Não me agrada nada o fato de escrever sobre fatos negativos às vésperas do Natal, aliás é apropriado para o consumismo que todos estejam solidários afim de gastar mais com presentes para sustentar o “natal capitalista”... mas calar-me, neste momento não seria uma atitude digna de um profissional da educação
Pensei que tivesse visto de tudo no cotidiano escolar, mas esta semana fiquei sabendo de um fato que me fez perceber o quanto o ser humano pode ser desgraçadamente surpreendente quando assim o deseja.
Um colega de profissão passou por momentos inaceitáveis na vida de um funcionário público, ainda mais se tratando de um professor, profissional do conhecimento, que nos ajuda a crescer intelecto e moralmente.
Durante os exames finais, uma aluna foi surpreendida por ele ao portar uma prova parcialmente respondida junto com a sua que estava ainda em branco. Meu amigo fez o que deveria ser feito no momento: Retirou a prova da menina e anulou o exame, numa atitude extremamente justa e apropriada... Em seguida, a tal aluna corrupta e desonesta retirou-se da sala-de-aula, aparentemente, admitindo sua derrota, voltando pouco depois e tomando assento. Alguns minutos mais tarde, o professor é surpreendido por um senhor que invade a classe sem pedir licença, cheio de razão, pedindo satisfações do sucedido e desfere um tapa no seu rosto, perante toda a turma.
Bem, o caso agora está na justiça, não cabe a mim julgar, mas como profissional da área, não posso silenciar diante de tal acontecimento, e sei que se a lei for cumprida, este senhor pode ser condenado de dois a quatro anos de cadeia, por agredir um funcionário público durante o exercício de sua função.
Sei também que este é só mais um caso em meio a tantos outros que acontecem no dia-a dia da escola: e não só agressão física, moral também... nem sei qual é a pior, só sei que desta já sofri inúmeras que resultaram em vários boletins de ocorrência.
Parece que a violência nas escolas está mais perto e com maior freqüência do que imaginamos, e o pior é que tudo isso continua impune: Atualmente, existem muitos órgãos que protegem “o trigo e o joio” no meio dos adolescentes, porém poucos defendem o profissional de educação, sobretudo da escola pública, obrigado a trabalhar sem o mínimo de estrutura e segurança necessárias a qualquer profissão.
Infelizmente, a escola, com o passar dos anos, assumiu muitas responsabilidades que antes eram da família, que agora agride o professor no perfeito exercício de seu dever... Prefiro pensar que aquele senhor só “errou a mira”: o tapa, na verdade seria merecido pela aluna infratora (Opa! Espero não ser condenado por isso).
Um médico, um advogado, um pedreiro, um carpinteiro, ou qualquer outro profissional... são respeitados pela profissão, além de serem reconhecidos por ela que torna-se referência para as pessoas ao redor... Um professor, algumas vezes não é respeitado, nem como ser humano, ferindo até mesmo a Constituição que diz: “Todos são iguais perante a lei”... Que lei?... Quem são esses iguais contemplados pela constituição?... Porque “uns são mais iguais que os outros”?...
Márcio Roberto Goes
http://marciocronicas.blogspot.com
Pensei que tivesse visto de tudo no cotidiano escolar, mas esta semana fiquei sabendo de um fato que me fez perceber o quanto o ser humano pode ser desgraçadamente surpreendente quando assim o deseja.
Um colega de profissão passou por momentos inaceitáveis na vida de um funcionário público, ainda mais se tratando de um professor, profissional do conhecimento, que nos ajuda a crescer intelecto e moralmente.
Durante os exames finais, uma aluna foi surpreendida por ele ao portar uma prova parcialmente respondida junto com a sua que estava ainda em branco. Meu amigo fez o que deveria ser feito no momento: Retirou a prova da menina e anulou o exame, numa atitude extremamente justa e apropriada... Em seguida, a tal aluna corrupta e desonesta retirou-se da sala-de-aula, aparentemente, admitindo sua derrota, voltando pouco depois e tomando assento. Alguns minutos mais tarde, o professor é surpreendido por um senhor que invade a classe sem pedir licença, cheio de razão, pedindo satisfações do sucedido e desfere um tapa no seu rosto, perante toda a turma.
Bem, o caso agora está na justiça, não cabe a mim julgar, mas como profissional da área, não posso silenciar diante de tal acontecimento, e sei que se a lei for cumprida, este senhor pode ser condenado de dois a quatro anos de cadeia, por agredir um funcionário público durante o exercício de sua função.
Sei também que este é só mais um caso em meio a tantos outros que acontecem no dia-a dia da escola: e não só agressão física, moral também... nem sei qual é a pior, só sei que desta já sofri inúmeras que resultaram em vários boletins de ocorrência.
Parece que a violência nas escolas está mais perto e com maior freqüência do que imaginamos, e o pior é que tudo isso continua impune: Atualmente, existem muitos órgãos que protegem “o trigo e o joio” no meio dos adolescentes, porém poucos defendem o profissional de educação, sobretudo da escola pública, obrigado a trabalhar sem o mínimo de estrutura e segurança necessárias a qualquer profissão.
Infelizmente, a escola, com o passar dos anos, assumiu muitas responsabilidades que antes eram da família, que agora agride o professor no perfeito exercício de seu dever... Prefiro pensar que aquele senhor só “errou a mira”: o tapa, na verdade seria merecido pela aluna infratora (Opa! Espero não ser condenado por isso).
Um médico, um advogado, um pedreiro, um carpinteiro, ou qualquer outro profissional... são respeitados pela profissão, além de serem reconhecidos por ela que torna-se referência para as pessoas ao redor... Um professor, algumas vezes não é respeitado, nem como ser humano, ferindo até mesmo a Constituição que diz: “Todos são iguais perante a lei”... Que lei?... Quem são esses iguais contemplados pela constituição?... Porque “uns são mais iguais que os outros”?...
Márcio Roberto Goes
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