Fracasso nas urnas ronda ex-ministros
Terça-feira, 22 de agosto de 2006
Petistas e integrantes de PMDB, PSB e PC do B vão mal nas pesquisas
Ter na biografia o título de ex-ministro do governo Lula não tem ajudado o desempenho eleitoral de 11 ex-integrantes do primeiro escalão que se candidataram a cargos majoritários. As dificuldades não atingem só petistas, mas também filiados do PSB, do PMDB e do PC do B que passaram pela Esplanada dos Ministérios, todos agora candidatos a tomar uma dura surra nas urnas. Têm desempenho eleitoral ruim os candidatos petistas aos governos da Bahia, Jaques Wagner (Relações Institucionais); de Minas, Nilmário Miranda (Direitos Humanos); de Santa Catarina, José Fritsch (Pesca); do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (Cidades); e de Pernambuco, Humberto Costa (Saúde).
De outros partidos, vão mal os peemedebistas Amir Lando e Romero Jucá, que comandaram a Previdência e lutam, respectivamente, pelos governos de Rondônia e Roraima; e Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), que também é candidato ao governo de Pernambuco.
Até o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, que saiu do PT e disputa a Presidência pelo PDT, enfrenta o problema. Ele tem o dobro do tempo da senadora Heloísa Helena (PSOL) na TV e no rádio, mas continua com 1% da preferência dos eleitores, enquanto a candidata tem perto de 12%.
Dois ex-ministros de Lula tentam o Senado e nenhum têm chances de vitória hoje. Agnelo Queiroz (Esportes), do PC do B, perderia para Joaquim Roriz (PMDB) no Distrito Federal. E Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), do PT, seria vencido por Pedro Simon (PMDB) no Rio Grande do Sul.
Aloizio Mercadante (PT), ex-líder do governo no Senado, parece ter herdado a maldição. Senador mais votado do País em 2002, seria derrotado já no primeiro turno na eleição ao governo de São Paulo pelo tucano José Serra, segundo as pesquisas. O curioso é que os ex-ministros vão mal apesar do favoritismo de Lula nas pesquisas. Aparentemente o presidente escapou ao bombardeio de denúncias que marcou a segunda metade de seu governo, mas atingiu em cheio o PT e aliados.
O próprio presidente tem se empenhado em desvincular sua imagem da do partido. Para o secretário-geral do PT, Raul Pont, os ex-ministros não enfrentam só uma maldição, mas a "má vontade" dos meios de comunicação. "Veja o Rio Grande do Sul. As pesquisas dizem que 70% não têm candidato ao Senado. Aí, os jornais divulgam que o favorito é Simon.
Não levam em consideração os indecisos que podem virar seu voto e eleger Rossetto." Pont acha que nenhuma vitória está consolidada, nem a de Lula. "A campanha começou de fato há uma semana. Há um forte desalento no eleitor. O desenrolar do processo pode mudar a situação." Para ele, a situação do PT poderia estar até pior. "Houve um ano de massacre da mídia em cima do PT. Qualquer partido que tivesse sofrido o massacre que sofremos não sobreviveria. Sobrevivemos e estamos caminhando."
Fonte O Estado de S. Paulo - João Domingos
terça-feira, 29 de agosto de 2006
Eleição
Postado por Atílio às 4:40 PM
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