Minc diz que foi traído por ministros
'Cada um vai ao Congresso com sua machadinha desfigurar projetos'
De Catarina Alencastro e Luiza Damé:
Em audiência de 45 minutos com o presidente Lula, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reclamou de outros ministros, acusando-os de descumprir acordos e de agir no Congresso contra decisões tomadas internamente no governo. Minc negou que tenha cogitado deixar o cargo, caso Lula não o apoiasse, mas avisou que não assinará licenças ambientais que descumpram regras estabelecidas por sua pasta.
É o caso da BR-319. Um relatório do Ibama impõe dez pré-requisitos para autorizar a obra. Segundo o ministro, o presidente não sabia da fragilidade que seu ministério enfrentava, após várias derrotas consecutivas em projetos ambientais. Ele disse ter contado a Lula que tem sido "traído diariamente" no Congresso por gente do governo. Segundo Minc, Lula prometeu corrigir a situação.
- Eu não condicionei a permanência no governo a absolutamente nada. O que disse ao presidente é que há uma série de questões que estavam tirando a sustentabilidade ambiental e política do ministério. Vários ministros combinavam uma coisa aqui e depois iam ao Parlamento, cada um com a sua machadinha, patrocinar emendas que esquartejavam e desfiguravam a legislação ambiental - reclamou Minc. - Ele (Lula) disse que isso não é aceitável, que iria chamar os ministros, e que não dava direito a cada Dnit da vida de ir lá atrás de um deputado para desfazer tudo o que tinha sido combinado aqui.
Para o ministro, a conversa com o presidente terá consequências políticas. Ele diz ter apresentado pontos importantes para a sua área, que estão ameaçados, entre elas a pressão para modificar o Código Florestal. Lula teria se comprometido a marcar uma reunião com os ministros, para pedir unidade no governo.
'Cada um vai ao Congresso com sua machadinha desfigurar projetos'
De Catarina Alencastro e Luiza Damé:
Em audiência de 45 minutos com o presidente Lula, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reclamou de outros ministros, acusando-os de descumprir acordos e de agir no Congresso contra decisões tomadas internamente no governo. Minc negou que tenha cogitado deixar o cargo, caso Lula não o apoiasse, mas avisou que não assinará licenças ambientais que descumpram regras estabelecidas por sua pasta.
É o caso da BR-319. Um relatório do Ibama impõe dez pré-requisitos para autorizar a obra. Segundo o ministro, o presidente não sabia da fragilidade que seu ministério enfrentava, após várias derrotas consecutivas em projetos ambientais. Ele disse ter contado a Lula que tem sido "traído diariamente" no Congresso por gente do governo. Segundo Minc, Lula prometeu corrigir a situação.
- Eu não condicionei a permanência no governo a absolutamente nada. O que disse ao presidente é que há uma série de questões que estavam tirando a sustentabilidade ambiental e política do ministério. Vários ministros combinavam uma coisa aqui e depois iam ao Parlamento, cada um com a sua machadinha, patrocinar emendas que esquartejavam e desfiguravam a legislação ambiental - reclamou Minc. - Ele (Lula) disse que isso não é aceitável, que iria chamar os ministros, e que não dava direito a cada Dnit da vida de ir lá atrás de um deputado para desfazer tudo o que tinha sido combinado aqui.
Para o ministro, a conversa com o presidente terá consequências políticas. Ele diz ter apresentado pontos importantes para a sua área, que estão ameaçados, entre elas a pressão para modificar o Código Florestal. Lula teria se comprometido a marcar uma reunião com os ministros, para pedir unidade no governo.
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