domingo, 31 de outubro de 2010
GENERAL LESSA - CANAL LIVRE DA BAND - 15JUNHO2005 - 3
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Jessier Quirino - O Matuto e a Maconha
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Cotidiano - O pacificador
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sábado, 30 de outubro de 2010
CNBB defende declarações do papa Bento 16 sobre o aborto
Folha Poder
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) saiu em defensa nesta sexta-feira da declaração do papa Bento 16 que recomendou que bispos brasileiros preguem voto contra políticos que defendam aberta ou veladamente o aborto.
Em nota, a entidade afirma que "acolheu com gratidão" as palavras do papa que reforçam seu posicionamento de que padres orientem politicamente os fiéis brasileiros.
Para a CNBB, cada bispo tem direito de pregar, além de valores religiosos, voto em determinado projeto político.
"Em seu pronunciamento, o Santo Padre confirmou a preocupação constante da Igreja no Brasil em defesa da vida, da família e da liberdade religiosa. O Santo Padre enfatizou o direito e o dever de cada Bispo, em sua Diocese, de orientar seus fiéis em questões de fé e moral, inclusive em matéria política, confirmando o que a CNBB havia recordado em documentos, notas e entrevistas anteriores", diz a nota.
A declaração do papa gerou críticas entre aliados da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que acusaram a igreja de extrapolar suas funções.
A CNBB explicou que o encontro de ontem com o papa ocorre anualmente para "apresentar o balanço das principais atividades", "bem como acolher sugestões e orientações, refletir sobre opções e alternativas pastorais" e que a reunião coincidiu com a passagem dos bispos maranhenses.
Em encontro com bispos do Maranhão, em Roma, o papa reiterou a posição católica a respeito do aborto, condenando o uso de projetos políticos que defendam a descriminalização da prática. "Os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas."
Segundo o papa, a democracia só existe quando "reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana".
Bento 16 fez um "vivo apelo a favor da educação religiosa" nas escolas públicas e pediu ainda pela presença de símbolos religiosos em locais públicos. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, é citado como um exemplo de monumento que contribuiu para o "enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade".
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010
PMDB feliz da vida
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Tiro no pé
Ao buscar intimidar Pastores, Padres e Bispos que não apóiam a candidata do governo o PT só da mais um tiro no pé.
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Pastor Paschoal Piragine X PT no Paraná
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A Rede Record manda bala
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Política às 5h: Plínio de Arruda Sampaio (1)
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PIMENTA CATÓLICA: HOMILIA COMPLETA - Santa Missa Canção Nova Pe. José Augusto 05/10/2010
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Papa pede a bispos que orientem os católicos
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Viviane Araújo
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Pedofília
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Nervosismo
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DILMA responde à jornalista - PLÍNIO comenta - Debate Rede Record 26-09-...
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Perguntando e ofendendo
Porque o PT tem tanto medo do que os Bispos podem dizer aos cristãos nesse período de véspera de eleição?
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Mentira como método
O PT estabeleceu um método de atuação política nos últimos anos que, por ter dado certo do ponto de vista de resultados, passou a ser um parâmetro a balizar os seus concorrentes, o que lhe dá vantagens claras. O partido, apesar de todas as encrencas em que se meteu, é a legenda preferida de 25% dos eleitores, e o PMDB vem em segundo com menos de 10%.
É claro que a presença de Lula no governo dá ao partido essa preferência, que pode desaparecer com o fim do mandato do presidente mais popular da História recente do país. Mas é essa popularidade que dá também ao governo a possibilidade de nivelar por baixo a atividade política, utilizando a mentira como arma eleitoral.
Um exemplo típico é o debate sobre privatizações, que havia dado certo na eleição de 2006 e hoje continua dando resultados, embora mais modestos, já que o PSDB perdeu o medo de assumir as vantagens da privatização para o desenvolvimento do país, embora ainda timidamente.
Logo depois da eleição de 2006, o marqueteiro João Santana, o mesmo que comanda a campanha de Dilma hoje, deu uma entrevista a Fernando Rodrigues, da "Folha", revelando que a discussão sobre as privatizações fora utilizada como uma maneira de reavivar "emoções políticas" no imaginário do brasileiro comum.
O erro de Alckmin, ensinava Santana na entrevista, foi "não ter defendido as privatizações como maneira de alcançar o desenvolvimento".
Santana admitia na entrevista que a impressão generalizada de que "algo obscuro" aconteceu nas privatizações, explorada na campanha de Lula, deveu-se a um "erro de comunicação do governo FH, que poderia ter vendido o benefício das privatizações de maneira mais clara. No caso da telefonia, teve um sucesso fabuloso. As pessoas estão aí usando os telefones".
Perguntado se não seria uma estratégia desonesta explorar esses sentimentos populares que não exprimem necessariamente a verdade dos fatos, João Santana foi claro: "Trabalho com o imaginário da população. Numa campanha, trabalhamos com produções simbólicas."
O tema, como se vê, não era uma bandeira ideológica que Lula defendesse ardorosamente, assim como continua não sendo hoje, mesmo porque o governo Lula privatizou bancos e linhas de transmissão de energia, e até exploração de madeira na Floresta Amazônica, projeto, aliás, aprovado com o apoio de várias ONGs e do PSDB.
Na campanha atual, a candidata do PT continua demonizando as privatizações com frases que não combinam com a realidade de seu governo.
No recente encontro com intelectuais no Rio, ela disse em tom exaltado, provocando aplausos generalizados: "Fazer concessões no pré-sal é privatizar, é dar a empresas privadas um bilhete premiado."
Se, entre intelectuais, Dilma pode dizer semelhante absurdo e ainda ser aplaudida, o que dizer entre os eleitores mais desinformados sobre o assunto?
Será que aquela plateia não sabia que o governo Lula já licitou, utilizando o sistema de concessão, vários blocos do pré-sal sem que houvesse necessidade de fazê-lo se realmente considera que estava privatizando o pré-sal?
A acusação de que o candidato tucano, José Serra, privatizou a Companhia Siderúrgica Nacional, além de equivocada no tempo — o que valeu ao tucano um direito de resposta — está errada no conteúdo.
A privatização se deu no governo do hoje senador eleito Itamar Franco, que era contrário à ideia. Quem liderou a pressão para a venda foi a Força Sindical, central que hoje está integrada ao governo Lula.
Com relação à privatização da Vale, a história real é ainda mais estarrecedora.
O governo teve uma ocasião perfeita para reverter a privatização da Vale, se quisesse. Foi em 2007, quando o deputado Ivan Valente, do PSOL, apresentou um projeto nesse sentido que foi analisado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara.
O relator do projeto foi o deputado José Guimarães, do PT, aquele mesmo cujo assessor fora apanhado com dólares na cueca num aeroporto na época do mensalão.
Pois o relator petista votou pela rejeição ao projeto de lei, alegando em primeiro lugar que "não há como negar que a mudança das características societárias da Companhia Vale do Rio Doce foi passo fundamental para estabelecer uma estrutura de governança afinada com as exigências do mercado internacional, que possibilitou extraordinária expansão dos negócios e o acesso a meios gerenciais e mecanismos de financiamento que em muito contribuíram para este desempenho e o alcance dessa condição concorrencial privilegiada de hoje".
Segundo o petista, "a privatização levou a Vale a efetuar investimentos numa escala nunca antes atingida pela empresa, (...) o que, naturalmente, se refletiu em elevação da competitividade da empresa no cenário internacional". José Guimarães assinalou que com a privatização a Vale fez seu lucro anual subir de cerca de 500 milhões de dólares em 1996 para aproximadamente 12 bilhões de dólares em 2006.
E o número de empregos gerados pela companhia também aumentou desde a privatização — em 1996 eram 13 mil e em 2006 já superavam mais de 41 mil. Também a arrecadação tributária da empresa cresceu substancialmente: em 2005, a empresa pagou dois bilhões de reais de impostos no Brasil, cerca de 800 milhões de dólares ao câmbio da época, valor superior em dólares ao próprio lucro da empresa antes da privatização.
Se o candidato tucano, José Serra, simplesmente lesse o relatório do deputado petista em um debate, ou na propaganda eleitoral, estariam respondidas todas as acusações da campanha adversária.
Merval Pereira
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Mudanças climáticas (Parte II) - canal futura - 08112007
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Mudanças climáticas (Parte I) - canal futura - 08112007
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Há três dias das eleições
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“Nós vamos derrotar alguns jornais e revistas”
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Mudanças climáticas (Parte III) - canal futura - 08112007
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Especial Eleições 2010: Eugênio Bucci, jornalista
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Hélio Bicudo em entrevista ao programa Sábado Especial 4/5
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Presidente X Imprensa
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Faltando quatro dias
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Debate Presidencial 1º turno Rede Globo 30/09/2010 (Parte 1 de 8)
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Uma esquerdista vive o auge do seu delírio imoralista. Ou: Marilena Chaui repete Goebbels 77 anos depois; ela só trocou de “judeus”
Abaixo, escrevo um post sobre as quase 100 mil assinaturas do Manifesto em Defesa da Democracia e lembro a manifestação ilegal havida na Faculdade de Direito do Largo São Francisco em defesa da candidatura de Dilma Rousseff. Eu não havia visto ainda o vídeo em que Marilena Chaui põe toda a sua ignorância a serviço da causa. Uma ignorância que chega a ser quase comovente, embora essencialmente perigosa. Ela fala suas bobagens de modo muito convicto, escandindo as sílabas com especial ênfase, como se isso conferisse seriedade ao que diz. Ah, Marilena, Marilena…
Antes que eu publique o vídeo e comente, um pouco de memória pessoal. Ainda mocinho e ainda de esquerda, fui certa feita a uma plenária de professores e alunos da USP, começo dos 80, preparatória para uma greve, e esta senhora era a grande estrela do encontro, mesmerizando a atenção dos jovens estudantes. Num discurso, um tanto inflamada, Marilena deu lá a sua interpretação muito particular da resposta da reitoria a algumas reivindicações, e disparou: “Esse reitor que vá para a puta que o pariu!”
Uau! Talvez esperasse, sei lá, uma espécie de delírio febril na seqüência de seu desabafo desbocado, aplausos calorosos, quem sabe? Mas não! Fez-se um silêncio ensurdecedor na sala. O constrangimento não provinha da pudicícia dos moços, mas da falta de decoro da “mestra”. Um então amigo, ainda mais, digamos, “radical” do que eu mesmo à época (é figura da vida pública brasileira e continua radicalíssimo!!!), cutucou-me: “Essa mulher não é séria!”. Marilena é assim mesmo. Sempre fala o que lhe dá na telha. E sua convicção num discurso é sempre inversamente proporcional a seu conhecimento de causa.
Vejam este filme. Enquanto o vídeo em que Hélio Bicudo lê o Manifesto em Defesa da Democracia já foi acessado quase 210 mil vezes no YouTube, o de Dona Doida não foi visto nem por 3 mil pessoas. Eu ajudo os carentes de bilheteria, embora eu ache que Marilena precisa caprichar na marquiagem e não pode esquecer o nariz vermelho na próxima intervenção. O cabelo tá bom — emula com o do Bozo.
Viram? Então vamos lá. É impressionante! É possível a esquerdistas argumentar falando só a verdade? Estou convencido de que não. E é por isso, Olavo de Carvalho tem razão, que é inútil debater com eles. Vocês ouviram Marilena afirmar que Serra começou a campanha criticando os programas sociais e agora diz que vai dar continuidade a eles. É mentira! Nunca criticou! Nem na campanha nem antes. Não que não possam ser criticados ou não tenham aspectos criticáveis. Ocorre que ele não fez isso.
A tese do latifúndio
Na sua alastrante ignorância, Marilena diz que Serra ganhou nos estados do agronegócio, que, diz ela, no seu tempo, era chamado de “latifúndio”, todos com severos problemas ambientais. Uma besteira tripla. Em primeiro luar, acreditar no latifúndio como uma categoria econômica, política ou de economia política já é sinal de atraso mental. Em segundo lugar, mesmo aqueles que acreditam não tratam o “latifúndio” como sinônimo de agronegócio. A afirmação revela ignorância de Marilena até sobre as teses de esquerda. Em terceiro lugar, Serra ganhou em oito estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Roraima e Rondônia. Vamos ver.
Santa Catarina é o estado por excelência da pequena propriedade, até pelo tipo de colonização que ali se deu. Paraná e São Paulo já não têm mais fronteiras agrícolas — este último, no que concerne ao meio ambiente, tem as leis mais avançadas do país. Mais da metade de Roraima está nas mãos do governo federal ou dos índios. O Acre, que caminha para 16 anos de governo petista, e Rondônia não têm os problemas ditos do “latifúndio” — tanto é que a turma de João Pedro Stedile nem está por lá. O Mato Grosso do Sul simplesmente não tem estoque de terra para abrigar latifundiários por causa de sua geografia. No Mato Grosso, há sim, um conflito entre produtores rurais e ambientalistas — mas a questão nada tem a ver com reforma agrária. De todo modo, ainda que ela falasse a verdade, qual é a suposição? Serão, então, tantos assim os latifundiários a ponto de dar a vitória a Serra? Mas essa categoria, por definição, não deveria ser minoritária? Pobre Marilena! Chegar aos 69 nessa penúria intelectual… Coisa melancólica!
Qual é o estado em que mais há conflitos de terra no país, em que mais se mata e mais se morre por causa da terra? O Pará, governado pela petista Ana Júlia Carepa — parece que o estado será libertado no dia 31 de dezembro… Quem ganhou no Pará? Dilma! Qual é o estado em que o MST é mais forte e, diga-se, mais violento? Pernambuco! Foi onde Dilma deve a sua vitória mais expressiva. Terá finalmente desaparecido do Nordeste, onde a petista venceu, o que as esquerdas chamavam, de fato, latifúndio — e que nunca foi sinônimo de “agronegócio”? Marilena conta uma mentira a seu distinto público — que, eu sei, não estava ali nem para ouvir verdades nem para aplaudir a legalidade, já que a manifestação era ilegal.
Autoritária
Ma vamos lá. Digamos que esses estados fossem mesmo caracterizados pelo “latifúndio” ou estivessem nas mãos do agronegócio — São Paulo, Jesus Cristo!, é o estado mais industrializado do país!!! Marilena, como vemos, considera que isso é um defeito, que é algo a ser superado, certo? Para ela, uma reforma agrária tem de dar conta desse grave problema. Feito isso, depreende-se de seu “raciossímio” que a oposição, então, não ganharia eleição mais em lugar nenhum!
Entenderam? No dia em que o Brasil for como ela sonha, a democracia e a alternância de poder serão desnecessárias porque, então, o PT seria o governo natural do Brasil. Pensem bem: se a oposição só ganha onde há latifúndio, sem o latifúndio, não ganharia mais nada. Esse é o horizonte mental e moral de uma esquerdista como Marilena Chaui. Se o seu partido não vence a disputa, é porque a sociedade está doente.
Liberdade de expressão
Marilena foi a autora intelectual da tese do “golpe da mídia” durante o mensalão. É por isso que digo que ela é a “pensadora” que fundiu Spinoza (que ela chama “Espinosa”) com Delúbio Soares. Sua tese poderia se chamar “A Ética de Espinosa na Nervura do Real dos Recursos Não-Contabilizados”. Prestem atenção a esta fala da valente:
“O que caracteriza a democracia e distingue a democracia de todos os outros regimes políticos são duas coisas: em primeiro lugar, a defesa da liberdade de pensamento e de expressão, isto é, a defesa do direito à opinião pública.”
Epa! Notem no vídeo que ela fala a palavra “pública” numa espécie de explosão. Uma ova! A liberdade de pensamento e expressão sempre será a liberdade do indivíduo, minha senhora, já que a vontade do público é vária e inconstante. Eis aí: esse é o Spinoza filtrado pelo marxismo bocó. O que é a “opinião pública” senão a multiplicidade de opiniões dos homens? Essas coisas, na boca de um esquerdista, nunca são inocentes. Por que eles se organizam em ONGs e observatórios disso e daquilo e querem criar conselhos para monitorar a “mídia!”? Porque se consideram mais do que a representação do público — o que já não são! Eles se consideram a sua encarnação. Uma banana para esses macacos autoritários! Voltemos à moça.
Ora, para isso, é preciso que você tenha acesso aos meios pelos quais você exprime essa opinião. Ora, quando esses meios são um monopólio, quem vem falar pra mim de democracia? É a ausência dela.
Cadê o monopólio? Onde está a lei que o determina? Fiquemos com a prata da casa primeiro. A VEJA não monopoliza as revistas, por exemplo. Ela só tem muito mais leitores dos que as concorrentes por uma decisão dos… leitores! A TV Globo tem mais telespectadores porque essa é uma decisão dos… telespectadores! Deram quase R$ 700 milhões por ano para Franklin Martins brincar de TV com Tereza Cruvinel. Conseguiram fazer algo com o humor e a picardia dele e o charme intelectual dela. Resultado: é o traço mais caro da TV mundial. Vamos seguir.
Porque, para que ela exista, sei que é preciso que, em igualdade de condições, duas ou três ou quatro opiniões pudessem se exprimir no mesmo tempo e no mesmo espaço. O que nós temos é o controle da opinião e a impossibilidade da contestação.
Besteira! Por que Marilena não faz essa proposta aos jornais da CUT, por exemplo? Ora vejam: os que lançaram o Manifesto em Defesa da Democracia, suprapartidário, numa puderam ocupar a cadeira em que esta senhora senta. Porque, em nome da liberdade de pensamento e de expressão, só se admitiu na Sala dos Estudantes, um prédio público, uma manifestação pró-Dilma. Na pluralidade “deles”, só o PT fala. Marilena está pouco se lixando para a diversidade de opiniões. Ela não gosta mesmo é de uma reportagens que evidenciem as falcatruas de seu partido. Acha que são sabotagem. Já as que atingem os adversários, e são muitas, são virtudes.
Então não venham me falar em democracia. Eu costumo dizer que a defesa da liberdade de pensamento e de expressão, que é aquilo pelo que o filósofo que (sic) eu trabalho desde a juventude,ele deu a vida - vocês sabem que ele foi banido da sinagoga, impedido pelo templo e pela Igreja, ele foi escorraçado como um subversivo perigoso para ordem, porque ele escreveu em defesa da liberdade de pensamento e de expressão, como característica da República e da democracia, Spinoza. Então a última coisa que passaria pela cabeça de alguém como seu seria a recusa da liberdade de pensamento e de expressão”.
Entenderam? Como Marilena estuda Spinoza desde a juventude e como ele deu a vida pela liberdade, então ninguém estaria habilitado a debater o assunto com ela. E pensar que esta senhora escreveu um livro chamado “Cultura e Democracia” — é verdade que ela copiou alguns trechos de Claude Lefort, seu amigo do peito — em que ela ataca justamente esse expediente que emprega: recorrer ao “discurso competente” para tentar silenciar os adversários. Vou confessar: eu li Marilena Chaui. E posso dizer: Marilena Chaui é uma fraude intelectual. Vocês não precisam acreditar em mim. O filme acima a expõe de modo completo no amor pela verdade e no rigor conceitual.
Para encerrar
Marilena começa a sua fala atacando as tais “três famílias” que dominariam a mídia. Quais seriam? Posso imaginar. Essas três, como se nota, conspirariam contra a “opinião pública”, impedindo o exercício do contraditório. Essa defesa prática da censura e essa truculência fingindo-se defesa da democracia não são novas. Alguém mais sinistramente capaz do que Marilena já fez isso antes.
Publiquei aqui no dia 20 de setembro o texto Somos os “judeus insolentes” do petismo. Ou: “Um dia a gente cala vocês!”. Traduzi, então, um discurso feito por Goebbels no dia 10 de fevereiro de 1933, 11 dias depois de Hitler ter sido nomeado chanceler da Alemanha. Marilena ataca as “três famílias”; Goebbels atacava os “judeus que mandavam na imprensa”. Marilena, como vimos, acredita que a vitória de Serra em oito estados é tisnada pelo “latifúndio” (!); Goebbels já enxerga a conspiração dos “vermelhos”. Marilena acha que as “três famílias” impedem o livre exercício da opinião; Goebbels acreditava que os judeus conspiravam contra o nacional-socialismo. Vocês já viram o discurso da companheira. Seguem alguns trechos da fala do “companheiro” (íntegra da tradução naquele link). O que vocês acham desse meu exercício de história comparada?
Companheiros,
Antes de o encontro começar, gostaria de chamar a atenção para alguns artigos da imprensa de Berlim que asseguram que eu não deveria merecer a atenção das rádios alemãs, uma vez que sou insignificante demais, pequeno demais e mentiroso demais para poder me dirigir ao mundo inteiro.
Nesta noite, vocês testemunharão um evento de massa como nunca aconteceu antes na história da Alemanha e, provavelmente, do mundo.
(…)
Quando a imprensa judaica reclama que o movimento Nacional Socialista tem a permissão de falar em todas as rádios alemãs por causa de seu chanceler, podemos responder que só estamos fazendo o que vocês sempre fizeram no passado. Há alguns anos, não falávamos da boca pra fora quando dizíamos que vocês, judeus, são nossos professores e que só queremos ser seus alunos e aprender com vocês. Além disso, é preciso esclarecer que aquilo que esses senhores conseguiram no terreno da política de propaganda durante os últimos 14 anos foi realmente uma porcaria. Apesar de eles controlarem os meios de comunicação, tudo o que conseguiram fazer foi encobrir os escândalos parlamentares, que eram inúteis para formar uma nova base política.
(…)
Se hoje a imprensa judaica acredita que pode fazer ameaças veladas contra o movimento Nacional-Socialista e acredita que pode burlar nossos meios de defesa, então, não deve continuar mentindo. Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas! E se outros jornais judeus acham que podem, agora, mudar para o nosso lado com as suas bandeiras, então só podemos dar uma resposta: “Por favor, não se dêem ao trabalho!”
Ademais, os nossos homens da SA e os companheiros de partido podem se acalmar: a hora do fim do terror vermelho chegará mais cedo do que pensamos. Quem pode negar que a imprensa bolchevique mente quando o [jornal] Die Rote Fahne, este exemplo da insolência judaica, se atreve a afirmar que o nosso camarada Maikowski e o policial Zauritz foram fuzilados por nossos próprios companheiros?
Esta insolência judaica tem mais passado do que terá futuro. Em pouco tempo, ensinaremos os senhores da Karl Liebnecht Haus [sede do Partido Comunista] o que é a morte, como nunca aprenderam antes. Eu só queria acertar as contas com os [nossos] inimigos na imprensa e com os partidos inimigos e dizer-lhes pessoalmente o que quero dizer em todas as rádios alemãs para milhões de pessoas.
Encerro
É isto: somos os “judeus insolentes” do petismo! E está na cara que eles querem nos pegar e acham que estamos com os dias contados.
Por Reinaldo Azevedo
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NA USP, UMA NOITE PARA CELEBRAR O ÓDIO, O PRECONCEITO E A BOÇALIDADE
A dita filósofa está mais assanhada do que lambari na sanga. Não fala mais com a “mídia”, mas seus “atos de protesto” só ganham visibilidade porque a “mídia” fala dela. Folha e Estadão trazem hoje notícia do ato que ela liderou ontem na USP em defesa da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Um ato chamado de “suprapartidário” (pare de rir, leitor, para continuar a ler o texto). Ela já havia feito o mesmo na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Tanto o primeiro como o segundo são ilegais e agridem a Lei Eleitoral. Esquerdista não dá bola para isso. Acredita que não se faz justiça sem afrontar a lei. É uma questão de ideologia, mas também de caráter.
Informa o Estadão:
“O (José) Serra trouxe pela porta da frente o Opus Dei e a TFP (Tradição Família e Propriedade), que foram os grandes feitores da ditadura - essa é um afronta à nossa memória”, disse Marilena. “Estamos votando no futuro deste país e para proposta socialista alcançar o Brasil, a América Latina e a Europa.”
Coitada! Não deve ter tomado o remédio! É tão verdadeira a informação sobre o Opus Dei e a TFP (que não têm absolutamente nada em comum e só podem ser equiparados pela ignorância oceânica do Bozo da Filosofia) quando é verdade que o Brasil caminha para um “futuro socialista”. E que, atenção!, vai contaminar até a Europa!!! Um futuro autoritário pode ser! Socialista já é coisa que beira a insanidade.
Atenção para o que vem agora. A palhaçada de Marilena apela aos tribunais:
Diante dos cerca de 2 mil estudantes ali reunidos, Marilena fez uma advertência: ela conclamou todos a usarem a internet, blogs e redes sociais para alertar para o plano dos tucanos de se disfarçarem de petistas e incitarem a violência em um comício de Serra, no dia 29. “Tucanos disfarçados com camisetas e bandeiras do PT vão se infiltrar em um comício do Serra para “tirar sangue” e “culpar o PT”, afirmou a filósofa, que se recusou a dar entrevista, dizendo que “não fala com a mídia”. “Eles querem reeditar o caso Abílio Diniz”, disse Marilena, referindo-se à tentativa de ligar ao PT o sequestro do empresário Abílio Diniz, às vésperas da eleição de 1989.
Nesse caso, Marilena partiu para a delinqüência política escancarada, sem limites. Ao fazer tais afirmações, esta senhora inocenta de saída eventuais provocadores, pouco importa quem sejam eles. Assim, ainda que alguns vagabundos decidam realmente optar pela agressão no dia 29, ela já tem identificados os culpados: são as vítimas.
Não é possível que esta senhora esteja em seu juízo normal! Outros professores participaram do ato, entre eles Vladimir Safatle, que escreve semanalmente na Folha sobre… eleições!!! Já sei: um ato “suprapartidário” abriga isentos, né?Afirmou o rapaz:
“Precisamos evitar o pior: um candidato que para conseguir chegar ao segundo turno fez uma aliança com a ala mais reacionária da Igreja, o agronegócio e a fina flor do pensamento conservador - ou seja, o que o Brasil tem de pior. Esta eleição demonstrou que há um eleitorado de direita forte e presente, nossa luta vai ser longa.”
Esse Safatle é conhecido deste blog. É aquele que identificou e isolou os “sujeitos não-substanciais que tendem a se manifestar como pura potência disruptiva e negativa”. Ele não estava falando de gases intestinais, o famoso “pum”; referia-se aos terroristas. Para esse valente, a nova institucionalidade tem de aprender a lidar com eles. Entendi: por isso está com Dilma… Também foi o propagador, devidamente contestado aqui, da mentira de que a Polícia Militar invadiu a USP com metralhadoras. Para Safatle, uma democracia verdadeira se dá sem eleitores de direita, entenderam?
Celso Bandeira de Mello, dito jurista, desceu a ladeira da indignidade:
“Dilma é uma mulher de valor, que, ao contrário daquele que prega a liberdade de expressão, não foi se refugiar no exterior, enfrentou aqui as durezas da tortura. Esta última semana é crucial. Temos visto as baixezas dessa campanha vil e indigna, sabemos que alguns veículos de comunicação, se é que merecem esse nome, vão rosnar e destilar ódio e acalentar a fabricação de mentiras contra a candidatura que representa o povo brasileiro.”
Bandeira de Mello atacou, assim, todos os brasileiros que tiveram de se exilar durante o regime militar. E depois afirma que os outros é que “rosnam”. Por que esse valente não diz qual foi a mentira publicada contra Dilma Rousseff?
Houve outros ataques rancorosos à imprensa — na verdade, à liberdade de imprensa. Esse é, na verdade, o projeto nº 1 do PT, que o partido já tenta emplacar nos estados. Segundo o Estadão, havia 2 mil estudantes por lá. A universidade tem de mais de 80 mil — logo, aplaudiram as manifestações escancaradas de ódio não mais do que 2,5% dos estudantes. E mesmo esse número precisa ser relativizado. Essas manifestações costumam atrair pessoas que não têm qualquer vínculo com a instituição. Já houve “assembléias” de grevistas engrossadas por militantes dos MST, dos sem-teto e dos sem-juízo de maneira geral.
Acho que o PSDB tem de chamar Chaui às falas. Ela tem de dar detalhes daquele plano mirabolantes. Afinal, não se trata de algo trivial, não é mesmo? Ou bem ela está denunciando um crime ou bem está cometendo um crime. Como ela é petista, eu tenho a minha hipótese.
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Luciane Hartmann
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Sem a mentira, o que seria do PT?
A mentira do pré-sal e do petróleo
Dilma contou uma mentira ao afirmar que seu adversário, se vitorioso, pretende privatizar o pré-sal. Qual é o busílis? Como o governo substituiu o modelo da concessão pelo de partilha, passou a chamar o regime anterior de “privatização”, o que, não fosse deliberadamente falacioso, seria apenas equivocado. Fosse assim, e o tucano José Serra respondeu acertadamente, a própria candidata do PT poderia ser acusada de ter privatizado o “nosso” petróleo, inclusive o do pré-sal. Uma das empresas que assinaram um contrato de concessão é a OGX, do bilionário Eike Batista, e foi essa condição que lhe conferiu uma formidável valorização no mercado.
A campanha de Serra, especialmente no horário eleitoral, enfrentou mal esse debate até agora. Chega a ser escandaloso que não tenha deixado claro, por A + B — já que a imprensa, na era do “declaracionismo”, não o faz — que, em 1995, quando FHC assumiu o governo, a Petrobras produzia 700 mil barris de Petróleo por dia. A empresa detinha, então, o monopólio. A abertura do setor foi fundamental para o crescimento da produção. Em 1999, já havia 38 empresas privadas atuando no país. Atenção: em 2003, em razão das concessões feitas ao setor privado — que nada têm a ver com privatização —, atingiu-se a marca de 1,4 milhão de barris por dia. Entenderam o que aconteceu? Na gestão FHC, DOBROU A PRODUÇÃO DE PETRÓLEO. Hoje, anda em torno de 2,1 milhões de barris/dia. Resumo da ópera: cresceu 100% no governo FHC e 50% no governo Lula. Esse é o fato.
O suposto sucateamento da Petrobras nos anos FHC é outra dessas vigarices cantadas por aí. Em 2000, por exemplo, a empresa teve um lucro de R$ 9,9 bilhões, 6º entre as dez maiores petroleiras do mundo. Recebeu vários prêmios internacionais por seu desempenho. Em 1997, o setor petroleiro respondia por 2,7% do PIB; em 2000, já respondia por 5,4% — tudo isso durante o governo que o PT sataniza tanto. José Sérgio Gabrielli, este militante do PT disfarçado de presidente da Petrobras, deu sucessivas entrevistas na semana passada. Falou o que bem entendeu. Ninguém o contestou com números.
A mentira dos assentamentos e das invasões
Dilma contou uma mentira ao afirmar que o governo Lula assentou mais famílias do que o governo FHC e que as invasões de terra caíram. Ao contrário: as invasões cresceram. Foram 497 as ocorrências entre 2000 e 2002 (na média, 165,67 por ano) contra 1.357 entre 2003 e 2008 (média de 226,17) — um aumento de 37%. Existe uma Medida Provisória contra invasão de terras, editada em 2000. Ela indispõe para reforma agrária terras invadidas. Na oposição, o PT chegou a recorrer ao Supremo contra essa lei. Perdeu. No poder, nunca a aplicou — e, por isso, as invasões explodiram. No momento, João Pedro Stedile está quietinho para não prejudicar Dilma. Mas já avisou que volta com tudo se ela ganhar. Segundo disse, para os invasores, é muito melhor que a vencedora seja ela.
O governo FHC assentou, ao longo de oito anos, 600 mil famílias, marca que Lula não vai conseguir atingir. Assenta menos, mas provoca mais conflitos e mata mais. Estes números, por exemplo, são da Comissão Pastoral da Terra, que é o MST de batina: na atual década, 2003 foi o ano mais violento, com 73 assassinatos em conflitos no campo. Nos outros, o número de homicídios ficou entre 20 e 40. Com relação ao número de conflitos, o período entre 2003 e 2007 foi o mais violento, com em média 1.727 registros, contra 1.170 conflitos em 2008 e 1.184 em 2009. Embora tenha sofrido uma redução, a quantidade de conflitos permanece bem maior do que no início da década (2000, 2001 e 2002), quando ocorreram, em média, 822 por ano. Resumo: Lula assenta menos, o MST invade mais, os conflitos aumentam, e as mortes também.
Impressionante!
Milhares de vezes, ao longo de oito anos, Lula e o PT falsearam os dados sobre o governo FHC. Mentiras pontuais foram criando o grande edifício da mentira conceitual: o governo representaria a grande mudança de rumo e de prioridades. Mas não deixa de ser chocante ver Dilma tartamudear a inverdade ali, ao vivo, sem o conhecido talento de Lula para a representação. E fico cá pensando: “Como é que essa senhora não se constrange?”
Há um cálculo nessas coisas, creio. Entro na cabeça de Dilma mais ou menos como Machado de Assis entrava na cabeça do cônego (é claro que não estou comparando o paraíso com o deserto): “Quem sabe do que estou falando ou endossa a mentira e a considera necessária para eu vencer ou já não vota em mim mesmo. Então, tudo bem! Quem não sabe pode acabar acreditando que falo a verdade e que os meus adversários querem mesmo ‘dar’ as riquezas brasileiras para os gringos. Assim, a mentira me é útil”
E então ela segue adiante, na sua versão alucinada da história. Vai dar certo? Não sei! Se der, terá de arcar, depois, com o peso da realidade, sem ter a mesma competência de Lula na arte do ilusionismo.
Reinaldo Azevedo
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General Leônidas: Terrorismo
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QUAIS AS "CONQUISTAS" DE LULA COMO MEDIADOR NO ORINTE MÉDIO? P 3/5
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terça-feira, 26 de outubro de 2010
Na Record, DilmaXSerra lembrou o reality ‘A Fazenda’
Dilma Rousseff e José Serra portaram-se como personagens do reality show que os precedeu, uma espécie de versão rural do Big Brother, da Globo. Confinados na campanha há quatro meses, como que anteciparam os movimentos um do outro.
A sequência de nove debates –serão dez até o final de semana— deixou-os calejados. Dizem que são sinceros. Mas quem os vê sente-se tentado a lançar mão de um jargão comum aos espetáculos do gênero: Eles estão jogando.
A isso foram resumidos os debates: um grande jogo, um reality eleitoral. Com uma diferença: em vez de entreter, o show aborrece a platéia. Os contendores recorreram a todos os estratagemas para atingir seus subterfúgios.
Procuraram não parecer o que são. Afinal, o outro pode não ser o que parece. Ou pior: pode ser e parecer. Em desvantagem no jogo, Serra lançou uma primeira casca de banana. Perguntou sobre os planos da rival para “banda larga”.
Sem pressentir que o alvo do contendor era outro, Dilma respondeu que a internet rápida já chegou a 65% das escolas. O acesso só não é maior porque São Paulo não aderiu ao programa, acusou.
Na réplica, Serra mostrou a garra: “O problema da candidata é de gestão”. Afirmou que o plano de banda larga, costurado na Casa Civil, é ruim. “Quem lançou o projeto mal feito foi a Erenice, que, aliás, hoje depôs na PF sobre seus malfeitos”.
Serra não queria falar de internet. Queria mesmo era devolver a “braço direito” de Dilma aos holofotes. O problema é que, a essa altura do jogo, a rival já desenvolveu antídotos contra o veneno. Para o Erenicegate, o remédio é o Dersagate.
“Hoje, a seis dias da eleição, de fato, a Erenice depôs. O que dizer de Paulo Preto, que não só não depõe, mas quando ele ameaça vocês escondem?” E Serra: “Esse assunto é fantasioso. Você fala para dar a ideia de que é todo mundo igual na política. Não é não!”
Como nas brigas travadas à beira da piscina da casa da Globo ou na roça da versão agreste da Record, Serra tratou de adensar a lama. Citou “um fulano chamado Valter Cardeal”, homem de “confiança” da antagonista no setor elétrico. “Deu vários golpes, mas a Dilma continua defendendo ele”.
Serra prosseguiu: “A Dilma foi testemunha de defesa do José Dirceu, apontado como chefe de quadrilha. Foi lá [no STF], como testemunha de defesa, fez uma fala carinhosa, empolgante sobre a moralidade do José Dirceu”.
Hora de Serra perguntar. Ele escolhe seu tema predileto: saúde. “Andou pra trás”, ele martela. “Qual a sua proposta... Não o trololó, proposta concreta”. Dilma assume o controle do balde de lodo:
“O Serra, presssionado, inventa trololó, gosta de enrolar. É importante que reponda pelo sr. Paulo Preto. É braço direito e esquerdo. Se duvidar, é a cabeça também”. A candidata torrou o seu tempo com o Dersagate.
Mencionou a flexibilização dos contratos que permitiu às empreiteiras usar material mais barato nas obras. Citou a queda de três vigas num viaduto do Rodoanel. “Um dos motivos dos motivos levantados é o uso de material de baixa qualidade”. Laudos técnicos afastaram a suspeita. Mas quem se importa? É o jogo.
Sem a participação de jornalistas, o debate não teve perguntas, mas pegadinhas. Tachado de privatista, Serra trouxe a vacina de casa. Acusam-no de defender para o pré-sal o modelo que concede às empresas multinacionais a exploração das jazidas.
“Se isso é privatização, a Dilma fez mais”, atacou. Como presidente do conselho de administração da estatal petroleira, disse Serra, “a Dilma entregou a exploração de petróleo a 108 empresas privadas, metade estrangeiras”.
E Dilma: “Você está fazendo, de novo, deliberada enrolação”. Descoberto o “bilhete premiado” do pré-sal, ela alegou, suspenderam-se os contratos e modificou-se o modelo. A coisa seguiu nessa diapasão até o final.
Dilma provocou: “Você ficou caladinho quando mudanram nome para Petrobrax, substituindo o Bras de Brasil”. Serra crispou-se: “A Dilma fala que minto, mas ela é profissional nessa arte”. Explicou que, sugerida por um direito, a troca de logomarca, foi recusada pelo governo FHC.
Em duas oportunidades, Dilma martelou: Sob Lula, criaram-se 15 milhoes de empregos, contra 5 milhões da era FHC. No debate anterior, Serra silenciara. Agora, já desenvolveu uma vacina que, se não imuniza, confunde.
Alegou: O que aumentou não foi o número de carteiras assinadas, mas a fiscalização. Graças, aliás, à unificação da Receita com a Previdência, apoiada pelo PSDB. As insinuações avolumaram-se. “Você não conhece o Nordeste”, disse Dilma a certa altura. “O PAC é uma lista de obras”, fustigou Serra noutro instante.
Acusaram-se um ao outro, várias vezes, de mentirosos. Serra: Você ora defende o aborto ora diz que é contra. Num instante diz que não vestirá o boné do MST, noutro leva o artefato à cabeça. Dilma queixou-se do baixo nível. E foi à canela. Em matéria de mentira, disse ela, Serra é imbatível.
Citou o documento que o oponente assinara, comprometendo-se a cumprir o mandato de prefeito de São Paulo até o final. “Registrou em cartório, depois rasgou”. Registro cartorial não há. Mas o papel, de fato, existe. Serra mudou de assunto.
Para desassossego dos telespectadores, ainda há um debate antes do paredão de domingo (31). Há um imenso leque de assuntos por discutir. Mas os candidatos não parecem dispostos a falar sério. Eles estão jogando... Lama um no outro.
Escrito por Josias de Souza
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Lula em comício em Joinvile: 'Precisamos extirpar o DEM da política'
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Hélio Bicudo - "Dilma é uma imposição de Lula"
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Pastor Silas Malafaia Responde Edir Macedo Parte 1/2
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Pastor Silas Malafaia Responde Edir Macedo Parte 2/2
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Arnaldo Jabor sobre Lula, Judas, Jesus Cristo e Fariseus
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domingo, 24 de outubro de 2010
Lula e o bolsa familia
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Plínio declara - Dilma é uma farsa - Debate Gazetta-Estadão 08-09-2010
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É ASSIM QUE COMEÇA…
Primeiro foi no fim do ano passado, no Exterior – é mais fácil encontrar ele lá do que aqui –, quando Lula assinou o decreto instituidor do Plano de Direitos Humanos sem ler. O texto continha fortes restrições à liberdade de imprensa.
Lula não gosta da Imprensa. Já disse isso várias vezes. Mas aquela foi a primeira tentativa oficial de imiscuir em nossa legislação uma mordaça nos jornalistas bem intencionados ou não.
Houve severas críticas da Imprensa, da OAB, até da Igreja Católica, da Oposição e houve dissenso entre os próprios parlamentares governistas. Tanto que Lula voltou atrás e reeditou o texto. Não sei se, dessa segunda vez, leu ou não.
Recentemente, em 22 de agosto, quando da manifestação pública no Rio de Janeiro contra a norma eleitoral que veda a veiculação de programas ou matérias que caricaturem candidatos, todos viram e ouviram Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta, referir com todas as letras que há tentativas do Palácio do Planalto de dirigir seus programas através de recadinhos passados por Franklin Martins, ministro da Comunicação Social.
Esses dias foi o plenipotenciário petista José Dirceu, quem despejou: "O problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa" (aqui).
Perceberam? Ele não indefiniu dizendo que “um dos problemas” (aliás, ele pronuncia “poblema”), mas definiu afirmando que esse é “o problema” do Brasil. Segundo ele, portanto, basta amordaçar a imprensa para que todos os problemas do Brasil sejam resolvidos...
Agora foi Lula, o megalômano apedeuta, quem vociferou: “Nós somos a opinião pública”. Ops! Não generalize, general! Não lhe outorguei mandato para exprimir o que sinto e muito menos o que não sinto. Por isto, não fale em meu nome. Minha opinião pública não é a sua e sou parte de um público cuja opinião pública é contrária à ela. Se vocês se consideram a opinião pública, estou fora.
Mas o recado está dado até para os maus entendedores, pois vem com letras garrafais (e bota garrafais nisto!).
A restrição à liberdade de imprensa é apenas o primeiro passo, e um dos mais importantes, rumo a outras restrições e à instalação democrática de uma Ditadura, como fez Hugo Chavez, aplaudido publicamente por Lula, seu ídolo de carteirinha, na Venezuela.
Lula já a teria amordaçado, se pudesse. Auxiliado por Dirceu, Franklin Martins e dirigindo sua boneca-de-ventríloquo Dilma Rousseff, tem mais chances de conseguir. Lembrem que o lema da campanha de Dilma é “continuar mudando”. Pois vão tentar mudar até nos amordaçar a todos.
Que fazer? Nada! Eu sou alarmista e esse pessoal do PT é muito bem intencionado. Ainda vai transformar este país em um imenso sindicato.
Ilton C. Dellandréa
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BNDES ajudou no desmatamento da Amazônia, diz TCU
A auditoria aponta falha na coordenação dos programas do governo, a cargo da Casa Civil
Marta Salomon, Estadão.com
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) atribuiu a uma “falha” da Casa Civil o choque entre duas políticas públicas do governo Lula.
Nos dois últimos anos, o BNDES investiu bilhões em frigoríficos, contribuindo para o avanço da pecuária na Amazônia, na contramão da política de combate ao desmatamento.
Entre 2008 e 2010, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social investiu cerca de R$ 10 bilhões em grandes frigoríficos, como JBS, Bertin (que se fundiram) e Marfrig. A compra de participação acionária dessas empresas pelo banco pretendia consolidar a posição do País como principal exportador mundial de proteína animal.
O “complexo carnes” deveria se tornar o principal setor exportador do agronegócio brasileiro, de acordo com a Política de Desenvolvimento Produtivo do Ministério do Desenvolvimento.
Nessa época, o próprio governo já havia reconhecido a pecuária como o maior motivo do abate da Floresta Amazônica.
Faltou coordenação no governo para evitar trombadas entre as duas políticas, aponta o tribunal.
“Foram identificadas falhas na articulação e coordenação, a cargo da Casa Civil”, entre os diferentes programas de governo.
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Bispo de Guarulhos: PT é o partido da 'morte' e da 'mentira'
Em entrevista, dom Luiz Gonzaga Bergonzini diz que, se Dilma ganhar, ele vai "lamentar" e "continuar campanha contra aborto"
Andréa Michael
Em documento distribuído à imprensa, o bispo diocesano de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini, cuja campanha contra o aborto está no epicentro da disputa presidencial, chama o PT de "partido da morte" e da "mentira".
Na coletiva que concedeu ontem, o religioso afirmou: "Não votem em Dilma [Rousseff]", ressalvando que sua recomendação não sugere automaticamente que o eleitor opte pelo adversário da petista, o tucano José Serra.
"Existem opções: anular o voto ou votar em branco. Mas se você me perguntar como vou votar, não respondo."
"Deixo a consciência de cada um fazer sua escolha. Só estou dizendo para não votar na Dilma. Se ela ganhar, vou lamentar, mas vou respeitá-la como presidente e continuar minha campanha contra o aborto."
O aborto se transformou num dos principais temas da disputa. Integrantes da campanha da petista avaliam que Dilma não venceu a corrida no primeiro turno, entre outros motivos, por conta da polêmica criada em torno da opinião dela sobre o tema.
Em 2007, em entrevista à Folha, ela se declarou a favor da descriminalização. Agora diz ser pessoalmente contra a prática.
Blog do Noblat
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Eleições 2010: Bom Dia Brasil entrevista a candidata Dilma Rousseff (2/2)
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Eleições 2010: Bom Dia Brasil entrevista a candidata Dilma Rousseff (1/2)
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Eleições 2010: Bom Dia Brasil entrevista o candidato José Serra (2/2)
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Eleições 2010: Bom Dia Brasil entrevista o candidato José Serra (1/2)
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sábado, 23 de outubro de 2010
Dilma Roussef na Globo News (09/08/2010) - Parte 1 de 2
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010
As pesquisas
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Pimenta Católica: Dom Luis: Vida, aborto e eleições 2010
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Polícia Federal apreende panfletos da diocese de Guarrulhos
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
As entranhas totalitárias do PT
O que pretende o PT? A quem interessa o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) gerado pela obsessão autoritária do secretário de Direitos Humanos Paulo Vannuchi, parido pela Casa Civil comandada pela candidata Dilma Rousseff e, o que é mais grave, transformado em decreto assinado pelo presidente da República Lula da Silva?
Não é estranho que em plena campanha da candidata do presidente, o governo petista com anuência de seu escalão mais alto onde se inclui o ministro da Justiça, Tarso Genro, resolva a afrontar as Forças Armadas, a Igreja, os produtores rurais, a imprensa, o Poder Judiciário? Afinal, voltou-se à carga para censurar a mídia, acabar com a propriedade, incitar ódios de cunho revanchista. Um figurino para Stalin não por defeito.
Seria esse arremedo de Constituição à lá Chávez uma satisfação dada à esquerda para que seja esquecido o desagradável fato de seu governo estar sendo o mais corrupto de toda nossa história? Governo de um partido que copiou tudo que antes duramente criticava, que cuspiu na ética que dizia ser o único a possuir, que transformou a ideologia que simulava ostentar em ganância de poder pelo poder.
Pode ser que o decreto que o presidente diz ter assinado sem ler – o que ser for verdade demonstra incompetência, irresponsabilidade e incapacidade para governar o país – seja uma demonstração de força.
É como se a cúpula petista dissesse:
“Estamos pouco nos lixando para a repercussão negativa da constituição que nos sustentará no poder junto com Dilma Rousseff. Parabéns para nós que finalmente dominamos a arte da propaganda enganosa, que conquistamos todos os espaços no Estado. O Estado é nosso e nos o fortaleceremos cada vez mais. Não podemos perder o que conquistamos.
Ou será que a celeuma gerada pelo decreto a partir da revogação da Lei da Anistia não pretende desviar atenção de fatos mais preocupantes ou comprometedores para o governo?
Em todo caso, o PT é muito ardiloso. A capa que veste o PNDH-3 tem título cativante: direitos humanos. Esses direitos pareciam se restringir a punição a militares, como quer Paulo Vannuchi que propõe a revogação da Lei da Anistia. Só que o secretário de Direitos humanos não levou em conta que anistia quer dizer perdão, esquecimento para dois lados. Logo alguns militares retrucaram dizendo que não só tortura, mas terrorismo também é crime hediondo, que tem muitos terroristas no governo atual, incluindo a candidata do presidente.
Acesa a discussão sobre o tema, foram furtivamente apresentadas num calhamaço de 92 páginas as reais e profusas “leis” que Vannuchi diz ter colhido em congressos realizados pela sociedade civil e que, portanto, expressam dessa a vontade.
Que sociedade civil seria essa que não incluiu a imprensa, a Igreja, os produtores rurais, o Judiciário, os partidos políticos, as FFAA? Estaríamos diante dos “direitos dos manos”? Das massas de manobras das “democracias diretas”? Não seriam os “conselhos de direitos humanos” os sovietes do PT? Entretanto, o “poder dos sovietes” da Rússia de outubro de 1917, transformou-se rapidamente no poder do Partido Bolchevique sobre os sovietes.
O PNDH-3 escancarou as entranhas totalitárias do PT, quis mostrar que Lula foi só preparação menchevique para a segunda fase blochevique com Dilma Rousseff. Só falta Vannuchi propor a destruição do Cristo Redentor para colocar em seu lugar, abençoando o Rio de Janeiro, uma monumental estátua de Che Guevara. No mais, serão abolidas todas as liberdade, incluindo a de pensamento. Esse filme de terror já foi visto pelo mundo.
E enquanto Vannuchi se preocupa em acabar com a Lei da Anistia, Celso Amorim oferece a mão do governo brasileiro ao Hamas, organização terrorista que não está nem aí para direitos humanos. Aliás, Lula continua in Love com Ahmadinejad e provavelmente continuará a gracejar comparando os que morrem nas ruas ao se oporem às eleições fraudadas pelo déspota que nega o holocausto, a briga de torcidas de futebol.
O PT mostrou suas entranhas totalitárias, consciente que pode fazer sucesso. Haverá um recuo tático e depois se volta à carga. Petistas conhecem bem o que afirmou Tzvetan Todorov: “O totalitarismo é uma máquina de tremenda eficácia. A ideologia comunista propõe a imagem de uma sociedade melhor e nos incita a desejá-la: não faz parte da identidade humana o desejo de transformar o mundo em nome de um ideal? (…) Além do mais, a sociedade comunista priva o indivíduo de suas responsabilidades: são sempre ‘eles’ quem decidem. Ora, a responsabilidade é frequentemente um fardo pesado a ser carregado (…) A atração pelo sistema totalitário, experimentado inconscientemente por numerosos indivíduos, provém de um certo medo da liberdade e da responsabilidade – o que explica a popularidade de todos os regimes autoritários”.
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EXTREMA DIREITA NO ATAQUE NAS PALAVRAS DO PADRE PAULO RICARDO
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Chega de punhos de renda
O endeusamento de Marina da Silva tem menos a ver com os méritos da candidata do PV e, sim, com certos fatores que esta conseguiu capitalizar a partir de uma postura crítica.
Entre os fatores ressaltem-se, primeiro, os escândalos que estouraram durante a campanha, sendo menos explosivo o da quebra do sigilo fiscal da filha de José Serra e de outros tucanos e mais evidente para parcela da opinião pública aquele ligado à amiga, braço direito e sucessora de Rousseff na Casa Civil, Erenice Guerra, chamada jocosamente de Erê 6% por conta do hábito de sua grande família instalada no poder achacar pessoas em troca de projetos ligados ao governo.
Segundo, a afronta da candidata de Lula da Silva a católicos e evangélicos, por sua declaração favorável a liberalização do aborto, algo que atualmente ela nega com veementes invocações a Deus e à vida, mas que está incluído em seu programa de governo, assim como o casamento gay foi, sem dúvida, o que causou maiores danos à sua candidatura.
Note-se que funcionaram aspectos morais, sobretudo, de cunho religioso para invalidar o que os institutos de pesquisa apontavam de modo bastante errado: a estrondosa vitória no primeiro turno da afilhada política do presidente da República. E, sem dúvida, a ida de sua sucessora para o segundo turno constituiu uma desagradável surpresa para Lula da Silva e seu círculo de poder ou atual classe dominante. Afinal, a sociedade tinha se mantido indiferente a “mensalões”, “sanguessugas”, dólares na cueca, dossiês e toda a avassaladora corrupção presente no governo do partido que dizia ser o único ético, aquele que viria para mudar a roubalheira governamental oriunda dos tempos coloniais. Ao mesmo tempo, existe uma separação conveniente e artificial entre o PT e Lula da Silva, entre governo e o presidente da República que fica blindado. Assim protegido ele se coloca acima da lei, faz e fala o que bem entende e é aceito e aplaudido. Entretanto, por mais que agora ele apareça gargalhando e fazendo piadas como é de seu hábito, no fundo deve ter sentido pela primeira vez a estocada da sociedade que não consagrou sua ungida no primeiro turno. Lula da Silva deve estar desconfiado que não é mais o cara.
Quanto ao assunto da quebra de sigilos, nepotismo e extorsões da grande família da ex-ministra da Casa Civil, Ereneci Guerra, Lula da Silva, que esteve metamorfoseado em cabo eleitoral de sua criação política, preferiu abusar do gestual em palanques. Parecendo transtornado, tomado de ira incontrolável, entre estertores e esgares urrou para quem quisesse ouvir e ver via TV, que os feitos e responsabilidades de violadores petistas de sigilos ou de sua importante ex-ministra não eram coisa real, mas mentira da imprensa propensa a prejudica-lo e à sua candidata. Fazendo coro com José Dirceu e Franklin Martins, o presidente de olhos injetados, rosto de cor violácea, fala raivosa lembrou seu querido companheiro Hugo Chávez, que também não suporta a mídia e tem agido de modo truculento e ditatorial contra o que denomina de excesso de liberdade de pensamento.
O presidente da República diz que voltará neste segundo turno a representar o Lulinha paz e amor. Antes, furioso, apresentou ao Brasil sua porção de Mussolini dos trópicos, no que foi secundado por seu partido e pelos aguerridos militantes petistas que, numa inversão cínica acusaram os que defendem a liberdade de expressão, de fascistas.
Não se pode negar que o crescimento de Marina ajudou Serra a passar para o segundo turno. Os que não simpatizavam com o artificialismo da candidata petista ou a pasmaceira do tucano optaram pela onda verde. Não propriamente como defensores da ecologia, mas por causa da firmeza de Marina ao criticar a esbórnia reinante que, se fosse promovida pelo candidato do PSDB acarretaria a imediata impugnação de sua candidatura.
E Serra, o que fez no primeiro turno? Muitos erros ligados à morosidade e à indecisão. Pior. Enquanto o PT que costuma se estraçalhar entre suas facções, se une durante as campanhas como se fosse um só corpo, exalta seu já exaltado Lula da Silva, revida com furor qualquer ataque. Já os tucanos são extremamente individualistas, acomodados, indecisos, lentos e nutrem por Lula da Silva um inequívoco encantamento que os faz a ele submissos, sem reação diante das pancadas petistas que levaram durante oito anos, sem se defender. Desse modo, passam a imagem de medrosos para não dizer coisa pior. Escondem Fernando Henrique e seu governo que foi macaqueado pelo PT. Receiam apontar as falcatruas e a falsa propaganda governistas.
Mas agora é chegada a hora de Serra recolher os punhos de renda e trocá-los pela crítica que pode ser serena e ao mesmo tempo contundente. Não adianta repetir o que diz Rousseff sobre Saúde, Educação, erradicação da miséria. Estes temas são tão velhos, batidos e não solucionados quanto nossa história e devem fazer parte de todo programa de governo sem maiores alardes Que José Serra esqueça os conselhos de seu marqueteiro e fale sobre a corrosão de nossos valores, a imoralidade reinante nos Poderes constituídos, a violência advinda do narcotráfico, a violência no campo gerada pelo MST, a corrupção galopante do PT no poder. Que ele não tenha medo de mostrar a empulhação presidencial. Que chame para seu lado FHC para que este tenha a chance de mostrar o que fez pelo Brasil, sua obra chamada de herança maldita, mas copiada pelos mandarins petistas. E que ao lado de Serra se posicionem seus aliados e os governadores eleitos pelo PSDB que, durante a campanha ocultaram Serra, com exceção do governador eleito por São Paulo, Geraldo Alckmin.
Se assim não for, correm o risco os tucanos de parecerem covardes. E o Brasil não precisa de covardes, de boquirrotos palanqueiros, de ditadores enrustidos, de gente despreparada para o poder, mas de estadistas. A hora é agora, chega de punhos de renda. E que José Serra não se omita, pois sua omissão será paga em gerações.
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terça-feira, 19 de outubro de 2010
Jô Soares entrevista senadora Marina Silva - Parte 1 de 5.flv
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Dilma não lida bem com as contradições da ex-Dilma
Dilma Rousseff foi reapresentada na noite passada, no "Jornal Nacional", a uma velha conhecida: a ex-Dilma Rousseff.
São duas personagens distintas. A nova Dilma, candidata ao Planalto pelo PT, não sabe como lidar com as contradições da ex-Dilma.
Recordou-se à candidata que sua alter-ego defendera a descriminalização do aborto. A neo-Dilma se absteve de prover uma explicação sobre a mudança de opinião.
Ofereceu-se a ela uma segunda oportunidade. A carta-rendição aos evangélicos não é "contradição"?
A nova Dilma refugou a oferta: "Não vejo contradição". Disse: Não se pode prender 3,5 milhões de mulheres. Aborto é caso de saúde pública, não de polícia.
Nenhuma palavra sobre a descriminalização de que falava a ex-Dilma. A nova Dilma é contra a modificação da lei. Às favas com os vídeos que expõem o contrário.
O maior problema é que as contradições foram demarcadas com zelo. Revelaram-se também no Erenicegate.
A ex-Dilma se autoproclamava supergerente. Desde a Casa Civil, coordenava todo o governo Lula. Nada parecia figir-lhe do campo de visão.
Súbito, descobriu-se que Erenice Guerra, sua ex-braço direito, empregara parentes e facilitara tráfico de influência. Sob o nariz da ex-Dilma.
Instada a comentar o malfeito, a nova Dilma revelou-se uma gestora comum. "Ninguém controla o governo inteiro. O que tem que ter é a garantia de que, havendo o malfeito, você investiga."
Antes que soasse o gongo da entrevista, foi à bancada o nome de Ciro Gomes (PSB-CE). Aliado que já dissera: "Serra é mais preparado".
A neo-Dilma, mais compreensiva, admitiu-o na coordenação da campanha.
A dúvida que remanesce é: se as urnas sorrirem para a pupila de Lula, quem governará, a Dilma ou a ex-Dilma?
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Católicos no ataque: Pe. LÉO O GOVERNO QUER O ABORTO
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Debate Folha-RedeTV – Dilma vive o seu pior momento
Não sei quem vai vencer a eleição de 2010 — eu adoro começar os meus textos com esta frase, hehe, porque imagino a cara de tacho dos que sabiam… —, mas asseguro que os petistas andam muito preocupados. E o debate de ontem, promovido pela Folha e pela Rede TV, ajuda a explica por quê. Vamos ser claros? A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, está perdida e vive o seu pior momento desde que a corrida começou. Se isso vai ou não se refletir nas urnas, bem, isso eu também não sei. À diferença de alguns coleguinhas espertos (aqueles mesmos que tinham a certeza de que Dilma venceria no primeiro turno com larga maioria…), não tomo a minha percepção do debate como síntese da opinião dos telespectadores-eleitores. Exceção feita àqueles que são fãs do PT e que votam no partido ainda que o candidato seja um poste de bigode, acho difícil que alguém possa dizer que Dilma se saiu bem no embate de ontem. Já o tucano José Serra teve o seu melhor desempenho.
Uma frase da candidata petista, na fala final, poderia ser um emblema de sua performance: “Farei um governo voltado para a pessoa humana,sobretudo para a pessoa humana, que será respeitada”. Seja lá o que isso signifique, dada a impossibilidade de existir uma pessoa não-humana. Dilma talvez estivesse tentando corrigir posições polêmicas expressas em entrevistas anteriores, como a defesa que fez da descriminação do aborto.
Serra não tocou no assunto; ela também não. Mas a questão está no ar. Pouco antes do início do debate, a Justiça Eleitoral havia determinado que a PF a apreendesse impressos encomendados por uma setor da Igreja Católica que recomenda que os cristãos não votem em candidatos pró-aborto. Anteontem, petistas haviam constrangido ilegalmente o gerente de uma gráfica (ler acima). E Dilma se vê, então, na contingência de afirmar que vai respeitar “a pessoa humana”. Convenham: chega a ser patético.
Dilma escolheu ontem dois caminhos: satanizar José Serra, acusando-o de “privatista” — e, parece, ele conseguiu se sair bem do embate —, e atacar a gestão tucana em São Paulo, especialmente na educação e na segurança pública. Huuummm… A privatização como terrorismo eleitoral foi muito eficiente na disputa de 2006, mas, tudo indica — ainda falta muito tempo para a eleição — “não pegou” desta vez. E Dilma, convenham, não ajuda muito. Eu duvido que alguém tenha entendido direito o que ela quis dizer ou a “denúncia” que ela tentou fazer. O ataque à gestão tucana em São Paulo parece ser uma estratégia estranha. Eu duvido que isso a ajude a ampliar sua margem de votos fora de São Paulo. No Estado, esse mesmo discurso foi rejeitado nas urnas. O tucano Geraldo Alckmin venceu a disputa no primeiro turno. Ademais, os números falam em favor do Estado nos dois quesitos, como vocês estão cansados de saber.
Eu não sei quem vai vencer a eleição de 2010, mas se nota um certo esgotamento da tática petista. Os ataques permanentes ao governo FHC e a louvação exagerada de Lula foram armas muito eficientes no primeiro turno, diante de uma campanha de Serra que não conseguia, isto é evidente, encontrar o tom, perdendo-se num administrativismo minimalista, embora tocasse, sim, em questões sérias e graves da gestão, como a saúde por exemplo. Mas faltavam a voz e a postura do estadista, do governante com uma mensagem. E isso apareceu no segundo turno na campanha eleitoral — que descobriu que quem só apanha perde — e nos debates. E Dilma, que realmente esperava triunfar no primeiro turno, perdeu o rumo. E não o encontrou até agora.
A saída tem sido reforçar a presença de Lula no horário eleitoral e nos palanques. Faz sentido? Pode até fazer. Ele é seu grande esteio — na verdade, sempre foi o único . Mas isso também contribui para que fique mais evidente o seu real tamanho. Ela não venceu no primeiro turno, mas a vantagem conquistada era grande. É claro que a eleição terminou no dia 3 com um viés pró-Dilma. Hoje, creio, dada a, digamos, imprecisão dos institutos de pesquisa, poucos se arriscariam a cravar o resultado. Dilma está esgotada.
O que, afinal, o segundo turno trouxe para o primeiro plano? Essa não é a praia dela, não. Pode até ser eleita, mas será sempre uma estranha nesse ninho. No primeiro turno, com dois outros candidatos no embate, ela falava muito menos. A campanha triunfalista de João Santana — que passou a bater pesado — se encarregava de criar a “super-Dilma”. Nos debates, ela fazia suas perguntas a Marina e Plínio de Arruda Sampaio e podia deitar sua sapiência estudada, sem muito risco.
Um debate de segundo turno é de outra natureza. Aí, por mais ensaiada que a coisa esteja, o risco é gigantesco. Se o adversário souber lidar direito com a lógica do encontro, como fez Serra neste domingo, as coisas podem se complicar, como se complicaram. Os defeitos de Dilma vieram à tona com brutal clareza. Sua arma continua a ser uma só: tentar desmoralizar o governo FHC e exaltar o governo Lula. Ocorre que isso tinha lá sua eficiência nos debates da fase anterior. Agora, pode passar a imagem de pessoa ranheta, prepotente, que está sempre falando mal dos outros.
Lula vai ter de se desdobrar e entrar ainda mais na campanha. Pode dar certo? É claro que pode. Mas também pode reforçar a suspeita de que Dilma é incapaz de andar pelas próprias pernas e de que alguém assim não pode presidir o Brasil. É uma operação de risco.
Nos estúdios da Rede TV, o clima entre os petistas, ao fim do encontro, era de velório. Tivessem ido bem, viria a arrogância conhecida. Eles não sabem ganhar ou perder nem um mísero debate. E, nesse caso, não dá para chamar a Polícia Federal.
Por Reinaldo Azevedo
Postado por Atílio às 7:41 PM 0 Comente Aqui!