Dilma paga a fatura já na largada
Kennedy Alencar
Ao acolher tantas sugestões do presidente Lula para formar o novo governo, Dilma Rousseff paga já na largada a principal fatura política da campanha eleitoral.
Ela ganhou por obra dele. Tem consciência disso. E é grata a Lula.
A presidente eleita enquadrou auxiliares que andaram lhe dizendo que Lula talvez estivesse fazendo pedidos em excesso. Disse que é uma relação a prova de intrigas.
"É como a relação da mãe que colocou o filho no colo, viu ele crescer e sair de casa, mas ainda faz tudo para protegê-lo", definiu, de acordo com o relato de um auxiliar.
Eleita sob a bandeira da continuidade, surpresa seria ela não dar ouvidos a Lula. Com o tempo, ela terá oportunidade para montar uma equipe mais com a sua cara.
A experiência indica que o ministério da posse sofre baixas numa velocidade de Primeira Guerra Mundial.
Na primeira reforma ministerial de Lula, em janeiro de 2004, seis caíram e três mudaram de postos. Duas pastas acabaram fundidas. Um ministério foi criado.
Dos atuais 37 ministros, apenas 5 estão com Lula desde 1º de janeiro de 2003: Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Dulci (Secretaria-Geral), Jorge Armando Félix (Gabinete Institucional), Henrique Meirelles (Banco Central) e Guido Mantega (Fazenda). Mantega trocou de posto duas vezes.
Interessa a Dilma usar o escudo político de Lula neste momento. Ela se beneficia da popularidade e do capital político do presidente para tomar medidas duras e negociar com partidos no Congresso. Também poderá dividir a conta de percalços futuros de ministros "lulistas".
Em relação a uma eventual dificuldade de autoridade sobre quem foi seu colega, um integrante da cúpula da transição afirmou, sob reserva: "A Dilma sabe deixar bem claro quem é que manda".
Kennedy Alencar
Ao acolher tantas sugestões do presidente Lula para formar o novo governo, Dilma Rousseff paga já na largada a principal fatura política da campanha eleitoral.
Ela ganhou por obra dele. Tem consciência disso. E é grata a Lula.
A presidente eleita enquadrou auxiliares que andaram lhe dizendo que Lula talvez estivesse fazendo pedidos em excesso. Disse que é uma relação a prova de intrigas.
"É como a relação da mãe que colocou o filho no colo, viu ele crescer e sair de casa, mas ainda faz tudo para protegê-lo", definiu, de acordo com o relato de um auxiliar.
Eleita sob a bandeira da continuidade, surpresa seria ela não dar ouvidos a Lula. Com o tempo, ela terá oportunidade para montar uma equipe mais com a sua cara.
A experiência indica que o ministério da posse sofre baixas numa velocidade de Primeira Guerra Mundial.
Na primeira reforma ministerial de Lula, em janeiro de 2004, seis caíram e três mudaram de postos. Duas pastas acabaram fundidas. Um ministério foi criado.
Dos atuais 37 ministros, apenas 5 estão com Lula desde 1º de janeiro de 2003: Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Dulci (Secretaria-Geral), Jorge Armando Félix (Gabinete Institucional), Henrique Meirelles (Banco Central) e Guido Mantega (Fazenda). Mantega trocou de posto duas vezes.
Interessa a Dilma usar o escudo político de Lula neste momento. Ela se beneficia da popularidade e do capital político do presidente para tomar medidas duras e negociar com partidos no Congresso. Também poderá dividir a conta de percalços futuros de ministros "lulistas".
Em relação a uma eventual dificuldade de autoridade sobre quem foi seu colega, um integrante da cúpula da transição afirmou, sob reserva: "A Dilma sabe deixar bem claro quem é que manda".
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