Até agora, não escrevi uma única vez sobre a tragédia em Santa Catarina simplesmente porque não sabia o que escrever. O que aconteceu num Estado que todos, quando o citam, lembram de sua beleza, furta-me as palavras. Não tendo o que dizer, pois, resta-me apenas lamentar.
Fica difícil dizer algo que a ajude as vítimas da tragédia ou mesmo que ajude a prevenir que esta não volte a ocorrer. A fúria da Natureza manifestou-se de forma tão impressionante que ninguém ousou questionar qualquer mortal por não ter tomado medidas para enfrentá-la. Ficou completamente evidente que o poder que se manifestou transcende muitas vezes o do homem.
A mídia reproduz até os esforços desesperados dos governos federal, estadual e da sociedade civil para mitigarem a dor das vítimas. O dinheiro público jorra, a solidariedade da sociedade é generosa, farta e célere, mas todos sabem que são apenas esforços humanos contra um poder superior. Somos apenas homens contemplando o Poder da Criação.
Todavia, se talvez eu pudesse tentar dizer alguma coisa que importasse e que pudesse fazer sentido, que nos permitisse racionalizar sobre tudo isso, eu diria que a Natureza é poderosa demais, que a Criação é poderosa demais para ser provocada como temos feito.
A irracionalidade da busca hedonista do homem emerge em cena com toda a sua exuberância bizarra. Nesse espasmo desvairado de nossos desejos por moldar a realidade ao nosso redor, terminamos explodindo o chão sob nossos pés ao extinguirmos o ar à nossa volta e exaurirmos os recursos naturais nas entranhas do planeta.
Quantos, porém, clamarão pela preservação do meio-ambiente de forma muito mais clara, muito mais objetiva e muito mais inteligente do que a minha, mas sem obterem nem um átimo a mais do que eu da atenção dos que poderiam determinar a preservação do planeta?
“Mais um texto ecochato”, é o que diriam os senhores da guerra econômica que o planeta trava se lessem o que estou escrevendo, pois lutam uma guerra na qual não há espaço para preocupações com o futuro e na qual só o presente interessa, com todas as suas cifras, dividendos e royalties.
Não há como usar o futuro da humanidade para barganhar com os donos do planeta, com os semideuses que decidem quanto, quando e como iremos poluí-lo, saqueá-lo e destruí-lo nessa busca desenfreada por lucros imediatos e palpáveis. O que nos resta, assim, é elevar aos céus este lamento por um planeta que estamos estrangulando, mas que começa a reagir.
Fica difícil dizer algo que a ajude as vítimas da tragédia ou mesmo que ajude a prevenir que esta não volte a ocorrer. A fúria da Natureza manifestou-se de forma tão impressionante que ninguém ousou questionar qualquer mortal por não ter tomado medidas para enfrentá-la. Ficou completamente evidente que o poder que se manifestou transcende muitas vezes o do homem.
A mídia reproduz até os esforços desesperados dos governos federal, estadual e da sociedade civil para mitigarem a dor das vítimas. O dinheiro público jorra, a solidariedade da sociedade é generosa, farta e célere, mas todos sabem que são apenas esforços humanos contra um poder superior. Somos apenas homens contemplando o Poder da Criação.
Todavia, se talvez eu pudesse tentar dizer alguma coisa que importasse e que pudesse fazer sentido, que nos permitisse racionalizar sobre tudo isso, eu diria que a Natureza é poderosa demais, que a Criação é poderosa demais para ser provocada como temos feito.
A irracionalidade da busca hedonista do homem emerge em cena com toda a sua exuberância bizarra. Nesse espasmo desvairado de nossos desejos por moldar a realidade ao nosso redor, terminamos explodindo o chão sob nossos pés ao extinguirmos o ar à nossa volta e exaurirmos os recursos naturais nas entranhas do planeta.
Quantos, porém, clamarão pela preservação do meio-ambiente de forma muito mais clara, muito mais objetiva e muito mais inteligente do que a minha, mas sem obterem nem um átimo a mais do que eu da atenção dos que poderiam determinar a preservação do planeta?
“Mais um texto ecochato”, é o que diriam os senhores da guerra econômica que o planeta trava se lessem o que estou escrevendo, pois lutam uma guerra na qual não há espaço para preocupações com o futuro e na qual só o presente interessa, com todas as suas cifras, dividendos e royalties.
Não há como usar o futuro da humanidade para barganhar com os donos do planeta, com os semideuses que decidem quanto, quando e como iremos poluí-lo, saqueá-lo e destruí-lo nessa busca desenfreada por lucros imediatos e palpáveis. O que nos resta, assim, é elevar aos céus este lamento por um planeta que estamos estrangulando, mas que começa a reagir.
Eduardo Guimarães
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