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José Negreiros
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Os políticos que têm se encontrado com o presidente nos últimos dias deixam o Palácio do Planalto impressionados com a compulsão de Lula para falar sem parar dos outros e de si. Jamais de projetos para o Brasil.
Futuro, quando entra na conversa, diz respeito à primeira pessoa. Ele está obcecado pela própria biografia e só pensa em entrar para a história quando deixar o governo daqui a quatro anos.
Para cultivar seu interlocutor, o presidente apela para truques clássicos da boa convivência: elogia os amigos da visita, fala mal de seus inimigos e, de vez em quando, solta uma palavra rude para dar mais intimidade ao diálogo.
Todos saem dali com a sensação de que ouviram um homem sincero, bem intencionado, a quem nenhum dos presidentes de partido disse “não” até agora. A vocação governista dos políticos experimenta um de seus grandes momentos desde a eleição.
Nem todos os brasileiros, contudo, estão otimistas. Três economistas que não usariam de tanta franqueza se seus nomes fossem revelados, prevêem que o segundo mandato de Lula será melhor do que o de FHC, mas recebido com menos entusiasmo.
O principal motivo é que o cenário paradisíaco proporcionado pelos investidores está com os dias contados. Para prevenir o recrudescimento da inflação nos Estados Unidos, o Banco Central elevará os juros, numa terapia que reproduz o que Meirelles faz aqui.
Não se imagina, porém que daí se chegue ao pior, pois o déficit público medido de acordo com a necessidade de financiamento do governo – que é como o mundo julga as contas brasileiras – está num nível considerado civilizado.
Ou seja, Lula poderá ser obrigado a retomar a política econômica do feijão com arroz”” que vem de Sarney, foi seguida por Collor após o choque na inflação e por FHC depois da maxidesvalorização do real, em 99.
É a política de tocar a vida sem grandes emoções, sem inventar nada, apenas vendo o tempo passar. Reformas, grandes planos, sonhos de transformação para o Brasil viram coisas do passado.
Sem seus principais operadores na economia e na política, sem idéias próprias e sem o PT dos tempos em que era bonito ser decente, Lula se limitará a tocar a bola, aquela velha e boa receita que tirou o Brasil da Copa do Mundo, mas não o emprego nem a fortuna das estrelas que jogavam desse jeito.
Futuro, quando entra na conversa, diz respeito à primeira pessoa. Ele está obcecado pela própria biografia e só pensa em entrar para a história quando deixar o governo daqui a quatro anos.
Para cultivar seu interlocutor, o presidente apela para truques clássicos da boa convivência: elogia os amigos da visita, fala mal de seus inimigos e, de vez em quando, solta uma palavra rude para dar mais intimidade ao diálogo.
Todos saem dali com a sensação de que ouviram um homem sincero, bem intencionado, a quem nenhum dos presidentes de partido disse “não” até agora. A vocação governista dos políticos experimenta um de seus grandes momentos desde a eleição.
Nem todos os brasileiros, contudo, estão otimistas. Três economistas que não usariam de tanta franqueza se seus nomes fossem revelados, prevêem que o segundo mandato de Lula será melhor do que o de FHC, mas recebido com menos entusiasmo.
O principal motivo é que o cenário paradisíaco proporcionado pelos investidores está com os dias contados. Para prevenir o recrudescimento da inflação nos Estados Unidos, o Banco Central elevará os juros, numa terapia que reproduz o que Meirelles faz aqui.
Não se imagina, porém que daí se chegue ao pior, pois o déficit público medido de acordo com a necessidade de financiamento do governo – que é como o mundo julga as contas brasileiras – está num nível considerado civilizado.
Ou seja, Lula poderá ser obrigado a retomar a política econômica do feijão com arroz”” que vem de Sarney, foi seguida por Collor após o choque na inflação e por FHC depois da maxidesvalorização do real, em 99.
É a política de tocar a vida sem grandes emoções, sem inventar nada, apenas vendo o tempo passar. Reformas, grandes planos, sonhos de transformação para o Brasil viram coisas do passado.
Sem seus principais operadores na economia e na política, sem idéias próprias e sem o PT dos tempos em que era bonito ser decente, Lula se limitará a tocar a bola, aquela velha e boa receita que tirou o Brasil da Copa do Mundo, mas não o emprego nem a fortuna das estrelas que jogavam desse jeito.
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