Barão do Rio Branco (1845-1912)
07/01/2010 15:40 - Portal Brasil
Barão do Rio Branco foi decisivo na definição dos limites territoriais do Brasil O Barão do Rio Branco, um personagem do mundo, sem fronteiras, foi decisivo no desenho final dos limites territoriais do Brasil. Até os 50 anos teve uma trajetória relativamente discreta. Depois ergueu o mito do diplomata- herói, que, sem disparar um único tiro, anexou mais de 900 mil quilômetros quadrados ao mapa do país.
Nascido no Rio de Janeiro, José Maria da Silva Paranhos Junior cresceu inebriado pela diplomacia e pela retórica. Filho do Visconde do Rio Branco, negociador do fim da Guerra do Paraguai, era, muitas vezes, o primeiro ouvinte dos discursos do pai. Aos 17 anos, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Graduou-se bacharel em 1866, em Recife. Passou mais de dois anos na Europa e retornou ao Brasil em 1869. A partir de então, foi professor de História no Colégio Pedro II, promotor público de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, e jornalista. Acompanhou o pai em diversas missões diplomáticas. Com 31 anos, assumiu o cargo de cônsul-geral do Brasil, em Liverpool.
Em 1884, presidiu a delegação brasileira na Exposição de São Petersburgo, na Rússia. Na ocasião, elaborou Uma Memória sobre o Brasil, um dos mais importantes documentos da história da chancelaria no país. Em 1891 já com o título de Barão do Rio Branco, recebido em 1888, passou a ser superintendente- geral na Europa, da emigração para o Brasil. A partir de 1893, tornou-se personagem-chave de todo o processo diplomático que culminou com o contorno definitivo do mapa do Brasil. Assumiu as negociações com a Argentina na disputa pelo território de Missões Oeste do Paraná e Santa Catarina. Entregou ao então presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland, árbitro do impasse, uma obra em seis volumes, A questão de limites entre o Brasil e a República Argentina, fundamental para que as reivindicações brasileiras fossem atendidas.
Em 1898 expôs, em sete volumes, os argumentos para a anexação definitiva do Amapá. Em 1900, o governo suíço, mediador da questão, deu parecer favorável ao Brasil. Foi, então, nomeado ministro plenipotenciário. Dois anos depois, tornou-se Ministro das Relações Exteriores. Em 1903 assinou o Tratado de Petrópolis, ponto final em longa pendenga entre Brasil e Bolívia, pela posse do Acre. Entre 1904 e 1910, costurou importantes tratados de paz, com Equador, Guiana Holandesa, Colômbia, Peru e Argentina. Além de notável estrategista, o Barão do Rio Branco foi responsável por um novo conceito de chancelaria no Brasil. Ao morrer, em 10 de fevereiro de 1912, deixou como legado a aproximação do país com as demais nações da América Latina e com os Estados Unidos.
Fonte:
Livro 100 Brasileiros (2004)
07/01/2010 15:40 - Portal Brasil
Barão do Rio Branco foi decisivo na definição dos limites territoriais do Brasil O Barão do Rio Branco, um personagem do mundo, sem fronteiras, foi decisivo no desenho final dos limites territoriais do Brasil. Até os 50 anos teve uma trajetória relativamente discreta. Depois ergueu o mito do diplomata- herói, que, sem disparar um único tiro, anexou mais de 900 mil quilômetros quadrados ao mapa do país.
Nascido no Rio de Janeiro, José Maria da Silva Paranhos Junior cresceu inebriado pela diplomacia e pela retórica. Filho do Visconde do Rio Branco, negociador do fim da Guerra do Paraguai, era, muitas vezes, o primeiro ouvinte dos discursos do pai. Aos 17 anos, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Graduou-se bacharel em 1866, em Recife. Passou mais de dois anos na Europa e retornou ao Brasil em 1869. A partir de então, foi professor de História no Colégio Pedro II, promotor público de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, e jornalista. Acompanhou o pai em diversas missões diplomáticas. Com 31 anos, assumiu o cargo de cônsul-geral do Brasil, em Liverpool.
Em 1884, presidiu a delegação brasileira na Exposição de São Petersburgo, na Rússia. Na ocasião, elaborou Uma Memória sobre o Brasil, um dos mais importantes documentos da história da chancelaria no país. Em 1891 já com o título de Barão do Rio Branco, recebido em 1888, passou a ser superintendente- geral na Europa, da emigração para o Brasil. A partir de 1893, tornou-se personagem-chave de todo o processo diplomático que culminou com o contorno definitivo do mapa do Brasil. Assumiu as negociações com a Argentina na disputa pelo território de Missões Oeste do Paraná e Santa Catarina. Entregou ao então presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland, árbitro do impasse, uma obra em seis volumes, A questão de limites entre o Brasil e a República Argentina, fundamental para que as reivindicações brasileiras fossem atendidas.
Em 1898 expôs, em sete volumes, os argumentos para a anexação definitiva do Amapá. Em 1900, o governo suíço, mediador da questão, deu parecer favorável ao Brasil. Foi, então, nomeado ministro plenipotenciário. Dois anos depois, tornou-se Ministro das Relações Exteriores. Em 1903 assinou o Tratado de Petrópolis, ponto final em longa pendenga entre Brasil e Bolívia, pela posse do Acre. Entre 1904 e 1910, costurou importantes tratados de paz, com Equador, Guiana Holandesa, Colômbia, Peru e Argentina. Além de notável estrategista, o Barão do Rio Branco foi responsável por um novo conceito de chancelaria no Brasil. Ao morrer, em 10 de fevereiro de 1912, deixou como legado a aproximação do país com as demais nações da América Latina e com os Estados Unidos.
Fonte:
Livro 100 Brasileiros (2004)
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