segunda-feira, 23 de junho de 2008

DESERTIFICAÇÃO

O que é?
Definição: - Nossa definição: desertificação é o processo a partir do qual determinada área fértil transforma-se em deserto, podendo ocorrer naturalmente ou de forma artificial, pela ação predatória do homem.
Agenda 21: “a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas” ( cap. XII). Atualmente a desertificação atinge 60 mil quilômetros quadrados em todo o mundo, equivalendo a um prejuízo de U$ 10 milhões.
Causas principais da desertificação: - desmatamento indiscriminado; - utilização de tecnologias agropecuárias inadequadas; - exploração descontrolada de áreas cujo equilíbrio ambiental é frágil; - queimadas; - mineração; - uso excessivo de agrotóxicos; - poluição; - manejo inadequado do solo; - secas.
Conseqüências ambientais da desertificação: - redução das áreas cultiváveis; - diminuição da produtividade das áreas afetadas; - redução dos recursos hídricos; - aumento da poluição hídrica e atmosférica; - aumento das cheias; - aumento da areia nas áreas produtivas; - destruição da flora e da fauna.
Conseqüências sociais e econômicos: A desertificação não causa apenas os impactos ambientais já mencionados, mas também os sociais e econômicos, como: - a migração descontrolada para as áreas urbanas, causando os “inchaços” das grandes metrópoles; - desagregação das unidades familiares com o êxodo; - crescimento da pobreza ante a degradação e perda do solo; - crescimento das conseqüências patológicas devido à escassez de água; - perda do potencial agrícola da área atingida; - perda da qualidade de vida tanto da região atingida, quanto da periférica; - perdas econômicas que segundo dados do Ministério do Meio Ambiente podem chegar a US$800 milhões, só no Brasil.
Desertificação no Brasil: A desertificação encontra-se em maior escala nas regiões do Nordeste (principalmente Gilbués- PI, Irauçuba- CE, Seridó- RN e Cabrobó- PE) e do norte de Minas e do Rio Grande do Sul (deserto dos pampas). Para que esse problema seja contornado, o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal vem implementando o Plano Nacional de Combate à Desertificação, tendo como principais diretrizes da política de controle da desertificação: - fortalecimento da comunicação e do fluxo de informações sobre a desertificação; - capacitação de recursos humanos em gestão de recursos naturais em áreas sujeitas à desertificação; - sensibilização e conscientização da população das áreas afetadas; - elaboração de programas de monitoramento, prevenção e recuperação da desertificação; - criação de capacidade operacional de controle da desertificação a nível local; - busca da participação da sociedade civil na elaboração e implementação do Plano Nacional de Combate à Desertificação. Esse plano inclui ainda o “Projeto de Dessalinização e Prevenção da Salinização de Solos”, que tem como principais diretrizes políticas: - enfatizar a necessidade de se considerar a importância da drenagem nos projetos de irrigação, seguramente uma das maiores causas da degradação; - compatibilizar o Programa com as políticas nacionais e regionais buscando a implementação de ações compartilhadas; - estimular o desenvolvimento e a utilização de tecnologias de prevenção da salinização e da reabilitação de solos salinizados; - estabelecer diretrizes visando prevenir os processos de salinização, a serem consideradas por ocasião da elaboração dos projetos de irrigação; - apoiar e promover o treinamento em serviço de técnicos, visando a formação de equipes regionais capazes de atender o potencial de demanda nessa área.
Arca de Noé

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