José Sarney é o último dos grandes oligarcas nordestinos merecedores desse “título nobiliárquico”. Quem conhece o Maranhão sabe que o poder do clã Sarney se confunde com o próprio Estado como estrutura institucional e como unidade territorial. De fato, o Maranhão é quase um feudo. Quem passa diante do Tribunal de Justiça maranhense testemunha a estátua gigantesca e imponente do patriarca do clã, eliminando qualquer dúvida sobre a imparcialidade do braço jurídico do Estado no feudo dos Sarney.
José Sarney é, também, a encarnação viva da versão arcaica do patrimonialismo na política brasileira. A carreira política de Sarney inicia na década de 1950, quando, em 1955, foi eleito deputado federal. Hoje, portanto, Sarney é o parlamentar mais antigo em atividade no Congresso Nacional. Além de ter sido, por diversas vezes, deputado e senador, Sarney governou o Maranhão entre 1966 e 1971 e atingiu o ápice de sua carreira entre 1986 e 1990, quando chegou a Presidente da República por acaso (?), como conseqüência da morte de Tancredo Neves, de quem era vice na chapa escolhida de forma indireta para conduzir a trasição do regime militar para a democracia. Ao longo de sua carreira Sarney foi membro da UDN, depois foi presidente da Arena e do PDS antes de se filiar ao PMDB em 1988, após uma breve passagem pelo PFL.
Político centrista por excelência, Sarney possui a viscosidade típica do fisiologismo caracterísitco da maioria dos políticos brasileiros, razão pela qual acomodou-se tão confortavelmente no PMDB. A partir do PMDB, Sarney opera com maestria seus interesses, revelando-se o mais copetente de todos os políticos brasileiros contemporâneos. Ocupando ou não posto formalmente relevante no parlamento, Sarney detém poder político de fato. E o exerce como aliado fiel quando reconhecido, ou como adversário sempre que não lhe é dada a proeminência correspondente ao cacife que tem. Sua arma é o veto; seu estilo é a ação discreta como operador de bastidor que usa prepostos para as ações de vitrine. Sarney paraliza quaisquer governos quando quer, desde que deixou a Presidência da República acuado pela hiperinflação e pelas denúncias de corrupção que marcaram o fim de seu mandato presidencial em 1988.
No futuro, quando os historiadores investigarem os “arquivos secretos” do que se passou na política brasileira atual, não será surpresa se descobrrirem a mão invisível de Sarney por trás do impeachment de Collor; da eleição e da reeleição de FHC; da eleição e da reeleição de Lula e, também, da maioria dos impasses que todos os presidentes que o sucederam sofreram no Congresso Nacional, toda vez que questões relevantes envolvendo o controle e a gestão do poder foram objeto de negociação.
José Sarney, no entanto, é um oligarca em decadência e vive as circustâncias da modernização da política brasileira, que acompanha a modernização de uma nação que se urbaniza aceleradamente desde 1930, e hoje se integra de forma singular ao processo de globalização. Sob o governo de Lula, o Brasil tenta a revitalização do patrimonialismo, agora não mais sob comando de orligarquias rurais e empresariais arcaicas, mas, através de uma aliança da burocracia sindical com o capital finaceiro e setores empresariais, que patrocinam o esquema em troca de benesses. A base eleitoral de Lula é mesma das velhas oligarquias que manipulavam a ignorância popular e comprando a alma corrupta de um povo imaturo e ainda carente do paternalimo de tipo clientelista, consolidado na cultura política nacional como herança das oligarquias arcaicas que Sarney representa.
Por paradoxal que pareça, a chegada de Lula e dos lulismno ao poder é uma faceta contraditória da modernização à brasileira, que busca adaptar nosso patriomonialismo ao paradigma do mundo globalizado, repetindo o padrão da modernização conservadora já exaustivamrnte caracterizado pela Ciência Política tupiniquim.
Lula, também nisso, imita FHC e dá continuidade ao extermínio político dos velhos oligarcas e seus clones, genticamente defeituosos. O tucano mor usou os velhos senhores feudais da política brasileira para eleger-se, governar e modernizar, em parte, a economia e o Estado brasileiros, e depois rifou gente como ACM, Jáder Barbalho e o próprio Sarney.
Lula acaba de ceifar Renan Calheiros, mandando-o para o limbo do poder. O método está evidente aos olhos de quem quer ver. O petismo dá o cargo e a visibilidade e depois fabrica o escândalo fatal. O senador petista Tião Viana; novo senhor feudal do Acre, constrói a prancha com que o PT pretende jogar Sarney aos tubarões. E Lula avisa: “- A Presidência do Senado é do PMDB.” A cadeira de presidente do Senado, hoje, é um patíbulo sobre a qual repousa uma reluzente guilhotina.
Senta Sarney!
Paulo Moura
José Sarney é, também, a encarnação viva da versão arcaica do patrimonialismo na política brasileira. A carreira política de Sarney inicia na década de 1950, quando, em 1955, foi eleito deputado federal. Hoje, portanto, Sarney é o parlamentar mais antigo em atividade no Congresso Nacional. Além de ter sido, por diversas vezes, deputado e senador, Sarney governou o Maranhão entre 1966 e 1971 e atingiu o ápice de sua carreira entre 1986 e 1990, quando chegou a Presidente da República por acaso (?), como conseqüência da morte de Tancredo Neves, de quem era vice na chapa escolhida de forma indireta para conduzir a trasição do regime militar para a democracia. Ao longo de sua carreira Sarney foi membro da UDN, depois foi presidente da Arena e do PDS antes de se filiar ao PMDB em 1988, após uma breve passagem pelo PFL.
Político centrista por excelência, Sarney possui a viscosidade típica do fisiologismo caracterísitco da maioria dos políticos brasileiros, razão pela qual acomodou-se tão confortavelmente no PMDB. A partir do PMDB, Sarney opera com maestria seus interesses, revelando-se o mais copetente de todos os políticos brasileiros contemporâneos. Ocupando ou não posto formalmente relevante no parlamento, Sarney detém poder político de fato. E o exerce como aliado fiel quando reconhecido, ou como adversário sempre que não lhe é dada a proeminência correspondente ao cacife que tem. Sua arma é o veto; seu estilo é a ação discreta como operador de bastidor que usa prepostos para as ações de vitrine. Sarney paraliza quaisquer governos quando quer, desde que deixou a Presidência da República acuado pela hiperinflação e pelas denúncias de corrupção que marcaram o fim de seu mandato presidencial em 1988.
No futuro, quando os historiadores investigarem os “arquivos secretos” do que se passou na política brasileira atual, não será surpresa se descobrrirem a mão invisível de Sarney por trás do impeachment de Collor; da eleição e da reeleição de FHC; da eleição e da reeleição de Lula e, também, da maioria dos impasses que todos os presidentes que o sucederam sofreram no Congresso Nacional, toda vez que questões relevantes envolvendo o controle e a gestão do poder foram objeto de negociação.
José Sarney, no entanto, é um oligarca em decadência e vive as circustâncias da modernização da política brasileira, que acompanha a modernização de uma nação que se urbaniza aceleradamente desde 1930, e hoje se integra de forma singular ao processo de globalização. Sob o governo de Lula, o Brasil tenta a revitalização do patrimonialismo, agora não mais sob comando de orligarquias rurais e empresariais arcaicas, mas, através de uma aliança da burocracia sindical com o capital finaceiro e setores empresariais, que patrocinam o esquema em troca de benesses. A base eleitoral de Lula é mesma das velhas oligarquias que manipulavam a ignorância popular e comprando a alma corrupta de um povo imaturo e ainda carente do paternalimo de tipo clientelista, consolidado na cultura política nacional como herança das oligarquias arcaicas que Sarney representa.
Por paradoxal que pareça, a chegada de Lula e dos lulismno ao poder é uma faceta contraditória da modernização à brasileira, que busca adaptar nosso patriomonialismo ao paradigma do mundo globalizado, repetindo o padrão da modernização conservadora já exaustivamrnte caracterizado pela Ciência Política tupiniquim.
Lula, também nisso, imita FHC e dá continuidade ao extermínio político dos velhos oligarcas e seus clones, genticamente defeituosos. O tucano mor usou os velhos senhores feudais da política brasileira para eleger-se, governar e modernizar, em parte, a economia e o Estado brasileiros, e depois rifou gente como ACM, Jáder Barbalho e o próprio Sarney.
Lula acaba de ceifar Renan Calheiros, mandando-o para o limbo do poder. O método está evidente aos olhos de quem quer ver. O petismo dá o cargo e a visibilidade e depois fabrica o escândalo fatal. O senador petista Tião Viana; novo senhor feudal do Acre, constrói a prancha com que o PT pretende jogar Sarney aos tubarões. E Lula avisa: “- A Presidência do Senado é do PMDB.” A cadeira de presidente do Senado, hoje, é um patíbulo sobre a qual repousa uma reluzente guilhotina.
Senta Sarney!
Paulo Moura
3 comentários:
Cobalchini estréia blog na internet
Buscando uma maior aproximação com o público, o secretário de Coordenação e Articulação, deputado estadual Valdir Cobalchini (PMDB) acaba de estrear um blog na internet.
Com o endereço http://valdircobalchini.blogspot.com, essa nova ferramenta de comunicação tem o objetivo de aproximar o público do trabalho do deputado.
Elaborado por sua assessoria de comunicação, sob responsabilidade do jornalista Frutuoso Oliveira, o blog traz notícias de seu trabalho administrativo, no Governo do Estado, e também de suas movimentações políticas.
OLA UM ABRAÇÃO E PRECISO ME COMUNICAR CONTIGO NO TELEFONE
99518882
LEODEMIR JOSÉ ESPINDOLA 99518882
Postar um comentário