quarta-feira, 22 de abril de 2009

Pensão de Newtão a ex-mulher é fixada: R$ 116 mil

Newton Cardoso é um desses políticos que, emoldurados no discurso de Jarbas Vasconcelos, fazem a má fama do PMDB.

No início do ano, Newtão abespinhou-se com uma reportagem de Veja. A notícia tratava do divórcio do ex-governador mineiro.

A deputada Maria Lúcia Cardoso (MDB-MG), ex-mulher de Newtão, trava com ele uma disputa judicial doméstica. Briga pela pensão.

Em 2006, numa declaração à Justiça Eleitoral, Newtão estimara seu patrimônio em R$ 12,7 milhões. Veja sustentara que a cifra era mais gorda: R$ 150 milhões.

Newtão chamou a imprensa para uma coletiva. Desmentiu a revista. Mas o fez de forma surpreendentemente inusitada.

Disse: "A revista escondeu meu patrimônio. Minha fortuna é muito maior do que o que eles falaram". Espanto (!), pasmo (!!), estupefação (!!!).

Veja anotara que Newtão possuía 25 automóveis. E ele: são 150. A revista contara 70 fazendas. E o ex-governador, em timbre exaltado:

"Não tenho só essa merda de setenta fazendas. São 145, sendo que em uma delas foram encontrados dois poços de petróleo".

Newtão foi explícito a mais não poder: disse que não tem um, mas dois apartamentos nos EUA...

...Na Europa, não tem apenas um apartamento e um hotel em Paris. É dono também de um imóvel em Roma. Na Bahia, uma praia. Em Andra dos Reis, uma ilha.

Pois bem, nas pegadas do strip-tease patrimonia de Newtão, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu fixar a pensão que ele deve pagar à ex-mulher.

Eis o valor: R$ 116 mil mensais. Ou paga ou vai em cana. Maria Lúcia Cardoso achou pouco. Vai recorrer. Exige R$ 500 mil por mês.

Justo, muito justo, justíssimo. A deputada informara nos autos que a fortuna do ex-marido oscilava entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões.

A julgar pelo que diz Newtão, a mira de sua ex-mulher está muito próxima não da mosca, mas do olho da mosca.

O ex-governador não há de ficar contando os centavos numa hora dessas. Isso é coisa que o contribuinte mineiro deveria ter feito antes de elegê-lo e reelegê-lo. Como não fez...

Josias de Souza

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