quarta-feira, 3 de maio de 2006

Olha o Cinísmo!


Governo divulga comparativo salarial dos professores
Florianópolis (3/5/2006) - O Governo do Estado continua aguardando resposta oficial do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual sobre a proposta de acordo apresentada aos representantes da categoria na última quinta-feira (28/4). “A proposta, com 10 itens, deveria ter sido submetida à reunião do Comando de Greve, mas até agora não tivemos qualquer retorno do Sindicato para analisar sua contraproposta e prosseguir as negociações”, afirma a secretária de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia, Elisabete Anderle. Atendendo a orientação do Colegiado de Governo, a Secretaria divulgou nesta quarta-feira (3) tabela salarial com os comparativos da remuneração dos professores do Estado de 2006 em relação a dezembro de 2002 para mostrar os ganhos promovidos nesse período.De acordo com o estudo, nenhum educador recebe menos do que R$ 905,24, que é a remuneração de um professor com nível médio atuando nas primeiras séries do fundamental no início de carreira. O problema, segundo a secretária, é que o Sindicato divulga para a sociedade sempre o salário-base, sem levar em conta os triênios, auxílio- alimentação e regência de classe que incidem sobre o vencimento. “Nenhuma categoria pode entrar em greve considerando apenas o vencimento e ignorando a remuneração final”, pondera. A mesma lógica é usada para dizer que Santa Catarina está na berlinda no ranking dos estados pagadores de salário para professor. “Enquanto todos os estados tomam como referência a remuneração, o Sindicato se baseia no vencimento”, atesta a diretora de Desenvolvimento Humano, Elizete Mello. De acordo com pesquisas realizadas pelo Conselho Nacional de Secretários da Educação, Santa Catarina subiu em pelo menos dez posições nesse ranking nos últimos três anos. Com o aumento nos percentuais de regência de classe, privilegiando o professor que dispende mais tempo em sala de aula e os abonos concedidos desde 2003 (R$ 200,00) apenas para o magistério, o incremento médio em todos os níveis foi de 36% em relação à remuneração de 2002, reafirma a secretária.Conforme a tabela divulgada, em dezembro de 2002, um professor com formação em ensino médio/Magistério atuando de 1ª a 4ª série, de nível inicial (sem incorporação do triênio, portanto), recebia R$ 594,67. Hoje essa remuneração subiu para R$ 905,24, o que representa um aumento de 52%. O salário de um professor com formação superior, licenciatura plena nível inicial e sem triênio, atuando nas últimas séries do fundamental e no ensino médio passou de R$ 769,95 para R$ 1.166,05, num incremento de 51,44%. O mesmo professor atuando nas primeiras séries do fundamental passou a receber de R$ 885,94 para 1.266,13, o que representa um reajuste de 42,91%. Já a remuneração de professores com doutorado, em nível final de carreira, com 12 triênios e atuando nas últimas séries do fundamental e no ensino médio cresceu de R$ 1.665,74 em dezembro de 2003 para R$ 2.337,42 em abril de 2006, o que perfaz um aumento de 43,41%. O mesmo professor atuando de 1a. a 4a. série teve um aumento de R$ 1.944,42 para 2.577,79. o que representa 35,41% de reajuste.A secretária salienta a urgência e disposição do governo para prosseguir as negociações em torno do Plano de Cargos e Salários do Magistério que pode representar uma solução definitiva para a valorização da categoria, do reajuste de 25% no vale-alimentação e das demais pautas sociais que já tinham encaminhamento. “Percebemos no conjunto de professores e da comunidade escolar o apelo para que o Sindicato prossiga as negociações e suspenda a greve que só prejudica nossos crianças e jovens”, finaliza.Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia

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