Marco Antonio Araujo
TV Globo confessa ter ajudado Collor a se eleger .
Ah, o tempo é senhor da razão. Se ainda havia alguma dúvida, acabou: A TV Globo conspirou contra a democracia, atentou contra os ideais republicanos, traiu sua audiência, manipulou imagens e ajudou a eleger o pior presidente da história deste País, Fernando Collor de Mello.
Fossemos uma nação honrada, com leis a serem respeitadas, tivéssemos uma Justiça para todos, a emissora da família Marinho deveria perder a concessão pública que a autoriza a manter uma emissora de TV.
E a confissão de culpa foi veiculada na Globo News. Com desfaçatez que beira o insulto, o então todo poderoso José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o famigerado Boni, admitiu, em entrevista a Geneton Moraes Neto, que, sim, a Globo ajudou a praticar a maior fraude eleitoral da história do Brasil.
Boni, sempre na primeira pessoa do plural, confessa que, durante o escabroso debate eleitoral com Lula, em 1989, agiu como assessor político de Collor, compondo seu visual e tendo a brilhante ideia de colocar as famosas pastas empilhadas que fizeram a todos crer que ali havia volumosas denúncias contra o candidato do PT. Detalhe sórdido: as pastas estavam vazias.
Boni não tocou no assunto da criminosa edição do debate que iria ao ar no dia seguinte, no Jornal Nacional. Nem precisava. Chegamos a essa conclusão por mero raciocínio lógico. Todos sabem como aquelas imagens distorcidas foram determinantes para a vitória do presidente que viria a sofrer o primeiro processo de impeachment das democracias ocidentais. Agiram como sabotadores, terroristas das comunicações, para colocar no Palácio do Planalto o homem corrupto de que de lá seria expulso pelo povo, a pontapés.
Também não precisava falar mais do que isso, o bonachão cínico. Talvez no futuro seja obrigado a dizer, nas barras de algum improvável tribunal. Sugiro que lhe deem o privilégio da delação premiada, para que a verdade também atinja os poucos homens que estavam acima de Boni, entre eles Roberto Marinho.
Collor nega que recebeu ajuda. Também, pudera. Só faltava ele ser sincero uma vez na vida. Mas percebam o ato falho, em entrevista à Folha de S. Paulo: “Nunca pedi a ninguém para falar com o Boni, meu contato era direto com o doutor Roberto". Ah, tá. Foi o chefão mesmo que o ajudou?
Já o atual diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, diz que toda essa sujeria "foi uma iniciativa do Boni, como cidadão, mesmo que com o consentimento de Roberto Marinho". Hum? Se houve consentimento, como separar pessoa física de pessoa jurídica? Esse Kamel, é só apertar que entrega tudo...
Se alguém não julga sérias e estarrecedoras as declarações do ex-capo da rede Globo, merecia perder a cidadania brasileira e ser deportado para algum país árabe que ainda viva sob o jugo de uma ditadura moribunda. Ignorar a gravidade dessas confissões é abdicar da própria cidadania.
Com a palavra, o Ministério Público, o Congresso Nacional, o Ministério das Comunicações, o Supremo Tribunal Federal e todos os brasileiros que foram vítimas desse crime que quase destruiu nossa República.
TV Globo confessa ter ajudado Collor a se eleger .
Ah, o tempo é senhor da razão. Se ainda havia alguma dúvida, acabou: A TV Globo conspirou contra a democracia, atentou contra os ideais republicanos, traiu sua audiência, manipulou imagens e ajudou a eleger o pior presidente da história deste País, Fernando Collor de Mello.
Fossemos uma nação honrada, com leis a serem respeitadas, tivéssemos uma Justiça para todos, a emissora da família Marinho deveria perder a concessão pública que a autoriza a manter uma emissora de TV.
E a confissão de culpa foi veiculada na Globo News. Com desfaçatez que beira o insulto, o então todo poderoso José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o famigerado Boni, admitiu, em entrevista a Geneton Moraes Neto, que, sim, a Globo ajudou a praticar a maior fraude eleitoral da história do Brasil.
Boni, sempre na primeira pessoa do plural, confessa que, durante o escabroso debate eleitoral com Lula, em 1989, agiu como assessor político de Collor, compondo seu visual e tendo a brilhante ideia de colocar as famosas pastas empilhadas que fizeram a todos crer que ali havia volumosas denúncias contra o candidato do PT. Detalhe sórdido: as pastas estavam vazias.
Boni não tocou no assunto da criminosa edição do debate que iria ao ar no dia seguinte, no Jornal Nacional. Nem precisava. Chegamos a essa conclusão por mero raciocínio lógico. Todos sabem como aquelas imagens distorcidas foram determinantes para a vitória do presidente que viria a sofrer o primeiro processo de impeachment das democracias ocidentais. Agiram como sabotadores, terroristas das comunicações, para colocar no Palácio do Planalto o homem corrupto de que de lá seria expulso pelo povo, a pontapés.
Também não precisava falar mais do que isso, o bonachão cínico. Talvez no futuro seja obrigado a dizer, nas barras de algum improvável tribunal. Sugiro que lhe deem o privilégio da delação premiada, para que a verdade também atinja os poucos homens que estavam acima de Boni, entre eles Roberto Marinho.
Collor nega que recebeu ajuda. Também, pudera. Só faltava ele ser sincero uma vez na vida. Mas percebam o ato falho, em entrevista à Folha de S. Paulo: “Nunca pedi a ninguém para falar com o Boni, meu contato era direto com o doutor Roberto". Ah, tá. Foi o chefão mesmo que o ajudou?
Já o atual diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, diz que toda essa sujeria "foi uma iniciativa do Boni, como cidadão, mesmo que com o consentimento de Roberto Marinho". Hum? Se houve consentimento, como separar pessoa física de pessoa jurídica? Esse Kamel, é só apertar que entrega tudo...
Se alguém não julga sérias e estarrecedoras as declarações do ex-capo da rede Globo, merecia perder a cidadania brasileira e ser deportado para algum país árabe que ainda viva sob o jugo de uma ditadura moribunda. Ignorar a gravidade dessas confissões é abdicar da própria cidadania.
Com a palavra, o Ministério Público, o Congresso Nacional, o Ministério das Comunicações, o Supremo Tribunal Federal e todos os brasileiros que foram vítimas desse crime que quase destruiu nossa República.
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