As hortênsias
A velha casa de madeira bruta, quase tapera, as árvores frutíferas, a cerca-viva, as flores, as hortênsias, o cachorro expressando sorrisos pelo latido e a cauda abanando...
As goteiras nos dias de chuva, o chimarrão, a casca da polenta, o frango à milanesa e a maionese de domingo, o pano branco com água na fronte para baixar a febre, o chá de quebra-pedras, de erva cidreira, de tansagem, de marcela, de casca de laranja, de cavalinha e tantas outras ervas que ajudam a vida a ser mais confortável e saudável, xarope de babosa...
A mesa arrumada, o café sempre fresco e quentinho com leite, o pão caseiro único, exclusivo e inigualável, a muda de fermento, o bolo de fubá, o macarrão caseiro, o manjar branco, o sagu...
As mãos que afagam, já castigadas pelo tempo e pelo trabalho doméstico. As mesmas mãos que massageiam qualquer desconforto corporal e espiritual... O abraço da despedida, o sorriso da chegada, a bênção antes de dormir, o socorro na madrugada... A palavra amiga na hora do desespero, a exortação na hora do erro, a oração na hora mais difícil...
Cenário perfeito... Ontem rodeado de parentes, amigos e vizinhos, remédio para todos os males do corpo e da alma, alívio para o estresse, aconchego para os carentes num enorme coração de mãe...
Hoje, solidão... Recordações da infância feliz, da adolescência conturbada, da juventude rebelde, do colo materno, do abraço amigo na hora do aperto, do ombro choroso na hora do desespero... Os Natais e Páscoas, aniversários e reuniões de amigos... Saudades da reza do terço, da expressão da fé...
Fé... palavra pequena, mas que tem um significado gigantesco... É só por ela que ainda acreditamos em um dia termos a oportunidade de um novo encontro, um novo abraço e um novo afago... Só pela fé.
Por hora, restam apenas a velha casa quase tapera, as árvores frutíferas, o cão de guarda e as hortênsias... Ah! As hortênsias!...
Márcio Roberto Goes
www.marciogoes.com.br
www.cacador.net
A velha casa de madeira bruta, quase tapera, as árvores frutíferas, a cerca-viva, as flores, as hortênsias, o cachorro expressando sorrisos pelo latido e a cauda abanando...
As goteiras nos dias de chuva, o chimarrão, a casca da polenta, o frango à milanesa e a maionese de domingo, o pano branco com água na fronte para baixar a febre, o chá de quebra-pedras, de erva cidreira, de tansagem, de marcela, de casca de laranja, de cavalinha e tantas outras ervas que ajudam a vida a ser mais confortável e saudável, xarope de babosa...
A mesa arrumada, o café sempre fresco e quentinho com leite, o pão caseiro único, exclusivo e inigualável, a muda de fermento, o bolo de fubá, o macarrão caseiro, o manjar branco, o sagu...
As mãos que afagam, já castigadas pelo tempo e pelo trabalho doméstico. As mesmas mãos que massageiam qualquer desconforto corporal e espiritual... O abraço da despedida, o sorriso da chegada, a bênção antes de dormir, o socorro na madrugada... A palavra amiga na hora do desespero, a exortação na hora do erro, a oração na hora mais difícil...
Cenário perfeito... Ontem rodeado de parentes, amigos e vizinhos, remédio para todos os males do corpo e da alma, alívio para o estresse, aconchego para os carentes num enorme coração de mãe...
Hoje, solidão... Recordações da infância feliz, da adolescência conturbada, da juventude rebelde, do colo materno, do abraço amigo na hora do aperto, do ombro choroso na hora do desespero... Os Natais e Páscoas, aniversários e reuniões de amigos... Saudades da reza do terço, da expressão da fé...
Fé... palavra pequena, mas que tem um significado gigantesco... É só por ela que ainda acreditamos em um dia termos a oportunidade de um novo encontro, um novo abraço e um novo afago... Só pela fé.
Por hora, restam apenas a velha casa quase tapera, as árvores frutíferas, o cão de guarda e as hortênsias... Ah! As hortênsias!...
Márcio Roberto Goes
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