Por Caio Junqueira Valor BRASÍLIA -
O Democratas lançou informalmente nesta terça-feira o senador Demóstenes Torres (GO) como candidato a Presidente da República em 2014. Durante a convenção nacional realizada na sede do partido, os integrantes da legenda foram unânimes em afirmar a necessidade de uma candidatura própria nas próximas eleições presidencias.
"Vamos saudar nosso candidato a presidente, Demóstenes Torres", afirmou o senador Jayme Campos (MT), após discurso do senador goiano. Nele, Demóstenes disse que a legenda "deve se preparar para ter candidato a presidente da República". Parlamentares relataram ao Valor que o nome de Demóstenes já havia sido lançado em um jantar da cúpula do DEM neste ano na residência do senador.
Embora realizada para eleger o novo diretório nacional e confirmar o senador José Agripino (RN) como presidente do DEM até dezembro de 2014, todos os discursos feitos foram no sentido da candidatura própria. A tese majoritária agora é de que, sem candidato, o partido correria o risco de se extinguir.
"A sobrevivência passa por eleições. Os caminhos vão ser outros. Vamos fazer aliança com quem temos afinidade e onde houver conveniência política. Não emprestaremos nossa história a quem não tem história. Em 2012, vamos sair muito maiores do que entramos, com prefeitos em capitais e nas grandes cidades. E a eleição de 2012 vai ser a avant-première de 2014. Vamos crescer nas duas e se Deus quiser disputar as deleições para presidente em 2014", disse Agripino.
A única vez em que o DEM teve candidato próprio foi em 1989, quando o partido ainda se chamava PFL e lançou Aureliano Chaves como candidato. Seu desempenho foi pífio: teve 0,9% dos votos válidos e terminou a disputa em oitavo lugar. Depois disso, em todas as eleições a sigla se coligou com o PSDB.
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), foi um dos defensores da candidatura em 2014. "O sentimento do povo é que o DEM tenha candidato a presidente. Faço um apelo por isso. O partido hoje é mais coeso, fala só uma língua e é mais coerente. Está consolidado como o mais importante e relevante partido da oposição. Nosso tamanho lá fora é muito maior do que aqui dentro. Construiremos uma nova realidade para ele e para o Brasil a partir de 2014."
Foram várias também as alusões ao PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Nascido a partir de uma dissidência do DEM, o partido de Kassab foi um dos maiores responsáveis por desidratá-lo. As críticas nesta manhã falavam no adesismo do PSD.
"O Brasil infelizmente vive um momento de síndrome de adesismo. Muitos que não tiveram a delegação das urnas para exercer o poder procuraram outro caminho. O DEM está resistindo a isso. Tenho certeza de que o futuro nos compensará", disse ACM Neto. "Entre as conveniências partidárias e as pessoais, algumas pessoas escolheram as conveniências pessoais. Mas depuramos o partido. Os que preferiram as conveniências pessoais saíram", declarou Agripino.
(Caio Junqueira/Valor)
"Vamos saudar nosso candidato a presidente, Demóstenes Torres", afirmou o senador Jayme Campos (MT), após discurso do senador goiano. Nele, Demóstenes disse que a legenda "deve se preparar para ter candidato a presidente da República". Parlamentares relataram ao Valor que o nome de Demóstenes já havia sido lançado em um jantar da cúpula do DEM neste ano na residência do senador.
Embora realizada para eleger o novo diretório nacional e confirmar o senador José Agripino (RN) como presidente do DEM até dezembro de 2014, todos os discursos feitos foram no sentido da candidatura própria. A tese majoritária agora é de que, sem candidato, o partido correria o risco de se extinguir.
"A sobrevivência passa por eleições. Os caminhos vão ser outros. Vamos fazer aliança com quem temos afinidade e onde houver conveniência política. Não emprestaremos nossa história a quem não tem história. Em 2012, vamos sair muito maiores do que entramos, com prefeitos em capitais e nas grandes cidades. E a eleição de 2012 vai ser a avant-première de 2014. Vamos crescer nas duas e se Deus quiser disputar as deleições para presidente em 2014", disse Agripino.
A única vez em que o DEM teve candidato próprio foi em 1989, quando o partido ainda se chamava PFL e lançou Aureliano Chaves como candidato. Seu desempenho foi pífio: teve 0,9% dos votos válidos e terminou a disputa em oitavo lugar. Depois disso, em todas as eleições a sigla se coligou com o PSDB.
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), foi um dos defensores da candidatura em 2014. "O sentimento do povo é que o DEM tenha candidato a presidente. Faço um apelo por isso. O partido hoje é mais coeso, fala só uma língua e é mais coerente. Está consolidado como o mais importante e relevante partido da oposição. Nosso tamanho lá fora é muito maior do que aqui dentro. Construiremos uma nova realidade para ele e para o Brasil a partir de 2014."
Foram várias também as alusões ao PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Nascido a partir de uma dissidência do DEM, o partido de Kassab foi um dos maiores responsáveis por desidratá-lo. As críticas nesta manhã falavam no adesismo do PSD.
"O Brasil infelizmente vive um momento de síndrome de adesismo. Muitos que não tiveram a delegação das urnas para exercer o poder procuraram outro caminho. O DEM está resistindo a isso. Tenho certeza de que o futuro nos compensará", disse ACM Neto. "Entre as conveniências partidárias e as pessoais, algumas pessoas escolheram as conveniências pessoais. Mas depuramos o partido. Os que preferiram as conveniências pessoais saíram", declarou Agripino.
(Caio Junqueira/Valor)
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