Na PB, médicos operam crânio com furadeira de obra
Dilma Rousseff falou sobre medicina em seu programa radiofônico desta segunda (5). Disse que os médicos recém-formados precisam conhecer as necessidades do país.
Simultaneamente, a Associação Médica da Paraíba divulgou uma denúncia que indica que também os governantes deveriam tomar ciência das carências brasileiras.
Revelou-se que os médicos do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, o maior da Paraíba, trabalham sob condições impensáveis.
Realizam cirurgias cranianas com furadeira convencional, dessas que são usadas em marcenarias e na construção civil.
Por quê? O craniótomo, equipamento cirúrgico que deveria ser empregado para perfurar cabeças, está quebrado faz mais de um ano.
Com a furadeira de obra, procedimentos realizados em dez minutos passaram a consumir uma hora. Afora o suplício, eleva-se o risco de vida dos pacientes do SUS.
O improviso nas cirurgias de crânio é apenas parte do descalabro exposto em relatório da entidade que representa os médicos paraibanos.
No seu lero-lero radiofônico, Dilma revelou o desejo de redistribuir os médicos pelo mapa do Brasil.
Quer que parte dos estudantes de medicina –5 mil dos 24 mil que se servem de crédito oficial— vá trabalhar no interior do país.
Pelas contas do governo faltam médicos em cerca de 2 mil municípios brasileiros. Quem topar mudar-se para essas localidades terá desconto na dívida com o MEC.
A certa altura, Dilma soou assim: “Um dos maiores objetivos do meu governo é fazer com que a qualidade de atendimento do SUS seja igual àquela praticada, por exemplo, nos grandes hospitais privados do nosso país…”
“…Vamos garantir atendimento humano e de qualidade e isso é um compromisso a ser buscado todos os dias.”
Para esta segunda-feira, Dilma talvez devesse se autoimpor o compromisso de disparar alguns telefonemas para a Paraíba.
Se médicos veteranos são submetidos ao impensável no maior hospital público de João Pessoa, como convencer os novatos a enfrentar o inacreditável nos fundões do Brasil?
Josias de Souza
Simultaneamente, a Associação Médica da Paraíba divulgou uma denúncia que indica que também os governantes deveriam tomar ciência das carências brasileiras.
Revelou-se que os médicos do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, o maior da Paraíba, trabalham sob condições impensáveis.
Realizam cirurgias cranianas com furadeira convencional, dessas que são usadas em marcenarias e na construção civil.
Por quê? O craniótomo, equipamento cirúrgico que deveria ser empregado para perfurar cabeças, está quebrado faz mais de um ano.
Com a furadeira de obra, procedimentos realizados em dez minutos passaram a consumir uma hora. Afora o suplício, eleva-se o risco de vida dos pacientes do SUS.
O improviso nas cirurgias de crânio é apenas parte do descalabro exposto em relatório da entidade que representa os médicos paraibanos.
No seu lero-lero radiofônico, Dilma revelou o desejo de redistribuir os médicos pelo mapa do Brasil.
Quer que parte dos estudantes de medicina –5 mil dos 24 mil que se servem de crédito oficial— vá trabalhar no interior do país.
Pelas contas do governo faltam médicos em cerca de 2 mil municípios brasileiros. Quem topar mudar-se para essas localidades terá desconto na dívida com o MEC.
A certa altura, Dilma soou assim: “Um dos maiores objetivos do meu governo é fazer com que a qualidade de atendimento do SUS seja igual àquela praticada, por exemplo, nos grandes hospitais privados do nosso país…”
“…Vamos garantir atendimento humano e de qualidade e isso é um compromisso a ser buscado todos os dias.”
Para esta segunda-feira, Dilma talvez devesse se autoimpor o compromisso de disparar alguns telefonemas para a Paraíba.
Se médicos veteranos são submetidos ao impensável no maior hospital público de João Pessoa, como convencer os novatos a enfrentar o inacreditável nos fundões do Brasil?
Josias de Souza
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