sábado, 26 de março de 2011

O boom do leite

Depois de quase bater no fundo do balde, a atividade leiteira ressurge com força no Estado. A vinda de grandes indústrias para cá, as fusões e aquisições de marcas, a revitalização de antigas plantas e as dificuldades com a produção de grãos secas, quedas de preços etc estão levando principalmente pequenos e médios agricultores a apostar novamente na produção de leite. A receita mensal mais ou menos garantida é um grande atrativo para quem depende da renda sazonal da soja ou do trigo. Não por acaso, a atividade se expande pela região Noroeste do Estado, tradicional produtora de grãos.

Mas também conquista adeptos na região da fumicultura. Cercados pelas campanhas antitabagistas, e sem alternativas oferecidas pelo governo – que promete apoio aos fumicultores, mas assina acordos internacionais para restrição ao consumo de cigarros –, esses produtores sabem que mais cedo ou mais tarde terão de encontrar sozinhos uma alternativa para o tabaco.

E o leite se apresenta como uma boa saída. Esse renascimento da atividade, que ocorre em vários Estados, pode fazer com que o país, que havia deixado de ser importador para se tornar exportador e retornado à condição de importador em 2009, volte a ser autossuficiente na produção desse alimento básico.

(Coluna Olhar do Campo, Zero Hora, 02/03/2011)

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