quarta-feira, 3 de junho de 2009

Datafolha apura alta de Dilma e tamanho do 'Lula 3'

O instituto Datafolha leva às páginas deste domingo (31) uma pesquisa nacional que realizou entre terça (26) e quinta (28) da semana que termina.

São duas as principais novidades. A primeira: a petista Dilma Rousseff encurtou a distância que a separa do tucano José Serra.

No principal cenário, Dilma subiu cinco pontos desde março. Amealha agora 16% das intenções de voto. Está tecnicamente empatada com Ciro Gomes (PSB), com 15%.

Serra caiu três pontos percentuais. Desceu para 38%. E a dianteira que o separava de Dilma declinou oito casas –de 30 para 22 pontos percentuais.

Detalhe relevante: entre os que disseram ter tomado conhecimento da doença de Dilma (65%), a maioria (81%) aprovou o modo como foi divulgada a notícia.


Detalhe relevantíssimo: uma legião de eleitores (45%) acha que é muito importante na hora de decidir o voto o fato de o candidato não ter problemas de saúde.


Eis a segunda novidade: a emenda constitucional que permitiria a Lula concorrer a um terceiro mandato divide o país praticamente ao meio.

De acordo com o Datafolha, a proposta é apoiada por 47% dos brasileiros. Outos 49% a rejeitam.

Significa dizer que a simpatia pela macumba que leva ao “Lula 3” aumentou. Em novembro de 2007, a rejeição à tese da re-reeleição era bem maior: 63%.

Naquela época, apenas 37% dos entrevistados avalizavam a mandracaria. Uma encrenca que, por sorte, tem poucas chances de se materializar.

Primeiro por falta de tempo. Teria de ser aprovada no Congresso até setembro. Segundo por desinteresse. Lula jura que não quer. Mais: desautorizou a manobra.

Seria um contra-senso que o presidente abraçasse o imponderável no instante em que sua candidata, com doença e tudo, atinge o seu patamar mais vistoso.


De resto, o Datafolha também apurou que a aprovação ao governo Lula roça o patamar que ostentava em novembro do ano passado.


Naquele mês, a gestão Lula era considerada ótima ou boa por 70% dos brasileiros com mais de 16 anos. Em março, declinara para 65%. Agora volta às nuvens: 69%.


Mantido esse cenário, ainda que o destino conspire contra a saúde de Dilma, Lula dispõe de prestígio e tempo suficientes para levar à proveta um outro candidato.


Não precisa empurrar para dentro de sua biografia a galinha preta de um terceiro mandato incerto.

Escrito por Josias de Souza

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