quinta-feira, 31 de março de 2011
Imigração
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quarta-feira, 30 de março de 2011
Wikileaks revela política exterior de EE.UU en América Latina y otros.
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terça-feira, 29 de março de 2011
Entrevista com Historiador Osvaldo Coggiola por Gabriel Leão - 13/03/2009
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segunda-feira, 28 de março de 2011
Pesquisa do IBGE registra mais desigualdade no país GloboNews RJ 2009/09/18
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Pré-sal: deputados Otavio Leite e Ibsen Pinheiro debatem os royalties
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INVASÕES AMERICANAS NO MUNDO
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domingo, 27 de março de 2011
Arnaldo Jabor: Como explicar a escravidão consentida na Líbia?
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La mejor danza arabe
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UMA TESE NADA ACADÊMICA...
Temos repetido com tenaz insistência que a escola, enquanto instituição, prestou-se e ainda se presta a duas finalidades bem distintas: primeiro, preparar pessoas habilitadas para cumprir os diversos ofícios que a nova sociedade de classes passou sofregamente a exigir; a segunda finalidade consiste em consolidar a ideologia que dá sustentação intelectual ao sistema de classes e camadas sociais, difundindo mentiras, fraudes, charlatanismos, engodos, superstições...
Desde o surgimento das sociedades divididas em classes e camadas sociais, existe por parte da maioria dos explorados e espoliados, um incontido desejo de igualdade, justiça e paz. Esse desejo tem sido transferido, regra geral, para um plano transcendental, como temos dito em outras tantas ocasiões com a insistência que se faz necessária.
Não é somente, porém, no campo transcendental que tem se manifestado o desejo de igualdade social. Incontáveis e sucessivos foram os episódios históricos em que se expressaram de forma contundente esse desejo, esse intento. Além dessas manifestações, de caráter prático igualitaristas, tentando fazer voltar à roda da história ao comunismo primitivo. Algumas brilhantes figuras conceberam intelectualmente uma sociedade despida da desigualdade e da injustiça social destacando-se dentre elas a figura de Thomas Morus com o seu consagrado livro “Utopia”.
Ocorreu que as sociedades dividas em classes e em camadas sociais, como é exemplo o escravismo, longe, bastante longe, estavam de se esgotar e assim, permitir o advento de uma nova ordem econômica e social que pudesse ser considerada menos injusta.
Somente com o advento do capitalismo, pós feudalismo, para respeitar obsequiosamente o esquema imposto pela “saudosa” Acadêmia de Ciência da URSS, é que surgem as condições materiais necessárias à construção de uma sociedade de iguais, isso porque o capitalismo permitiu um agigantado desenvolvimento das forças produtivas e o aguçamento delas com as relações de produção. Dito de outra forma, o capitalismo produziu as condições materiais para que o socialismo deixasse de ser um desejo, um querer, uma vontade, um sonho, uma “utopia” para se tornar uma necessidade histórica.
Junto ao surgimento do capitalismo brotaram os movimentos claramente socialistas. Dentre eles cabe destaque a Conspiração de Babeuf, em 1796, portanto sete anos apenas após a radical revolução burguesa na França. A Conspiração de Graco Babeuf ou Conspiração dos Iguais, tornou evidente que estava chegando a hora da revolução socialista, como bem retratam alguns episódios seguintes como foi levante o operário de 1848, na França, para culminar com um grande evento revolucionário - a Comuna de Paris, em 1871 momento em que as classes trabalhadoras desmantelaram o Estado burguês e estabeleceram o poder operário naquela cidade durante 72 gloriosos dias.
Talvez seja oportuno perguntar: por que fracassou a Comuna de Paris? Por que foi derrotada a primeira insurreição operária parcialmente vitoriosa? Ora, esse episódio histórico, por sua relevância, foi estudado e visto com todo rigor pelos socialistas de então. Dentre os motivos do fracasso ressaltou-se a ingenuidade da classe operária, manifestada em muitos episódios que revelava suas vacilações e preconceitos. Por exemplo: os “communards” negaram-se a lançar mão do dinheiro do Tesouro Nacional para pagar seus débitos sob o argumento de que eles eram moralmente “diferentes” e que respeitariam “o dinheiro do povo”. Outro ato de ingenuidade política foi o fato deles se negarem a executar os espiões infiltrados no seu meio prestando serviço à burguesia, pois não haveriam os insurretos de sujar suas mãos com o sangue do inimigo.
Acrescente-se à lista infinda de ingenuidades aquela em que o exército proletário parisiense negou-se a marchar sobre a vizinha cidade de Versalhes para esmagar a contra-revolução que ali se reorganizava com o objetivo de perpetrar um ataque mortal aos insurretos, como veio acontecer, ocasião em que milhares de revolucionários foram sumariamente executados, enquanto outros tantos conseguiram se evadir em busca do penoso exílio.
Mas a grande lição, ou seja, a maior de todas as lições que a Comuna de Paris nos legou, foi extraída pelo pensador alemão Karl Marx, quando disse que o operariado de Paris quis tomar os céus de assalto. Essa afirmação implicava em dizer que não haviam as condições objetivas e materiais necessárias para a construção de uma nova ordem econômica e social. Em outras palavras, diríamos que as potencialidades de progresso do capitalismo ainda não haviam se exaurido e muitas eram as tarefas próprias da burguesia a serem executadas em escala mundial.
Observe-se que enquanto os socialistas de então se debruçavam diante dos mais relevantes episódios históricos para deles tirar os ensinamentos necessários, os nossos marxistas-leninistas-trostikystas não se detiveram, nem se detêm, em analisar com a devida responsabilidade e profundidade os episódios históricos mais significativos, como a República de Weimar, a revolução Russa de 1917, a guerra civil na Espanha, a frente popular do senhor Leon Blum na França, a ascensão do nazi-fascismo na Europa ocidental, a revolução chinesa, a revolução cubana de 1959, o golpe de estado na Indonésia em 1965, o golpe no Brasil em 1964, assim como o golpe de estado no Chile que representou mais uma “aventura” do caminho pacifico para o socialismo.
Voltemos a tratar das comoções políticas do século XIX. Em paralelo a essas comoções, desenvolvia-se um maremoto de polêmicas em busca da elucidação da questão política que a ordem capitalista pôs diante dos nossos olhos. Num primeiro momento surgiu uma plêiade de intelectuais preocupados com a questão social. Foram eles os alquimistas da política chamados de socialistas utópicos. A esses louváveis senhores não faltaram brilho, talento ou genialidade. O que lhes faltara naquele contexto histórico foi o desenvolvimento maior do conhecimento como instrumento imprescindível a fim de que se pudesse construir uma ciência capaz de desfazer “mistérios” e enunciar princípios.
Na Alemanha, saltitava freneticamente de forma abrasadora, a polêmica em torno da filosofia. O grande Georg Wilhelm Friedrich Hegel deixou uma legião de discípulos que se ocuparam em se digladiar em extenuantes debates. Eram eles “os jovens hegelianos”. Dentre essas figuras, destacou-se Ludwig Feuerbach que promoveu um processo de ruptura com o velho hegelianismo, tornando-se célebre a sua afirmação de que não fôra Deus que fizera o homem e sim o homem que fizera Deus. No rastro de tão ousado pensamento desabrocharam dois grandes pensadores alemães: Friedrich Engels e Karl Marx, proclamando que à filosofia hegeliana estava de cabeça para baixo, pois a sua revolucionária dialética apoiava-se num descabido idealismo.
Esclarecendo melhor: o enciclopédico Hegel deixou em evidência que toda a existência manifestava-se pelo permanente movimento e ela, a existência, tinha como princípio um “ser absoluto” e a evolução progressista da realidade nos faria reconquistar esse ser absoluto. Diante dessa formulação, Marx e Engels encaparam a dialética hegeliana pela sua insofismável fundamentação repudiando o idealismo filosófico do velho Hegel.
Enquanto a polêmica filosófica se exarcebava na Alemanha, o movimento operário francês levava à discussão política a culminância e, na condição de exilados políticos, Marx e Engels inseriram-se nesses debates. Na ruptura com o hegelianismo, eles formularam o materialismo dialético como instrumental imprescindível para elucidação dos fatos, fossem eles históricos, políticos, sociais ou econômicos.
No primeiro momento surgiu, “como vimos”, o materialismo dialético não como elemento diletante, mas, sobretudo como instrumento capaz de nos munir de uma ferramenta para a necessária obra de transformação do mundo. Ficou universalmente famosa a afirmação de Karl Marx de que aos filósofos, até então, coubera a tarefa de interpretar o mundo e agora era chegada a hora de transformá-lo.
A história, enquanto instrumento de conhecimento, no período anterior a Karl Marx, era vista como uma sucessão de episódios circunstanciais onde estavam presentes a vontade, o querer, o não querer, o impor, o sabotar, o trair... A partir dessa ótica, a história era feita por heróis, mártires, santos, traidores, bandidos, delatores...
Essa forma de ver a história é chamada de idealista. Marx e Engels arrancaram a política do seu contexto idealista para lhes dar uma fundamentação cientifica quando disseram: “é verdade que o homem faz a história, porém não a faz de acordo com sua vontade, com o seu querer, ou não querer”.
No primeiro caso surgiu o materialismo dialético em contraposição ao materialismo idealista de Hegel. No segundo momento construiu-se o materialismo histórico em contraposição à distorcida visão idealista da história tão presente ontem e hoje, inclusive, nas hostes ditas marxistas-leninistas-trotskistas, o que é uma lástima.
Edificados os dois pilares do socialismo científico, o materialismo dialético e o materialismo histórico, buscou-se a construção do terceiro pilar que haveria de se constituir no tripé em que se assentaria essa nova ciência.
Foi com esse propósito que Karl Marx debruçou-se no estudo da economia política que tão bem vicejava na Inglaterra, destacando-se as figuras geniais de Adam Smith e David Ricardo. Aí, o “nó górdio” era a teoria do valor. Donde viria o valor atribuído às mercadorias? Dissecando a história da economia desde os primórdios, Karl Marx descobriu que o capitalismo trouxe consigo um novo tipo de mercadoria: a força de trabalho que tinha a qualidade singular de se multiplicar. Ou seja, tratava-se de uma mercadoria que produzia um valor maior do que lhe era atribuído, produzia a “mais valia”, trabalho não remunerado. Estavam dessa forma colocada as bases do socialismo como ciência. Nascia o socialismo científico, não apenas das cabeças iluminadas, mas de todo o processo de interação entre as novas condições objetivas e subjetivas (conhecimento).
A nosso ver não passa de um descaramento, de uma fraude, por parte da burguesia, tentar nos impingir uma ciência política. Ora, o objeto da ciência política é elucidar o grande enigma social, cuja premissa fundamental é a de que a história é a história da luta de classes. Uma ciência política produzida pela burguesia implicaria em pretender que essa classe aderiu ao marxismo, o que não passaria de uma bela piada.
Aliás, a fraude, o cinismo e o embuste são partes constituintes do discurso capitalista e para lhes dar sustentação, prestígio e mesmo ares de verdade, lançam mão dos mesmos “sábios” que outrora se prestaram por régios salários e fartos prestígios a condenar Galileu Galilei, Charles Darwin e outros luminares do pensamento humano.
Como dissemos, por milhares e milhares de anos, a sociedade não conheceu a escola como instituição dela separada. Uma instituição rigorosamente controlada e pronta a servir um novo momento histórico que era a divisão da sociedade em classes e em camadas sociais.
A história do conhecimento, é marcada por severos e dramáticos conflitos. A escola academia, como instituição a serviço de uma classe, impunha e impõe rigorosos limites aos debates, chegando ao ponto de promover um verdadeiro trabalho de esterilização de conteúdos “apagando o lume revolucionário” conflitante com a ordem estabelecida.
Na verdade a evolução do conhecimento algumas vezes trombou com a verdade oficial, a verdade acadêmica. Temos exemplos que merecem ser exaltados. Lembremos de Galileu Galilei que, contrariando a verdade acadêmica, teve a ousadia em afirmar que a terra não era fixa e que ela se movia. Denunciado como herege teve que ser submetido a julgamento por uma banca formada por “mestres, doutores e pós-doutores” e diante deles foi obrigado a renegar suas convicções cientificas para escapar da ardente fogueira da “fé”.
Charles Darwin desmascarou por completo a teoria criacionista defendida pelos “valiosos” acadêmicos da época e isso era uma monumental “heresia”. Ao invés do criacionismo Charles Darwin concluiu que a vida decorreu de um processo natural sem nenhuma interferência transcendental. Mais uma vez um verdadeiro sábio foi execrado pelas academias, expurgada dos meios intelectuais, excomungado pelas igrejas por professar uma verdade.
Dramática também é a história da medicina. Os “doutos” cardeais de diversos credos condenavam a prática da exumação e dissecação de cadáveres para fins de estudos. Dessa forma, valentes “profanadores”, sob as trevas das noites “roubavam” cadáveres com o risco da própria vida, para dissecá-los e descobrir, assim, os segredos do corpo humano.
Acontece uma particularidade que merece ser ressaltada. Ciências como a química, a medicina, a física, a astronomia... foram perseguidas, mas com o passar do tempo essas mesmas academias, quando conveniente ao sistema chamaram-nas para ocupar seus assentos nas cátedras que lhes foram reservadas.
É quase dispensável dizer que uma sociedade onde impera a mais cruel desigualdade social, onde se prática os mais cruéis delitos e onde se massacra a decência, só poderia existir e manter-se caso fosse construído um verdadeiro império da mentira. Isso mesmo! A desigualdade social não poderia ter existido se não fosse o rosário de mentiras, fraudes e engodos tão zelosamente construídos pela minoria de privilegiados. Conclui-se, portanto, que esse império foi e é necessária a existência da desigualdade social e que a verdade, sobretudo a verdade histórica é revolucionária, pois desvela realidade expondo a crueza das mentiras que encobrem esse mundo de injustiça social.
Para que tal obra fosse erigida necessitaria de ter-se em mãos instrumentos eficazes para tão dantesca obra. Dentre esses instrumentos destacaram-se e destacam-se as igrejas, as escolas, as tradições orais e escritas, mesmo que, aqui e ali, registrem-se algumas rusgas, alguns entreveros. Antes, porém, ter-se-ia que atribuir a essas instituições valores indiscutíveis. A igreja teria sido inspirada por espíritos superiores e infalíveis; a escola seria a expressão maior do conhecimento e não merecia ser contestada; as tradições testemunhos indiscutíveis de “verdades” milenares, e assim se edificam os mitos e crendices.
Falamos que mais das vezes as ciências subversivas terminaram por serem cooptadas e tomaram seus assentos nas academias. Com o socialismo, essa ciência, que trata de uma questão vital para o sistema, tal cooptação não poderia jamais acontecer. É bem verdade que no principio do século XX, alguns intelectuais tentaram introduzir um chamado “marxismo legal”. O que seria isso? Seria o estudo dos enigmas sociais e políticos a partir das cátedras amparados por boas remunerações e destacados por incontestes prestígios. Essa corrente, quando não ingênua era nitidamente oportunista, foi refutada veementemente pelos verdadeiros revolucionários que não aceitavam tão indecorosa impropriedade. É oportuno acentuar que se repudiava o “marxismo legal” não por uma questão estritamente moral e, sim, por uma total impossibilidade.
A história do socialismo abriga duas grandes correntes. A primeira delas é a corrente revolucionária, aquela que diz textualmente ser impossível “fazer a omelete sem quebrar os ovos”. Isso não é uma escolha, é um imperativo histórico. Afinal, para a sustentação do capitalismo, existe o Estado que congrega diversos aparatos com o objetivo de manter a qualquer custo o sistema sócio econômico vigente. Dentre esses aparatos do Estado estão desde as festejadas escolas (força civil), até as forças policiais e militares. Sendo assim, a violência que impõe a desigualdade e a injustiça, só pode ser banida com a violência libertadora das massas trabalhadoras.
O socialismo evolucionário, gradualista é completamente impraticável, pelas razões que acreditamos terem sido sobejamente colocadas no parágrafo anterior. Ocorre, no entanto, que essa corrente vem tomando substância na medida em que houve a fragorosa derrota do socialismo em escala mundial, derrota que não se pode dizer definitiva, pois assim, teríamos a própria derrota do gênero humano.
A derrota do socialismo em escala mundial promoveu um vazio teórico, promoveu a degradação da esquerda, prostituindo-a em troco de algumas benesses do aparelho de Estado. Para tanto tem contribuído a academia quando se apresenta como a quintaessência do saber. Indiscutivelmente as universidades fabricam, às carradas, técnicos e cientistas prontos para vender a sua mão de obra qualificada no auspicioso mercado de trabalho da ordem econômica e social vigente, seja para fazer bombas, armas sofisticadas ou vacinas para gripe, que cure o povo enquanto proporciona bilionários lucros aos laboratórios. No capitalismo, não existe como objetivo o bem estar e a segurança social. O seu primado é o lucro e tão somente o lucro.
A burguesia tem feito uso político desbragado da universidade como se ela fosse a tábua de salvação da hgumanidade. É necessário denunciar tão despudorada manobra política. Ao invés disso, diante dela, um grande quinhão das esquerdas agacham-se e prostram-se. Isso em escala mundial, o que beira a tragédia. No caminhar da humanidade, é notório que o conhecimento tenha sofrido serradas perseguições, mas tem sido o socialismo científico a maior vitima do sistema e é evidente que desse sistema e de seus asseclas não esperássemos outra atitude.
Conseguiu a burguesia dobrar a esquerda na Europa Ocidental no inicio do século XX, transformando revolucionários em invertebrados. De lá para cá, tudo se tornou-se mais grave. A maioria dos intelectuais progressistas passaram-se de malas e bagagens para o lado da burocracia stalinista. Uns poucos e mais escrupulosos, porém, sem a devida coragem, ampararam-se nas intermináveis discussões intelectuais sobre estética, como foi o caso de George Lukács; no academicismo estéril de Herbert Marcuse, da bela escola de Frankfurt; na confusão mental de Roger Garaudy; no existencialismo inócuo, de Jean Paul Sartre, cuja obra maior foi o pífio elogio feito à Revolução Cubana, no seu livro “Um Furacão Sobre Cuba”, que não ousa penetrar nas entranhas da revolução para assim cientificamente explicar aquele fato histórico que surpreendeu a todos, inclusive aos seus líderes.
Por razões bastantes explicáveis, o senhor Leon Trotsky e alguns mais, tentaram bravamente emergir do lamaçal das intrigas pessoais e mergulhar num honroso embate contra as “forças do mal”. Registre-se, a bem da verdade, que Leon Trotsky não pôde fugir das contingências históricas e terminou deslizando para o idealismo, imputando à tragédia da Revolução Russa a figura sinistra de Josef Stalin e isso não passa de um disparate.
Leon Trotsky chegou ao cúmulo do desvio quando, num infeliz comentário afirmou: “nunca pensei que uma simples caçada de patos pudesse determinar os rumos da história”. Trotsky reportava-se ao fato de que ele houvera entrado em férias e nessa ocasião dera-se a morte prematura de Vladimir Lênin e ele, Trotsky, não pudera participar ostensivamente do seu féretro, apresentando se como seu herdeiro. Além desse deslize, Trotsky passou a ter um juízo moral da história, ora chamando a revolução de desfigurada, ora de revolução traída, o que demonstra o fato de seu envolvimento emocional ter lhe turvado a vista. Caso contrário, teria feito como Iuli Martov e Alexandra Kollontai quando proclamaram que a sepultura da revolução socialista dera-se em 1921, por ocasião do X Congresso do Partido Comunista Russo, quando foi suprimido o direito de tendência, imposto o monolitismo, os campos de concentração e a calúnia como instrumento de prática política.
Essa visão, contudo, ainda seria totalmente insuficiente, ou melhor, incorreta. As raízes da derrota do socialismo estão presentes na Europa Ocidental com a capitulação dos Partidos Operários quando resolveram aceitar a liderança da burguesia e dar as costas à causa socialista como tão bem denunciou Rosa Luxemburgo.
No nosso caso, no Brasil de hoje, as massas trabalhadoras como fizera no tempo de Getúlio, escolheram do populismo trabalhista levado a cabo por Luiz Inácio da Silva (Lula), em troca de míseras migalhas, sobretudo aquelas destinadas à massa de excluídos sob o rotulo de “bolsa família”. Assim como os Partidos Operários levaram o capitalismo à vitória na Europa Ocidental e, por conseguinte, no mundo, não temos dúvida de que o PT esteve e estará disposto a jogar o papel de baluarte de sustentação desse sistema.
Reportando-se aos fatos da Revolução Russa, destaquemos que, em 1921, deu-se a estruturação da NEP (Nova Política Econômica) e a repressão desbragada da Oposição Operária, particularmente do sovietes de Kronstadt isso sim são elementos constitutivos do stalinismo e não como querem Trotsky e os Trotskistas, ou mesmo certos intelectuais festejados como Pierre Anderson e tantos outros péssimos profetas, sobretudo dos fatos passados. Não foi a morte de Lênin, portanto que marcou o nascimento do stalinismo, como pretende os desavisados. O stalinismo repita-se, foi produto da derrota da revolução socialista em escala mundial.
Lembremos que Trotsky produziu uma legião de seguidores que repetem no essencial a prática stalinista, da calunia, da mentira, do culto à personalidade e outros vícios. Mais grave, porém, é que o senhor Trotsky permitiu que existisse um número enorme de pessoas reproduzindo o equivocado discurso de que se houvesse Trotsky batido Stalin teria sido outro o rumo da história. A história, como já dissemos, não é produto da vontade, do querer, da tenacidade de alguns, apesar de serem atributos que, em determinados momentos, podem produzir graves conseqüências.
Não foi Josef Stalin, aquele psicopata obtuso, que levou a revolução ao fracasso. Foi à revolução mundial que foi derrotada a partir da Europa Ocidental e mais particularmente durante o governo na República de Weimar. Isso deve ser visto com acuidade e repetido exaustivamente.
Entender os destinos da humanidade e a história das revoluções recentes a partir do duelo Trotsky e Stálin, desconhecendo, em toda profundidade necessária, as práticas e concepções dos partidos operários da Europa Ocidental, principalmente os dramáticos episódios ocorridos na República de Weimar, com as seus Lulas, Zé Dirceu, Genuíno, Delubio Soares, João Paulo e outros trânsfugas, é transformar a verdade em farsa ou, para sermos generosos, em meros beatos possuídos de todas as ingenuidades possíveis, como viera acontecer com minha querida vó que morreu acreditando ser possível curar câncer com “água benta”.
Hoje, a grande crise do socialismo reside no fato de que fomos todos encerrados por dois fortes círculos de aço. No primeiro círculo estava a burguesia nas suas diversas faces, impedindo de forma obstinada, como é do seu dever, que a revolução socialista prosperasse. No segundo circulo, tivemos uma esquerda marcadamente stalinista em suas diversas faces funcionando como linha auxiliar de sustentação do sistema capitalista. Hoje, desenha-se no pantanal da ignorância cultivada e custeada pela burguesia através de suas academias, um terceiro círculo protagonizado por essa legião de acadêmicos cujo oficio maior é distorcer a história e semear ilusões.
Por fim, toda questão se reduz ao seguinte fato: teremos tempo histórico para romper esses círculos de ferro e aço que protegem o capitalismo ou eles de vitória em vitória, nos levarão ao fim da humanidade como tão bem prognosticaram Engels e posteriormente Rosa Luxemburgo?
Se coragem nos sobrou para enfrentam às câmaras de torturas, as execuções sumárias, os dolorosos exílios, redobrada coragem precisamos ter para desmontar esse imenso “Império da Mentira”.
Quem de nós está disposto a denunciar tantas fraudes? Quem estará disposto a acusar que o papa não é um mero santo? Quem ousaria imaginar que um general não seja por si um herói? Quem teria a audácia de dizer que muitos dos acadêmicos não passam de reles charlatãs? Quem, finalmente estaria disposto a dizer que a velha esquerda marxista-leninista-trostkista foi e é o maior pilar de sustentação da ordem econômica e social vigente em pleno processo de exaustão?
Gilvan Rocha
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A platéia ainda aplaude, ainda pede bis?
Data: 01/10/2009
Na Tijuca um homem abatido diante da multidão, em plena luz do dia, por um atirador da elite policial. Policial pacificador é covardemente espancado no interior de uma pacificada favela. Favelas sitiadas por facções marginais rivais. Denúncias dão conta de que uma dessas facções contou com o apoio da Polícia Militar, para a tomada de bocas de fumo. O povo no meio disso tudo. Atônito, inerte, embasbacado. Em comum: a banalização da violência, a criminalização da pobreza e a hipocrisia da sociedade.
Não se faz necessário “favelólogo” ser, tampouco um dedicado estudioso da segurança pública para avistar as ações desastradas que se sucedem. Ao que parece, a inteligência policial – necessária, eficaz e insubstituível – deu lugar ao “troglodismo” de estado. Principalmente quando o punho estatal, meramente repressor, se abate sobre as camadas mais desassistidas, sobre os mais pobres. Mesmo que essa gente rogue por ruas pavimentadas, esgoto canalizado e água tratada. Implore por iluminação, educação e saúde públicas. E batalhe por moradia digna, emprego e paz. A praxe é receber em troca insuficientes intervenções, geralmente eleitoreiras, seguidas da presença constante dos caveirões, com seus homens de preto infernizando sua vida.
Fosse um larápio traficante – aquele abatido na Tijuca – um desses pit bulls nascidos em berço esplêndido, acredito que a ação policial pudesse ser diferente. E mais: suponho que a reação da população, alimentada pelo instinto de vingança que lhe é incutido cotidianamente, não teria essa unanimidade induzida que aparenta ter. Nem causaria um certo silêncio obsequioso em algumas bocas outrora berrantes.
Aquele homem, sendo um vagabundo pé de chinelo, egresso do cárcere, um indigente social, reunia todas as condições para ser “legalmente” morto, de uma hora para outra. Ele carregava consigo um estigma, uma condenação perpétua. A sociedade repele quem dispõe dessas “credenciais”. O poder público toma para si o dever de extirpá-lo do convívio social. E esse criminoso, tomado por um sentimento imbecil de autopreservação, dá o troco. Vez por outra, vira estatística. E o pior: boa parte da população, ao invés de revirar seus valores à busca de reflexão, renega a vida e aplaude um pipoco bem dado, bem no meio da testa do outro. Será que o infeliz teve alguma chance de recuperação quando esteve preso sob responsabilidade do Estado? A perseguimos a tese do olho por olho, acabaremos todos cegos.
A Unidade de Polícia Pacificadora, na Cidade de Deus, não foi capaz de evitar que um de seus policiais fosse covardemente espancado por supostos traficantes. Utilizando-se do argumento fácil e equivocado de que seu subordinado fora agredido por freqüentadores de um baile Funk, o Secretário de Segurança ameaçou proibir, novamente, a realização dessa manifestação cultural. Das poucas acessíveis aos mais pobres e que congrega gente de todas as classes sociais. Ele se esqueceu de dizer que o baile acontecia numa comunidade dita pacificada. Também se esqueceu de lembrar que baile Funk não é coisa de bandido. É a forma com que milhares de jovens das “periferias” encontraram para expressar sua arte, sua cultura, seus sentimentos. São os bandidos – que a ineficaz polícia pacificadora não reprime a contento – que se locupletam malandramente deles, para auferir lucros ao seu negócio. O problema não é o Funk – claro que não! O imbróglio, nesse caso, reside no tráfico armado que se impõe ante à falta do uso da inteligência policial e à cavernosa corrupção sistêmica do aparato político governamental. Aliás, se os pacificadores sabiam previamente da existência de uma atividade, supostamente organizada pela bandidagem, tinham por obrigação impedir sua realização. O ilegal aí é a atividade laboral dos traficantes. Sejam eles os varejistas (moradores nas comunidades) ou os atacadistas (residentes nos complexos condominiais da alta sociedade). É muito mais fácil estigmatizar uma expressão cultural popular – o Funk –, jogando sobre ele toda responsabilidade pelo que acontece no interior dos bailes e no seu entorno. Difícil é ter competência, isenção e vontade política para combater o tráfico em seu nascedouro. Investigando, prendendo e condenando os “importadores” de drogas e armas, os aliciadores de autoridades, antes que eles abasteçam o varejão das favelas. Digam-me com quem andas e dir-te-ei quem és.
Há meses ocorre uma verdadeira guerra entre quadrilhas no conjunto de favelas da Maré. Iniciado o conflito, foram anunciadas dezenove mortes. Todavia, levantamento feito pelos próprios moradores dá conta de que já passa de cinqüenta o número de óbitos. Escolas e creches, quase que diariamente, cerram suas portas. Comerciantes que, em busca de sustento, teimam em abrir seus estabelecimentos, correm o risco iminente de serem mortos ou terem suas mercadorias saqueadas. Trabalhadores vivem um dilema: ficam trancados em casa, na tentativa de salvarem suas vidas e perdem seus empregos ou perdem sua vida, tentando salvar seu salário. Um verdadeiro inferno! Estupra-se, rouba-se. Famílias são humilhadas e expulsas de suas casas. E tem muita gente boa acreditando que morador de favela tem uma relação de conivência com o banditismo.
Há denúncias feitas e já publicadas de que agentes públicos (PMs), acumpliciados a uma das facções criminosas, colaboraram para que acontecesse a invasão e a tomada de alguns pontos de venda de drogas. Moradores e ativistas sociais de diversos pontos da cidade vêm promovendo ações com o intuito humanista de escancarar essa realidade à busca de soluções. Mas falta um pedaço: ação contundente do braço social do Estado e a conscientização cidadã de toda sociedade, para entender que não se vive em paz apenas consigo mesmo.
Favelas seguem sitiadas. Policiais continuam sendo mortos e espancados por bandidos. Bandidos são abatidos e substituídos por outros facínoras. Tudo diante do povo embasbacado, inerte e atônito. E, francamente: a sociedade hipócrita vai continuar assistindo, aplaudindo e pedindo bis?
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Líbia: governo brasileiro quer um 'cessar-fogo' de quem?
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sábado, 26 de março de 2011
Militares celebram golpe de 1964 com críticas à Comissão da Verdade
O Clube Militar realizou na tarde desta sexta-feira o painel "A Revolução de 31 de Março de 1964 - Com os Olhos no Futuro", com a participação do general da reserva Sergio de Avellar Coutinho, do advogado Ives Gandra Martins e da ex-deputada Sandra Cavalcanti, com a mediação do economista Rodrigo Constantino.
No debate, acompanhado por cerca de 200 pessoas, na sede do Clube Militar, do Centro do Rio, os participantes defenderam a necessidade do golpe em 1964 para frear o comunismo e criticaram a intenção de setores ligados ao governo federal de criar uma comissão da verdade sobre a ditadura militar.
Constantino começou o debate dizendo que ele é oportuno por acontecer num momento em que "coisas como a comissão da verdade e outras iniciativas, que querem tudo menos a verdade, pretendem reescrever a história sob um prisma falso e eivado de uma ideologia perversa".
"Eles não querem resgatar a verdade, porque a verdade deles não existe, é uma mentira. Memória histórica tem que ser resgatada por historiadores, com imparcialidade. Essa comissão da verdade é uma comissão da vingança", disse Martins.
Ele afirmou que a verdadeira intenção por trás da comissão é revogar a Lei de Anistia, mas duvidou que a tentativa tenha chances de prosperar.
Já Cavalcanti e Coutinho disseram considerar que a democracia está atualmente ameaçada no país. "O Brasil vem mantendo a sua versão de democracia, não uma democracia de fato. Sub-repticiamente, nós vivemos hoje sob uma tirania. Está em pleno andamento hoje uma república sindicalista", disse a ex-deputada.
Já para o general, "a revolução se encerrou em 1985, mas a perseverança dos comunistas, é preciso reconhecer, não acabou e continua até hoje".
Ele denunciou uma tentativa deliberada de solapar as Forças Armadas --com restrições orçamentárias, transferência de unidades e iniciativas revanchistas-- para eliminar barreiras a uma futura tentativa de instalar um regime totalitário de viés comunista. "A democracia é usada para a destruição da própria democracia", lamentou.
Nenhum dos debatedores chegou a propor uma nova revolução, mas Coutinho lamentou que não exista hoje uma figura e um partido para mobilizar os conservadores como o jornalista e governador da Guanabara Carlos Lacerda (1914-1977) e a UDN.
Menos radical que os demais debatedores, Martins disse que a presidente Dilma Rousseff --qualificada por Cavalcanti como "farinha do mesmo saco" de João Goulart, o presidente derrubado pelo golpe-- dá mostras de que não pretende ceder ao "núcleo pequeno, mas ainda forte, de radicais do governo" no revisionismo do passado. "Apesar de ter sido guerrilheira, ela está muito mais preocupada em governar eliminando arestas do que criando novas arestas", afirmou.
Ana Laura Farias
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O boom do leite
Mas também conquista adeptos na região da fumicultura. Cercados pelas campanhas antitabagistas, e sem alternativas oferecidas pelo governo – que promete apoio aos fumicultores, mas assina acordos internacionais para restrição ao consumo de cigarros –, esses produtores sabem que mais cedo ou mais tarde terão de encontrar sozinhos uma alternativa para o tabaco.
E o leite se apresenta como uma boa saída. Esse renascimento da atividade, que ocorre em vários Estados, pode fazer com que o país, que havia deixado de ser importador para se tornar exportador e retornado à condição de importador em 2009, volte a ser autossuficiente na produção desse alimento básico.
(Coluna Olhar do Campo, Zero Hora, 02/03/2011)
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Triunfou o capitalismo
Salta aos olhos que o grande cabo eleitoral de Dilma Rousseff foi o Bolsa Família, de tão importante que ele é para mitigar a miséria da Região Nordeste tão empobrecida. Toda, ou quase toda, disputa eleitoral deu-se como se não houvesse distintas classes e camadas sociais. Os discursos predominantes limitavam-se a fazer referência aos interesses do Brasil, um truque a que se recorre para esconder o fato de que esses interesses são, antes de tudo, os interesses daqueles que gozam da propriedade da terra, das minas, dos bancos, das indústrias, do grande comércio.
Os partidos: PSOL, PSTU, PCB e PCO tentaram, bravamente, viabilizar um discurso de natureza anticapitalista. Porém, sofreram, ou melhor, sofremos, uma acachapante derrota, uma vez que a esquerda direitosa representada submissamente pelos partidos: PT, PSB e PCdoB, avidamente dispostos a comer fartamente nos cochos do Estado burguês, emprestaram seus esforços para viabilizar mais uma vitória do capitalismo.
Cabe a nós que empunhamos a bandeira do socialismo revolucionário envidar esforços para denunciar ao povo que, nos marcos do capitalismo, só poderão nos ser destinadas, ínfimas parcelas de ganhos. A parte substancial do Produto Interno Bruto – PIB, vai para os bolsos da burguesia, enquanto as massas populares continuam a amargar um serviço de saúde de péssima qualidade, escolas de má qualidade, insegurança, proliferação das drogas e outras tantas mazelas que estarão sempre presentes enquanto se mantiver o capitalismo.
Gilvan Rocha
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A extrema direita
Gilvan Rocha
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Egito e a Luta pela Democracia - documentário completo
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sexta-feira, 25 de março de 2011
De pleno acordo
"Dizer que Dilma (Rousseff) está à esquerda de Lula é uma besteira. ”
Paulo Bernardo, ministro do Planejamento
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Impeachment de Collor (1992)
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Kátia aderiu
Ilimar Franco, O Globo
Uma das mais ferrenhas opositoras do governo Lula, a senadora Katia Abreu (DEM-TO), que também é presidente da Confederação Nacional da Agricultura, decidiu entrar no PSD de Gilberto Kassab.
Para a direção do DEM explicou: "Prefiro a Dilma (Rousseff) do que o Aécio (Neves)". Alegou ainda que ficou sem time, com a saída de Jorge Bornhausen e Kassab, e que perdeu espaço num partido em que os deputados são maioria.
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Debate Folha Sobre a Questão Palestina: Professora Arlene Clemesha Parte 3
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Debate Folha Sobre a Questão Palestina: Professora Arlene Clemesha Parte 2
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Debate Folha Sobre a Questão Palestina: Professora Arlene Clemesha Parte 1
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Obama pediu e o Brasil votou contra o Irã na ONU
Deborah Berlinck e Eliane Oliveira, O Globo
A votação desta quinta-feira que marcou um rompimento do governo Dilma Rousseff com a postura de paciência do governo Lula em relação ao Irã atendeu a um apelo do presidente americano, Barack Obama, segundo um alto funcionário do executivo brasileiro.
De acordo com a fonte, durante sua visita ao Brasil, Obama pediu pessoalmente a Dilma que o Brasil fosse coautor da resolução que foi aprovada em Genebra , abrindo caminho para o Conselho de Direitos Humanos da ONU investigar as numerosas denúncias de violações imputadas ao governo de Mahmoud Ahmadinejad.
Proposta por Washington, a resolução foi aprovada por 22 votos a favor - entre eles o brasileiro - contra 7. Dilma não teria respondido ao pedido do presidente americano durante o encontro dos dois em Brasília. Fez mistério até o momento da votação, quando o Brasil sinalizou que, se havia uma política entre brasileiros e iranianos, esta foi fortemente abalada.
O voto contrasta com a decisão do Brasil de optar, em novembro passado, pela abstenção na votação de uma resolução num comitê da Assembleia Geral condenando o desrespeito aos direitos humanos no Irã. A medida pedia o fim dos apedrejamentos, as perseguições a minorias étnicas e os ataques a jornalistas.
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O fantasma de Bin Laden
No desespero por agarrar-se ao poder, o ditador líbio Muammar Gaddafi pôs na roda o fantasma de Bin Laden, culpando-o pela revolta em seu país. Bin Laden estaria colocando pílulas alucinógenas no café da manhã da juventude líbia, para levá-la a rebelar-se contra pais, mães, o próprio Gaddafi, o país.
É claro que se trata de pura loucura de um ditador delirante. Delira faz tempo aliás.
Mas o fantasma é igualmente invocado por personalidades de responsabilidade no mundo que de loucas nada tem, pelo menos que se note.
É o caso, por exemplo, de Franco Frattini, ministro italiano do Exterior, que, em depoimento ao Parlamento, na quarta-feira, disse que estava preocupado com a hipótese do surgimento de "um emirato islâmico" na Líbia oriental, incluindo a região cirenaica, que é o epicentro da rebelião.
"Emirato islâmico" é uma espécie de codinome para não usar a palavra Al Qaeda ou o nome do terrorista mais buscado do planeta.
É razoável imaginar a possibilidade de surgir, às portas da Europa, algo parecido com o que foi o Afeganistão na época dos talebans?
Minha primeira resposta é a mesma de Paul Kennedy, um dos historiadores mais celebrados do planeta e diretor de Estudos de Segurança Internacional da Universidade de Yale: "Realmente não sei o que pensar de tudo isso e qualquer um que acha que conhece de modo indiscutível o futuro do mundo é um charlatão".
De pleno acordo, Paul. Vale, inclusive, para as previsões sobre economia, no Brasil e no mundo.
Feita essa ressalva essencial, saio à busca de outras respostas, de pessoas que não se arrogam o direito de conhecer o futuro, mas estudam determinadas regiões e fazem suposições -- que é tudo o que se pode fazer nesta altura do campeonato.
Uma resposta mais ou menos consensual aponta para o fato de que a Líbia é completamente diferente do Egito. Não tem Forças Armadas com o porte e a experiência das egípcias, não tem uma sociedade civil mais ou menos organizada,, não tem partidos políticos. A rigor, não tem nem história longa, como lembra Elliott Abrams, pesquisador-sênior para Estudos do Oriente Médio do Council on Foreign Relations e ex-funcionário diplomático no governo George Walker Bush.
"Não houve realmente uma Líbia até, digamos, 1951, após a Segunda Guerra Mundial e a declaração de unidade do país pelo rei Idris" [deposto por Gaddafi há quase 42 anos].
Nesse vazio, tudo de fato pode acontecer.
Uma segunda característica líbia é o peso das tribos, sobre o qual, é bom ressalvar, há discordâncias entre os especialistas.
A propósito, o filho de Gaddafi, em seu discurso pela TV, disse que a Líbia não é o Egito e acrescentou: "A Líbia são tribos, clãs e alianças".
O clã Gaddaffi sempre confiou em sua tribo, a Qathathfa, pequena mas que forneceu parte das unidades militares que protegem o ditador.
Não há, de qualquer forma, uma avaliação sobre a penetração do islamismo nessas tribos, em especial na maior delas, a Wafalla, de 1 milhão de membros em um país de apenas 6,5 milhões de habitantes.
No geral, o mais extenso comentário sobre o islamismo radical na Líbia foi feito por Alia Brahimi, investigadora da London School of Economics, para o jornal "El País".
"O movimento islamita radical, que desafiou seriamente Gaddafi nos anos 90, foi esmagado pelo regime", diz ela.
Mas, acrescenta, "o regime tolerou seu trabalho social e, como resultado, a sociedade líbia se islamizou até certo ponto. Mas não creio que tenham uma massa crítica suficiente para que nos preocupemos agora", termina seu teorema.
Convém de todo modo lembrar que centenas de membros de organizações políticas e guerrilheiras islamitas, como o Grupo Islâmico Combatente Líbio, foram libertados nos últimos anos, em um esforço dito de "reconciliação nacional" do clã Gaddafi.
É um grupo mais presente no Oriente, exatamente o pedaço do país que já caiu nas mãos dos rebelados. Mas não é para confundir os rebeldes com os islamitas. "Ao contrário da revolta dos anos 90, que foi perpetrada pelos islamitas, a atual tem um respaldo social muito amplo", diz Brahimi.
Elliott Abrams, como ex-funcionário de um governo que lançou a chamada "guerra ao terror", teria todos os motivos para temer o radicalismo islâmico. Mas ele é o primeiro a dizer, em tele-entrevista coletiva organizada pelo Council on Foreign Relations, que não acha "que haja uma só tribo que se possa dizer que é vinculada a AlQaeda".
Qual a eventual alternativa para preencher o vazio deixado por Gaddafi? Para Abrams, há uma série de embaixadores, cuja competência ele atesta, mais tecnocratas, que poderiam formar a coluna vertebral de um governo de transição.
"O perigo - adverte - é haver dois ou três governos provisiórios, um em Bengasi [a cidade já controlada pelos rebeldes] e outros em Trípoli [a capital, ainda nas mãos de Gaddafi]".
Outro especialista também tem sua hipótese para preencher o vazio: uma coalizão de lideranças tribais, personalidades do Exército e "alguns indíviduos do regime mas de reputação limpa", diz Tim Niblock, professor de Política do Oriente Médio da Universidade britânica de Exeter.
Hipóteses otimistas mas que não convencem o historiador Paul Kennedy.
Escreve ele, sempre para "El País" :
"Que bonito seria pensar que o Oriente Médio poderia, sem grandes convulsões nem derramamento de sangue, mover-se para algo parecido ao Extremo Oriente, politicamente estável, abundantemente próspero. Esse dia poderia chegar, mas, se eu fosse jogador (e sou) apostaria claramente no contrário. A região árabe está mergulhada em um período de turbulências e o Ocidente talvez não escape de suas muitas e não planejadas consequências".
Termina em tom apocalíptico-cinematográfico: "Não pergunte por quem dobram os sinos, porque eles podem tocar por você".
Clóvis Rossi
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Para que tantas chaves?
Escrito por Gabriel Perissé
28-Ago-2007
Somos vítimas de comodismos os mais secretos e tenazes. De preguiças sorrateiras, difíceis de identificar. E ainda mais difíceis de extirpar. Somos vítimas inconscientes de rotinas apodrecidas, rotinas que ficam grudadas em nós, anos a fio.
Mas de repente é possível abrir os olhos, tomar decisões, e desfazer-nos do peso morto. Toda decisão é cisão, corte corajoso, mudança de comportamento mental, com resultados práticos.
Vivia eu, até a semana passada, com um molho de sete chaves excedentes dentro dos bolsos. Não sei como foram se acumulando, mas lá estavam, fazendo seu inútil barulho. Chaves médias, pequenas e grandes que me atrapalhavam na hora de encontrar as três de que efetivamente preciso: do portão do prédio e das duas portas do apartamento.
Subitamente, olhando para elas em cima da mesa, perguntei-me o que faziam dentro da minha vida, que portas abririam, que cadeados, que armários, que gavetas, que tampas, que gaiolas, sei lá... Eram sete chaves enigmáticas, sufocando as três chaves cotidianas e reais. Em dado momento aquelas sete chaves tiveram alguma serventia... Agora estavam lá, estranhas, sem endereço e sem razão.
Eu não tenho casa de campo, não tenho automóvel, não tenho caixas secretas, não tenho cofres, não tenho nada a chavear. Nem sou São Pedro para deter as chaves do céu! Afinal, para que tantas chaves, meu Deus?
Uma delas, a menorzinha, começou a me incomodar mais do que todas. Que diabo de pequena fechadura acolhia aquela chaveta e a ela obedecia docilmente?
E havia um chavão que impunha respeito. Deve ter sido útil em algum distante lugar do passado... Se útil foi, a memória já não saberia dizer para quê.
Chaves simbolizam poder. Quem pode abrir e fechar jaulas e cárceres sente-se o dono da liberdade. Que poder terá, ao contrário, aquele que não sabe para que servem as chaves, chavinhas e chaverões enfiados no seu bolso?
Por mais de 4 anos carreguei chaves desenxabidas, incompatíveis com qualquer porta que eu ainda conhecesse. Fizesse sol ou chuva, lá estavam aquelas chaves, disponíveis para coisa nenhuma.
Então, veio a já demoradíssima decisão. Retirei aquelas sete chaves imprestáveis do chaveiro e as joguei dentro de uma gaveta qualquer. Com a simplicidade de uma vida resumida a apenas três chaves, fui passear. As sete chaves que um dia tiveram algum valor para mim não me prendiam mais.
Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor.
Web Site: www.perisse.com.br
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quinta-feira, 24 de março de 2011
AS RAZÕES DA IV FROTA
Muito se especula sobre as razões da recriação da IV Frota, parte do Comando Sul da Marinha Americana, com o raio de ação basicamente na região do Atlântico Sul. Este Blog acredita que não há apenas uma razão para tal medida, e sim um conjunto de razões suficientemente fortes para justificar o ato. Razões de Império, orientadas desde o seu nascedouro pela Teoria do Destino Manifesto, forjadora da nação americana com a configuração que ela tem hoje.
A partir de hoje, este blog analisará as principais razões que levaram o governo americano a mais esse ato expansionista. Começando pelo acesso e controle da água.
Observadores mais argutos dirão que é um contrassenso nossa teoria. Argumentarão que os americanos, com o grande complexo hidrográfico do Mississipi-Missouri, jamais terão escassez de água. Concordo. É a lógica. Mas os EUA, desde O’Sullivan, mandam a lógica às favas, guiando suas ações pela diplomacia das canhoneiras; vislumbrando sempre um fundo expansionista em suas relações com os outros Estados. A frase-lema de James Buchanan “A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até à América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la.", permanece até hoje no frontispício da Casa Branca.
Estudiosos e agentes do governo americano pesquisam o déficit hídrico mundial, há décadas. E sabem que, se hoje temos um quadro grave na oferta hídrica mundial, a médio e longo prazos, o que é grave se tornará dramático. Países que hoje já padecem de restrições no consumo de água, como China, índia, Irã, Argélia, Egito, México e Paquistão, no ritmo atual de crescimento no consumo, terão, daqui a algumas décadas, que comprá-la de países que a terão em abundância. Não é exercício de futurologia, nem teoria da conspiração, aventarmos a hipótese de que, num futuro não muito distante, a água ser uma commodity mais cara e estratégica que o petróleo.
Nesse cenário adverso de escassez de água, temos configurado o jogo bruto do mercado: os países grandes produtores se tornarão exportadores de um bem limitado e caro. Quem tiver o controle dos grandes reservatórios de água dominará as relações mercantis; ou seja, os países grandes produtores de água, reunidos talvez numa OPEA ( Organização dos Países Exportadores de Água), ditarão o preço e a quantidade da água que venderão. É a lógica do velho, puro e bruto capitalismo! Puro e sem gelo, evidentemente.
Bom, e o que isso tem a ver com a IV Frota? perguntarão os áulicos de sempre. Tem que o Brasil consegue reunir em seu território uma conjunção de fatores, únicos no planeta, que o tornam dotado de um excepcional superávit hídrico. Além de possuir a maior bacia hidrográfica do planeta, a Amazônica, o Brasil, conta com mais de uma dezena de importantes bacias, possuindo aproximadamente 13% da água doce do planeta. Sem estar devidamente mensurado o seu potencial aqüífero, visto que os dois maiores aqüíferos do planeta estão aqui localizados, o Guarani e o Alter do Chão. Dados preliminares indicam para o aqüífero Alter do Chão um volume de 86 mil Km³ de água, e 45 mil km³ para o Guarani. Por muito menos, as canhoneiras do Tio Sam lamberam a metade do México.
Posto esse cenário, fica a indagação: o que o Brasil deve fazer, diante de um ato potencialmente intimidatório como esse? Bom, este blog não tem a pretensão de ensinar padre a rezar missa, nem ensinar o governo a governar nem a defender a soberania do país. Uma tarefa que a Blogosfera pode e deve fazer é a de abrir a discussão, alertando o povo e as autoridades acerca da gravidade do quadro. Talvez um bom começo tenha sido a criação da ANA – Agência Nacional de Águas, levada a cabo pelo governo Lula, para disciplinar e racionalizar o consumo de água no país. Outro importante passo seria, talvez, a formatação de uma nova política nacional de defesa, que levasse em conta todas essas condicionantes e que desaguasse num fortalecimento do poder dissuasório das Forças Armadas do país.
Alberto Bilac de Freitas
Igor Romanov
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quarta-feira, 23 de março de 2011
Mais de doze mil refugiados na fronteira de Ras J'Dir
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Panorama destaca a retomada das ferrovias no Brasil
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República Velha - A República dos Excluídos
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Denise Gentil, Economista do Ipea, fala sobre reforma previdenciária na ...
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terça-feira, 22 de março de 2011
O problema não é só distância
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segunda-feira, 21 de março de 2011
Licença para matar
Não há chance. Kadafi cairá. O que ele pode fazer o adiar o desfecho e continuar afogando seu país em sangue. Age impunemente e sabidamente frente a inúmeras potências europeias. Há muita retórica e pouca ação para impedir o massacre.
Luís Carlos Lopes
É intrigante a resistência de Kadafi. Ele vem conseguindo se manter no poder e não seguiu o protocolo, tal como Mubarak e Ben Ali. Para isto, afogou o país em sangue. Ninguém mais sabe quantos já morreram e quantos irão morrer ainda. Mais uma tragédia do rosário das últimas décadas.
Os coronéis são famosos na história recente, quando encarnam papéis de horror: conspiradores, torturadores, assassinos etc...Os generais e os demais poderosos do Estado e do dinheiro se escondem atrás deles. Deixam-lhes o trabalho sujo.
Alguns, tal como o ditador líbio,transformaram-se em personagens principais. Ele chegou ao poder por meio de um golpe de Estado. Está ali há quatro décadas, garantido pela força das Armas e da mítica que construiu em torno de si mesmo. Convenceu, tornando-se cada vez mais poderoso.
A Líbia sozinha fornecia o ouro negro de toda a Europa. Trata-se de um país e população pequenas. Por isso, eles deveriam viver muito bem com os recursos que dispõem. Portanto, não é isso que ocorre. A riqueza petroleira é gasta em armas, luxo e riqueza do ditador. A maior parte do que sobra vai para as empresas que exploram o combustível. No fim das contas, os recursos locais são espoliados há muito tempo.
As revoltas que vêm ocorrendo é por causa disto. Um dia, houve um sopro –crise econômica internacional - indicando sua necessidade.
Não há chance. Kadafi cairá. O que ele pode fazer o adiar o desfecho e continuar afogando seu país em sangue. Age impunemente e sabidamente frente a inúmeras potências européias. Há muita retórica e pouca ação para impedir o massacre.
Várias razões explicam sua permanência provisória: seu despudor de matar, sem medo de ser julgado e o fato inegável de dispor de muito dinheiro na Líbia e espalhado pelo mundo.
Suas aparições revelam um personagem enlouquecido, sem qualquer amor pelos outros, facilmente manipulável. Acha-se um deus e, na verdade, apenas serve aos seus patrões ocidentais. Vivendo acima do real, ele acha que pode tudo e que é invencível.
Quem deseja que se prolongue a carnificina? A hipótese mais provável é que os países que não caíram por efeito de revoltas acreditam que estas mortes sejam uma ameaça gravíssima a quem quiser derrubar o seu governo opressor. Dentre eles, o mais rico é a Arábia Saudita, que deve estar torcendo por Kadafi. Isso é feito silenciosamente e não se sabe que tipo de ajuda presta ao velho ditador.
De fora da região, as potências ocidentais não intervêm diretamente. Não lhes interessa aumentar seus problemas no atual contexto de rara complexidade. Por outro lado, elas ajudaram a sustentar esses regimes de olho no petróleo e no controle estratégico da região. Também querem dar um basta nas revoltas, ao mesmo tempo em que não querem se indispor com os revoltosos.
O medo que Kadafi dissemina ajuda mais do que a retórica de suas ações. A história irá derrotar esta tentativa de por um freio na rebelião popular. Pelo menos, espera-se que assim ocorra. Uma nova ordem está sendo estabelecida na região e, quiçá, no mundo.
Ainda não é possível saber o efeito global destas mudanças. Mas elas são visíveis por toda parte. Os pobres e os miseráveis estão sendo um pouco melhor tratados e os atuais regimes estão preocupados. Sabem que não será mais tão fácil manter uma ordem repressiva, corrupta e manipuladora.
Luís Carlos Lopes é professor e escritor.
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domingo, 20 de março de 2011
O jeito Lula de ser - 20/02/2010
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sábado, 19 de março de 2011
Dilma vê chance de cooperação com EUA em campos de petróleo
Falando em discurso durante a visita oficial do presidente norte-americano, Barack Obama, Dilma também pediu uma reforma no Conselho de Segurança das Nações Unidas, dizendo que as organizações internacionais ainda refletem estruturas de poder antigas.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro e Matt Spetalnick)
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Ainda vamos demorar
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Os 10 maiores terremotos do mundo
Chile (1960): 9,5 graus de magnitude
Estados Unidos (1964): 9,2
Indonésia (2004): 9,1
Rússia (1952): 9
Japão (2011): 8,9
Chile (2010): 8,8
Equador (1906): 8,8
Estados Unidos (1965): 8,7
Indonésia (2005): 8,6
Índia (1950): 8,6
*Desde 1900
Fonte: U.S. Geological Survey
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Disparos contra manifestantes iemenitas fazem 30 mortos...
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França atira e destrói veículo militar na Líbia
O primeiro tiro da intervenção sancionada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na Líbia saiu de um jato francês e destruiu um veículo militar por volta de 11h45 (horário de Brasília), disseram o Ministério de Defesa e autoridades do Exército da França neste sábado.
"Um primeiro alvo foi acertado e destruído", disse o porta-voz do ministério, Laurent Teisseire, a jornalistas.
Um porta-voz das Forças Armadas francesas disse que a operação para impedir os ataques de Muammar Gaddafi a rebeldes envolve cerca de 20 aviões e uma área de 100 por 150 quilômetros em volta de Benghazi.
O porta-aviões Charles de Gaulle deixará a França em direção à Líbia no domingo, segundo o porta-voz do Exército. Um centro de comando central para a operação ainda está sendo criado.
(Por John Irish e Elizabeth Pineau
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30 - Jean Paul Sartre: Filosofiada Idade Contemporânea
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Aviões franceses lançam ataque às forças de Kadafi
Um avião da Força Aérea da França disparou contra um veículo militar líbio às 18h45 de hoje, no horário local (13h45 em Brasília), na primeira ação contra o regime do coronel Muamar Kadafi desde que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou o uso de "todos os meios necessários" para conter os ataques contra civis no país.
O porta-voz do Ministério da Defesa da França, Thierry Burkhard, disse em Paris que não houve ações hostis contra o avião francês. Aviões militares Rafale e Mirage começaram a sobrevoar a cidade líbia de Benghazi, controlada por rebeldes e sitiada pelas forças leais a Kadafi, pouco depois de um encontro de cúpula em Paris, que reuniu representantes de 22 países.
Segundo o presidente da França, Nicolas Sarkozy, os participantes da reunião concordaram em "acionar todos os meios necessários, particularmente militares, para forçar Kadafi a respeitar a resolução da ONU". O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou que "o tempo para agir chegou e a ação precisa ser urgente".
Na tentativa de se aproveitar do período de tempo entre a aprovação da resolução, na quinta-feira, e o lançamento da operação militar internacional, o coronel Kadafi lançou uma ofensiva contra Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia e principal baluarte das forças de oposição. Em meio ao ruído de explosões e disparos de artilharia, um médico disse que 27 corpos haviam sido levados aos hospitais da cidade até o meio-dia. No fim da tarde, podiam-se ouvir os aviões militares sobrevoando a cidade e os disparos de artilharia haviam cessado.
"Nossos aviões estão bloqueando os ataques aéreos contra a cidade de Benghazi", disse Sarkozy. Pela manhã, um avião foi derrubado nos arredores de Benghazi. Os combatentes rebeldes celebraram a queda, mas o governo negou que qualquer de suas aeronaves tivesse sido abatida. O regime de Kadafi também negou que sua Força Aérea tenha atacado qualquer cidade hoje.
A televisão estatal líbia mostrou apoiadores de Kadafi convergindo para o aeroporto internacional de Trípoli e para um quartel da capital, aparentemente na tentativa de impedir ataques aéreos da coalizão internacional a esses locais. O governo também divulgou uma carta aberta de Kadafi aos governos dos países da coalizão, dizendo que "vocês vão se arrepender se ousarem intervir em nosso país".
Em Benghazi, moradores foram vistos reunindo móveis e pedaços de metal para fazer barricadas, enquanto jovens coletavam garrafas para fazer coquetéis molotov. No hospital Jalaa, o médico Gebreil Hewadi, integrante do Comitê de Saúde das forças rebeldes, disse que 27 corpos haviam chegado aos hospitais da cidade até o meio-dia. O médico egípcio Ahmed Radwan, que tem atuado como voluntário em Benghazi nas últimas três semanas, afirmou que "há mais mortos do que feridos". As informações são da Associated Press.
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Forças de Kadafi desrespeitam cessar-fogo e bombardeiam Benghazi
estadão.com.br
Um avião de combate foi derrubado pelos rebeldes durante os ataques e a ofensiva se desenvolveu por terra e por ar. As forças leais a Kadafi, inclusive, já entraram em alguns bairros da periferia do oeste de Benghazi.
Uma grande nuvem negra cobriu a cidade após os ataques. Agências internacionais relataram pelo menos quatro grandes explosões.
Um porta-voz de Kadafi desmentiu as informações da quebra do cessar-fogo e afirmou que foram os rebeldes que desrespeitaram o acordo. O ministro de Relações Exteriores pediu, em comunicado transmitido pela emissora Al Arabiya, que a ONU envie uma missão de observadores para verificar o cumprimento do cessar-fogo. O ditador alertou os países ocidentais que qualquer intervenção militar na Líbia é uma "clara agressão". "Isto é uma injustiça, isto é uma clara agressão", disse o porta-voz citando as palavras do líder líbio em uma carta dirigida à França, ao Reino Unido, aos Estados Unidos e à ONU. "Vocês irão se arrepender se derem um passo na intervenção em nossos assuntos internos."
Kadafi ainda ameaçou a ONU, afirmando que a resolução "é inaceitável, já que o Conselho de Segurança da ONU não tem mandato para intervir nos assuntos internos dos países".
Na França, a Secretária de Segurança dos Estados Unidos, Hillary Clinton, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, devem se reunir com o presidente do país, Nicolas Sarkozy, e o ministro de Relações Exteriores, Alain Juppé.
Neste sábado, acontecerá a cúpula de Paris com os principais participantes dos esforços diplomáticos. As grandes potências podem iniciar um ataque contra Kadafi depois da reunião, uma vez que o ditador líbio voltou a atacar os rebeldes.
O líder do rebelde Conselho Nacional da Líbia afirmou neste sábado que a comunidade internacional precisa agir rapidamente para proteger civis das forças de Muammar Gaddafi que estão bombardeando a cidade de Benghazi.
"Agora há um bombardeio de artilharia e mísseis em todos distritos de Benghazi", disse Mustafa Abdel Jalil à rede de TV Al Jazeera. "A comunidade internacional está atrasada em intervir para salvar civis das forças de Gaddafi".
"Hoje em Benghazi haverá uma catástrofe se a comunidade internacional não colocar em prática as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou. "Apelamos à comunidade internacional, a todo o mundo livre, para impedir essa tirania de exterminar civis." (Com AP, Efe e Reuters)
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quinta-feira, 17 de março de 2011
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