terça-feira, 14 de setembro de 2010

Foi aqui

Foi em Santa Catarina que um evento esotérico macabro se passou na noite de segunda-feira, curiosamente dia 13, um número altamente macabro. Um líder sindical do final da década de 70 reencarnou no Presidente da República ainda vivo. O líder sindical Luís Inácio Lula da Silva, o mesmo que em entrevista para a Playboy em 1979 afirmou admirar Adolf Hitler, resolveu reencarnar no palanque da candidatura de Ideli Salvatti (PT) ao governo do estado e de Dilma Rousseff (PT) a Presidência da República. Vivemos tempos que podem ser chamados sem qualquer medo de exagerar de diabólicos.


Lula conclamou aos berros, possuído (se por sua admiração a Hitler ou se pela cachaça ainda não se sabe) que o Democratas seja "extirpado" da política nacional. Curiosamente a mesma frase que Hitler e os mais altos dirigentes nazistas utilizavam para se referir ao "problema dos judeus". Tinham de ser "extirpados".


Há muito o Democratas vem desempenhando o papel de "judeu" da política nacional. Por uma série de motivos.


O jornalismo politicamente correto e os analistas isentos, em maior ou menor grau, foram todos formados em um ambiente acadêmico altamente esquerdizado, que remonta a década de 1960 e para o qual, democracia só existe quando partidos políticos de extrema esquerda disputam contra partidos de esquerda e centro-esquerda o controle do processo político. Em qualquer lugar civilizado do mundo isso seria chamado de totalitarismo. Aqui no Brasil virou sinônimo de ideal democrático.


O antigo PFL e o Democratas, seu sucessor, trazem uma mancha grave para esta gente: a marca de tentar ser um partido de centro-direita. Mesmo com várias adaptações em seu programa para tentar agradar aos fofíssimos analistas e jornalistas. E é inadmissível na democracia desta gente que algo próximo da direita se ache no direito de disputar o poder em condições de igualdade.


Ontem, em Joinville, no ritual macabro em que se transformou o comício presidido por Lula, ultrapassou-se todos os limites aceitáveis em uma democracia liberal e representativa digna do nome.


É tempo de a oposição deixar de lado os politicamente corretos. Não é tempo para cálculos sobre o que os isentos vão dizer. Que nos chamem de golpistas. Mas a obrigação, se ainda queremos preservar a democracia, é exigir imediatamente o impeachment do Presidente Lula.


É tempo de acioná-lo legalmente em todas as frentes. No Congresso (mesmo com a certeza da derrota), no Supremo e perdendo o medo, deixando de lado a covardia, é tempo também para relembrarmos de quando a direita não tinha vergonha de ser Direita e irmos para as ruas.

Defender o nosso direito, de nossos filhos, de nossos netos, de nossas famílias, enfim, de todos que amamos, de vivermos em um país livre e democrático, que respeite a sua diversidade e que não queira "extirpar" quaisquer grupos sociais, econômicos, religiosos, políticos ou raciais dos quais discordemos.


Foi aqui. Mas vale para todo o país. Foi aqui. Poderia ter sido em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Norte, no Amazonas ou no Acre. Foi aqui, mas atinge a todos e a cada um dos brasileiros e brasileiras decentes e de bem.


Não pode passar em branco. Se passar, aí sim, terei a certeza que o governo Fernando Henrique foi nossa República de Weimar.


E tratarei de arrumar meu passaporte o mais rápido possível. Antes que me coloquem um triângulo roxo, me enviem para um campo de concentração e acabem me matando com técnicas mais modernas do que Câmaras de Gás.


À LUTA!
Eduardo Bisotto

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