Ô “home” de Deus!... Quanto tempo a gente não se encontrava!... Quantas vezes nos esbarramos e você “não deu a mínima”! Parece que ultimamente nos servimos um do outro só para retocarmos nossa vaidade e alimentarmos a máscara que faz o capitalismo feliz...
Muita coisa mudou. Algumas para melhor, outras nem tanto. Mas o importante é que vivemos o suficiente para nos encontrarmos neste momento mágico e intrigante, repartindo esperanças, sonhos e temores... Como é bom reencontrá-lo...
“Peraí”!... Seu semblante mudou. Está mais velho (talvez maduro e experiente sejam os adjetivos corretos). Seus olhos, por detrás destas lentes corretivas, retratam uma história única na humanidade, sem nenhum registro nos livros, nem nas manchetes dos jornais... É simplesmente a melhor e a mais fascinante história que já vivemos, pois é a nossa história.
Pôxa! Como o tempo passa e as coisas mudam numa velocidade absurda. Há pouco tempo atrás, você era um menino que sonhava com uma carreira profissional, com um casamento perfeito, com uma família exemplar... Infelizmente, muita coisa não foi do jeito que sonhava, mas em alguns aspectos, você foi muito além do esperado e hoje encontro em minha frente um homem feito, mais uma vítima do capitalismo selvagem, órfão de pai e mãe, professor e escritor... uma pessoa de opinião: grande triunfo de uma vida que tinha todas as características para ser medíocre e apática, haja vista sua infância pobre, passando alguns Natais comento polenta com “radite”, sua adolescência e juventude cheias de contrastes e conflitos.
“Cria” de escola pública, prestou vestibular sem a menor perspectiva de condições financeiras para bancar uma faculdade, mas contrariando todas as evidências, você concluiu o curso superior sem nunca precisar de exame final para ser aprovado em nenhum dos semestres.
Por onde passou, deixou, mesmo que discretamente, sua marca registrada e permitiu que as pessoas de sua vida fizessem o mesmo... Sua alegria, na maioria das vezes, se resumiu em ver a felicidade das pessoas, mesmo que momentânea, ao seu redor,.
Por vezes pensou em desistir de seus sonhos, mas eu não deixei, aliás, todas as vezes que você me consultou, tomou a decisão certa, mesmo que isso parecesse o fim... Na verdade era o recomeço... Passou por vários apertos e desilusões: desemprego, conflitos amorosos e familiares, perdas irreparáveis e muitas vezes, venceu estes e outros obstáculos, mesmo quando o mundo parecia estar rodando na direção contrária.
Mas não podemos esquecer, de forma alguma, os triunfos de nossas vidas: aqueles que vencemos um pouco a cada dia e que somados, tornaram-se grandes vitórias... Por vezes, discutimos, outras nos alegramos e regozijamos, trocamos confidências... Não entendo porque, em alguns momentos, você sentiu vergonha de mim, afinal, somos idênticos e eu lhe conheço todos os detalhes.
Agora estamos aqui, novamente compartilhando nossas vidas, e percebo que, durante todos esses anos, uma coisa não mudou: A sua essência... A personalidade oscila, mas a tal da essência jamais se destrói e por vezes vem a tona, aliás, ela aparece mesmo quando estamos a sós e isso é um aspecto que além de você, só eu conheço.
Márcio Roberto Goes
Muita coisa mudou. Algumas para melhor, outras nem tanto. Mas o importante é que vivemos o suficiente para nos encontrarmos neste momento mágico e intrigante, repartindo esperanças, sonhos e temores... Como é bom reencontrá-lo...
“Peraí”!... Seu semblante mudou. Está mais velho (talvez maduro e experiente sejam os adjetivos corretos). Seus olhos, por detrás destas lentes corretivas, retratam uma história única na humanidade, sem nenhum registro nos livros, nem nas manchetes dos jornais... É simplesmente a melhor e a mais fascinante história que já vivemos, pois é a nossa história.
Pôxa! Como o tempo passa e as coisas mudam numa velocidade absurda. Há pouco tempo atrás, você era um menino que sonhava com uma carreira profissional, com um casamento perfeito, com uma família exemplar... Infelizmente, muita coisa não foi do jeito que sonhava, mas em alguns aspectos, você foi muito além do esperado e hoje encontro em minha frente um homem feito, mais uma vítima do capitalismo selvagem, órfão de pai e mãe, professor e escritor... uma pessoa de opinião: grande triunfo de uma vida que tinha todas as características para ser medíocre e apática, haja vista sua infância pobre, passando alguns Natais comento polenta com “radite”, sua adolescência e juventude cheias de contrastes e conflitos.
“Cria” de escola pública, prestou vestibular sem a menor perspectiva de condições financeiras para bancar uma faculdade, mas contrariando todas as evidências, você concluiu o curso superior sem nunca precisar de exame final para ser aprovado em nenhum dos semestres.
Por onde passou, deixou, mesmo que discretamente, sua marca registrada e permitiu que as pessoas de sua vida fizessem o mesmo... Sua alegria, na maioria das vezes, se resumiu em ver a felicidade das pessoas, mesmo que momentânea, ao seu redor,.
Por vezes pensou em desistir de seus sonhos, mas eu não deixei, aliás, todas as vezes que você me consultou, tomou a decisão certa, mesmo que isso parecesse o fim... Na verdade era o recomeço... Passou por vários apertos e desilusões: desemprego, conflitos amorosos e familiares, perdas irreparáveis e muitas vezes, venceu estes e outros obstáculos, mesmo quando o mundo parecia estar rodando na direção contrária.
Mas não podemos esquecer, de forma alguma, os triunfos de nossas vidas: aqueles que vencemos um pouco a cada dia e que somados, tornaram-se grandes vitórias... Por vezes, discutimos, outras nos alegramos e regozijamos, trocamos confidências... Não entendo porque, em alguns momentos, você sentiu vergonha de mim, afinal, somos idênticos e eu lhe conheço todos os detalhes.
Agora estamos aqui, novamente compartilhando nossas vidas, e percebo que, durante todos esses anos, uma coisa não mudou: A sua essência... A personalidade oscila, mas a tal da essência jamais se destrói e por vezes vem a tona, aliás, ela aparece mesmo quando estamos a sós e isso é um aspecto que além de você, só eu conheço.
Márcio Roberto Goes
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