lhes convêm. Não há nenhum interesse em lembrar a densa e trágica história de lutas internas contrárias aos regimes de força.
Não há nenhum registro de que as invasões e as pressões econômico-diplomáticas e militares ocidentais tenham contribuído para melhorar a situação de nenhum destes países. Ao contrário, estas pressões reforçaram o espírito teocrático que preside a vida em alguns destes países. Tem sido responsável pelo desenvolvimento do chamado fundamentalismo islâmico que prega uma luta sem tréguas ou limites éticos contra o Ocidente. Este movimento é minoritário e não pode ser confundido com a religião de paz e de auto-reflexão baseada em Maomé. Só ganhou visibilidade, após a tragédia de 2001 e das subseqüentes.
Outro problema é que os países islâmicos fazem parte do conjunto de nações que exportam seus filhos à busca de trabalho e de melhores dias. Por isso, a religião de Maomé está em toda parte do planeta e seu ciclo de expansão está longe de ter terminado. Estes imigrantes vão, principalmente, para suas ex-metrópoles, já que seus países foram colônias por décadas ou ainda funcionam como protetorados ou ‘quintais’ de alguns países ricos. Concentram-se maciçamente na América do Norte e na Europa Ocidental. Levam com eles sua religião, bem como, a perplexidade de ver seus países de origem sob forte pressão. Alguns poucos destes filhos da imigração aceitam as teses do fundamentalismo e se engajam em ações diretas. Eles dizem que agem em nome de Alá. Na verdade, suas razões são políticas e passam longe de problemas teológicos.
Do ponto de vista dos direitos humanos, o princípio de que todos são culpados e devem pagar é inaceitável. Não é exagero chamar estes movimentos de fascistas. Mas, isto também deveria valer para os que eliminaram mais de um milhão de iraquianos nos últimos cinco anos, em sua maioria, civis. O correto é que a mesma idéia fosse aplicada aos que matam para impor seu poder, atingindo, quase em todos os casos, a quem está no seu país, trabalhando ou simplesmente se transferindo de um lugar para o outro. Não há uma escala de valores defensável que diga que a vida de um muçulmano valha menos do que a de um ocidental.
Luís Carlos Lopes é professor e escritor.
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Franklin Delano Roosevelt
30/01/1882, em Hyde Park, Nova York
12/04/1945, Warm Springs, Geórgia
Da Redação
Em São Paulo
Segundo a maioria dos historiadores americanos, o democrata Franklin Delano Roosevelt foi o maior estadista dos Estados Unidos. Ele ajudou os americanos a recuperarem a fé, levando esperança com sua promessa de ação rápida e vigorosa, afirmando em seu discurso de posse: "A única coisa que devemos temer é o medo".
Ao assumir a presidência em 1933, Roosevelt encontrou um país de joelhos. Milhões de pessoas passavam fome, todos os bancos haviam falido, e as perspectivas eram as mais sombrias para a indústria e a agricultura.
Esse quadro desolador foi resultado da crise de superprodução e do crack na Bolsa de Nova York, iniciada em 1929. O liberalismo econômico radical, segundo o qual o Estado não deve regular ou intervir na economia, foi o maior responsável pela crise. Os presidentes republicanos que o precederam não previram os riscos deste liberalismo e nem demonstrarm sensibilidade para com os problemas sociais decorrentes da crise.
Para contorná-la, Roosevelt apelou para a cartilha democrata e, como conseqüência, não só ajudou a tirar o país da crise como também contribuiu para a evolução do capitalismo. Inspirado nas idéias do economista inglês John Maynard Keynes, Roosevelt concebeu o "New Deal" (Novo Trato), um conjunto de medidas econômicas pelas quais o Estado aumentava sua participação na economia, criando uma demanada que, para ser atendida, botava em ação setores da economia antes paralisados pela crise.
O "New Deal" provocou queda no desemprego, aliviando a situação de milhões de famílias. A recuperação da economia era desencadeada por um crescente déficit público, o qual o presidente financiava com aumento de impostos para os mais ricos, num mecanismo de distribuição de renda de ricos para pobres.
Roosevelt nasceu em 1882, no Estado de Nova York. Ele freqüentou a Universidade Harvard e a Faculdade de Direito de Colúmbia, em Nova York. Seguindo o exemplo de seu primo em quinto grau, o ex-presidente Theodore Roosevelt (1901-1908), ele entrou para a política.
Em 1920 ele foi o candidato democrata à vice-presidência. Em 1921, aos 39 anos, ele foi acometido de poliomielite, demonstrando uma coragem indomável. Ele apareceu dramaticamente de muletas para indicar Alfred E. Smith na Convenção Democrata de 1924. Em 1928 ele se tornou governador de Nova York, o "Empire State" (Estado Imperial).
Ele foi eleito presidente em 1932. No início de 1933 havia 13 milhões de desempregados, e quase todos os bancos tinham fechado. Ele apresentou um amplo programa para ajudar as empresas, a agricultura, os desempregados e aqueles que corriam o risco de execução de hipotecas.
Em 1935, o país estava se recuperando, mas empresários e banqueiros se voltaram contra o "New Deal" de Roosevelt. Demonstrando ganância empleno período de crise, eles não gostavam das concessões aos trabalhadores e ficaram horrorizados com déficits no orçamento.
Foi então que Roosevelt respondeu com impostos mais elevados sobre os ricos, controles sobre os bancos e empresas de utilidade pública, um enorme programa de ajuda para os desempregados e um novo programa de reformas: o seguro social.
Roosevelt foi reeleito por elevada margem de votos em 1936, 1940 e 1944. Foi o presidente que governou por mais tempo os EUA. Ele buscou uma legislação que levou a uma revolução na lei constitucional. Depois disso o governo poderia legalmente regular a economia.
Ele também buscou por meio de uma legislação de neutralidade manter os Estados Unidos fora da guerra na Europa, mas ao mesmo tempo adotou uma política de "boa vizinhança" para fortalecer os países ameaçados ou atacados.
Assim, quando a França caiu e a Inglaterra ficou sitiada em 1940, ele começou a enviar para a Grã-Bretanha toda a ajuda possível que não representasse um envolvimento militar direto. Mas os japoneses atacaram Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941, levando Roosevelt a direcionar rapidamente a organização dos recursos e efetivo para a guerra mundial.
Sentindo que a futura paz do mundo dependeria das relações entre os Estados Unidos e a Rússia, o presidente dedicou muita reflexão ao planejamento da Organização das Nações Unidas, por meio da qual, ele esperava, problemas internacionais poderiam ser resolvidos.
À medida que a guerra se aproximava do final, a saúde de Roosevelt deteriorou, e em 12 de abril de 1945, enquanto estava em Warm Springs, Geórgia, ele morreu de hemorragia cerebral.
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Deputado Explica porque precisa de aumento salarial. Top Five - CQC 20/...
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Dilma e os tempos da política (3 jan. 2010)
A política conhece muitos tempos. Ora exerce seus efeitos na longa duração, em que o movimento que ela ativa é quase imperceptível à observação, embora arraste os caminhos da vida inexoravelmente para uma dada direção, como se cumprisse, diria Tocqueville, um mandato da Providência. Sob o primado desse tempo, a política ficaria como que subsumida ao lento andamento das estruturas, condenando as ações do ator, que não saberia interpretá-lo e a agir de acordo com ele, a uma mera e estéril agitação.
Ora, contrariamente, o seu tempo se encurta, e o transcurso do seu enredo passa a depender da vontade e da capacidade de ação dos atores envolvidos em sua trama. Temos conhecido várias formas de manifestação desses tempos da política, desde a lentidão paquidérmica do 2º Reinado às repentinas acelerações dos anos 1950/60 — exemplar os 50 anos em 5 de JK —, até essa forma que se tornou presente nesses 16 anos de governos do PSDB e do PT, em que ator e estruturas como que se ajustam entre si em favor da obra continuada de consolidação e aprofundamento do capitalismo no país.
Esse tempo de média duração, que já se projeta por mais quatro anos no mandato presidencial de Dilma, continha, no entanto, uma forte possibilidade de ser subvertido: a proposta de uma emenda constitucional que viesse a dispor sobre a possibilidade de um terceiro mandato para Lula. Bastava isso para interromper a rota aprazível, com tempos previsíveis e calculáveis, em que seguimos em marcha quase lenta, para sermos devolvidos à política de conflitos agonísticos de um passado recente. O terceiro mandato somente poderia se justificar em nome de um novo começo para o governo do PT, um retorno à pureza das origens perdida com o que teria sido o passo malfadado, mas obrigatório, em sua própria avaliação, da Carta aos brasileiros.
Evidente que os ensaios para o terceiro mandato não povoavam apenas a imaginação de Lula, compartilhados por vários do seu entorno. Projetos de emenda constitucional andaram sendo apresentados, e, como sabido, jabuti não sobe em árvore. A decisão, porém, inequivocamente coube a ele, que evitou atravessar aquele Rubicão que mudaria o seu destino e o da República. As sombras que anuviavam as vésperas da posse de Dilma, e que devem acompanhar o início do seu governo, diante de um presidente resplandecente de popularidade, mas no ocaso do seu mandato, provêm do drama pessoal e político que terminou pelo ato de vontade de Lula ao recusar o atalho que tinha à sua frente.
Uma alternativa seria a de confiar os destinos da política ao seu partido, sequer cogitada. A opção de Lula foi a de escolher, entre os quadros de confiança do seu governo, uma candidata em cuja campanha se empenharia, como se candidato fosse, pela sua vitória eleitoral. E daí, um terceiro mandato por interposta pessoa? Ou um gabinete das sombras, eventual crítico do governo de Dilma e sem com ele se comprometer, na preparação de um retorno triunfal na próxima sucessão?
Se um terceiro mandato para Lula somente faria sentido se implicasse um giro radical em favor de uma ética de convicção orientada para os fins de uma política tida, afinal, como justa e desejável, sua recusa a esse caminho não concede a Dilma se não o da ética da responsabilidade, inclusive por razões de estilo pessoal, arredia como é a expressividade própria ao carisma.
O governo de Dilma se vê, assim, desde o seu início, confrontado pela necessidade de eliminar os ruídos que ainda lhe chegam dos tempos em que a tentação do terceiro mandato parecia atraente e de eventuais remorsos pela decisão que o recusou.
Algo dessas marcas está aí presente nesse momento do seu nascimento, reclamando que imponha logo e com precisão os rumos do seu governo.
Dado que seu mandato está de, algum modo, vinculado à herança da obra dos seus antecessores, de antemão pode-se avaliar que a aceleração do tempo não será mobilizada como recurso político. Tudo indica que, com ela e seus homens de governo, ficam para trás veleidades de uma política de modernização pelo alto, que sempre ronda a nossa história republicana com a sua tradição de autoritarismo político.
À sua frente os desafios são imensos, a começar pelas políticas públicas destinadas à saúde e à educação, catástrofes nacionais, e pelas incertezas postas no horizonte pela economia-mundo.
A dimensão sistêmica da economia será enfrentada pelos especialistas integrantes do seu governo, e deverá contar com sua participação, ao que parece com tirocínio na matéria. Mas, qualquer que seja a orientação adotada, ela se verá condicionada, por mais insulada que esteja dos partidos políticos e da sociedade civil, a dialogar com o já vasto circuito, na universidade e na imprensa, inclusive a sindical, de formação da opinião em assuntos econômicos. A ética da responsabilidade, via que se impôs à nova governante, é propícia à lógica da vida republicana, e, como tal, é de se esperar maior influência da política sobre os rumos da economia.
De outra parte, a urgência da questão social, enfaticamente patente nos episódios do Rio de Janeiro, em particular com a ocupação político-militar do Complexo do Alemão, demonstra com clareza que incorporar à cidade milhões de pessoas à margem dos seus valores é obra que transcende em muito a capacidade do Estado e de suas agências. Sem a mobilização da sociedade civil, em uma ação politicamente concertada, não há bom futuro para uma simples ocupação militar. Os indicadores estão à vista de todos: a sociedade civil quer, pode e tem recursos próprios para agir, em particular os estratégicos bens culturais, mas, para que isso ocorra, a adesão do Estado às instituições e aos valores republicanos tem de se tornar absolutamente explícita.
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Luiz Werneck Vianna é professor visitante da Uerj e ex-presidente da Anpocs.
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Lula e Calígula
Conta-nos a história que o imperador romano Júlio Cesar Calígula, além de outras extravagâncias, resolveu nomear o seu cavalo preferido, Incitatus, senador de Roma. Tomado pela glória Calígula perdeu a razão e, por conseguinte, o senso do ridículo, praticando esse e outros atos estapafúrdios.
Ora, apesar de tão distante, pelo tempo decorrido, encontramos semelhanças quanto ao caráter insano de Calígula quando lemos nos jornais a noticia de que um campo de petróleo, por sugestão do bajulador e subserviente presidente da Petrobrás Sergio Gabrielli, deveria ser batizado com o nome Lula. Não deixa de ser uma extravagância e a dose foi tamanha, que o próprio Lula, num lampejo de bom senso, tentou corrigir o disparate afirmando que lula, no caso, seria o nome do “crustáceo”.
Não sabemos se essa proposta tão ridícula e tão ao gosto da extraordinária vaidade do ex-presidente prosseguirá. De qualquer forma, esse episódio é motivo, se não de estranheza ou perplexidade, mas, com certeza, de indignação, diante de um testemunho tão eloquente de bajulação e falsa modéstia.
Mas por que haveremos de lamentar tanto? A história está repleta de Lulas e Calígulas. Está repleta, também, de ironias e uma delas está justamente no fato do capitalismo internacional ter sido outrora agraciado com o extraordinário desempenho do metalúrgico polonês Lesh Valessa que, sob as bênçãos do Papa, conseguiu resgatar a Polônia para as hostes do capitalismo. Enquanto aqui, o metalúrgico Lula, revelou-se um irrepreensível quadro político capaz de prestar inomináveis serviços ao sistema vigente.
A baixos custos, conseguiu cooptar a massa dos desvalidos, tranformando-a num imenso colégio eleitoral, através do programa Bolsa Família. Por outro lado, conseguiu imobilizar as centrais sindicais e estudantis, ministrando generosas propinas e, dessa maneira, garantir a burguesia vultosos lucros e um momento de indiscutível tranquilidade fazendo jus ao reconhecimento público, emitido por Barack Obama quando o considerou “o cara”.
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Carlos Nelson Coutinho
Carlos Nelson Coutinho
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CASO WIKILEAKS - Hugo Chávez y Hillary Clinton
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011
PAC terá R$ 11 bi para obras de drenagem de rios e encostas
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CQC faz humor com boato sobre Michel Temer ser satanista
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Governo mudará legislação para coibir uso irregular do solo
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A jogadora Marta conta como foi a conversa com a presidenta Dilma
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Atentado suicida no principal aeroporto de Moscovo faz...
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Michel Temer
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
RIO PALESTINA parte 4
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RIO PALESTINA parte 3
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RIO PALESTINA parte 2
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RIO PALESTINA parte 1
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domingo, 23 de janeiro de 2011
PT e PSDB liberaram os seus cães
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sábado, 22 de janeiro de 2011
O velho e o novo Tea Party - por Luiz Horacio
Seria bom a gente entender melhor essa coisa do novo Tea Party. Originalmente, foi um evento de protesto dos colonos americanos contra os colonizadores ingleses, motivado pelo monopólio do comércio do chá (devia ser uma bebida muito apreciada e consumida na época) e pelos impostos que os ingleses cobravam dos americanos, para que pudessem beber chá. Foram ao porto e jogaram no mar todo o chá que chegava na América (na época não era EUA). Foi um protesto nativista e também emancipador, fez parte do processo da Independência americana. O dinheiro ia embora do país e fortalecia a dominação do território americano pelos ingleses, mantendo a América como colônia.
Mas o que pretende o "neo" Tea Party? A organização de pequenos grupos locais de oposição e combate ao "poder central"? E em geral em pequenas cidades. O "poder central" agora é a própria democracia americana, são os Estados Unidos da América. Quer dizer, o dinheiro retorna para as comunidades, em escolas, estradas, investimentos e na organização e administração de seu próprio país, que por acaso ainda é a maior potência mundial, mesmo em crise profunda. Não faz sentido, não é racional. Os cidadãos voltando-se contra o Estado que os socorre, em uma grande crise que foi provocada justamente por aqueles que desejavam um Estado mínimo e não atuante, um Estado títere, que "não os atrapalhasse" em seus negócios, talvez esquecendo-se que o Estado é que cria as condições básicas para os bons negócios.
Parece que o Tea Party é um "levante" dos setores mais atrasados da sociedade americana. Uma forma de transformar em dividendos políticos e em poder real uma reação contra as mudanças que são necessárias nos EUA, por causa do tempo, por causa da história, por que as coisas mudam, o mundo muda, e mudou bastante. Uma tentativa não de discutir a política conservadora e de direita (o que é democrático e válido), mas de impor a mesma receita dos modos sociais vigentes nos EUA nos séculos 19 e 20. E isto se mistura justamente com o atraso político de determinadas regiões, geralmente ainda marcadas pelo divisionismo da Guerra Civil, pela resistência dos "rebeldes" ao Estado "ianque".
Sob esses aspectos, o papel que o Tea Party poderá desempenhar não é o de buscar alternativas para seu próprio país, mas sim o de aprofundar e complicar a grande crise americana. O conflito não gera solução; gera mais conflito.
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Havia um tempo
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Oposição melosa
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Mercadante
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Descaso como herança
Roberto Jefferson
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EU QUERO QUALIDADE!!!
Em todas as áreas da vida essa compulsão se alastra como um vírus. Precisamos ter mais de um carro, ter muitas roupas, muitos sapatos, temos que ter muitos amigos, precisamos ter muitas relações sexuais,
para provar a nós mesmos que estamos bem que temos sucesso.
O parâmetro para avaliar se um evento foi bom é a quantidade de pessoas que estão nele. As igrejas também aderiram a esse conceito. Quanto mais cheia, melhor.
Estou em um estágio de minha vida em que deixei de dar importância a quantidade e estou preferindo optar pela qualidade.
Para me satisfazer, qualquer que seja a área de minha vida, quero qualidade. Se puder aliar qualidade a quantidade melhor ainda .
Prefiro ter menos relações sexuais com minha esposa, mas as que terei serão muito mais intensas e inesqueciveis, prefiro ter alguns amigos que realmente são amigos do que conhecer uma grande quantidade de pessoas que só sabem o meu nome. Prefiro participar de uma Igreja com poucos membros, mas onde a qualidade do relacionamento com os irmãos e com Deus seja mais intensa.
Não estou dizendo que qualidade é melhor que quantidade. Cada um busque para si o que acha melhor. Eu já escolhi.
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O fetiche intelectual
Eu lamento, deveras, por aqueles que passam mais tempo dizendo que gostam de ler livros do que lendo, propriamente.
Para esses, em que a literatura é um mero fetiche, um arremedo para seu hebetismo, dedico estas ingratas linhas.
Então, a esses que entram em livrarias todas as vezes que vão ao shopping e jamais compram nada, justificando que é caro, mas que, ironia dorida, jamais pegaram um livro emprestado numa biblioteca (senão quando um professor qualquer obrigou), a estes leitores de Dan Brown ou auto-ajuda, dedico humilde e singelamente, de coração contrito e lágrimas contidas, um olhar de cima para baixo, um desprezo que não consigo conter, uma lamúria derradeira sobre sua nociva pseudo-intelectualidade, a bagatela de vossas inteligências.
Eles se julgam superiores aos meros mortais por estes não lerem, por falarem eventualmente errado, por não terem curso superior. Quem dera estes pseudo-intelectuais pudessem permutar suas inteligências pelas suas arrogâncias. Julgam que uma é grande e a outra é bem pequena, quando na verdade, na maioria das vezes é exatamente o contrário.
Bem, nutrir tais sensações não me faz bem, é claro, mas convenhamos que é difícil se conter ante a ignomínia daqueles que deveriam compor a elite intelectual do país, e na verdade são fantasmas do que poderiam ser, fantoches que nada contribuem para o desenvolvimento da nação, mesquinhos eivados de uma soberba injustificada, que insistem ainda em se julgarem melhores do que os outros.
Vejo muita gente criticando o “povo brasileiro”, chamando-o de ignorante, preguiçoso e que tais, porém, muito mais pernicioso ao país do que sua parcela mais humilde é a sua elite burra.
Uma lástima.
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Promessa
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
oposição de esquerda
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Palácio de Pena
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VERGONHA!
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Depois da tragédia
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Política e Jardinagem
De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim "vocare", quer dizer "chamado". Vocação é um chamado interior de amor: chamado de amor por um "fazer". No lugar desse "fazer" o vocacionado quer "fazer amor" com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada.
"Política" vem de "polis", cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos os moradores da cidade.
Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades; sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oases. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu "o que é política?", ele nos responderia, " a arte da jardinagem aplicada às coisas públicas".
O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se à sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.
Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade. A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.
Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.
Todas as vocações podem ser transformadas em profissões O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumente o deserto e o sofrimento.
Assim é a política. São muitos os políticos profissionais. Posso, então, enunciar minha segunda tese: de todas as profissões, a profissão política é a mais vil. O que explica o desencanto total do povo, em relação à política. Guimarães Rosa, perguntado por Günter Lorenz se ele se considerava político, respondeu: "Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade.... Ao contrário dos "legítimos" políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu penso na ressurreição do homem." Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva muitos anos para crescer. É mais lucrativo cortá-las.
Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de serem confundidos com gigolôs e de terem de conviver com gigolês.
Escrevo para vocês, jovens, para seduzí-los à vocação política. Talvez haja jardineiros adormecidos dentro de vocês. A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas, legítimas, se forem vocação. Mas todas elas afunilantes: vão colocá-los num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar onde o destino do jardim é decidido. Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?
Acabamos de celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegar, não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são crueis e insensíveis, indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem. Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi. Os que sobre ela agiram não eram jardineiros. Eram lenhadores e madeireros. E foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim para a felicidade de todos foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde uns poucos encontram vida e prazer.
Há descobrimentos de origens. Mais belos são os descobrimentos de destinos. Talvez, então, se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino. Então, ao invés de desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiveram o amor e a paciência de plantar árvores à cuja sombra nunca se assentariam.
rubem_alves@uol.com.br - www.rubemalves.com.br
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sábado, 15 de janeiro de 2011
Tobby entrevista - Chefe do tráfico
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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
VIRATO FAZ CAMPANHA NA IGREJA DE PE. INÁCIO DESEJO PROIBIDO
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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
1/6 - De Frente com Gabi - Fernando Henrique Cardoso - 01/08/10
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Luciana Zattar
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Pink Floyd "Shine On You Crazy Diamond" Syd Barrett Tribute
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MARIA ELVIRA LIVE 06 30 2009 FAMILIA FIDEL CLIP 1
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Redescobrindo a Segunda Guerra - Apocalipse - 5_5.rmvb
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Redescobrindo a Segunda Guerra - Apocalipse - 4_5.rmvb
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Redescobrindo a Segunda Guerra - Apocalipse - 3_5.rmvb
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Redescobrindo a Segunda Guerra - Apocalipse - 2_5.rmvb
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Redescobrindo a Segunda Guerra - Apocalipse - 1_5.rmvb
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domingo, 9 de janeiro de 2011
Jogo do Poder
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Mapa do Brasil Rico e Pobre
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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Para que servem as mãos
Carece ainda de esclarecimento o real significado da política de "mãos estendidas" à oposição propugnada pela presidente Dilma Rousseff em seu discurso de posse e defendida pelo ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, encarregado de administrar o equilíbrio ecológico entre as forças políticas representadas no Congresso.
A expressão "mãos estendidas" adquiriu notoriedade política na fase final da ditadura como expressão da disposição dos militares em abrir diálogo com a oposição para negociar a distensão do regime.
Hoje soa um tanto démodé, ganha um sentido algo majestático, arrogante mesmo. Como se a atividade política dos oposicionistas dependesse das concessões que lhes estivessem dispostos a fazer os governistas estendendo o braço, na realidade, para o beija-mão.
Escapa à naturalidade do contraditório democrático um governante receber elogios por expressar inclinação ao diálogo com os opositores. Bem como é sinal de que alguma coisa não funciona bem quando há a necessidade de esse mesmo governante comunicar à nação que não tem compromisso com ilegalidades.
Como disse a própria Dilma às milhares de pessoas que a saudavam na Praça dos Três Poderes logo após a transmissão da faixa presidencial, é o embate civilizado que move as democracias.
E tal embate decorre exatamente do exercício normal do conflito de concepções político-administrativas e, em períodos eleitorais, da disputa pelo poder.
No contexto atual, em que não é preciso o governo fazer concessões à oposição, a política de "mãos estendidas" só pode ser entendida como uma tentativa do governo de neutralizar a oposição em seu ofício (conferido pelas urnas) de se contrapor conferindo por antecipação ao contraditório o sentido de intransigência e de recusa ao diálogo proposto.
É papel do governo, claro, tentar conviver com uma oposição o mais amena possível. Mas é a oposição quem decide sobre o próprio rumo, tendo em vista o conteúdo das ações do governo e o próximo embate eleitoral.
Nesse aspecto, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, deu sua versão das "mãos estendidas", numa entrevista ao jornal Folha de S. Paulo de ontem: "Estou dizendo à oposição para que não se agite demais. Temos uma carga pesada. Não brinca muito que a gente traz", disse ele avisando que o governo "tem o Pelé no banco de reservas".
Isso no primeiro dia de governo. A quatro anos da eleição presidencial, o aviso é claro: aquietem-se, pois se não se comportarem Lula vem aí.
Cabe à oposição resolver se faz o que lhe dita o governo ou se atua conforme os ditames do marco democrático.
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Por qué luchamos - Por que lutamos
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Democratização da comunicação
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Os puxa-sacos
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Feliz Brasil 2111
Anos atrás, os idosos pobres passaram a contar com a aposentadoria rural que lhes garante um salário mínimo, mas não receberam serviço de saúde, nem emprego para os filhos. Desde a implantação do Plano Real, houve uma melhora na afluência das pessoas, graças ao crescimento econômico com estabilidade monetária, mas as pessoas continuam sem poder ir à ruas porque a segurança piorou. Com a Bolsa Escola e a Bolsa Família, milhões saíram da renda zero, mas a escola dos filhos não melhorou. Nunca vendeu-se tanto automóvel e nunca perdeu-se tanto tempo nos engarrafamentos de trânsito. Nos últimos dias, milhares de pessoas tentam fazer a primeira viagem de avião, mas não conseguem ser atendidas nos aeroportos.
O aumento na renda e a facilidade de crédito permitiram aumentar o poder de compra, mas não aumentou o bem estar que vem da soma da renda com os serviços públicos de qualidade disponíveis. O resultado é uma população onde melhora a renda pessoal de cada indivíduo, mas não melhora a qualidade de vida do conjunto da população. Melhora-se o presente, descuidando-se do futuro.
Nunca tantos conseguiram lugar em uma universidade, graças à Bolsa Prouni, mas os cursos perdem qualidade sobretudo por causa da vergonhosa tragédia em que a educação de base continua se arrastando. Resolve-se o problema de cada indivíduo que consegue entrar na universidade, mas não se faz o salto para garantir que todos terminem o ensino médio com qualidade. Porque a bolsa é para cada aluno, como uma renda transferida ao indivíduo, o ensino de base com qualidade é um serviço público oferecido à sociedade.
Na política, todos podem votar, mas votam pensando em si e no presente; a corrupção e os privilégios continuam. Cada eleitor vota, mas o povo não controla os eleitos.
Estes são exemplos de que o Brasil melhorou a afluência na renda de cada pessoa, mas manteve a penúria nos serviços públicos para a coletividade. Somos um país que melhora a renda de cada indivíduo, mas não os serviços ao público.
O noticiário nos últimos dias do ano mostra esta triste contradição brasileira. Parte das notícias são sobre o recorde de vendas no comércio, outra sobre as mortes por balas perdidas, crianças abandonadas, escolas degradadas, hospitais precários, mortes no trânsito, engarrafamentos intermináveis, vôos cancelados. A primeira parte decorre da afluência das pessoas, graças a salários, rendas e empréstimos, a segunda decorre da penúria nos serviços públicos.
A economia e o crescimento não se sustém apenas com a renda e o consumo das pessoas, sem investimentos fortes na infra-estrutura, sem uma forte ação na construção de um sistema eficiente de geração de ciência e tecnologia, sem uma revolução na educação de base, sem serviço de saúde eficiente para todos, sem segurança nas ruas. Mesmo com o povo contente, um país pode ter um triste destino histórico, se a alegria vier apenas individualizada, sem o atendimento ao conjunto de todas as pessoas. O Brasil tem uma população muito mais alegre do que há alguns anos atrás, e isto é muito bom, mas ao mesmo tempo é preocupante que a alegria com o presente individual esconda a tragédia com o futuro coletivo.
Um exemplo desta afluência privada com penúria pública está na cultura do País, que prioriza a solução para cada indivíduo, sem olhar para o conjunto da população e para o futuro; oferece alternativas imediatistas de consumo para indivíduos, sem considerar as soluções definitivas de longo prazo, para o País. É assim que pensamos, os brasileiros, daí nossa baixa taxa de poupança, nosso desprezo e vandalismo com o que pertence ao público, o imediatismo como decidimos na vida pessoal e votamos na vida política. Daí preferir-se uma roupa nova a uma melhora na escola do filho.
Esta cultura pode fazer muitos brasileiros felizes no presente, mas não é suficiente para fazer um Feliz Brasil 2111.
Cristóvam Buarque
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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Comentário sobre o ex-presidente feito no Blog do Noblat
"Nome: sergio de paulo pacheco - 14/4/2008 - 18:45
Noblat,
Se esqueceu do EGO do homem?
Se pararem de puxar seu saco perde a razão de viver.
Êle quer mais é ouvir como o povo brasileiro o adora, e com isso criar esse frenesi na oposição que não se garante.
O fulano quando atinge o ponto que o Lula atingiu deve ficar sonhando: Enquanto viver, vou ter sempre alguem
para me animar com as minhas realizações.
Quando morrer, no mínimo vou ser como Getúlio Vargas. Cada cidade, grande ou pequena, vai ter uma avenida com meu nome e meus feitos.
E isso não é vaidade não, é loucura mesmo!
Em compensação, se termina o governo como terminaram Collor e Sarney, nem bueiro de rua tem seus nomes. Alguem já viu, fora do Maranhão, alguma coisa como "PONTE PRESIDENTE JOSE SARNEY"? Ou Avenida "PRESIDENTE COLLOR"? Nem vai ver. "
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Esquerda, direita e bolivarianismo (13/15)
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O email que está mudando a minha vida
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Dossiê Brasilia - Os segredos dos presidentes - entrevista: Itamar Franco
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domingo, 2 de janeiro de 2011
MARIA ELVIRA LIVE 07 03 2009 DOCUMENTAL COREA DEL NORTE CILP 2
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MARIA ELVIRA 07 03 2009 DOCUMENTAL COREA DEL NORTE CLIP 1
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sábado, 1 de janeiro de 2011
1948: Sonho Judeu, Pesadelo Árabe (Canal de História) - 1/4
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1948: Sonho Judeu, Pesadelo Árabe (Canal de História) - 2/4
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1948: Sonho Judeu, Pesadelo Árabe (Canal de História) - 3/4
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1948: Sonho Judeu, Pesadelo Árabe (Canal de História) - 4/4
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A nova presidente prometeu erradicar a miséria
Postado por Atílio às 9:20 PM 0 Comente Aqui!
Dilma já é a nova presidente
Postado por Atílio às 7:24 PM 0 Comente Aqui!
Que gente otimista!
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O PMDB SAI ENFRAQUECIDO?
Postado por Atílio às 4:13 PM 0 Comente Aqui!