José Maria da Silva Paranhos Júnior, barão do Rio Branco
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(1845 - 1912)
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Diplomata brasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro, destaque pela sua atuação diplomática para a adoção de uma nova política externa no país. Estudou no Imperial Colégio de D. Pedro II e cursou as faculdades de direito de São Paulo SP e de Recife PE, onde se bacharelou (1866). Trabalhou como jornalista em Pernambuco e foi promotor público em Nova Friburgo, RJ. Eleito deputado por Mato Grosso, acompanhou o pai, o visconde do Rio Branco, como secretário em missão especial ao Prata e ao Paraguai (1869). Participou também da missão (1870-1871) que entabulou as negociações prévias de paz entre os aliados na guerra contra o Paraguai. Retornou ao jornalismo (1873), como redator e depois como diretor, ao lado de Gusmão Lobo, do periódico A Nação onde, abolicionista como o pai, pregou a emancipação dos escravos. Nomeado cônsul em Liverpool, Reino Unido (1876), foi delegado brasileiro à exposição de São Petersburgo (1884) e tornou-se conselheiro privado do imperador, de quem recebeu o título de barão do Rio Branco (1888). Neste período escreveu Esquisse de l'histoire du Brésil (1889), publicado especialmente para a exposição universal de Paris. Respondeu pela superintendência da emigração para o Brasil (1889-1893), e foi decisivo no reconhecimento internacional dos direitos brasileiros sobre o território das Missões (1895), reclamado também pela Argentina. Nomeado (1898) para a defesa dos interesses nacionais na questão do Amapá, submetida à arbitragem da Suíça, também saiu vitorioso (1900). Convidado pelo presidente Rodrigues Alves, assumiu a pasta das Relações Exteriores (1902), na qual permaneceu até sua morte, no Rio de Janeiro. Nesse período resolveu a questão do Acre, território fronteiriço habitado por brasileiros e que pertencia a Bolívia. Com o Tratado de Petrópolis resolveu pacificamente o impasse, com a incorporação do Acre ao Brasil em troca de pequenas retificações de fronteiras e compensações financeiras. Também solucionou a questão da Guiana inglesa, iniciada com divergências com o Reino Unido em relação à posse do território do Pirara, que resultou na divisão do território em questão (1904), para os dois países. Empreendeu negociações e assinou tratados sobre questões fronteiriças com a Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, Uruguai, Argentina e Guiana Holandesa (posterior Suriname) que definiram os contornos do território brasileiro. Trabalhou intensamente pela ampliação e melhoria das relações entre as repúblicas hispano-americanas e a cooperação com os Estados Unidos. Graças a sua iniciativa, foi atribuído ao Brasil o primeiro cardinalato da América do Sul e o estabelecimento da primeira embaixada do Brasil, em Washington. Foi nomeado presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras. Considerado figura padrão da diplomacia brasileira, seu nome designa o órgão do ministério que se incumbe da formação dos jovens diplomatas, o Instituto Rio Branco. No centenário de seu nascimento (1945), o Ministério das Relações Exteriores publicou suas obras completas.
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(1845 - 1912)
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Diplomata brasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro, destaque pela sua atuação diplomática para a adoção de uma nova política externa no país. Estudou no Imperial Colégio de D. Pedro II e cursou as faculdades de direito de São Paulo SP e de Recife PE, onde se bacharelou (1866). Trabalhou como jornalista em Pernambuco e foi promotor público em Nova Friburgo, RJ. Eleito deputado por Mato Grosso, acompanhou o pai, o visconde do Rio Branco, como secretário em missão especial ao Prata e ao Paraguai (1869). Participou também da missão (1870-1871) que entabulou as negociações prévias de paz entre os aliados na guerra contra o Paraguai. Retornou ao jornalismo (1873), como redator e depois como diretor, ao lado de Gusmão Lobo, do periódico A Nação onde, abolicionista como o pai, pregou a emancipação dos escravos. Nomeado cônsul em Liverpool, Reino Unido (1876), foi delegado brasileiro à exposição de São Petersburgo (1884) e tornou-se conselheiro privado do imperador, de quem recebeu o título de barão do Rio Branco (1888). Neste período escreveu Esquisse de l'histoire du Brésil (1889), publicado especialmente para a exposição universal de Paris. Respondeu pela superintendência da emigração para o Brasil (1889-1893), e foi decisivo no reconhecimento internacional dos direitos brasileiros sobre o território das Missões (1895), reclamado também pela Argentina. Nomeado (1898) para a defesa dos interesses nacionais na questão do Amapá, submetida à arbitragem da Suíça, também saiu vitorioso (1900). Convidado pelo presidente Rodrigues Alves, assumiu a pasta das Relações Exteriores (1902), na qual permaneceu até sua morte, no Rio de Janeiro. Nesse período resolveu a questão do Acre, território fronteiriço habitado por brasileiros e que pertencia a Bolívia. Com o Tratado de Petrópolis resolveu pacificamente o impasse, com a incorporação do Acre ao Brasil em troca de pequenas retificações de fronteiras e compensações financeiras. Também solucionou a questão da Guiana inglesa, iniciada com divergências com o Reino Unido em relação à posse do território do Pirara, que resultou na divisão do território em questão (1904), para os dois países. Empreendeu negociações e assinou tratados sobre questões fronteiriças com a Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, Uruguai, Argentina e Guiana Holandesa (posterior Suriname) que definiram os contornos do território brasileiro. Trabalhou intensamente pela ampliação e melhoria das relações entre as repúblicas hispano-americanas e a cooperação com os Estados Unidos. Graças a sua iniciativa, foi atribuído ao Brasil o primeiro cardinalato da América do Sul e o estabelecimento da primeira embaixada do Brasil, em Washington. Foi nomeado presidente perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e membro da Academia Brasileira de Letras. Considerado figura padrão da diplomacia brasileira, seu nome designa o órgão do ministério que se incumbe da formação dos jovens diplomatas, o Instituto Rio Branco. No centenário de seu nascimento (1945), o Ministério das Relações Exteriores publicou suas obras completas.
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