Eu tentei assistir ao BBB sem ter motivos para falar mal depois... Não consegui... Busquei entender o que se passa na cabeça de quinze desocupados que se submetem à clausura vigiada (e nada santa) em nome de um milhão e meio de reais... Motivo suficiente para roubar, enganar, mentir, jogar... Tudo isso, diante de milhões de telespectadores que se submetem à alienação do reinado da poderosa do “Plim!Plim!”, votando nos componentes do zoológico humano, gastando seu rico dinheirinho em ligações e pagando o prêmio do feliz ganhador, que além da grana, leva para casa o troféu moral da bestialidade humana do século vinte e um...
“Mas vale a pena, por um milhão e meio de reais!”... Me dizia uma fã do “bestialit-show”... Concordo plenamente. Claro que vale a pena, principalmente quando se tem um cérebro “bostificado", que só pensa em riquezas materiais e esquece dos valores morais e humanos... Dinheiro vem e vai com uma facilidade fugaz, porém uma vez perdidos os valores morais, dificilmente se recuperam. O problema é que, por conta destes programinhas xeretas, existe uma valorização exagerada da banalidade e do exibicionismo... Não consigo acreditar que uma pessoa realmente talentosa e inteligente, necessite exibir sua vida em todos os detalhes para toda uma nação televisiva... O jeito é mudar de canal... Mas quando meus dedos passeiam pelo controle remoto encontram imitações piores ainda que o original: Ensaio do capitalismo selvagem através de uma disputa de lucros, pessoas trancadas e torturadas em nome do dinheiro... É! Parece que o negócio é desligar a TV e ligar o computador... Mas minha indignação ainda transparece através do teclado quando produzo estas palavras...
Tentei... Tentei mesmo seguir o esteriótipo de professor que, segundo alguns entendidos é aquele que funciona: Tentei amarrar a cara ao entrar na sala de aula a fim de impor respeito, mas quando me deparei com um grupo de adolescentes e jovens ativos, ou querendo atuar de forma positiva no seu meio, meu coração percebeu que tratava-se de seres humanos, iguais a mim, precisavam e mereciam respeito...
Quando tento esquecer o sorriso e os abraços na escola, sempre tem alguém que pergunta: “O que houve, professor? Não está bem?”... Na verdade, não estarei bem toda vez que deixar de ser eu mesmo para seguir padrões ridículos impostos por algum mal-amado, que cultua a “psicologia do cagaço” na escola... A solução é dar ouvidos ao coração, pois quando o professor ensina com sentimentos, o aluno sente o que aprende e aprende o que sente... Afinal, tudo o que é emocionante é inesquecível...
Desiludido, tentei deixar de acreditar no amor, mas ao perceber que o amor transforma as pessoas, seja ele da forma que for, desisti de tentar... Só por amor, alguém atravessaria o país mais pobre das Américas e escavaria os escombros com as próprias mãos para salvar a esposa soterrada pela fúria da natureza... Só o amor levaria alguém, com diploma de medicina a renunciar toda a fortuna que isso a proporcionaria, criar uma instituição como a Pastoral da Criança, para cuidar dos valores mais sublimes da família, principalmente a vida dos pequeninos e morrer trabalhando na própria obra que continua, agora com mais afinco...
Para mim, só resta uma solução: Desistir... Parar de tentar obedecer aos padrões fétidos da humanidade desumana e seguir o coração da humanidade humana... Apesar do pleonasmo, penso que este seja um dos caminhos para a felicidade: ser autêntico...
Márcio Roberto Goes
www.marciogoes.com.br
“Mas vale a pena, por um milhão e meio de reais!”... Me dizia uma fã do “bestialit-show”... Concordo plenamente. Claro que vale a pena, principalmente quando se tem um cérebro “bostificado", que só pensa em riquezas materiais e esquece dos valores morais e humanos... Dinheiro vem e vai com uma facilidade fugaz, porém uma vez perdidos os valores morais, dificilmente se recuperam. O problema é que, por conta destes programinhas xeretas, existe uma valorização exagerada da banalidade e do exibicionismo... Não consigo acreditar que uma pessoa realmente talentosa e inteligente, necessite exibir sua vida em todos os detalhes para toda uma nação televisiva... O jeito é mudar de canal... Mas quando meus dedos passeiam pelo controle remoto encontram imitações piores ainda que o original: Ensaio do capitalismo selvagem através de uma disputa de lucros, pessoas trancadas e torturadas em nome do dinheiro... É! Parece que o negócio é desligar a TV e ligar o computador... Mas minha indignação ainda transparece através do teclado quando produzo estas palavras...
Tentei... Tentei mesmo seguir o esteriótipo de professor que, segundo alguns entendidos é aquele que funciona: Tentei amarrar a cara ao entrar na sala de aula a fim de impor respeito, mas quando me deparei com um grupo de adolescentes e jovens ativos, ou querendo atuar de forma positiva no seu meio, meu coração percebeu que tratava-se de seres humanos, iguais a mim, precisavam e mereciam respeito...
Quando tento esquecer o sorriso e os abraços na escola, sempre tem alguém que pergunta: “O que houve, professor? Não está bem?”... Na verdade, não estarei bem toda vez que deixar de ser eu mesmo para seguir padrões ridículos impostos por algum mal-amado, que cultua a “psicologia do cagaço” na escola... A solução é dar ouvidos ao coração, pois quando o professor ensina com sentimentos, o aluno sente o que aprende e aprende o que sente... Afinal, tudo o que é emocionante é inesquecível...
Desiludido, tentei deixar de acreditar no amor, mas ao perceber que o amor transforma as pessoas, seja ele da forma que for, desisti de tentar... Só por amor, alguém atravessaria o país mais pobre das Américas e escavaria os escombros com as próprias mãos para salvar a esposa soterrada pela fúria da natureza... Só o amor levaria alguém, com diploma de medicina a renunciar toda a fortuna que isso a proporcionaria, criar uma instituição como a Pastoral da Criança, para cuidar dos valores mais sublimes da família, principalmente a vida dos pequeninos e morrer trabalhando na própria obra que continua, agora com mais afinco...
Para mim, só resta uma solução: Desistir... Parar de tentar obedecer aos padrões fétidos da humanidade desumana e seguir o coração da humanidade humana... Apesar do pleonasmo, penso que este seja um dos caminhos para a felicidade: ser autêntico...
Márcio Roberto Goes
www.marciogoes.com.br
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