A tendência é esta: o sistema partidário brasileiro possui um forte atrativo à oligopolização. No máximo, três partidos dominantes, mas que não se diferem significativamente. Uma mistura das dificuldades de arranjo em país de dimensões continentais com o "habitus" neopatrimonialista. Convergimos para ser um grande PMDB. As inovações são sugadas para este sistema dominante, um mosaico de intenções e ideologias num só partido. Um arranjo. O eleitor ficará cada vez mais escanteado porque (como já ocorre) não terá opções. Será convidado a aderir.
Porque, todos sabemos, com o presidencialismo híbrido que temos, nenhum executivo consegue governar sem comprar votos e acordos. O que parece força é fraqueza. Os casos do lulismo e Aécio são reveladores. O lulismo destruiu o petismo. Chega a dar dó dos dirigentes e, agora, de alguns parlamentares petistas. Cargos que parecem se prestar a questões menores (não por intenção de seus titulares, que fique claro, embora alguns até que se sentem aliviados com esta "servidão voluntária").
Quem dirige são lideranças menores, espalhadas por este Grande Portugal, que conformam o mosaico de estilhaços que um dia foi um espelho chamado Brasil.
O que mais me deixa indignado são os analistas de plantão, que fazem fama, discursando do alto de seus lugares-comuns no GloboNews. Uma vergonha. Alguns não conseguem nem esconder suas preferências partidárias, mas tentam posar de imparciais. Outros, se repetem, procurando atalhos retóricos para chegar nas mesmas soluções. São todos institucionalistas e não conseguem pensar a política a partir do cotidiano das ruas. Precisariam fazer mais pesquisas, reduzindo o número de artigos e livros publicados.
Por qual motivo desprezam tanto Maquiavel? O poeta mor do funcionamento da Corte alertou, lá naqueles idos da chegada dos portugueses às nossas praias, que Corte sem povo não tem muito futuro. Mas, no Brasil, parece que cientista político tem.
Porque, todos sabemos, com o presidencialismo híbrido que temos, nenhum executivo consegue governar sem comprar votos e acordos. O que parece força é fraqueza. Os casos do lulismo e Aécio são reveladores. O lulismo destruiu o petismo. Chega a dar dó dos dirigentes e, agora, de alguns parlamentares petistas. Cargos que parecem se prestar a questões menores (não por intenção de seus titulares, que fique claro, embora alguns até que se sentem aliviados com esta "servidão voluntária").
Quem dirige são lideranças menores, espalhadas por este Grande Portugal, que conformam o mosaico de estilhaços que um dia foi um espelho chamado Brasil.
O que mais me deixa indignado são os analistas de plantão, que fazem fama, discursando do alto de seus lugares-comuns no GloboNews. Uma vergonha. Alguns não conseguem nem esconder suas preferências partidárias, mas tentam posar de imparciais. Outros, se repetem, procurando atalhos retóricos para chegar nas mesmas soluções. São todos institucionalistas e não conseguem pensar a política a partir do cotidiano das ruas. Precisariam fazer mais pesquisas, reduzindo o número de artigos e livros publicados.
Por qual motivo desprezam tanto Maquiavel? O poeta mor do funcionamento da Corte alertou, lá naqueles idos da chegada dos portugueses às nossas praias, que Corte sem povo não tem muito futuro. Mas, no Brasil, parece que cientista político tem.
Ruda Ricci
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