Josias de Souza
PT vira um jóquei cego montado na mula-sem-cabeça
Onde está o PT? A legenda sumiu do Congresso depois que Lula a abandonou. O presidente deixou de prestigiar o seu partido.
Alega que já não vale a pena ser visto com o PT nos salões de Brasília. Tem medo de que o partido não saiba se comportar e o embarace na frente do PMDB.
O desaparecimento do PT levou muita gente no Congresso a imaginar que a legenda tivesse morrido. Mas tudo leva a crer que não é verdade.
O PT teria apenas abdicado da vida legislativa. Não aguentava mais apanhar. Um assessor do Planalto conta que Lula vinha aplicando surras frequentes no PT.
Segundo uma testemunha tucana, as coças do presidente eram diárias. Um senador do consórcio governista afirma que Dilma ajudava a bater.
Outro congressista “aliado” acrescenta que, quando não estava apanhando de Lula e de Dilma, o PT era obrigado a ajoelhar no milho, sob açoites do Renan.
Antes de sumir do Legislativo, o PT foi visto por um segurança do Senado batendo a cabeça contra as paredes de concreto do prédio de Niemeyer.
Os amigos mais chegados afirmam que o PT surtou depois de atravessar experiências que mexeram com seus hormônios.
Desde que Lula chegara ao Planalto, o partido trazia na cara aquele jeitão ávido de quem se convencera de que havia perdido muito tempo na vida.
O PT decidira aceitar, sem hesitações, todos os convites do poder. Entregara-se gostosamente a novas aventuras.
Perdera o semblante de esquerda que comia criancinhas. Passara a ser consumido por velhacos. Reagia com naturalidade às relações plurais.
Os contatos grupais pareciam proporcionar-lhe prazer inaudito. Mesmo quando o relacionamento se dava com parceiros detestáveis.
Menos enrustido e mais assumido, o PT fazia questão de experimentar novas posições. Sobretudo as posições ideológicas exóticas.
Entregara-se a elas sem medo do ridículo. E sem limites à perversão. Entre estupefacta e extasiada, a platéia fizera fila para espiar através das seteiras.
Mas era do telhado de vidro que se tinha o melhor ângulo. Dali, a visão do strip-tease do PT era irrestrita.
A parte da anatomia do partido que se revelara mais sedutora aos novos parceiros fora o calcanhar-de-aquiles, assediado por múltiplos e contraditórios interesses.
A atmosfera de volúpia assanhou a indústria da maledicência, o empreendimento que, a despeito da crise, é o que mais progride em Brasília.
De repente, o PT passou a ter problemas em casa. Para fugir das sessões diárias de espancamento, decidiu fugir.
Trazia marcas por todo o corpo. Mas, constrangido, alegou que sairia de cena para preservar a governabilidade.
Dias atrás, depois que Ideli foi humilhada por Collor na comissão de Infraestrutura, soou o telefone na sede brasiliense do PT.
Compungido, um sargento da reserva, morador da favela de Paraisópolis, em São Paulo, ligou para dar informações sobre o paradeiro do PT.
Disse que o partido alugou um barraco vizinho ao seu. Chegou com uma mão na frente e outra atrás. Trazia apenas um pôster do Che e um livro de poesias do Neruda.
Tentou socializar-se com a comunidade. Mas foi perseguido pela polícia do Serra. E passou a levar uma vida reclusa.
O PT dorme o dia inteiro. Só acorda depois do Jornal Nacional, para ver a novela e o BBB.
O sargento jurou que, na semana passada, viu, de madrugada, o PT galopando um animal pelas vielas da favela. O partido pareceu-lhe cego. Montava uma mula-sem-cabeça.
As informações não são alentadoras. Mas pelo menos Brasília já descobriu onde está e o que anda fazendo o PT.
Companheiros de Congresso planejam fazer uma visita à legenda. Desejam matar as saudades, prestar solidariedade.
De resto, querem fazer uma pergunta que o partido de Lula deixou boiando na atmosfera brasiliense quando bateu em retirada: Por que diabos não reage o PT?
Onde está o PT? A legenda sumiu do Congresso depois que Lula a abandonou. O presidente deixou de prestigiar o seu partido.
Alega que já não vale a pena ser visto com o PT nos salões de Brasília. Tem medo de que o partido não saiba se comportar e o embarace na frente do PMDB.
O desaparecimento do PT levou muita gente no Congresso a imaginar que a legenda tivesse morrido. Mas tudo leva a crer que não é verdade.
O PT teria apenas abdicado da vida legislativa. Não aguentava mais apanhar. Um assessor do Planalto conta que Lula vinha aplicando surras frequentes no PT.
Segundo uma testemunha tucana, as coças do presidente eram diárias. Um senador do consórcio governista afirma que Dilma ajudava a bater.
Outro congressista “aliado” acrescenta que, quando não estava apanhando de Lula e de Dilma, o PT era obrigado a ajoelhar no milho, sob açoites do Renan.
Antes de sumir do Legislativo, o PT foi visto por um segurança do Senado batendo a cabeça contra as paredes de concreto do prédio de Niemeyer.
Os amigos mais chegados afirmam que o PT surtou depois de atravessar experiências que mexeram com seus hormônios.
Desde que Lula chegara ao Planalto, o partido trazia na cara aquele jeitão ávido de quem se convencera de que havia perdido muito tempo na vida.
O PT decidira aceitar, sem hesitações, todos os convites do poder. Entregara-se gostosamente a novas aventuras.
Perdera o semblante de esquerda que comia criancinhas. Passara a ser consumido por velhacos. Reagia com naturalidade às relações plurais.
Os contatos grupais pareciam proporcionar-lhe prazer inaudito. Mesmo quando o relacionamento se dava com parceiros detestáveis.
Menos enrustido e mais assumido, o PT fazia questão de experimentar novas posições. Sobretudo as posições ideológicas exóticas.
Entregara-se a elas sem medo do ridículo. E sem limites à perversão. Entre estupefacta e extasiada, a platéia fizera fila para espiar através das seteiras.
Mas era do telhado de vidro que se tinha o melhor ângulo. Dali, a visão do strip-tease do PT era irrestrita.
A parte da anatomia do partido que se revelara mais sedutora aos novos parceiros fora o calcanhar-de-aquiles, assediado por múltiplos e contraditórios interesses.
A atmosfera de volúpia assanhou a indústria da maledicência, o empreendimento que, a despeito da crise, é o que mais progride em Brasília.
De repente, o PT passou a ter problemas em casa. Para fugir das sessões diárias de espancamento, decidiu fugir.
Trazia marcas por todo o corpo. Mas, constrangido, alegou que sairia de cena para preservar a governabilidade.
Dias atrás, depois que Ideli foi humilhada por Collor na comissão de Infraestrutura, soou o telefone na sede brasiliense do PT.
Compungido, um sargento da reserva, morador da favela de Paraisópolis, em São Paulo, ligou para dar informações sobre o paradeiro do PT.
Disse que o partido alugou um barraco vizinho ao seu. Chegou com uma mão na frente e outra atrás. Trazia apenas um pôster do Che e um livro de poesias do Neruda.
Tentou socializar-se com a comunidade. Mas foi perseguido pela polícia do Serra. E passou a levar uma vida reclusa.
O PT dorme o dia inteiro. Só acorda depois do Jornal Nacional, para ver a novela e o BBB.
O sargento jurou que, na semana passada, viu, de madrugada, o PT galopando um animal pelas vielas da favela. O partido pareceu-lhe cego. Montava uma mula-sem-cabeça.
As informações não são alentadoras. Mas pelo menos Brasília já descobriu onde está e o que anda fazendo o PT.
Companheiros de Congresso planejam fazer uma visita à legenda. Desejam matar as saudades, prestar solidariedade.
De resto, querem fazer uma pergunta que o partido de Lula deixou boiando na atmosfera brasiliense quando bateu em retirada: Por que diabos não reage o PT?
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