Esta foi por encomenda. Uma aluna me fez o pedido para escrever uma crônica sobre esperança, espero que ainda não tenha perdido a dela, pois já faz tanto tempo!...
É uma palavra muito eclética para ser resumida em poucas linhas. A cada dicionário que consulto surge uma definição diferente... Penso que a esperança é para sentir e não para definir, porém utopicamente carrego a esperança de um dia defini-la.
Desde que “me conheço por gente”, vejo as pessoas ao meu redor alimentando a esperança de ver um país e um mundo melhor e mais justo, sem guerras, intrigas ou desigualdades sociais, porém, os protagonistas deste sentimento, são os pequenos, que não podem ter nada, além da esperança de que aqueles nada esperançosos, que um dia receberam seu voto e foram eleitos engordando utopias do povo e seus próprios bolsos, façam algo por estes pequenos que sonham em um dia ser grandes aos olhos das autoridades, e não só em ano de eleição.
Os anos passam, as autoridades mudam, o mundo muda, o país muda... Só não muda a esperança, porque os digníssimos e os excelentíssimos continuam com os mesmos objetivos, onde o povo não cabe, afinal, ainda existem outras prioridades mais prioritárias na visão deles (perdoe-me a redundância).
“A esperança é a última que morre” e por isso é a que mais sofre, vendo o sepultamento dos objetivos e sonhos mais justos e sublimes dos seres humanos, que por mais felizes que sejam, sempre regam uma nova utopia, um novo objetivo, um novo sonho...
Um espera emprego, outro não está contente com seu trabalho e gostaria de ganhar mais e trabalhar menos, como fulano ou bertano... Outro, igual a milhares, espera um grande amor, outro ainda, prefere vários amores, e há aquele que se contenta em viver sem amor... Quem já tem uma paixão, espera nunca perdê-la... Quem perdeu, espera recuperar o velho amor ou viver um novo, afinal, não se vive sem amor, seja qual for sua concepção ou razão.
São várias as esperanças criadas e alimentadas pelo ser humano. Mesmo o desesperado, tem a pseudo-esperança de morrer e findar seu sofrimento, porém o suicídio não acontece, porque ainda existe um sonho esperançoso.
No mundo atual, em que ao sairmos de casa, temos apenas trinta por cento de chance de voltarmos ilesos, física, mental ou ideologicamente (estou sendo otimista), estar vivo e não deixar que nenhum desesperado mate nossas esperanças já é uma vitória merecida para aquele espermatozóide microscópico, cuja esperança maior foi chegar por primeiro ao óvulo e fecundá-lo, celebrando assim, o milagre da vida.
Márcio Roberto Goes
Ainda utópico
É uma palavra muito eclética para ser resumida em poucas linhas. A cada dicionário que consulto surge uma definição diferente... Penso que a esperança é para sentir e não para definir, porém utopicamente carrego a esperança de um dia defini-la.
Desde que “me conheço por gente”, vejo as pessoas ao meu redor alimentando a esperança de ver um país e um mundo melhor e mais justo, sem guerras, intrigas ou desigualdades sociais, porém, os protagonistas deste sentimento, são os pequenos, que não podem ter nada, além da esperança de que aqueles nada esperançosos, que um dia receberam seu voto e foram eleitos engordando utopias do povo e seus próprios bolsos, façam algo por estes pequenos que sonham em um dia ser grandes aos olhos das autoridades, e não só em ano de eleição.
Os anos passam, as autoridades mudam, o mundo muda, o país muda... Só não muda a esperança, porque os digníssimos e os excelentíssimos continuam com os mesmos objetivos, onde o povo não cabe, afinal, ainda existem outras prioridades mais prioritárias na visão deles (perdoe-me a redundância).
“A esperança é a última que morre” e por isso é a que mais sofre, vendo o sepultamento dos objetivos e sonhos mais justos e sublimes dos seres humanos, que por mais felizes que sejam, sempre regam uma nova utopia, um novo objetivo, um novo sonho...
Um espera emprego, outro não está contente com seu trabalho e gostaria de ganhar mais e trabalhar menos, como fulano ou bertano... Outro, igual a milhares, espera um grande amor, outro ainda, prefere vários amores, e há aquele que se contenta em viver sem amor... Quem já tem uma paixão, espera nunca perdê-la... Quem perdeu, espera recuperar o velho amor ou viver um novo, afinal, não se vive sem amor, seja qual for sua concepção ou razão.
São várias as esperanças criadas e alimentadas pelo ser humano. Mesmo o desesperado, tem a pseudo-esperança de morrer e findar seu sofrimento, porém o suicídio não acontece, porque ainda existe um sonho esperançoso.
No mundo atual, em que ao sairmos de casa, temos apenas trinta por cento de chance de voltarmos ilesos, física, mental ou ideologicamente (estou sendo otimista), estar vivo e não deixar que nenhum desesperado mate nossas esperanças já é uma vitória merecida para aquele espermatozóide microscópico, cuja esperança maior foi chegar por primeiro ao óvulo e fecundá-lo, celebrando assim, o milagre da vida.
Márcio Roberto Goes
Ainda utópico
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