Ilimar Franco
A curiosa natureza da próxima sucessão presidencial
À medida que o tempo passa estão se encurtando as distâncias programáticas entre os dois principais projetos de poder político no Brasil. A realidade econômica e a popularidade do presidente Lula estão empurrando a próxima disputa eleitoral para uma estranha convergência. Provavelmente os eleitores serão chamados a votar, de acordo com um especialista em pesquisas e marketing, em "dois futuros compatíveis". Em 2010, nós eleitores ao que tudo indica seremos chamados não para votar em projetos distintos de país, mas quem será capaz de conduzir um mesmo projeto de futuro.
Vamos dar alguns exemplos. O principal candidato da oposição, o governador José Serra, vive cobrando juros mais baixos. O Copom no governo Lula está jogando os juros lá para baixo. A oposição pede menos impostos. O DEM liderou uma campanha que resultou no fim da CPMF. Por conta da crise, o governo Lula reduziu impostos e recente pesquisa GPP, encomendada pelo DEM, constata que para os entrevistados que o partido mais capaz de diminuir os impostos é o PT. O governo Lula ampliou para 11 ou 12 milhões de brasileiros o Bolsa Família e os tucanos há dois meses reivindicaram para si a criação da Rede de Proteção Social. Eles aposentaram o Bolsa Esmola de 2006. Com a descoberta do petróleo no pré-sal, os tucanos saíram na frente em defesa da Petrobras, antes de receberem qualquer acusação, e rejeitando sua privatização. A estabilidade, implantada pelo Plano Real do tucano Fernando Henrique, foi incorporada pelo governo Lula. Não há mais petista que defenda "um pouquinho de inflação" ou que chame o Real de eleitoreiro, como em 1994. As duas candidaturas vão defender mais desenvolvimento e maior distribuição de renda. Esse programa vale para as duas candidaturas. O como chegar lá, como vimos acima, também acabou evoluindo para uma convergência. Juros baixos, redução de impostos e investimentos públicos.
O que restará para nós eleitores? Vamos ter que decidir entre dois candidatos - provavelmente José Serra e a ministra Dilma Rousseff - quem têm melhor capacidade para levar um mesmo programa adiante. Quem pode fazer isso direito? O que esses candidatos carregam nas suas histórias para nos convencer? E para um contingente elevado dos eleitores haverá uma outra pergunta fundamental: Qual desses candidatos tem o apoio do presidente da República? Estou entre os que acreditam, como o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), que a próxima eleição será um plebiscito.
À medida que o tempo passa estão se encurtando as distâncias programáticas entre os dois principais projetos de poder político no Brasil. A realidade econômica e a popularidade do presidente Lula estão empurrando a próxima disputa eleitoral para uma estranha convergência. Provavelmente os eleitores serão chamados a votar, de acordo com um especialista em pesquisas e marketing, em "dois futuros compatíveis". Em 2010, nós eleitores ao que tudo indica seremos chamados não para votar em projetos distintos de país, mas quem será capaz de conduzir um mesmo projeto de futuro.
Vamos dar alguns exemplos. O principal candidato da oposição, o governador José Serra, vive cobrando juros mais baixos. O Copom no governo Lula está jogando os juros lá para baixo. A oposição pede menos impostos. O DEM liderou uma campanha que resultou no fim da CPMF. Por conta da crise, o governo Lula reduziu impostos e recente pesquisa GPP, encomendada pelo DEM, constata que para os entrevistados que o partido mais capaz de diminuir os impostos é o PT. O governo Lula ampliou para 11 ou 12 milhões de brasileiros o Bolsa Família e os tucanos há dois meses reivindicaram para si a criação da Rede de Proteção Social. Eles aposentaram o Bolsa Esmola de 2006. Com a descoberta do petróleo no pré-sal, os tucanos saíram na frente em defesa da Petrobras, antes de receberem qualquer acusação, e rejeitando sua privatização. A estabilidade, implantada pelo Plano Real do tucano Fernando Henrique, foi incorporada pelo governo Lula. Não há mais petista que defenda "um pouquinho de inflação" ou que chame o Real de eleitoreiro, como em 1994. As duas candidaturas vão defender mais desenvolvimento e maior distribuição de renda. Esse programa vale para as duas candidaturas. O como chegar lá, como vimos acima, também acabou evoluindo para uma convergência. Juros baixos, redução de impostos e investimentos públicos.
O que restará para nós eleitores? Vamos ter que decidir entre dois candidatos - provavelmente José Serra e a ministra Dilma Rousseff - quem têm melhor capacidade para levar um mesmo programa adiante. Quem pode fazer isso direito? O que esses candidatos carregam nas suas histórias para nos convencer? E para um contingente elevado dos eleitores haverá uma outra pergunta fundamental: Qual desses candidatos tem o apoio do presidente da República? Estou entre os que acreditam, como o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), que a próxima eleição será um plebiscito.
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