domingo, 11 de dezembro de 2011

Emendas reforçam saúde, mas o governo pode cortar

Emendas reforçam saúde, mas o governo pode cortar
Na versão enviada por Dilma Rousseff ao Congresso, o Orçamento da União reservara R$ 79,6 bilhões para a saúde pública no ano de 2012.

Tonificada por emendas de parlamentares, a cifra deve ser elevada para algo em torno de R$ 84 bilhões.

Chama-se Rui Costa o deputado que cuida, na Comissão do Orçamento, do relatório setorial da saúde.

Costa pertence aos quadros do PT, que se apressou em trombetear no site partidário: “Verba para saúde terá aumento significativo no próximo ano.” É lorota.

Na véspera, o condomínio governista movera sua infantaria para derrubar no Senado a regra que obrigava o governo a investir no SUS 10% da receita no SUS.

Com isso, negou-se à saúde vitamina de R$ 35 bilhões e manteve-se a norma antiga: a União só tem carrear à saúde o montante do ano anterior mais a variação do PIB.

Quer dizer: preto no branco, o Tesouro não precisa entregar nada além dos R$ 79,6 bilhões já previstos. Dependendo de como fechar o PIB de 2011, pode ser até menos.

E quanto às emendas? Bem, o governo deve bloqueá-las ("contingenciar", no jargão oficial). Ou, por outra: as emendas serão passadas na faca.

“Não dá pra dizer que o piso foi melhorado nem que haverá mais dinheiro federal”, conforma-se Darcísio Perondi (PMDB-RS), presidente da Frenre Parlamentar da Saúde.

Josias de Souza

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